Formação docente dos cursos de licenciatura na UFBA: análise dos currículos
DOI:
https://doi.org/10.5902/1984644438110Parole chiave:
Licenciatura, Universidade, Formação docenteAbstract
A formação de professores se constitui como um dos elementos decisivos para melhoria do sistema educacional, uma vez que a visão de profissionalismo docente subjaz a um determinado programa de formação, tanto no seu conteúdo, como na forma como está organizado. Com base nisso, esse estudo tem como objetivo analisar a carga horária das atividades formativas nos cursos de licenciatura da UFBA. A partir de uma pesquisa exploratória do tipo documental, foram analisadas 1.355 ementas de componentes curriculares obrigatórios distribuídos nos 38 currículos de cursos de licenciatura da UFBA, no turno diurno e noturno no período de abril/maio de 2018. Os resultados apontaram que com relação aos componentes que contemplam as dimensões pedagógicas, estágios supervisionados e práticas pedagógicas, cujos objetivos estão voltados para formação docente, os cursos que apresentaram expressiva carga horária foram o de Pedagogia, seguido de Teatro, Computação do turno noturno, Ciências Naturais e Educação Física. O curso que apresentou menor carga horária nesse grupo foi o de Dança do turno diurno. Sendo assim, verifica-se que a formação docente nos cursos de licenciatura da UFBA necessita de revisão para se adequar às novas exigências das Diretrizes Curriculares.
Riferimenti bibliografici
BARRETO, Elba Siqueira de Sá. Trabalho docente e modelos de formação: velhos e novos embates e representações. Cadernos de Pesquisa, v. 20, n. 140, p. 427-443, 2010.
BRASIL. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Parecer CNE/CES 28/2001, de 02 de outubro de 2001. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 18 jan. 2002a. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/028.pdf. Acesso em: 13 nov. 2017
BRASIL. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Resolução CNE/CP 09/2001, de 8 de maio de 2001. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação de Professores da Educação Básica, em nível superior, curso de licenciatura, de graduação plena. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 18 de jan. 2002b. Seção 1. p. 31. Disponível em:http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/rcp01_02.pdf. Acesso em: 02 nov. 2017.
BRASIL. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Resolução CNE/CP 01/2002, de 18 de fevereiro de 2002. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação de Professores da Educação Básica, em nível superior, curso de licenciatura, de graduação plena. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 4 mar. 2002c. Seção 1, p. 8. Disponível em:http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/rcp01_02.pdf.
Acesso em: 13 nov. 2017
BRASIL. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Resolução CNE/CP 02/2002, de 19 de fevereiro de 2002. Institui a duração e a carga horária dos cursos de licenciatura, de graduação plena, de formação de professores da Educação Básica em nível superior. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 4 mar. 2002d. Seção 1, p. 9. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/CP022002.pdf. Acesso em: 13 nov. 2017
BRASIL. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Parecer CNE/CES 228/2004, de 04 de agosto de 2004. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 24 setembro. 2004. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/pces228_04.pdf. Acesso em: 13 nov. 2017
BRASIL. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Parecer CNE/CES 197/2004, de 07 de julho de 2004. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 5 abr. 2005a. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/pces197_04.pdf. Acesso em: 13 nov. 2017
BRASIL. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Parecer CNE/CES 15/2005, de 2 de fevereiro de 2005. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 13 maio. 2005b. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/pces0015_05.pdf. Acesso em: 13 nov. 2017
BRASIL. (2010). Subchefia para Assuntos Jurídicos. Decreto n. 7219, de 24 de junho de 2010. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/decreto/d7219.htm. Acesso em: 12 dez. 2019;
BRASIL. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Parecer CNE/CP 02/2015, de 09 de junho de 2015. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 26 jun. 2015a, seção 1. p. 13. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=17625-parecer-cne-cp-2-2015-aprovado-9-junho-2015&category_slug=junho-2015-pdf&Itemid=30192. Acesso em: 13 nov. 2017
BRASIL. Conselho Nacional de Educação. Resolução CNE/CP 02/2015, de 1 de julho de 2015.Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação Inicial e Continuada em Nível Superior de Profissionais do Magistério para a Educação Básica. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 02 de jul. 2015b. seção 1. p. 8-12. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&task=doc_download&gid=17719&Itemid=. Acesso em: 13 nov. 2017.
BRASIL. Conselho Nacional de Educação. Resolução CNE/CP n. 1, de 02 julho de 2019. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 02 de jul. 2019. seção 1. p. 35. Disponível em:http://portal.mec.gov.br/component/content/article?id=77781%E2%80%9D. Acesso em: 23. Jul. 2019.
CANDAU, Vera Maria (Org.). A didática em questão. 28. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2008.
CELLARD, André. Análise documental. In: POUPART, Jean. et al. A pesquisa qualitativa: enfoques epistemológicos e metodológicos.Tradução de Ana Cristina Nasser. Petropólis: Vozes, 2008. 295-316 p.
CUMMING, J.; JASMAN, AM. Professional teaching standards and quality education. UNESCO: Teacher Status and Qualifications for Education Quality Project, 2003.
DIAS, Marisa da Silva. Atividade do licenciando em matemática: a escolha do curso e o estágio curricular supervisionado. In: Farias, I. M. S. de. et al. (Org.). Didática e a prática de ensino na relação com a formação de professores. Fortaleza: EDUECE, 2015. p. 1836-1847. v. 2. Disponível em: http://www.uece.br/endipe2014/ index.php/2015-02-26-14-08-55. Acesso em: 24 mai. 2017.
DIAS, Marisa da Silva; SOUZA, Neusa Maria Marques de. Contribuições para compreender a formação na licenciatura e na docência. Educação em Revista, n. 33, 2017.
FLORES, Maria Assunção. Formação docente e identidade profissional: tensões e (des)continuidades. Educação, v. 38, n.1, p. 138-146, 2015.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia. 25. ed. São Paulo: Editora Paz e Terra, 2002. (Coleção leitura)
GATTI, Bernardete Angelina. Formação de professores para o ensino fundamental: estudo de currículos das licenciaturas em pedagogia, língua portuguesa, matemática e ciências biológicas. São Paulo: FCC/DPE, 2009.
GATTI, Bernardete Angelina et al., Formação de professores para o ensino fundamental: instituições formadoras e seus currículos. Estudos & Pesquisas Educacionais, n. 1, p. 95-138, 2010.
GATTI, Bernardete Angelina et al.Análises pedagógico-curriculares para os cursos de licenciatura vinculados às áreas de artes, biologia, história, língua portuguesa, matemática e pedagogia no âmbito da UAB e Parfor. Brasília: Unesco, MEC, Capes, 2012 (Documento Técnico)
GATTI, Bernardete Angelina. Formação de professores: condições e problemas atuais. Revista Internacional de Formação de Professores, 2016, 1 (2): 161-171.
GATTI, Bernardete Angelina. A formação inicial de professores para a educação básica: as licenciaturas. São Paulo: Revista USP. 100, 43-46. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/revusp/article/download/76164/79909.
KUENZER, AcaciaZeneida. A formação de professores para o ensino médio: velhos problemas, novos desafios. Educação & Sociedade, v. 32, n. 116, pp. 667-688, 2011.
LIBÂNEO, José Carlos. Conteúdos, formação de competências cognitivas e ensino com pesquisa: unindo ensino e modos de investigação. Cadernos de Pedagogia Universitária, São Paulo, n. 11, p.1-40, out. 2009.
NÓVOA, Antonio. O professor pesquisador e reflexivo. TV Escola, 13 de set. 2001. Entrevista concedida ao programa Salto para o futuro. Disponível em: http://tvescola.mec.gov.br/tve/salto-acervo/interview?idInterview=8283. Acesso em: 27 fev.2017.
NÓVOA, Antonio. Firmar a posição como professor, afirmar a profissão docente.Cad. Pesqui., São Paulo , v. 47, n. 166, p. 1106-1133, dez. 2017. Disponível em http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-15742017000401106&lng=pt&nrm=iso. Acessos em 19 out. 2018.
PEREIRA, Júlio Emílio Diniz. As licenciaturas e as novas políticas educacionais para a formação docente. Educação & Sociedade, ano XX, n. 68, 1999.
RICHARDSON, Roberto Jarry. Pesquisa social: métodos e técnicas. Colaboradores José Augusto de Souza Peres (et al.). 3. ed. São Paulo: Atlas, 2012.
SCHÖN, Donald. A. Formar professores como profissionais reflexivos. In: NÓVOA, Antonio. (Org.) Os professores e a sua formação. Lisboa: Publicações D. Quixote, 1992.
SHULMAN, Lee. Conocimiento y Enseñanza: fundamentos de lanueva reforma. Profesorado. Revista de Currículum y FormacióndelProfesorado, v. 9, n. 2, p. 1-30, 2005.
SOUZA, Neusa Maria Marques de; ESTEVES, AnelisaKisielewski; SILVA, Rúbia Grasiela da. Conhecimentos de graduandos para o ensino de matemática: um olhar sobre experiências em situação de ensino e possibilidades de integração na formação inicial. Revista Educação Matemática Pesquis. São Paulo, v. 16, n. 1, p. 189-207, 2014.
TARDIF, Maurice. Saberes profissionais dos professores e conhecimentos universitários. Revista brasileira de Educação, v. 13, n. 5, p. 5-24, jan./abr. 2000. Disponível em: http://teleduc.unisa.br/~teleduc/cursos/diretorio/apoio_5427_368/TARDIF_Saberes_profissionais_dos_professores.pdf. Acesso em: 03 nov. 2017.
ZEICHNER, Kenneth M. A formação reflexiva de professores: ideias e práticas. Lisboa: Educa, 1993. (Coleção Educa Professores).
##submission.downloads##
Pubblicato
Come citare
Fascicolo
Sezione
Licenza
This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International (CC BY-NC 4.0)
Declaramos o artigo _______________________________ a ser submetido para avaliação o periódico Educação (UFSM) é original e inédito, assim como não foi enviado para qualquer outra publicação, como um todo ou uma fração.
Também reconhecemos que a submissão dos originais à Revista Educação (UFSM) implica na transferência de direitos autorais para publicação digital na revista. Em caso de incumprimento, o infrator receberá sanções e penalidades previstas pela Lei Brasileira de Proteção de Direitos Autorais (n. 9610, de 19/02/98).
_______________________________________________________
Nome completo do primeiro autor
CPF ________________