https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/issue/feedEducação2023-10-11T09:24:30-03:00Educação (UFSM)revista.educacao@ufsm.brOpen Journal Systems<p style="text-align: justify;">A Revista <strong>Educação (Santa Maria. Online)</strong> tem como escopo a publicação de trabalhos inéditos e originais na área de Educação, resultantes de pesquisas científicas e reflexões teóricas sobre práticas e políticas educacionais. Os artigos podem ser publicados em Português, Inglês e Espanhol e, excepcionalmente, pode-se publicar artigos em Italiano, Francês e Alemão.</p> <p style="text-align: justify;"><strong>eISSN 1984-6444 | Qualis/CAPES (2017-2020) = A2</strong></p>https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/66354Pesquisas do tipo Estado do Conhecimento: entendimentos na relação teoria e prática 2021-10-27T10:52:03-03:00Julian Silveira Diogo de Ávila Fontourajulian.diogo@gmail.comResenha crítica da obra <strong>Estado do Conhecimento: </strong>Teoria e Prática. 1ª ed. Curitiba: Editora<strong> </strong>CRV, 2021.2023-07-10T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Educação (UFSM)https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/68530Desafios da profissão docente: experiência internacional e o caso brasileiro2022-09-02T09:46:11-03:00Andréia Paula Baseiandreiabasei@yahoo.com.br<p>Resenha crítica do recente livro de Fernando Luiz Abrucio e Catarina Ianni Segatto, intitulado “Desafios da profissão docente: experiência internacional e o caso brasileiro”, publicado pela Editora Moderna em 2021. A obra com três capítulos visa apresentar a centralidade do professor na agenda educacional contemporânea no cenário nacional e internacional, alinhavada aos desafios da agenda das reformas da profissionalização docente.</p>2023-09-27T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Educaçãohttps://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/64704As práticas da progressão continuada como mantenedoras da barbárie2021-06-27T20:04:26-03:00Emanuel Lucas Batista de Meloprof.emanuelmelo@gmail.comRosemary Roggeroroseroggero@uol.com.br<p>O objeto de estudo deste artigo são as práticas da progressão continuada adotadas como regime de avaliação e recuperação do sistema educacional em ciclos, características da rede estadual de ensino público de São Paulo. Esse objeto é problematizado, considerando que, dada a má formação escolar recebida pela imensa maioria dos estudantes, a dificuldade de concorrer a vagas em um mercado de trabalho cada vez mais escasso será essa a única – ou mesmo, a pior – mácula deixada pelo modo como se dão as práticas relativas a essa política pública? Haverá reflexos negativos em outras áreas da vida desses indivíduos, que não apenas a profissional? Os objetivos são: identificar e analisar as consequências da má formação escolar em decorrência das práticas da progressão continuada em uma escola pública estadual de São Paulo. A metodologia empírica utilizada envolve procedimentos de observação participante e retratos sociológicos. A análise dos dados levantados é feita por meio da Teoria da Pseudocultura, de Theodor Adorno. A análise permitiu verificar que a pseudoformação mantém a barbárie por meio de um profundo estado de alienação e regressão que a impede a emancipação dos indivíduos por meio da escolarização.</p>2023-01-30T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Educação (UFSM)https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/64463A atuação dos coordenadores pedagógicos em tempos de pandemia2021-11-19T15:17:43-03:00Givanildo da Silvagivanildopedufal@gmail.comEva Pauliana da Silva Gomese.pauliana@gmail.comAlex Vieira da Silvaalexpedufal@gmail.com<p>A educação, como campo macro das problemáticas sociais e políticas, é o caminho para a concretização das possibilidades de mudanças nas estruturas macros da sociedade. O objetivo da pesquisa foi compreender os desafios na atuação dos coordenadores pedagógicos das escolas públicas da rede municipal de Maceió em tempos de pandemia (Covid-19). A metodologia esteve pautada na abordagem qualitativa e, como técnica, a pesquisa exploratória. O instrumento de coleta de dados foi o questionário on-line. Ao todo, participaram 44 coordenadores pedagógicos. Os principais resultados apontaram que os coordenadores pedagógicos desenvolvem ações que contribuem para o acompanhamento da aprendizagem dos estudantes e do trabalho dos professores, na perspectiva de amenizar os desafios postos na educação em tempos de pandemia.</p>2023-02-06T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Educação (UFSM)https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/61970O Índice de Desenvolvimento da Educação do Estado de São Paulo – Idesp: resultados e metas estabelecidas2022-12-16T14:51:05-03:00Luiz Carlos Gesquilgesqui@gmail.com<p>A Secretaria de Educação do Estado de São Paulo (Seduc-SP) lançou, em 2008, o Programa de Qualidade da Escola (PQE) com o objetivo de promover a melhoria da qualidade e a equidade do ensino nas mais de 5.000 escolas que compõem a rede pública paulista de ensino regular, e, para aferir essa qualidade, estabeleceu o Índice de Desenvolvimento da Educação do Estado de São Paulo (Idesp), um indicador estatístico que mensura a qualidade da educação oferecida a esses alunos e estabelece metas a serem alcançadas anualmente para cada escola e até 2030 para toda a rede, com o objetivo de cumprir o estabelecido legalmente, ou seja, garantir o direito fundamental de que todos os alunos aprendam com qualidade. Este artigo, de base documental, analisa as médias Idesp das três etapas de escolarização obtidas por essa rede no período de 2007 a 2019 e realiza, a partir dessas médias, quatro simulações para o período de 2020 a 2030. Os resultados obtidos sugerem, hipoteticamente, o não cumprimento do estabelecido legalmente para a atual política de qualidade da educação da rede pública paulista de ensino regular e, de modo especial, no que se refere aos anos finais do ensino fundamental e ao ensino médio. Conclui-se que tanto os resultados como as metas Idesp carecem de investigação científica por parte do campo acadêmico brasileiro e por parte da Seduc-SP, pois são elevadas as possibilidades de judicialização da qualidade da educação da rede pública paulista de ensino regular.</p>2023-02-13T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Educação (UFSM)https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/64750Experiências que marcaram a vida e a formação de bons professores de Ciências Biológicas2021-10-30T09:16:46-03:00Leandro Barreto Dutraldutra@uea.edu.brElizabeth Antonia Leonel de Moraes Martinesbethmartines@gmail.com<p>Na atualidade, muito se tem dito sobre a precariedade do sistema educacional brasileiro e da atuação de seus agentes. No entanto, desconfia-se dessa visão generalizada e por isso busca-se dar voz àqueles professores que desenvolvem, sem alardes, trabalhos docentes considerados relevantes e que podem se tornar inspiradores. O objetivo deste trabalho é conhecer as experiências que marcaram a vida e a formação de professores considerados bons professores pelos seus alunos. Fez-se uso de entrevistas narrativas individuais e da técnica de grupo focal com os três docentes mais citados pelos licenciandos de Ciências Biológicas em questionário aplicado previamente. A análise dos dados foi baseada na dinâmica interpretativa de Jerome Bruner para a construção de significados. Foi possível observar quatro marcas: desenvolvimento da responsabilidade e compromisso consigo e com o outro; experiências diferenciadas na disciplina de estágio supervisionado; relação afetiva com o conteúdo ministrado e porosidade e sensibilidade no encontro com o outro. Assim, recomenda-se atenção com a formação continuada de formadores, bem como, reformulações curriculares na formação inicial de professores que incluam experiências que possibilitem o desenvolvimento dessas marcas e outros saberes, bem como a necessidade de mais pesquisas sobre a formação de bons professores de ciências biológicas.</p>2023-02-13T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Educação (UFSM)https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/64758BID e as recomendações para o Ensino Médio: a educação a que distância?2021-12-10T08:51:29-03:00Cecilia Carmanini de Melloceciliacarmanini@gmail.comJoana D'Arc Germano Hollerbachjoanadarcgermano@gmail.com<p>Este artigo pretende analisar o documento “Reforma de la educación primaria y secundaria en América Latina”, publicado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), em junho de 2000. Objetiva-se perceber a influência de órgãos internacionais nas políticas educacionais no Brasil a partir da análise do documento, valendo-se também de pesquisas que estudaram outras agências de financiamento. Dessa forma, emprega-se uma análise do documento do BID com a identificação de tópicos relacionados ao ensino médio e à concepção presente no documento para esse nível de ensino. Para tanto, a análise tem caráter documental, acrescida de pesquisa bibliográfica, no esforço por compreender o campo de pesquisa e por aprofundar nas discussões realizadas por outros pesquisadores. No documento, a tecnologia aparece como uma forma de melhorar a qualidade do ensino, sem que, contudo, seja explicitado como se fará isso. Conclui-se que, diante da desigualdade que marca a educação brasileira, apenas os jovens pobres seriam submetidos à Educação a Distância (EaD). Como tentativa de dirimir essas desigualdades, o BID defende parcerias público-privadas e a extensão da EaD para os menos privilegiados ou para aqueles que vivem em regiões de difícil acesso. Diante de todo o aparato técnico necessário à produção de materiais e o acesso às Tecnologias de Informação e Comunicação, o recurso seria mal implementado, não possibilitando uma correta expansão da escolarização, mas talvez a diminuição do número de matrículas e o aumento da evasão. Nessas condições, a dualidade histórica persiste e a exclusão se agiganta.</p>2023-02-18T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Educação (UFSM)https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/65673A Educação Especial nos 25 anos da LDBEN/1996: avanços e retrocessos2021-09-09T17:41:21-03:00Edson Francisco Andradeedsonfranciscodeandrade@gmail.com<p>O presente artigo tem como objetivo analisar o movimento de marcha e de contramarcha na Política, nas Diretrizes e nas Bases da Educação Especial no Brasil, na intenção de realçarmos conquistas históricas ainda vigentes e que merecerem ampla defesa, assim como os riscos iminentes de perdas de direitos presentes nesse início da terceira década do milênio. Apreciam-se, com respaldo metodológico na Análise de Conteúdo, as alterações realizadas na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN/1996), à luz do contributo da <em>Política Nacional de Educação Especial na perspectiva da educação inclusiva</em> (2008). A análise tem prosseguimento com a abordagem dos efeitos decorrentes do advento da “Política Nacional de Educação Especial: Equitativa, Inclusiva e com Aprendizado ao Longo da Vida” (2020). Nas conclusões, constata-se evidente retrocesso no tocante às orientações de oferta da Educação Especial. Em face desse dado da realidade, assume-se a defesa do que já foi conquistado formalmente, destacando-se a instituição da perspectiva inclusiva como um princípio orientador das práticas que se desenvolvem nos ambientes educacionais, mas, sobretudo, como um postulado legal a ser cumprido. Afinal, ainda que as leis não bastem, nem delas nasçam os lírios, é preciso concebê-las de fato como instrumentos relevantes para a reflexão na política educacional, sobretudo para fazer valer os avanços alcançados na forma da lei, quando da utilização destes como ferramentas imprescindíveis à consolidação do direito a uma educação inclusiva.</p>2023-02-18T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Educação (UFSM)https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/66478Interdiciplinariedade no ensino de ciências: Reflexões e desafios de licenciandos em Ciências da Natureza 2021-09-15T16:32:45-03:00Rayane Ferreira da Silvarayaneferreira969@gmail.comGisele Soares Lemos Shawgiseleshaw@hotmail.com<p>Investigou-se reflexões e desafios de licenciandos em ciências da natureza em meio à realização de sequências didáticas potencialmente interdisciplinares no âmbito de programa de residência pedagógica, entre os anos de 2018 e 2020. Participaram do estudo nove licenciandos do curso de licenciatura em ciências da natureza, da Universidade Federal do Vale do São Francisco, campus Senhor do Bonfim, Bahia. As sequências foram realizadas em duas instituições escolares: numa escola municipal que fica localizada na zona rural do município de Campo Formoso e numa escola da zona urbana localizada em Senhor do Bonfim. A coleta de dados foi realizada por meio de análise de conteúdos provenientes de respostas dos licenciandos participantes às entrevistas e a questionário. As análises geraram as seguintes categorias: 1) Ações potencialmente interdisciplinares; 2) Reflexões sobre modificações da proposta; 3) Desafios e dificuldades. Observou-se preocupações com metodologias de ensino, interação com professores, adaptações no tempo escolar e engajamento dos estudantes das escolas.</p>2023-03-13T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Educação (UFSM)https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/66772Instâncias Orientadoras para Contadores e Contadoras de Histórias 2022-06-05T10:36:44-03:00Jorge Marinhojorgemarinhoproducoes@gmail.comNitza Tenenblatnitzatenenblat@gmail.com<p>Este artigo compartilha reflexões para contadores e contadoras de histórias e introduz três instâncias orientadoras que visam contribuir com o ofício e arte de contar histórias na contemporaneidade, prática amplamente utilizada como recurso no contexto educacional. A pesquisa se fundamenta na <em>práxis</em> do ator, contador de histórias e educador Jorge Marinho, membro da Coletiva Teatro, com suporte nos autores e autoras da área de educação Paulo Freire e Jorge Larrosa Bondía, contação de histórias e teatro Ângela Barcellos Café, Regina Machado, Gislayne Avelar Matos e Jorge Dubatti, bem como em análises de práticas artísticas da contadora de histórias Jan Blake. As três instâncias orientadoras para contadores e contadoras de histórias são nomeadas como 1. Princípios do/a contador/a; 2. Estratégias na contação e 3. Dispositivos para contar <em>com</em>, e perpassam o trabalho do/a artista sobre si mesmo/a; aspectos ontológicos da contação de histórias; e aspectos técnicos. O artigo apresenta análises, questões e abordagens técnicas, links para vídeos com demonstração de exemplos e instigações para uma prática mais autônoma, criativa e consciente, considerando o potencial transformador da contação de histórias como arte convivial.</p>2023-03-13T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Educação (UFSM)https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/67345A Educação Musical no Brasil: percurso histórico por meio dos documentos oficiais (1847-2018)2022-02-22T16:14:58-03:00Roque Correa Júniorroquejunior94@hotmail.comDilmeire Sant’Anna Ramos Vosgeraudilmeire.vosgerau@pucpr.brCarlos Nascimento Silla Júniorarlos.sillajr@gmail.comBeatriz Maria Zoppobeazoppo@hotmail.com<p>Desde o período de atuação dos Jesuítas até os dias atuais, a música tem se mostrado presente nos mais diversos aspectos da vida social do Brasil, seja na educação, na religião ou entretenimento. Diante disso, esta pesquisa documental visa compreender a função social da educação musical desde o Brasil Império (1847), até a homologação da versão final da BNCC (2018). Foram coletados 26 documentos oficiais disponíveis em repositórios governamentais. A metodologia foi baseada nos pressupostos da análise documental, complementados por procedimentos da biblioteconomia e aplicados ao Software ATLAS.ti. O resultado dessa análise permitiu caracterizar cinco períodos com categorias temáticas distintas. O primeiro período (1847-1930), cuja formação apresentou um caráter Instrumental/Artístico; o segundo período (1931-1960), com uma formação Patriótica/ Disciplinar; o terceiro período (1961-1971), apresentou indícios de uma educação musical Humana/Social; o período da ditadura militar (1971-1995), foi transitório com a promoção do professor polivalente; já o quinto período (1997-2018, e atual), apresenta fortes características de uma formação Humana/Social. Verifica-se que a intenção com uma Formação Humana/Social, em especial na BNCC, é de aproximar o educando da sua realidade e fazer com que a sua atuação seja cidadã. Além disso, se mostra necessário, a discussão desses documentos oficiais por toda a comunidade escolar, pois muitos deles não inferem interpretações claras e objetivas.</p>2023-03-22T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Educação (UFSM)https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/66212O modo de ser surdo não incapacitado: um discurso em funcionamento nas escolas de surdos2021-08-10T09:32:56-03:00Ana Gabriela da Silva Vieiraags.21@hotmail.comMadalena Kleinkleinmada@hotmail.com<p>A Educação de Surdos vem sendo investigada a partir de diversas perspectivas teóricas, constituindo análises que auxiliam na compreensão da surdez em contexto educacional. Esta investigação pretendeu compreender os modos de ser surdo em funcionamento nos discursos presentes nos Regimentos Escolares e Projeto Político Pedagógicos de escolas de surdos no Rio Grande do Sul. Neste artigo, referindo-se a um recorte da supracitada pesquisa, aborda um destes modos de ser surdo, que está pautado nos discursos que entendem o sujeito surdo enquanto um indivíduo não incapacitado. A partir de uma teorização foucaultiana, procedeu-se uma análise, de forma a estudar os discursos que fabricam um modo de ser surdo a partir da perspectiva de uma não incapacitação. Trata-se de um assujeitamento do surdo enquanto um indivíduo correlativo à governamentalidade neoliberal, um indivíduo que, para se inserir na sociedade, precisa esforçar-se para incluir-se e superar as barreiras daquilo que é compreendido como uma incapacitação física.</p>2023-04-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Educação (UFSM)https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/64880Cidadania, participação e diálogo: o protagonismo juvenil como fundamento da formação crítica e da autonomia na educação2021-09-24T10:12:42-03:00Ana Claudia Dantas Cavalcantianacavalcanti@ufgd.edu.br<p>O protagonismo juvenil entendido como base de uma formação crítica é parte de um contexto que inclui educação e cidadania. Nosso objetivo analisou a dimensão do protagonismo juvenil, tendo como base o diálogo em três percepções: da formação crítica do sujeito, da autonomia e da ação participativa. A educação na perspectiva da formação dialógica requer um modelo estado participativo com legislação e currículo que ofereça suporte ao desenvolvimento da aprendizagem nesta configuração. A concepção teórica da ação comunicativa baseia-se em Habermas (2012). A pesquisa apresentou método qualitativo, com processo técnico de análise de dados de revisão bibliográfica e busca em bases de dados <em>on line, </em>utilizando descritores, nos sites da Associação Nacional de Política e Administração da Educação - ANPAE, Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação - ANPED, Biblioteca Eletrônica Científica <em>OnLine</em> - <em>Scielo</em> e a Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações – BDTD, no período de 2015 a 2020. Conclui-se que o protagonismo juvenil é entendido na razão inversa da formação crítica e autônoma. O modelo do estado gerencial efetivado no Brasil, não concretiza políticas que venham a contribuir para o desenvolvimento da formação juvenil gerando um princípio pedagógico de uma educação libertadora na perspectiva da cidadania, do diálogo e da ação participativa. </p>2023-04-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Educação (UFSM)https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/64797Retenção discente e suas causas multifatoriais: um estudo de caso no curso BC&T no norte de Minas Gerais2021-06-29T19:09:08-03:00Magno Vilácio Pereira da Silvamagnovilacio1978@gmail.comGeruza de Fátima Tomé Sabinogeruza.sabino@ufvjm.edu.brAndrey Lopes de Souzaandrey.lopes@funorte.edu.br<p>Este artigo está subsidiado por uma dissertação de mestrado, que teve como objetivo geral investigar as causas da retenção discente no curso de Bacharelado em Ciência e Tecnologia de uma Universidade Federal, localizada em Janaúba, ao norte do estado de Minas Gerais. Como instrumento de coleta de dados foi aplicado um questionário aos discentes que se matricularam nesse curso entre o primeiro semestre do ano de 2016 e o segundo semestre de 2017. Em seus objetivos específicos, o estudo procurou caracterizar o perfil socioeconômico e étnico-racial dos discentes retidos, apenas dos participantes da pesquisa, e identificar os fatores internos e externos que contribuíram para a retenção dos mesmos. Os resultados revelaram que a infraestrutura inadequada do prédio; as estratégias didático-pedagógicas, e a má formação no ensino médio foram fatores que contribuíram para a retenção discente nesse curso. Concluiu-se que as situações de desigualdade e as relações de poder existentes na sociedade acabam sendo reproduzidas no interior do ambiente educacional. Além disso, apesar dos avanços com relação ao acesso ao ensino superior nos governos progressistas, inferiu-se que os entraves socioeconômicos acabaram interferindo no desempenho acadêmico de alguns discentes.</p>2023-04-03T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Educação (UFSM)https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/64808Vivência do afastamento, readaptação profissional e retorno ao trabalho entre professores estaduais2021-03-31T13:33:50-03:00Higor das Chagas Luna de Oliveirahigorchagasl@gmail.comMaria Luiza Gava Schmidtmlschmidt@uol.com.br<p>A readaptação profissional é um processo complexo decorrente do retorno laboral após adoecimento ou acidente. Esta pesquisa teve como objetivo identificar a percepção do afastamento por doença, o retorno ao trabalho e o processo de readaptação entre professores da rede estadual de ensino. Foi realizada junto a uma Diretoria de Ensino localizada no interior do estado de São Paulo. Tratou-se de um estudo de abordagem qualitativa tendo como participantes quinze professores readaptados. Os dados foram coletados por meio de uma entrevista individual semiestruturada. A análise das entrevistas foi embasada na Psicodinâmica do Trabalho. Os discursos dos participantes sobre as experiências e sentimentos refletiram manifestações singulares revelando a díade entre o prazer e o sofrimento nas três etapas: afastamento, readaptação e retorno ao trabalho. Os resultados revelam que o sofrimento nestas fases surge do sentimento de inutilidade, perda da identidade com o trabalho e discriminação. O apoio social das relações socioprofissionais mostrou ser um aspecto importante para amenizar o sofrimento e ressignificar o trabalho.</p>2023-04-03T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Educação (UFSM)https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/65981Laudo médico como elemento (im)prescindível na sala de recursos multifuncionais2022-08-11T11:39:36-03:00Cássia Vasconcelos de Paulo dos Santoscassiavps@gmail.comEstela Aparecida Oliveira Vieiraestela.ap.o.vieira@gmail.comArlete Vilela de Fariaarletev.faria@gmail.com<p>Este estudo tem por objetivo compreender, na visão dos professores do Atendimento Educacional Especializado da Sala de Recurso Multifuncionais, se o laudo médico é considerado um instrumento imprescindível ou prescindível na realidade vivenciada. Para tanto, se caracteriza como uma pesquisa quanti-quali e exploratória, com base em dados secundários, que teve como participantes 40 professoras que atuavam nas Salas de Recursos Multifuncionais e que fazem parte de uma Secretaria Regional de Ensino do Estado de Minas Gerais. Os resultados apontam que as Salas de Recurso Multifuncionais, no momento da pesquisa, eram frequentadas tanto por estudantes público-alvo da educação especial, como por estudantes com outras especificidades. O que nos levou a questionar a exigência do laudo médico. Os dados da pesquisa apontam que para alguns professores a exigência é vista como uma forma de exclusão, já que o acesso ao laudo não é um percurso simples e acessível para todas as famílias e nem todos os estudantes do atendimento educacional especializado faziam parte do público alvo. Para outros professores ele é um apoio para a intervenção pedagógica. Ao final foi possível evidenciar que o laudo é um instrumento que em uma perspectiva inclusiva deveria servir apenas como complemento. Conclui-se que a maneira como a política atual se estrutura, não resolve o problema dos encaminhamentos, mas sim deixa uma lacuna no atendimento de estudantes que não se enquadram na política de educação especial sendo mais uma vez excludente. </p>2023-04-06T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Educação (UFSM)https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/53343Refletindo sobre a formação inicial de professores de Educação Física: percepções docentes2022-12-16T14:34:40-03:00Wilson Alviano Alviano Jrwilson.alviano@ufjf.edu.br<p class="Standard">A presente pesquisa teve como proposta analisar aspectos da formação inicial de professores de Educação Física, utilizando como ponto de partida as representações de docentes do componente que atuam na Rede Municipal de Educação Básica das cidades de Santo André, São Bernardo do Campo e Diadema, municípios da região pertencente à Grande São Paulo conhecida como Grande ABC, ou ABC paulista, e egressos das Instituições de Ensino Superior ali situadas. A escolha da região se deu em função da diversidade das instituições ali presentes que oferecem o curso. O estudo objetivou compreender a elaboração das significações docentes construídas nos cursos de formação inicial de professores de Educação Física acerca da escola pública e da docência. Foram gravadas em áudio entrevistas semi-estruturadas com docentes egressos dos cursos das diferentes IES pertencentes à região, e que atuem como docentes de escolas das redes públicas municipais. Pudemos, ao longo da pesquisa, verificar de que forma os currículos de diferentes instituições de uma mesma região compreendem a escola pública e a docência do componente Educação Física na formação inicial. Embora o território de formação e de atuação seja o mesmo, os docentes identificam um grande distanciamento entre os conhecimentos priorizados no curso de origem e aqueles requisitados pelo cotidiano escolar. Chamam a atenção para as ausências de temáticas relevantes para atuação na escola contemporânea e denunciam o privilégio concedido a saberes por eles entendidos como secundários ou até mesmo vistos como desnecessários na prática pedagógica. As análises realizadas a partir do material coletado procuraram compreender quais discursos são legitimados e quais estão interditados nos currículos a que os sujeitos da pesquisa foram submetidos. As considerações objetivaram trazer um deslocamento para discutir alternativas de mudanças e de reinterpretação do currículo de formação de professores de Educação Física, estabelecendo assim sentidos que caminhem ao encontro de perspectivas sintonizadas com o cotidiano escolar, suas necessidades e sua realidade.</p>2023-04-12T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Educação (UFSM)https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/71110MITec: um modelo perceptivo para identificação das competências necessárias na integração das tecnologias digitais no processo de ensino-aprendizagem2022-07-28T18:32:37-03:00Wender Antônio da Silvawender@uerr.edu.brFernando Albuquerque Costa fc@ie.ulisboa.pt<p>Este artigo tem como objetivo apresentar um modelo de inquérito que busca entender como, na formação inicial de professores, é percebida a necessidade de desenvolvimento de competências específicas para a integração das tecnologias digitais no processo de ensino-aprendizagem. Para isso, procurou-se construir um questionário que acabaria por ser estruturado em torno de três dimensões nucleares: 1) uma dimensão referente à atitude face às tecnologias digitais de informação e comunicação (TDIC), dimensão fundamentada no modelo Will-Skill-Tool-Pedagogy (WSTP) e incluindo 6 categorias e 9 afirmativas; 2) uma dimensão referente às competências digitais, tendo como base as competências que integram o DigComp e o Quadro Dinâmico de Referência de Competência Digital para Portugal (QDRCD), incluindo 9 categorias e 15 afirmativas; 3) uma dimensão referente às questões pedagógicas propriamente ditas relacionadas com o uso educativo das TDIC, cuja estruturação toma como base os fundamentos do modelo Synthesis of Qualitative Data (SQD), possuindo 6 categorias e 24 afirmativas. A construção do questionário foi validada por um par de pesquisadores e formadores com larga experiência na formação inicial de professores, sendo complementada pela análise de confiabilidade por meio do coeficiente Alfa de Cronbach que apresentou excelente consistência interna. Ao fazer referência ao modelo Technological Pedagogical Content Knowledge (TPACK), os resultados iniciais demonstram que o questionário possui potencial para gerar dados relevantes que poderão ser utilizados por gestores e pesquisadores educacionais para tomada de decisão futura sobre as metodologias de trabalho utilizadas no desenvolvimento das competências digitais na formação inicial de professores, com vistas a incentivar a sua integração ao processo ensino-aprendizagem.</p>2023-04-18T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Educaçãohttps://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/64881A participação social como fundamento da gestão democrática da escola: confluências entre princípios e autonomia2021-12-03T10:29:37-03:00Lilianne Borba Castrolilianneborba@hotmail.comJúlia Cecília de Oliveira Alves Ribeirojuliaailicec@hotmail.comAdenilson Souza da Cunha Júnioradenilson.cunha@hotmail.comClaudio Pinto Nunesclaudionunesba@hotmail.com<p>A gestão democrática vem sendo construída no Brasil a partir da década de 1990, coincidindo com o período de reformas na educação e de um processo maior, a reforma do próprio Estado brasileiro. O presente artigo busca refletir sobre a importância da gestão democrática no processo educacional, considerando a necessidade de articulação entre as ações pedagógicas e a função social da escola, bem como as implicações políticas e sociais deste modo de gestão. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica que abrange discussões teóricas sobre o tema em estudo. O foco de análise evidencia o modo como a atuação comprometida da equipe gestora pode possibilitar a participação de todos os sujeitos envolvidos no processo de ensino-aprendizagem, desenvolvendo, através da gestão compartilhada, uma autonomia construída pela participação social, a qual permite a legitimação do sucesso escolar e, consequentemente, o amadurecimento da democracia no país.</p>2023-04-18T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Educação (UFSM)https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/67437Engajamento dos estudantes: uma revisão de fundamentações para práticas educativas e suas aproximações com a educação musical2021-11-12T16:01:17-03:00Anderson Toniandersontoni12@gmail.comRosane Cardoso de Araújorosanecardoso@ufpr.br<p>O presente artigo traz como objetivo apresentar, por meio de uma revisão narrativa da literatura, estudos sobre o engajamento dos estudantes e sua aproximação com a área da educação musical. Foram revisados diferentes estudos sobre engajamento, com foco nos indicadores, facilitadores, resultados e motivação. De maneira geral, o engajamento pode ser entendido como uma participação ativa em uma atividade que é determinada pela qualidade de aspectos comportamentais e psicológicos (cognitivos e afetivo/emocionais) da pessoa na realização de uma ação. A partir da literatura consultada, reconhece-se que o engajamento é um processo fundamental na aprendizagem, mas necessita de um aprofundamento teórico e metodológico nas pesquisas futuras sobre o tema. Os resultados deste estudo podem auxiliar docentes e pesquisadores da área da educação na compreensão das definições e discussões sobre o engajamento dos estudantes. Ao mesmo tempo, o texto também contempla um público que busca estudar o engajamento e sua relação com a educação musical.</p>2023-04-19T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Educação (UFSM)https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/55087Mobilização cognitivo-pedagógica: confluência teórica no ensino de língua inglesa na EPT2022-12-16T14:39:41-03:00Roberto Lima de Moraes Ramosroberto.ramos@ifb.edu.brVeruska Ribeiro Machadoveruska.machado@ifb.edu.brEm resposta à lacuna didático-metodológica da teoria de educação integrada e, mais especificamente, em relação ao ensino de língua inglesa (LI) no Ensino Médio Integrado (EMI) no contexto da Educação Profissional e Tecnológica (EPT), este trabalho apresenta um alinhamento teórico de concepção didático-metodológica entre um modelo prático para desenvolver o pensamento crítico no ensino de LI (DUMMETT; HUGHES, 2019), a Pedagogia dos Multiletramentos (KALANTZIS; COPE 2012 <em>apud</em> ARNT, 2018) e proposta pedagógica para a formação integrada (RAMOS, 2016), com o intuito de propor uma sólida premissa a partir da qual se poderia pensar uma abordagem metodológica, para o ensino de LI no EMI em EPT, que consubstancie os preceitos filosóficos-conceituais da visão educacional subjacente a essa modalidade de ensino. A apresentação e o cotejamento das teorizações permitem identificar a Taxonomia de Bloom (1956), revisada por Anderson e Krathwohl (2001 <em>apud</em> DUMMETT; HUGHES, 2019), como ponto de contato e parâmetro de comparação entre as teorizações. Nesse processo, vislumbrou-se o expediente pedagógico da mobilização cognitivo-pedagógica dos processos mentais e recursos didáticos na sala de aula. A identificação desse conceito, transversal ao conjunto das abordagens educativas analisadas, somado ao fato de que ele se coaduna com uma perspectiva originária da concepção integrada de formação integrada de sujeito e de sociedade (RAMOS, 2016), o habilita a ser considerado um ponto de partida para avançar os estudos de ensino de LI no EMI em EPT.2023-04-20T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Educação (UFSM)https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/66936O Projeto de Lei de Responsabilidade Educacional (7420/2006): a tentativa de dar legalidade à accountability educacional no Brasil2022-04-28T15:37:11-03:00Fabiana Alvarenga Filipefabiana_alvarenga@yahoo.com.brRegiane Helena Bertagnaregiane.bertagna@unesp.br<p>A <em>accountability </em>ou responsabilidade educacional, tão debatida em pesquisas é o foco deste artigo, resultado da tese de doutoramento que analisou o projeto de Lei 7420/2006 e seus Substitutivos. O PL 7420/2006 dispõe sobre qualidade da educação básica e da responsabilidade dos gestores públicos pela sua promoção. A partir das pesquisas documental e bibliográfica, foram analisadas as categorias qualidade, avaliação, participação e responsabilidade (bem como suas dimensões), que emergiram das propostas de Lei. Os resultados da pesquisa evidenciaram que, mesmo com movimentos de resistência às concepções hegemônicas, a tentativa de juridificação da responsabilidade educacional no Brasil está permeada pela lógica gerencialista que busca fundamentos no ideário neoliberal e se utiliza de um discurso democrático para dar uma aparência participativa. Nesse sentido, o desfecho da proposta poderá acarretar uma concepção reducionista de qualidade educacional e uma concepção de responsabilidade pautada na culpabilização dos profissionais do magistério, em virtude da lógica que os perpassa.</p> <p><a href="#_ftnref1" name="_ftn1"></a></p>2023-04-20T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Educação (UFSM)https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/65383Ensino de História: escola e referências de leitura representadas nas ementas curriculares2022-02-24T11:00:19-03:00Erinaldo Vicente Cavalcantiericontadordehistorias@gmail.com<p>O artigo analisa como a “escola” é representada entre os temas de estudos e quais as referências básicas indicadas nas ementas de 83 disciplinas obrigatórias, referentes ao Ensino de História, identificadas em 27 Projetos Políticos Pedagógicos (PPPs) dos cursos de licenciatura nas cinco regiões do Brasil. Como procedimento metodológico, recorri aos fundamentos quantitativos para identificar quantas e quais disciplinas obrigatórias se encarregam, especificamente, do debate sobre Ensino de História, e quantas e quais, entre essas, inserem a escola como tema de estudo. Em seguida, procedi com a análise qualitativa para problematizar as ementas dos componentes identificados, compreender como a escola é inserida entre os temas de interesse e saber quais referências básicas são indicadas nas disciplinas. A análise mostra que a escola não se constituiu como o tema de maior interesse e, entre as referências, percebe-se o destaque para as obras em formato de livros e pouca indicação de pesquisadores do campo da Educação.</p>2023-04-25T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Educação (UFSM)https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/64818O currículo visto do alto das dunas da Sabiaguaba: uma proposta inter e transdisciplinar de construção de conhecimento2022-11-17T09:33:03-03:00Edvar Ferreira Basílioedvarbasilio@yahoo.com.brDiana Nara Silva Oliveiradianasilvaa3@hotmail.comSilvia Elisabeth Moraessilviamoraes@ufc.brAdalucami Menezes Pereira Gonçalvesdalumenezes@gmail.comSara Receba Aguiar de Carvalhosara.rebeca.ac@gmail.com<p>Este artigo apresenta uma proposta interdisciplinar e transdisciplinar de construção de conhecimento na Educação Básica, tomando como ponto de partida o complexo ambiental interdunar da Sabiaguaba, Área de Preservação Ambiental (APA), localizada no município de Fortaleza-Ceará-Brasil. Com base no estudo de um tema local, busca-se a formação de um cidadão planetário, sujeito que inicia sua formação doravante o conhecimento do seu lugar em convergência sistêmica e indissociável com o planeta. A proposta se concentra em múltiplas áreas do conhecimento (História, Geografia, Letras, Comunicação, Tecnologias, Jornalismo), as quais exploram um diálogo com outros campos científicos, a fim de constituírem saberes integrados e integradores. Assim, Sabiaguaba torna-se um tema transdisciplinar. Em termos metodológicos, é uma pesquisa documental baseada na pedagogia de projetos. Como resultados, percebeu-se que ao se tomar o complexo ambiental da Sabiaguaba como proposta didática de ensino e aprendizagem, incentiva-se a abordagem integrada do conhecimento, contribuindo dessa forma para a construção de um currículo escolar dialógico, afastado da verticalidade, do autoritarismo e da excessiva ênfase no conteúdo. A vinculação com a realidade socioambiental em que se inserem os alunos e professores contribui para uma ressignificação do conhecimento visando a uma cidadania planetária.</p>2023-04-26T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Educação (UFSM)https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/66115Em defesa de uma educação jurídica humanista para além de um ocasionalismo prático nos processos educativos2022-07-28T17:46:49-03:00Lana Lisiêr de Lima Palmeiralana.palmeira@arapiraca.ufal.brEdna Cristina Pradowiledna@uol.com.brInalda Maria Santosinaldasantos@uol.com.brGivanildo Silvagivanildopedufal@gmail.com<p>Partindo-se da verificabilidade de que a formação propagada pelos cursos de Direito não favorecem uma preparação humanística sólida, já que seus currículos estão ainda muito arraigados aos ideais conservadores do positivismo clássico, objetivou-se no estudo em comento realizar uma análise em torno de como os currículos se originaram, buscando, para respaldar a análise, estabelecer como ponto de partida a tradição romana e sua arqueologia do saber jurídico, para, em seguida, adentrar nas reflexões em torno da ciência e da técnica na modernidade, desnudando aspectos valiosos a fim de se (re)pensar uma pauta humanista nessa seara. Como opção teórico-metodológica, adotou-se a abordagem de natureza qualitativa, com ênfase na revisão de literatura. Assim, após todas as questões apresentadas e, tomando por base pensadores como Paulo Freire, Walter Benjamin, Hannah Arendt, John Rawls, Jürgen Habermas, dentre outros, ficou evidente a necessidade concreta de um modelo de educação jurídica que possa romper com a configuração socioeducacional atual e que seja capaz de assegurar a junção equilibrada entre o Humanismo, a Ciência, a Técnica, as Artes e, sobretudo, que seja apto a minimizar os flagelos ainda gritantes na segunda década deste século. </p>2023-04-26T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Educação (UFSM)https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/64997Ratio Studiorum: bases e fundamentos das ações educativas nos colégios dos jesuítas2021-08-24T14:54:06-03:00Ana Cláudia Vieira Bragaanaclaudiaunb2012@gmail.comMaria Abádia da Silvaabadiaunb@gmail.com<p>Este artigo tem por objetivo analisar no <em>Ratio Studiorum</em> as bases e fundamentos das ações educativas nos colégios dos jesuítas. Em termos teórico-metodológicos o estudo abriga-se nas cartas jesuíticas e nas referências bibliográficas nas áreas de educação e filosofia priorizando o projeto de colonização portuguesa e a política educacional dos jesuítas para a formação do homem útil e universal e, em seguida percorre o <em>Segundo Discurso e Emilio</em> de Rousseau para compreender como as faculdades perfectibilidade e educabilidade despertam o vir a ser humano e nos torna ser históricos e sociais. Aponta que, nas instituições educativas, o processo de evangelização, conversão e catequização dos jesuítas seguiram as práticas de formação de homem ligado pela fé católica à perfeição divina, mas também atuaram para formar o homem útil, disciplinado e civilizado, instituindo as bases de organização da vida social e escolar brasileira.</p>2023-04-27T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Educação (UFSM)https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/66258Rodas de conversa com adolescentes: Estratégias para lidar com conflitos na escola2021-09-11T18:08:57-03:00Isael de Jesus Senasenaisael@gmail.comMarcelo Ricardo Pereiramarcelorip@hotmail.comMariana Maria Scrinzimarianascrinzi@hotmail.com<p>Neste artigo, refletimos sobre o uso estratégico da roda de conversa, orientada pela psicanálise, com abordagem direcionada para o tema conflitos na escola. Realizamos uma intervenção com estudantes adolescentes representantes de turmas do Ensino Fundamental II em uma escola pública localizada numa capital brasileira. O foco das queixas referia-se à indisciplina, à violência, à desmotivação, ao desrespeito, à apatia, ao uso de drogas nas áreas de recreação, ao enfrentamento, entre outros, relatados pelos diretores, professores e funcionários, em relação aos alunos. Notamos que essa escola mostrava-se impossibilitada de ativar toda a potência do tempo de passagem adolescente, além de reduzi-la, quase tão somente, às dimensões conflitivas entre alunos e educadores. A tomada da palavra na escola, por meio de espaços francos de fala, contribuiu para a responsabilização subjetiva e política dos adolescentes na escola e produziu transformações discursivas nas formas de organização, na maneira como os professores se reportam aos alunos, nas formas de laços entre os estudantes e a comunidade escolar, reinventando, assim, formas mais solidárias de interação, reconhecimento e de engajamento do exercício da cidadania na estrutura institucional.</p>2023-05-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Educação (UFSM)https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/66460Os conteúdos da Climatologia Geográfica na Educação Básica: análise de três escolas públicas na cidade de Três Lagoas, no Mato Grosso do Sul2021-10-09T11:58:19-03:00Ruth Helena Marquezani Rocharuthhmrocha@gmail.comMauro Henrique Soares da Silvamauro.soares@ufms.br<p>Esta pesquisa teve o objetivo de analisar como os conteúdos de Climatologia Geográfica são recomendados nos principais documentos oficiais basilares da Educação, que regem o ensino de Geografia Escolar em Três Lagoas, no Mato Grosso do Sul, sendo eles: os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e o Referencial Curricular da Rede Estadual de Ensino de Mato Grosso do Sul. Além disso, analisou os conteúdos de Climatologia efetuados no ensino de Geografia em três escolas estaduais na cidade de Três Lagoas. A metodologia se deu por meio da análise dos documentos e da sistematização dos conteúdos inerentes à Climatologia identificados. Em seguida, foram analisados 392 planos de ensino de docentes de três escolas estaduais adquiridos junto à Coordenadoria Regional de Educação. Os resultados mostram que, nos PCNs, os conteúdos de Climatologia são apontados em todos os anos seriais do Ensino Fundamental, porém, no Referencial Curricular da Rede Estadual de Ensino de Mato Grosso do Sul, apenas no 6° e 8° ano. Já na BNCC, a Climatologia é abordada no 6°, 8° e 9° ano. Quanto aos planos, menos de 10% dos documentos analisados abordaram conteúdos de Climatologia, e, em uma das escolas, os conteúdos de Climatologia não estão presentes. Contudo, a pesquisa revela uma carência dos conteúdos de Climatologia, tanto nos documentos basilares da educação quanto na prática docente.</p>2023-05-04T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Educação (UFSM)https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/65031O retrovisor, a distração da paisagem e as incertezas do horizonte: o discurso dos livros didáticos de Sociologia sobre a mudança da estrutura social2022-05-27T14:57:36-03:00Valci Melomelovalci@gmail.com<p>O presente artigo analisa o discurso dos livros didáticos de Sociologia sobre as possibilidades e alternativas de superação da estrutura social vigente. A investigação se deu à luz da Análise do Discurso pecheutiana, em sintonia com as contribuições teóricas de Georg Lukács acerca da ideologia. Ao longo do texto, demonstra-se que, embora os livros didáticos de Sociologia do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) de 2015 materializem discursos diferentes e, por vezes, até contraditório sobre a mudança social, neles predominam efeitos de sentidos vinculados à formação discursiva reformista, alicerçada na formação ideológica socialdemocrata. Por fim, conclui-se que, majoritariamente, o discurso sobre a mudança social materializado nos livros didáticos de Sociologia oferece aos jovens estudantes brasileiros um contato com possibilidades e alternativas restritas ao aperfeiçoamento da ordem social vigente.</p>2023-05-15T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Educação (UFSM)https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/65066Reflexões sobre pós-extrativismo a partir da percepção de educandos do curso de turismo2023-01-09T16:18:26-03:00Rodrigo Machado Vilanirodrigo.vilani@unirio.brMaria Amália Silva Alves de Oliveiram_amali@hotmail.comCarlos José Saldanha Machadosaldanha@fiocruz.br<p>O presente artigo tem por objetivo discutir o ecoturismo como alternativa econômica às atividades de mineração na Bacia do Rio Doce e avaliar a relevância do tema para a formação dos turismólogos. O rompimento das barragens de mineração localizadas nos munícipios de Mariana, em 2015, e Brumadinho, em 2019, resultaram em centenas de mortes e uma devastação socioambiental sem precedentes no Brasil. Diante dos impactos negativos dessa atividade toma-se o padrão primário-exportador como questão estruturante para a crítica proposta. A discussão pauta-se sobre levantamento realizado junto a educandos de Turismo de uma universidade federal da região Sudeste e pesquisa bibliográfica e documental. Como resultado, tem-se a discussão incipiente sobre pós-extrativismo no Brasil, particularmente na sua relação com (eco)turismo, e a relevância da temática apontada pelos educandos. São tecidas considerações gerais e específicas acerca das possibilidades do ecoturismo na região da Bacia do Rio Doce e propõe-se a inclusão da temática na grade curricular do curso de Turismo.</p>2023-05-15T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Educação (UFSM)https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/65231Uma proposta de formação continuada de professores dos anos iniciais do Ensino Fundamental2021-06-10T18:10:09-03:00Cristhiane Carneiro Cunha Flôrcristhianeflor@yahoo.com.brAndreia Francisco Afonsoandreiaafonso25@gmail.comReginaldo Fernando Carneiroreginaldo_carneiro@yahoo.com.br<p>A formação continuada de professores é um espaço importante para discutir e refletir sobre lacunas na formação inicial. Assim, tem-se como objetivo, neste artigo, compreender as contribuições de uma formação continuada para professores dos anos iniciais do Ensino Fundamental. Para tanto, foi desenvolvida uma pesquisa em que se promoveram encontros quinzenais com a participação de professoras dos anos iniciais do Ensino Fundamental, bolsistas de iniciação científica, licenciandos em Pedagogia, Matemática e Química, mestrandos, doutorandos e professores universitários. Neste texto, analisa-se um dispositivo construído a partir da escrita de um texto sobre o significado da participação nesses encontros. Emergiram três categorias – Início da Docência, Conteúdos e Práticas e Relações e Interações – que foram analisadas a partir de alguns conceitos da Análise de Discurso francesa. A análise indicou que os participantes do estudo não conheciam a literatura nem as discussões sobre o início de carreira de professores. Além disso, apontou que nos cursos de formação há preponderância da teoria sobre a prática, embora haja um movimento na perspectiva de ouvir o professor e suas necessidades, considerando também suas histórias como aspectos que influenciam em suas aprendizagens e sua prática. Ainda revelou a importância dos processos de socialização para os professores iniciantes e dos encontros do grupo como um espaço em que os participantes puderam compartilhar ideias, interagir, dialogar e aprender com os outros, rompendo com uma formação autoritária, para promover uma mais lúdica.</p>2023-05-15T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Educação (UFSM)https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/65330Da peça radiofônica à peça sonora: ecos e sintonias na pedagogia do teatro 2022-10-20T09:19:48-03:00Thiago de Lima Torreão Cerejeirathiagotcerejeira@gmail.comLaura Maria de Figueiredolaura.maria.figueiredo@ufrn.brJefferson Fernandes Alvesjeffersonfernandes248@gmail.com<p>As experiências cênicas virtuais que vêm sendo desenvolvidas no Brasil por grupos de pessoas com deficiência visual no ciberespaço, intituladas por estes de audionovelas ou montagens, instigam à reflexão acerca dos processos criativos cênicos e do teatro na contemporaneidade em simbiose com as novas mídias, considerando, desse modo, formas alternativas de copresencialidade e recepção. Trazidas ao contexto escolar e articuladas aos jogos de improvisação, tais experiências embasaram os processos de criação artística de três oficinas de teatro desenvolvidas em uma escola pública de Natal/RN, em 2018, com uma turma de 8º ano do ensino fundamental, composta por vinte alunos com faixa etária entre 13 e 17 anos, com e sem deficiência visual. A observação do movimento construído na pesquisa se deu na transição do eixo da presença na cena teatral, e, portanto, da visibilidade, para o eixo da audibilidade, incorrendo na perspectiva do que estamos designando como peça sonora. Admitimos, assim, que tal incursão pode instigar um olhar para novas formas de recepção, a partir de um itinerário que provoca a imaginação criativa por meio de um processo de escuta, levando à reflexão teórica acerca dessas práticas pedagógicas no ensino de teatro. Tal enfoque leva em conta, por sua vez, as abordagens que recuperam as matrizes da tradição oral aliadas à contação de histórias (ZUMTHOR, 2007; BUSATTO, 2013), tendo como referência as peças radiofônicas desenvolvidas por Bertolt Brecht e Walter Benjamin a partir de 1929, na perspectiva de uma cultura do ouvir e ressignificando o próprio conceito do corpo que se torna voz, redimensionado nesses processos focados na potência da palavra oral.</p>2023-05-15T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Educação (UFSM)https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/66012Além da alfabetização matemática: elementos étnicos e raciais na cartilha Mein Rechenbuch 2021-10-05T13:47:59-03:00Elias Kruger Albrechteliask.albrecht@gmail.comPatrícia Weiduschadtprweidus@gmail.com<p>Este artigo faz uma análise de duas cartilhas de alfabetização matemática denominadas <em>Mein Rechenbuch</em> (Meu livro de cálculo). Ambas foram produzidas em 1933 pela editora Rotermund, que na época estava ligada a instituição luterana pertencente ao sínodo evangélico Rio-Grandense. Essas cartilhas tinham como objetivo promover aprendizado matemático, embasadas em princípios étnicos, culturais e raciais. O estudo apoia-se na análise documental, sendo necessário contextualizar o documento, no caso aqui, as cartilhas, no tempo de sua produção (BACELLAR, 2008). Os recursos didáticos, representados nesses materiais, promoviam a aprendizagem do conhecimento matemático, integralizado como o espaço de vivência dos sujeitos. As atividades analisadas nas cartilhas matemáticas revelam o direcionamento pedagógico para a própria realidade social e política da imigração, reforçando hábitos, costumes e tradições desses grupos étnicos, a partir dos espaços vivenciados. O conteúdo das cartilhas, não só serviu de estímulo para melhorar as habilidades de cálculo mental e resolução de problemas, a partir do cotidiano das comunidades teuto-brasileiras, mas foi, também, um meio efetivo de propagar ideários étnicos e raciais.</p>2023-05-22T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Educação (UFSM)https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/65505Investigando o entorno pessoal de aprendizagem de inglês de alunos com Síndrome de Down: uma análise preliminar2021-11-24T12:51:28-03:00Sara Veloso Larasara.lara@unesp.brMaria da Piedade Resende da Costapiedade@ufscar.br<p>Ensinar uma língua estrangeira para pessoas sem nenhuma deficiência intelectual já é complexo, para pessoas com necessidades cognitivas especiais, como a Síndrome de Down (SD), torna-se ainda mais complexo, o que demanda dos professores competências técnicas e sensibilidade para perceber o Entorno Pessoal de Aprendizagem dos seus alunos, que consiste em ensinar com base nos interesses e necessidades individuais destes, além de contribuírem para o protagonismo dos alunos na aquisição de seu próprio conhecimento. Nesse espectro, As TDICs desempenham um papel importante na aprendizagem destes, visto que estão presentes no seu dia a dia, fomentando a autonomia dos alunos na criação e seleção de conteúdos e sua criatividade. O presente artigo (recorte de uma pesquisa mais ampla), teve como objetivo investigar o Entorno Pessoal de Aprendizagem de Inglês de dois alunos com SD, com base na teoria do Entorno Pessoal de Aprendizagem com foco no uso das TDICs. Consistiu em uma pesquisa-ação. Foram realizadas duas entrevistas semiestruturadas com os alunos com SD e com os responsáveis por estes, e analisados com base no paradigma interpretativista de Burns (1999). Os resultados apontam que o Entorno Pessoal de Aprendizagem da língua desses participantes é limitado, devido ao ínfimo contato com a língua e com as TDICs. Pode-se concluir pela necessidade o pesquisador contribua com os participantes para ampliarem o Entorno Pessoal de Aprendizagem destes na língua inglesa, buscando estratégias para esse fim.</p>2023-05-22T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Educação (UFSM)https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/66062A enunciação dos saberes discentes e o currículo cultural de Educação Física2022-06-01T11:16:59-03:00Flávio Nunes dos Santos Júniorflajnr@yahoo.com.brMarcos Garcia Neiramgneira@usp.br<p>Em meio à Modernidade, uma única forma de viver foi alçada como legítima e verdadeira, representando os efeitos do curso civilizatório. Essa dinâmica levou à consumação de inúmeras vidas, experiências foram dispersadas, conhecimentos exterminados e determinados modos de ser, apagados. A educação institucional e a ciência serviram a esse propósito de caráter colonial, patriarcal e capitalista. A pedagogia moderna é herdeira desse legado pautado na ideia de progresso por meio da razão e do desenvolvimento científico com a promessa da formação de um suposto sujeito autônomo, consciente e, sobretudo, livre. O currículo cultural da Educação Física faz frente a tais intenções ao assumir uma postura em defesa das diferenças. A presente pesquisa analisa se e como um professor que afirma colocar em ação a proposta valoriza os saberes dos alunos acerca da prática corporal tematizada. Para tanto, buscou apoio na forma qualitativa de investigação por meio da observação participante e de conversas em grupo. Os materiais produzidos quando submetidos ao confronto com o pensamento decolonial do grupo latino-americano Modernidade/Colonialidade, as epistemologias do Sul de Boaventura Sousa Santos e o pós-colonialismo de Homi Bhabha, indicam que os alunos percebem o ambiente propício à escuta, o que os motiva a expor seus gestos e saberes. Essa constatação permite inferir que ao colocar em ação a Educação Física culturalmente orientada, o professor se deixa guiar pelo princípio ético-político que favorece a enunciação dos saberes dos alunos.</p>2023-05-22T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Educação (UFSM)https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/65098Ensino de língua inglesa e a Base Nacional Comum Curricular à luz de uma teoria crítica2022-06-28T09:51:21-03:00Adriano de Alcântara Oliveira Sousaadrianoalcos@hotmail.comJuscelino Francisco do Nascimentojuscelinosampa@hotmail.com<p>Em um contexto instável nos âmbitos social e político, o governo do Brasil publicou a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), em 2018, com vistas a dar diretrizes normativas para a Educação Básica. No que tange ao ensino de Língua Inglesa, a BNCC contém trechos de reflexão crítica desenvolvidos em sua introdução, em seus cinco eixos organizadores, em suas competências específicas e nas habilidades particulares para cada ano. Estes excertos se apresentam como terreno fértil para apreciações anteriores à consolidação de um sistema curricular que respeite as especificidades de cada escola. Dessa maneira, o componente crítico da Base é analisado no sentido de desnaturalizar discursos de supremacia e de subalternidade (MENEZES DE SOUZA, 2011), a partir de teorias dos letramentos críticos (MONTE MÓR, 2017; 2018; MENEZES DE SOUZA, GUILHERME, 2019) em busca de interpretar como se dão as percepções da BNCC no processo de tomada de consciência crítica (FREIRE, 2001) para o ensino-aprendizagem de Língua Inglesa. Nesse contexto, essa pesquisa se apresenta como qualitativa, exploratória e de cunho interpretativista, já que configura uma leitura rumo à reflexão crítica da BNCC em uma perspectiva socialmente engajada, que vislumbra a educação como agente de transformação social. Percebeu-se um avanço em direção a noções críticas de sujeito e de língua, mas o documento ainda reflete percepções de globalização e de interações sociais que necessitam de reflexão para desmistificação de noções construídas historicamente por uma minoria social que ainda detém privilégios.</p>2023-05-26T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Educação (UFSM)https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/65852Pressupostos críticos de uma educação ambiental para emancipação2022-04-06T14:53:01-03:00Theóffillo Da Silva Lopestheoffillo@outlook.comFrancisco José Pegado Abíliochicopegado@yahoo.com.br<p>Este trabalho trata de reflexões teóricas a respeito de como a educação ambiental pode levar emancipação aos sujeitos envolvidos em suas práticas educativas. Teve como objetivo refletir sobre quais pressupostos são necessários a uma educação ambiental que se pretende crítica, com finalidade de promover emancipação humana. Para tanto, utilizou de uma metodologia de pesquisa bibliográfica de caráter qualitativo e teórico. Como resultados, foi possível observar a necessidade da inserção de discussões sobre: as bases ontológicas da educação ambiental; as categorias presentes nas teorias críticas que subsidiam as práticas educativas ambientais; a dialética enquanto pressuposto teórico, epistemológico e metodológico; e a própria emancipação como teleologia da educação ambiental crítica. Concluiu-se que para uma prática educativa ambiental apoiada em pressupostos críticos a fim de alcançar emancipação humana e equilíbrio entre a humanidade e o ser humano e a natureza, como uma forma alternativa às vertentes reducionistas, conservadoras e naturalistas, é preciso considerar teórica, metodológica e epistemologicamente que os problemas ambientais estão intimamente atrelados aos sociais. E, para isso, é preciso uma apreensão crítica da realidade a partir das ideologias e das utopias presentes e pela capacidade de, por si só, encontrar os caminhos que promovam suas mudanças subjetivas diante de si, do mundo e do outro, acompanhadas pelas mudanças coletivas.</p>2023-05-29T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Educação (UFSM)https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/67931A autoria e o romance da escuta em Quase de verdade, de Clarice Lispector2022-05-30T18:37:09-03:00Fabio Scorsolini-Cominfabio.scorsolini@usp.brSoraya Maria Romano Pacíficosmrpacifico@ffclrp.usp.br<p>Este estudo trabalha com a noção de autoria a partir da recepção auditiva, tal como proposto por Marília Librandi em seu conceito de romance da escuta. A partir desse posicionamento teórico, o objetivo é discutir a construção do romance de escuta no livro infantil <em>Quase de verdade</em>, publicado originalmente em 1978, após a morte de Clarice Lispector (1920-1977). O livro é narrado pelo cachorro Ulisses e a autora se posiciona como quem pode escutar e interpretar a linguagem canina para que a escrita ocorra. A obra pode ser considerada um romance da escuta pela duplicação da autoria (Ulisses-Clarice), por ser construída à medida que é lida e por se tratar de uma ficção aberta que convoca o leitor a participar dessa escrita por meio da escuta e do ato criativo. Em termos práticos, aventa-se que esse conceito pode contribuir para a discussão sobre a construção da autoria com jovens leitores, em diálogo com a literatura infantil.</p>2023-06-06T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Educação (UFSM)https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/68157Formação-acolhimento docente em tempos de pandemia2021-11-18T17:42:26-03:00Sandrelena da Silva Monteirosandrelenasilva@yahoo.com.brRuthmary Fernanda de Souza Fernandesruthmaryjf@gmail.comPatrícia Paula de Oliveira Hamblinpavitribelmiro@gmail.com<p>A possibilidade de realização de uma formação-acolhimento docente em tempos de pandemia da COVID-19 foi o tema da investigação aqui apresentada. A proposta se desenvolveu de forma totalmente remota, sendo utilizadas as plataformas virtuais <em>Google Meet</em>, <em>YouTube</em> e <em>PadLet</em>. Participaram professoras e professores da Educação Básica. Estabeleceu-se como objetivo principal a construção de um espaço-tempo de formação-acolhimento com práticas inspiradas nos princípios do Yoga e da Meditação, em que o diálogo possibilitou colocar em pauta os desafios e possibilidades do ensino remoto emergencial (ERE) no contexto da pandemia da COVID-19. A metodologia construída se deu na triangulação dos conceitos de círculo de cultura (FREIRE,1991), de comunidade (FRANKL, 2019) e de rodas de conversa, configurando o que nomeamos Mosaico de Conversas. Percebeu-se que é possível incentivar professoras e professores a assumirem práticas de autoacolhimento, autoaceitação e autotranscendência, permitindo que tais práticas possam se fazer presentes na sua vida cotidiana e profissional.</p>2023-06-06T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Educação (UFSM)https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/66662Automutilação sem ideação suicida de estudantes adolescentes: limites, desafios e possibilidades de ações preventivas para professores no contexto escolar2022-08-19T15:51:48-03:00Francineide Pereira de Jesusfrancineidejesus@yahoo.com.brJuliana Bredemeierjuliana.bredemeier@gmail.comJosé Cláudio Del Pinodelpinojc@yahoo.com.br<p>O predomínio das pesquisas que abordam a automutilação na literatura da área da Saúde desvela a necessidade de estudos da temática também na área da Educação. Assim, este artigo tem como objetivo compreender os desafios, limites e possibilidades dos professores para o manejo da automutilação sem ideação suicida (ASIS) de estudantes adolescentes, com perspectivas de ações preventivas no contexto escolar. Trata-se de revisão teórica baseada em pesquisa exploratória, que utiliza procedimento técnico bibliográfico e documental. Analisa a complexidade da ASIS e destaca a importância de discussões aprofundadas em relação ao manejo do fenômeno por parte dos professores. Reconhece que são muitos os desafios a serem superados pelos docentes, sobretudo no que dizem respeito ao currículo e aos tabus sobre o tema. Os limites são múltiplos, principalmente no que tangem à falta de capacitação para o manejo da automutilação, condições de trabalho, falta de rede de apoio e implementação de políticas públicas. Apresenta como possibilidades a capacitação docente, a prevenção da ASIS no currículo regular como intervenção escolar e o acolhimento empático de todos que fazem a escola acontecer. Conclui que este objeto de estudo se configura como campo fértil e necessário para pesquisas futuras.</p>2023-06-06T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Educação (UFSM)https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/66768Educomunicação e Ecossistema Comunicativo: uma Revisão Sistemática2021-10-20T15:35:25-03:00Ademilde Silveira Sartoriademildesartori@gmail.comAna Flávia Garcezafgarcez74@gmail.comWanessa Matos Vieirawanessamvieira93@gmail.com<p>Este estudo tem por objetivo analisar como o conceito de Ecossistema Comunicativo está sendo concebido pelos pesquisadores no campo da Educomunicação. O estudo é uma Revisão Sistemática da Literatura - RSL, realizada nas seguintes bases de dados: REdAlyc (Rede de Revistas Científicas da América Latina y el Caribe, España y Portugal), Scopus, Scielo e ASP (Academic Search Premier), com os descritores “Ecossistema Comunicativo”, “Ecossistemas Comunicativos” e “Educomunicação”. Foram selecionados sete artigos para análise considerando apenas os que apresentavam uma concepção própria dos autores acerca do conceito de Ecossistema Comunicativo. Na análise dos resultados obtidos na RSL foi identificado que o conceito de Ecossistema Comunicativo, na concepção dos autores, apresenta características de um modelo de comunicação dialógico, participativo e democrático. A partir da análise dos resultados, este trabalho se propõe a uma reflexão acerca do conceito de Ecossistema Educomunicativo, o qual se configura quando os Ecossistemas Comunicativos e os Ecossistemas de Aprendizagem se caracterizam como dialógicos e em rede, ou seja, estando em acordo com os princípios da Educomunicação.</p>2023-06-06T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Educação (UFSM)https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/65991Uma proposta de estudo de Indução Eletromagnética via modelo de Ensino Híbrido de Rotação por Estações2021-06-23T17:17:54-03:00Rafaella Gomes Vianarafaellagviana@yahoo.com.brKaren Anderson Araujo Batistaandersonaraujobatista@gmail.comFábio Fagundes Lealfagundes.fabio@gsuite.iff.edu.br<p style="margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: 'Arial',sans-serif;">Considerando o perfil dos alunos inseridos na era tecnológica, discussões no que tange à utilização de tecnologias digitais na construção de narrativas variadas no processo de ensino e aprendizagem são fundamentais. Diante disso, este artigo relata um trabalho desenvolvido que teve como objetivo geral analisar as contribuições da utilização do modelo de Ensino Híbrido de Rotação por Estações, no processo de ensino e aprendizagem de Indução Eletromagnética, tendo como público alvo alunos do terceiro ano do Ensino Médio. Como base teórica para a elaboração da proposta, apropriou-se de alguns pressupostos da metodologia híbrida, sendo escolhido o modelo de Rotação por Estações. A pesquisa desenvolvida, qualitativa do tipo intervenção pedagógica, utilizou como instrumentos de coletas de dados questionário e observação da sequência didática. A aplicação da sequência ocorreu em três tempos de aula. Na intervenção, apresentou-se o conteúdo de forma a familiarizar os alunos quanto aos conceitos abordados posteriormente nas estações. A partir disso, foi aplicado o modelo de Ensino Híbrido de Rotação por Estações, utilizando-se atividade experimental, simulação computacional e questões objetivas. A turma foi dividida em grupos e organizada em estações independentes, tendo que até o final passar por todas. Como resultados da pesquisa, observou-se que a proposta contribuiu para despertar o interesse dos alunos pelo conteúdo abordado, ao trabalhar de forma colaborativa em grupo, além disso destaca-se o desenvolvimento da autonomia de tais sujeitos num ambiente criativo e dinâmico, com utilização de diferentes estratégias, permitindo assim o protagonismo no processo de ensino e aprendizagem, em consonância com as demandas da sociedade tecnológica.</span></p>2023-06-14T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Educação (UFSM)https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/66384Estudo sobre violência intrafamiliar contra a criança: conhecimentos e atitudes de professores da educação infantil2022-05-03T14:14:07-03:00Luísa Leôncio Montiluisamonti@gmail.comSilvia Regina Ricco Lucato Sigolosilvia.sigolo@unesp.br<p>No cenário da violência intrafamiliar contra a criança, a escola e o professor são instrumentos de prevenção e proteção infantis. O objetivo do estudo foi investigar conhecimentos e atitudes de professores da Educação Infantil sobre a violência intrafamiliar contra a criança de zero a cinco anos e onze meses, a partir da teoria multicausal. Participaram 36 professoras de uma cidade do estado de São Paulo. Foram utilizados dois instrumentos de coleta de dados: um questionário sobre formação e experiência docente e um questionário estilo escala de Likert sobre violência intrafamiliar contra a criança. Observou-se tendência em não realizar a denúncia formal. Foi relatada insegurança para atuar, devido lacunas na formação, resultando em hesitação para denunciar e apoio das práticas em senso comum e crenças pessoais. As profissionais relataram falta de credibilidade nos órgãos que compõem a rede de apoio. A promoção de um microssistema (escola) que favoreça o desenvolvimento e a proteção do indivíduo, depende da capacitação de professores. Conclui-se que as profissionais são capazes de identificar situações e características de violência intrafamiliar contra a criança, contudo, não são capazes de realizar os encaminhamentos adequados.</p>2023-06-14T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Educação (UFSM)https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/65862Implicações do novo pacto social nas questões de gênero e sexualidade nas aulas de Educação Física: análises a partir da Base Nacional Comum Curricular e do discurso de representantes políticas2023-06-01T10:05:26-03:00Dayane Larissa Carvalho dos Santosdayanelsantos2016@gmail.comMarcos Vinicius Franciscomvfrancisco@uem.brThaís Godoi de Souzatgsouza2@uem.br<p>No Brasil, especificamente a partir de 2016, um “novo pacto social” favoreceu a emergência de alguns movimentos envolvendo discussões políticas e econômicas. Ele possui influência em vários âmbitos da sociedade, tal como a educação, a exemplo, da última versão da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), pois no processo de sua elaboração, ocorreram várias discussões envolvendo a retirada de alguns conteúdos a exemplo de gênero e sexualidade. Desta forma o objetivo geral foi analisar os impactos do novo pacto social na Base Nacional Comum Curricular e as interrelações com as temáticas de gênero e sexualidade em Educação Física, bem como os discursos de pessoas que ocupam determinados cargos políticos em relação às referidas temáticas. Ancorada na perspectiva do materialismo histórico dialético, a investigação foi desenvolvida por meio da análise de documentos, tais como legislações e reportagens publicizadas em veículos de informação e comunicação. As análises revelaram que o novo pacto social traz consigo uma onda de conservadorismo, inclusive nos discursos de algumas pessoas inseridas na política, mais especificamente duas deputadas e uma ministra escolhidas nesta pesquisa, sobretudo, por influenciarem parcela expressiva da população, por meio da difusão de falas preconceituosas e heteronormativas, que reforçam, muitas vezes, a moral religiosa e o conservadorismo como argumentos para justificar a exclusão de conteúdos sobre gênero e sexualidade nas escolas, aspectos estes materializados inclusive na versão final da BNCC.</p>2023-06-14T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Educação (UFSM)https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/66116Milícias digitais: fragmentos de pedagogias ciberfascistas2021-11-26T09:51:09-03:00Felipe Carvalhofelipesilvaponte@gmail.comFernando Pocahyfernando.pocahy@gmail.com<p>Nesta cartografia <em>online</em> objetivamos compreender de que forma as milícias digitais de extrema direita mobilizam determinadas pedagogias ciberculturais, as operacionalizam, lançam mão de diferentes instrumentos didáticos e definem alvos a serem alcançados. Partimos de estudos pós-estruturalistas para acompanhar linhas e fluxos de subjetivação que possibilitam produzir uma dada realidade (com seus territórios e práticas). As linhas de entrada de problematização são os vídeos com os depoimentos da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) das fake news e assédios virtuais em 2019; e as reportagens que vão ao encontro dos depoimentos à CPMI. Operamos com as linhas cartográficas utilizando as ferramentas conceituais foucaultianas de discurso e enunciado. Como resultado desta pesquisa, chegamos ao entendimento de que as milícias digitais mobilizam diferentes pedagogias ciberfascistas com vista a governar as condutas dos sujeitos por meio da produção, compartilhamento e viralização de práticas e de conteúdos odiosos, desumanizando o/a outro/a, transformando pessoas em alvos, coisa, objeto, algo inclusive a ser exterminado.</p>2023-06-14T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Educação (UFSM)https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/65749Do MST à União dos Agricultores de Ermera (Timor-Leste): reflexões e experiências acerca da universidade popular camponesa2022-01-25T09:57:41-03:00Samuel Penteado Urbansamuelurban@uern.br<p class="ResumoeAbstract">Após anos de invasão proporcionados por Portugal e Indonésia, Timor-Leste conquista a restauração de sua independência no ano 2002, sendo considerada a primeira democracia a se estabelecer como tal no século XXI. Após essa restauração, em contraposição há séculos de opressão, que se manifestaram através da educação bancária, bem como pela concentração de terras exercida pelas forças invasoras, surge a ideia da formação do movimento social do campo União dos Agricultores de Ermera (UNAER), como também a ideia de se criar uma universidade popular camponesa, que partisse das reais necessidades daquelas famílias do campo. Assim, a presente reflexão/experiência objetiva externar a universidade popular camponesa do Timor-Leste, intitulada Instituto de Economia <em>Fulidaidai-Slulu </em>(IEFS), sob influência do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) e, mais especificamente, da Escola Nacional Florestan Fernandes (ENFF). Metodologicamente, tem-se como ponto de partida reflexões acerca da idealização da ENFF. Em seguida, com base em experiências de pesquisa participante/ativista junto à construção curricular do IEFS, juntamente com a utilização de pequenos fragmentos de entrevistas semiestruturadas realizadas com membros e parceiros da UNAER, será apresentado o IEFS, trazendo a influência da ENFF. Por último, como resultado dessa influência, serão apresentadas a construção do currículo do IEFS, considerando-o como uma universidade popular camponesa.</p>2023-06-14T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Educação (UFSM)https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/66463Federalismo de cooperação, municipalização e universalização da educação básica2022-05-02T10:48:54-03:00Joviles Vitório Trevisoljoviles@uol.com.brLizeu Mazzionilizeumazzioni@gmail.com<p>O artigo apresenta os principais resultados de uma pesquisa sobre a relação virtuosa entre federalismo de cooperação, municipalização e universalização da educação básica. A pesquisa foi desenvolvida entre agosto de 2014 e maio de 2021. Além da análise documental, o estudo envolveu uma extensa sistematização e análise dos principais indicadores educacionais disponíveis em inúmeras bases de dados nacionais. O estudo evidenciou, entre outros aspectos, como o federalismo de cooperação e as políticas de municipalização incidiram na universalização da educação básica. A Constituição Federal de 1988 redesenhou o Estado brasileiro e elevou os Municípios à condição de entes federados e autônomos, passando a ter autonomia para organizar os sistemas municipais de ensino. O federalismo de cooperação redefiniu as competências e as atribuições da União, dos Estados e dos Municípios. Na educação básica ocorreu um crescimento exponencial de matrículas nas redes municipais. Em 2019, os municípios já respondiam por 48% do total das matrículas e por 59% das matrículas das redes públicas. O federalismo de cooperação e a municipalização têm contribuído para a elevação dos anos de estudos do ensino obrigatório e gratuito (que passou a ser de 14 anos, dos 4 aos 17 anos de idade) e também da frequência escolar, que em 2019, alcançou 94,1% entre crianças de 4 e 5 anos; 98,0% entre 6 a 14 anos e, 92,5% entre 15 a 17 anos. O FUNDEB e o CAQ nacional impulsionam a construção da equidade no financiamento da educação básica.</p>2023-06-14T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Educação (UFSM)https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/67428A implementação e funcionalidade dos Napnes na rede federal de ensino2022-03-22T16:48:14-03:00Jaqueline Zanotti Dalmonechnanizanotti@gmail.comHildo Anselmo Galter Dalmonechhildodalmonech@gmail.comLuciléa Silva dos Reislucileasr@ifes.edu.brAndressa Santos Rebeloandressarbl@gmail.com<p>Este estudo teve por objetivo situar o início da regulamentação de criação dos Núcleos de Apoio aos Portadores de Necessidades Específicas (Napnes), bem como levantar informações sobre a origem histórica e política dos Napnes na Educação Profissional Tecnológica nos Institutos Federais (IFs) do Brasil, a fim de compreender seu surgimento e funcionalidade, bem como consulta a autores que compartilham de uma visão crítica de tal surgimento. Para isso foi realizada uma revisão bibliográfica de pesquisas que investigaram o programa Educação, Tecnologia e Profissionalização para Pessoas com Necessidades Educacionais Especiais (Tecnep) com foco no Napne. Como procedimento para a produção dos dados, foi utilizado a análise documental. Em termos de resultados, pode-se dizer que a criação dos Napnes se deu juntamente com a Ação Tecnep, mesmo existindo algumas divergências. Suas funções são implantar e implementar ações, através da articulação dos setores internos na busca do acesso e a aprendizagem, pois buscam compreender as demandas dos estudantes com Necessidades Educacionais Especiais (NEE) e supri-las. Entretanto, muitas vezes essas ações não estão sendo operacionalizadas, ficando apenas no campo das ideias, e isso acontece possivelmente devido à falta de condições para o trabalho. Revelou-se também grande disparidade nas ações executadas, pois cada Napne busca realizar alguma ação apenas quando há demanda de alunos, e as ações não são pensadas como uma rede. Pode-se verificar também que a implantação dos Napnes através do programa/ação Tecnep foi um divisor de águas no processo de inclusão de pessoas com NEE na Rede Federal de Ensino, porém há muito a ser feito ainda para aperfeiçoar o processo educativo, com vistas à uma educação profissional tecnológica mais inclusiva.</p>2023-06-15T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Educação (UFSM)https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/67095Racionalidades e epistemologias da prática: reflexões teóricas e metodológicas na/para compreensão das práticas da docência2022-02-07T10:21:59-03:00Tiago Pereira Gomesti-pg@hotmail.comNeide Cavalcante Guedesneidecguedes@hotmail.com<p>As práticas educativas têm se configurado como objeto de estudo de pesquisadores educacionais e como tema de diálogos permanentes nos espaços formativos, oportunizando saberes multidimensionais mobilizados por reflexões sobre as intencionalidades dessas ações no campo educativo. Objetivamos discutir sobre as racionalidades e epistemologias da Educação que colaboram para a compreensão das práticas da docência, mediadas pelos pressupostos teóricos e metodológicos que subjazem o desenvolvimento da docência nos diferentes campos que as constituem. Partimos do pressuposto de que os estudos sobre a racionalidade e as epistemologias em Educação colaboram para a compreensão das práticas da docência se configurando como unidades teóricas que alicerçam o saber/fazer prático no contexto da ação educativa e estes ao serem (re)elaborados no processo da reflexão/ação permanente do ensinar e aprender favorecem a construção de saberes múltiplos desencadeando melhorias na qualidade do trabalho docente. Este estudo é um artigo teórico que se originou dos debates reflexivos na disciplina de Prática Educativa do doutorado em Educação. As discussões tecidas no campo teórico-reflexivo no contexto educativo sobre a racionalidade e as epistemologias tornam-se temáticas imprescíndíveis para aprofundarmos e refletirmos acerca das necessidades formativas de professores, sobre os saberes, práticas e profissionalidade docente, haja vista que estes conhecimentos estão subjcentes ao campo de estudo desta pesquisa. Portanto, o compartilhamento de saberes nos momentos dialógicos sobre a prática educativa, ancorados nos estudos teóricos, evidenciaram reflexões permanentes sobre os processos formativos e a ação docente favorecendo a ressignificação de saberes teóricos em relação às racionalidades e às epistemologias da prática.</p>2023-06-15T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Educação (UFSM)https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/66933Afirmação trágica e pedagogia da escolha na animação Soul2021-09-11T18:20:36-03:00Rogério de Almeidarogerioa@usp.brLuiz Antonio Callegari Coppiluiz.coppi@usp.br<p>Este artigo tem o objetivo de analisar, por meio de uma leitura hermenêutica, a animação <em>Soul</em>, de Pete Docter. Para tanto, propomos duas dimensões de análise: uma mais filosófica e outra mais especificamente pedagógica. Na primeira, investigamos como o enredo do filme se contrapõe ao imaginário individualista e produtivista da contemporaneidade ao propor uma afirmação do viver destituída de justificativas grandiosas, absolutas – em outras palavras, uma afirmação trágica, como a concebem os filósofos Friedrich Nietzsche e Clément Rosset, a quem recorreremos a fim de sustentar a argumentação. A seguir, interessa-nos também observar como a relação pedagógica travada pelos protagonistas da história a partir dessa perspectiva trágica traz à luz a potência dos encontros fortuitos em Educação, colocando em cena as noções de experiência e de escolha.</p> <p> </p>2023-06-15T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Educação (UFSM)https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/68539Prescrições para o ensino remoto emergencial: análise de parecer do CNE2022-03-11T14:26:56-03:00Denise Lino de Araújodenise.lino@professor.ufcg.edu.brDiego Andrade Silvadiego.andrade@estudante.ufcg.edu.br<p>O ensino remoto emergencial na educação básica foi adotado, no Brasil, no ano de 2020, devido à suspensão das aulas presenciais, como decorrência da pandemia por COVID-19. Essa modalidade de ensino foi regulamentada por pareceres do Conselho Nacional de Educação (CNE) e das secretarias estaduais de ensino. Este artigo tem como objetivo analisar prescrições para o funcionamento de escolas desse nível da educação, tendo como foco os conceitos de ensino remoto emergencial e currículo. Para isso, foi realizado um estudo documental do parecer 05/2020 do CNE. A análise de dados revelou que do documento emana um currículo de perspectiva tradicional, voltado para a aplicação BNCC, desconsiderando o contexto pandêmico. Além disso, as prescrições apontam para dois movimentos – ancoramento e afastamento – que tentam, de um lado, aproximar do cotidiano escolar novos elementos, como plataformas e redes sociais, ao mesmo tempo que indicam a manutenção de práticas e rotinas próprias da modalidade presencial de ensino, como planejamento focado no cronograma e a realização de atividades de avaliação.</p>2023-06-20T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Educaçãohttps://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/68517Oficinas literárias: as estratégias de compreensão como possibilidade para a formação de atitudes leitoras na infância2022-07-29T09:49:13-03:00Geuciane Felipe Guerim Fernandesgeuciane@uenp.edu.brKatia Luciane de Katia Oliveirakatyauel@gmail.com<p>Este artigo busca apresentar os resultados de uma proposta interventiva em estratégias de compreensão, com foco na estratégia de “Inferências” para a Educação Infantil. Os resultados são frutos de uma pesquisa de Pós Graduação em Educação, Stricto Sensu (Doutorado), que teve como objetivo geral compreender as possibilidades das estratégias de leitura para a formação de atitudes leitoras desde a infância, a fim de desenvolver práticas mediadas, impulsionadoras da formação do pequeno leitor na Educação Infantil. Participaram da pesquisa 36 crianças integrantes de duas turmas de Educação Infantil (Pré II), com idade média de 5 e 6 anos. Uma turma (16 crianças), constituiu o grupo controle e, a outra turma (20 crianças), o grupo interventivo, que participou de oficinas literárias. A pesquisa percorreu as seguintes fases: avaliação inicial das estratégias de compreensão, oficinas literárias e avaliação final das estratégias de compreensão. O conjunto de Oficinas intituladas “Pequeno Leitor” teve como suporte teórico uma abordagem de ensino das estratégias leitura estadunidense. Os resultados foram apresentados articulando as dimensões qualitativas e quantitativas na busca por uma inter-relação dinâmica. Os resultados apontam os benefícios da interação com os livros literários e da organização de situações de leitura compartilhada na Educação Infantil, nas quais a criança pode se apropriar e internalizar elementos iniciais, para o posterior uso pleno e individual da leitura. Assim, cabe à escola criar condições para que as crianças vivenciem a leitura de forma significativa e façam uso de suas atitudes leitoras em desenvolvimento.</p>2023-06-20T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Educaçãohttps://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/66944Percepções de estudantes dos anos finais do ensino fundamental de escolas públicas sobre o ensino de Ciências durante a pandemia da COVID-19 2022-03-21T11:19:46-03:00Patrícia Matteipatymattei@gmail.comMarcelo Santos MenezesM.Smenezes@hotmail.comPatrícia Ferreira Santos Guañabenspatricia.guanabens@ifmg.edu.brPaulo José Germany Gaigerpaulogaiger@hotmail.com<p>A pandemia da COVID-19 pode ser apontada como a maior quebra de paradigmas da história da educação no século XXI. Dada a sua gravidade, a melhor alternativa para mitigação de danos na educação segue sendo o ensino remoto emergencial (ERE), que é mediado, em maior ou menor grau, pelas Tecnologias da Comunicação e Informação (TICs). No entanto, aprender Ciências através desta nova abordagem metodológica pode ser desafiador, considerando as desigualdades no acesso e uso das TICs no Brasil. Soma-se a isso a grande capacidade de abstração dos alunos que a disciplina de Ciências por vezes requer, o que causa dúvidas e incertezas no processo de ensino-aprendizagem. Assim, o objetivo do estudo foi questionar e compreender como os alunos dos anos finais do ensino fundamental, de duas cidades de realidades socioeconômicas distintas, estão percebendo o aprendizado na disciplina de Ciências. A metodologia, de cunho quali-quantitativo, utilizou um questionário para a coleta de dados, estatística descritiva e a análise de conteúdo para a discussão. O trabalho identificou diferenças marcantes entre as escolas das duas cidades pesquisadas, no que tange a aspectos socioeconômicos e étnicos e sua relação com o acesso à rede, uso de eletroeletrônicos e os impactos desses fatores na aprendizagem na disciplina de Ciências. A análise permite inferir que são urgentes as medidas de enfrentamento à pandemia dentro do contexto familiar, que refletirá no contexto escolar, de forma a diminuir o impacto dos efeitos negativos na aprendizagem.</p>2023-06-20T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Educação (UFSM)https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/67408A política de assistência estudantil no Instituto Federal de Rondônia (IFRO) durante a pandemia de Covid-19 no ano de 20202022-07-04T09:17:08-03:00Lívia Catarina Matoso dos Santos Telleslivia.santos@ifro.edu.brIranira Geminiano de Meloiranira.melo@ifro.edu.brXênia de Castro Barbosaxenia.castro@ifro.edu.brJoão Guilherme Rodrigues Mendonçajgrmendonca@unir.br<p>No Instituto Federal de Rondônia, a adoção de tecnologias da informação e da comunicação como meio para a oferta das aulas, no contexto da pandemia de COVID-19, tornou mais evidente as desigualdades de classe, dificultando a permanência dos estudantes que possuem pouco ou nenhum acesso às tecnologias. Neste artigo, objetivamos analisar as políticas de assistência estudantil executadas pelo IFRO – <em>Campus </em>Porto Velho Calama, no ano de 2020. Quanto aos objetivos específicos, buscou-se avaliar (1) se houve aumento de investimentos e de distribuição de recursos para a assistência em função da pandemia de COVID-19; (2) se o programa tem sido desenvolvido de maneira articulada às atividades de ensino, pesquisa e extensão; (3) se, em 2020, houve redução dos índices de retenção e evasão escolar/acadêmica em relação ao ano de 2019. O estudo foi desenvolvido em abordagem quantitativa, com base na estatística descritiva. Os dados foram obtidos junto à Coordenação de Orçamento e Finanças e à consulta de processos no Sistema Eletrônico de Informações da unidade. As informações foram analisadas por meio do software XLSTAT 2020 e apresentadas em tabelas e gráficos. Os resultados indicaram que o IFRO executa o Programa Nacional de Assistência Estudantil (PNAES) em conformidade ao estabelecido no Decreto nº 7.234, de 19 de julho de 2010, tendo aplicado nas ações de assistência estudantil, em 2020, o total de R$1.140.826,93, 43,38% a mais que em 2019, contribuindo, desse modo, para a permanência e êxito escolar de 1013 alunos.</p>2023-06-22T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Educação (UFSM)https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/68045Os desafios do direito à educação angolana durante a pandemia: do maldito vírus às benditas (necessárias) mudanças emergentes 2022-05-25T11:07:59-03:00António Antónioantoniotonny1988@hotmail.comGeovana Mendonca Lunardi Mendesgeovana.mendes@udesc.brGarcia Lukomboglukombo1974@hotmail.com<p>O presente artigo tem como objetivo analisar criticamente as políticas e práticas que visam assegurar o direito à educação no contexto angolano agora (durante a pandemia da Covid-19) e depois (nova normalidade) em correlação com os impactos do antigo normal. Desse modo, a pesquisa é metodologicamente qualitativa do tipo documental, com alcance exploratório-descritivo, fazendo análise de documentos oficias e pesquisas nacionais e internacionais sobre todos os indicadores considerados nesse estudo. Os resultados evidenciam que, para além dos avanços conseguidos no capítulo do direito à educação para todos, o país enfrenta sérias dificuldades em estendê-lo para todos, dificuldades que ficaram muito patentes durante a pandemia da Covid-19, incluindo sua privação por conta da precariedade e sucateamento da educação em tempos normais.</p>2023-06-22T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Educação (UFSM)https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/69995Os professores diante do novo ensino médio: relações externas de mudança e trabalho docente2022-05-11T09:54:26-03:00Carina Tonietotonieto.carina@gmail.comAltair Alberto Fáveroaltairfavero@gmail.comJunior Bufon Centenarojuniorcentenaro93@gmail.comChaiane Bukowskichaiane_bukowski@yahoo.com.brCaroline Simon Bellenziercarolsimon@hotmail.com<p>O presente artigo tem por objetivo analisar as percepções de professores da rede estadual de ensino do Rio Grande do Sul (RS), a fim de identificar se eles se percebem como protagonistas no processo de elaboração e de implementação da reforma educacional do novo ensino médio. Trata-se de uma pesquisa de natureza básica, exploratório-descritiva quanto aos seus objetivos, qualitativa-quantitativa quanto à abordagem do problema e um estudo de caso quanto aos procedimentos. O estudo está ancorado teoricamente na perspectiva epistemológica pós-estruturalista da teoria da atuação de Ball, Maguire e Braun (2016), na perspectiva sócio-histórica do currículo de Goodson (2019) e na perspectiva crítica de Masschelein e Simons (2018) e Laval (2004). Os dados foram coletados em dez escolas pilotos do RS por meio da aplicação de questionários e realização de entrevistas com professores e gestores. O estudo apresentado é um recorte de uma pesquisa interinstitucional a respeito das políticas curriculares para o ensino médio. Os resultados mostram que a reforma do ensino médio foi concebida e é executada por meio de relações externas de mudança. Nesse contexto, os professores veem a si mesmos como espectadores, destinatários ou, ainda, entregadores de um <em>pacote formativo</em>, apesar de considerarem que devem ser ouvidos e envolvidos nos processos de reforma; portanto, as mudanças acontecem sem uma discussão acerca da carreira e condições de trabalho do professor.</p>2023-06-22T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Educaçãohttps://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/67188O Tempo Integral na Educação Carioca: Das “Escolas do Amanhã” ao Turno Único2022-04-13T11:17:17-03:00Rosângela Cristina Rocha Passos Felixrosacris.passos@gmail.comElisangela da Silva Bernadoefelisberto@yahoo.com.br<p>O presente artigo apresenta uma discussão sobre a Educação em Tempo Integral no município do Rio de Janeiro, tendo como foco o Programa Escolas do Amanhã (2009) e o Turno Único (2010). Com base nos resultados da pesquisa realizada na XXXX<a href="#_ftn1" name="_ftnref1">[1]</a> de 2019 ao início de 2021, a partir de uma análise da implementação dessas experiências, ressalta as mudanças paradigmáticas ocorridas em seus moldes, currículos e objetivos. De cunho qualitativo, este texto ancora-se em documentos legais da rede municipal e de outras esferas. Além disso, busca dialogar com os principais teóricos das temáticas: Educação Integral e Educação em Tempo Integral. Diante da análise realizada, foi possível perceber que o Turno Único se apresenta como uma nova perspectiva de educação em tempo integral no município do Rio de Janeiro, se diferenciando de outras, ao apresentar uma visão universalista, enquanto as anteriores apresentavam uma visão mais focalizadora e restrita a determinados grupos. Apesar de percebermos alguns aspectos a serem aperfeiçoados, apontamos para outros aspectos que fortalecem, e firmam o Turno Único como uma política de Estado. Dessa forma, consideramos que a educação em tempo integral no solo carioca, tem se expandido e, apesar de não ter alcançado a universalização no tempo previsto, apresenta indícios de que esse objetivo será alcançado em breve.</p>2023-06-22T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Educação (UFSM)https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/66387A criança e sua relação com a aprendizagem da escrita: algumas articulações possíveis com o processo de constituição do sujeito no chão da escola2022-08-08T10:58:08-03:00Adail Silva Pereira dos Santosadaylsantos@gmail.comDenise do Nascimento Percíliodeniseperciliopsicologa@gmail.comInês Maria Marques Zanforlin Pires de Almeidaalmeida@unb.brSilvano Messias dos Santossilvannomessias@yahoo.com.br<p>Este trabalho aborda a questão da apre(e)ndizagem da escrita pelo sujeito-criança que chega à escola e é convidado pelo(a) professor(a) a marcar o papel. Partindo da compreensão de escrita como uma experiência singular e que está à prova do inconsciente, o artigo está estruturado em três seções: i) em “Da relação pais-bebê à relação pais-criança-escola”, buscamos elucidar o caminho da constituição do sujeito que chega ao chão da escola já marcado por ser objeto de desejo do Outro, imerso na história do seu psiquismo, simbolismos e vínculos afetivos; ii) em “A criança e o chão da escola: escrevendo no papel as marcas inscritas no inconsciente”, desvelamos o caminho dessas marcas mnêmicas, (re)pensando o lugar que a construção da escrita pode ter para a criança no espaço de aprendizagem; e iii) em “A criança, o adulto e a escrita como efeito da posição do sujeito na linguagem: reflexões a partir (e para além) do chão da escola”, trazemos o debate sobre o discurso social atribuído à escola, um discurso sustentado pela crença de que a aprendizagem da escrita oportuniza ao sujeito pertencente ao mundo da palavra e da linguagem acesso aos achados da ciência e às possibilidades de comunicação e inserção no laço social, apontando que a escrita é efeito da posição do sujeito na linguagem.</p>2023-06-22T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Educação (UFSM)https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/67381Aprendizagem da Matemática e da Língua Portuguesa nos Anos Iniciais sob a ótica de Piaget2022-10-26T14:54:12-03:00Beatriz Sievertbiasievert@gmail.comCamila Borges Ribeirocamilaborges@hotmail.com<p>O presente estudo objetivou conhecer as etapas do desenvolvimento cognitivo das crianças sob a ótica de Piaget com vistas a compreender o aprendizado da Matemática e da Língua Portuguesa nos Anos Iniciais. Para tanto, utilizou-se a pesquisa bibliográfica que tratou da construção do conhecimento na teoria piagetiana e dos estádios de desenvolvimento, bem como da implicância dessa teoria no aprendizado da Matemática e da Leitura e Escrita. Constatou-se que os estádios devem ser considerados como as estruturas mentais construídas que não possuem cronologia fixa e que cada indivíduo possui características e estruturas específicas. Essas estruturas possibilitam o conhecimento, que é construído através do contato com o meio. O aprendizado da Matemática e da Língua Portuguesa está relacionado às manipulações e interações que partam de objetos ou situações concretas, além das interações sociais em sala de aula, na qual o aluno deve ser o centro do processo ensino-aprendizagem. Concluiu-se que conhecer os estádios é fundamental para compreender como a construção do conhecimento acontece, dando foco ao aluno de forma a estimulá-lo e suscitar “desequilíbrios” que o levem à busca pela equilibração.</p>2023-06-27T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Educação (UFSM)https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/68518Assédio moral pedagógico como expressão do autoritarismo em sala de aula: percepções de estudantes de engenharia2022-05-27T16:53:23-03:00Acimarney Correia Silva Freitasacimarney@gmail.comJosé Claudio Del Pinodelpinojc@yahoo.com.br<p>O assédio moral pedagógico é um fenômeno complexo das relações de ensino. Esta pesquisa define-o e caracteriza-o como expressão de práticas autoritárias em sala de aula e apresenta às percepções dos estudantes da área de engenharia de uma IES pública da Bahia. Trata-se uma pesquisa qualiquantitativa, exploratória, que utilizou a entrevista individual semiestruturada e a aplicação de questionários como técnicas para a coleta de dados. Participaram da pesquisa 280 estudantes de diferentes cursos da área da engenharia. Para a análise do conteúdo das entrevistas, utilizou-se o método do Discurso do Sujeito Coletivo – DSC. O estudo identificou às percepções dos estudantes quanto à prática do assédio moral pedagógico por parte dos docentes e suas consequências na vida daqueles. Como resultado constatou-se que o assédio moral pedagógico afeta à saúde física, emocional e social, bem como, compromete às condições gerais do corpo e do metabolismo dos estudantes, inclusive, prejudicando a qualidade de vida emocional, psicológica, cognitiva e a capacidade de se relacionar com outras pessoas. </p> <p><strong> </strong></p>2023-06-27T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Educaçãohttps://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/67949Formação do professor de música: contextos e interfaces2022-02-22T15:55:17-03:00Jéssica de Almeidaalmeidadejessica@gmail.comZiliane Lima de Oliveira Teixeiraziliane.teixeira@ichca.ufal.br<p>A formação do professor de música tem sido amplamente discutida pelo campo da Educação Musical há, pelo menos, trinta anos. Enquanto as temáticas e direcionamentos teóricos se amplificam engendrando a constituição da Educação Musical como área do conhecimento, assiste-se a um amadurecimento no bojo epistemológico das pesquisas que, nela, estudam a formação docente. Assim, objetiva-se, neste artigo, apresentar e discutir resultados parciais de uma pesquisa do tipo estado da arte que analisou perspectivas teóricas das publicações que tematizaram a formação docente nos últimos trinta anos e os impactos para as suas diferentes concepções. A problematização dos resultados apresentados é articulada, por fim, com estudos realizados sobre a formação docente na área de Educação (ANDRÉ, 2002; BRZEZINSKI 2006; 2014), por meio da qual se apontam alguns caminhos desvelados com a presente pesquisa, bem como questionamentos para reflexões futuras. Espera-se que os apontamentos tecidos neste artigo articulem subsídios para explicar as concepções, perspectivas e contextos que parecem atravessar a formação docente, bem como os seus reflexos no tratamento da temática em si.</p>2023-06-27T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Educação (UFSM)https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/67732Cultura japonesa: fábrica e escola na Amazônia2022-09-09T20:55:25-03:00Luciana de Lima Pereiraluciana.lima.pereira@seduc.netCristina Rosoga Sambuichicristinarosogaa@gmail.comSelma Suely Baçal de Oliveiraselmabacal@ufam.edu.br<p>Este artigo tem como objetivo discutir a influência da cultura japonesa espraiada para o âmbito educacional no Estado do Amazonas, em seus aspectos históricos e fabris. Utiliza o método dialético em suas leis fundamentais de ação recíproca, mudança dialética, mudança qualitativa e contradição, por meio de uma abordagem qualitativa e pesquisa de campo composta por dados obtidos por meio de observação na vida real e análise documental. A análise perpassa por pesquisa bibliográfica apresentando elementos próprios da cultura japonesa resultantes de adaptações ao ambiente e as condições históricas deste país que levaram ao surgimento do Sistema de Produção Toyota. Destaca que, estes princípios de gerenciamento empresarial estão presentes não só nas práticas de gerenciamento japonês como também repercutem no contexto educacional amazonense. Os resultados evidenciam que, as técnicas de gerenciamento japonesas, oferecidas por empresas de consultoria contratadas com recursos públicos pelas secretarias, municipal e estadual de educação do Amazonas, é que disseminam os elementos gerenciais japoneses, principalmente o ciclo PDCA; o Programa 5 s; e o Diagrama de Ishikawa, de causa e efeito. Estas empresas objetivam principalmente lucratividade, e dificultam ainda mais o entendimento dos padrões deste gerenciamento empresarial na educação, e o porquê da utilização dos mesmos por parte dos educadores das escolas públicas da Secretaria Municipal de Educação (SEMED), e da Secretaria Estadual de Educação e Desporto (SEDUC).</p>2023-06-29T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Educação (UFSM)https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/67062Fluxo escolar de estudantes com cegueira na Educação de Jovens e Adultos na cidade de Belo Horizonte (2007-2018) 2022-06-06T08:32:05-03:00Beatriz Fonseca Torrestorresfbia@gmail.comFabiane Maria Silvafabiane_maria@yahoo.com.brTaísa Grasiela Gomes Liduenha Gonçalvestaisaliduenha@gmail.com<p>O objetivo deste artigo<a href="#_edn1" name="_ednref1">[i]</a> é analisar o fluxo escolar de estudantes com cegueira na Educação de Jovens e Adultos (EJA), na cidade de Belo Horizonte/MG. Para isso, foram analisados os microdados do Censo Escolar da Educação Básica, disponibilizados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), referentes às matrículas de alunos com cegueira, entre 2007 e 2018. Os dados foram agregados segundo as variáveis (modalidade de ensino, etapas de ensino, deficiência, sexo, cor/raça, idade). O estudo se orientou pela perspectiva da unidade entre as dimensões de qualidade e quantidade, sendo indissociáveis. Os resultados demonstraram que 47 alunos com cegueira frequentaram a EJA em Belo Horizonte no período analisado, dentre os quais 23 apresentaram repetência ou promoção, a partir de dados de matrícula, sendo 47,8% do sexo masculino e 52,1% do sexo feminino. Em relação à cor/raça, 13 estudantes corresponderam à parda (56,2%), cinco à cor branca (21,7%), dois à preta (8,6%) e três não declarados (13%), indicando as desigualdades de acesso ao ensino, uma vez que a população preta, somada com a parda, foi a mais afetada. As 24 matrículas de alunos que evadiram após um ano de estudo, isto é, 51,06%, revelam que esses estudantes não tiveram processos efetivos de escolarização.</p>2023-06-29T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Educação (UFSM)https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/67717Estudos em Bauman: interlocuções com o cinema2021-12-03T11:51:47-03:00Rafael Montoitoxmontoito@gmail.com<p>Este artigo apresenta uma análise do filme <em>Amor.com</em>, tomado como representativo do capítulo <em>Individualidade</em>, da obra <em>Modernidade Líquida</em>, de Zygmunt Bauman. A análise foi desenvolvida como um estudo teórico, visando ser apresentada em uma disciplina ministrada no Programa de Pós-graduação em Educação (IFSul), a qual considerou alguns filmes como um recurso potencial para o ensino de tópicos atinentes à modernidade líquida, sobretudo em tempos de distanciamento social. <em>Amor.com</em> foi escolhido por satisfazer três importantes perspectivas teóricas, as quais são apresentadas neste artigo: poder ser considerado uma escola de vida (MORIN, 2004); favorecer uma experiência estética (NOGUEIRA, 2002) e fomentar a insurreição à cafetinagem dos tempos atuais (ROLINK, 2019). Foram utilizadas, como metodologia de análise, as análises de conteúdo e textual (PENAFRIA, 2009), por meio de fotogramas escolhidos. Como resultado da análise, percebe-se que o filme pode ser tomado como uma metáfora do capítulo de Bauman à medida que discute questões como a sociedade hiperconectada, a busca por conselheiros da vida privada, a metamorfoseação de si em produto e a necessidade de se estar sempre em movimento numa sociedade pautada pelo consumo.</p>2023-07-04T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Educação (UFSM)https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/67529Manejo dos Cuidados Paliativos: uma proposta de instrumento de educação permanente para a equipe multidisciplinar de um hospital público 2022-02-02T17:35:17-03:00Andreia Aparecida Alvesandreiatwo@hotmail.comRosamaria Rodrigues Garciarosamaria.garcia2016@gmail.com<p>Este estudo apresenta o desenvolvimento de um produto educacional como proposta de instrumento de apoio em Educação Permanente voltado para profissionais de saúde que atuam na abordagem dos cuidados paliativos, discutindo, por meio dos referenciais teóricos que o fundamentam, os principais temas / assuntos que configuram em orientações necessárias para aprimorar o conhecimento, as competências e habilidades primordiais dos profissionais que atendem o paciente / família que se encontra em processo de terminalidade e/ou luto. O produto educacional está estruturado em quatro capítulos que versam desde um breve histórico sobre os Cuidados Paliativos até as orientações básicas sobre as principais competências dos profissionais que compõem a equipe multidisciplinar, sendo eles: médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, psicólogos, assistentes sociais, odontologistas, terapeutas ocupacionais, nutricionistas, fonoaudiólogos e farmacêuticos, além de descrever as etapas do processo de sua aplicabilidade na prática de intervenção de Educação Permanente.</p>2023-07-04T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Educação (UFSM)https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/67571O uso das TIC no ensino remoto: entre possibilidades e desafios, o que dizem os docentes?2022-09-08T15:55:00-03:00Francine da Conceição Queiroz Motafrancine.mota@ifnmg.edu.brCaroline Queiroz Santoscaroline.queiroz@ufvjm.edu.brAlexandre Ramos Fonsecaarfonseca@ict.ufvjm.edu.br<p>Dentre os desafios enfrentados pelas instituições de ensino na melhoria dos seus processos pedagógicos, destaca-se a problemática referente ao uso das Tecnologias de Informação e Comunicação para a promoção de aulas inovadoras e criativas. No contexto da pandemia de COVID-19, essas tecnologias permitiram a continuidade das aulas, contudo, exigiram novas habilidades docentes para o seu uso. Nesse cenário, o objetivo deste artigo é identificar as tecnologias digitais utilizadas pelos docentes no ensino remoto e os desafios e possibilidades vivenciadas nessa utilização no processo de mediação da aprendizagem. Partindo de uma abordagem qualitativa, a produção de dados realizou-se mediante a aplicação de questionários e entrevistas aos docentes das turmas pesquisadas. Os resultados apontam a experimentação de quadros digitais, mapas mentais, murais interativos, plataformas de aprendizagem, dentre outras. Apesar de cumprir a necessidade de dar continuidade às aulas, o uso de tais tecnologias não se traduziu em expressivas ressignificações da prática docente, que centrada no professor, contou com baixo protagonismo e autonomia discente, pouco incentivo à produção autoral de conteúdo e práticas interativas e colaborativas. Nas percepções docentes, destacaram-se as oportunidades multimidiáticas e multiplataformas e de inclusão das tecnologias e as dificuldades mais recorrentes referem-se à avaliação, à gestão do tempo e a produção e edição de videoaulas. Tais percepções permitem a reflexão sobre a importância da construção de habilidades docentes rumo a experiências que melhor se apropriem das possibilidades pedagógicas dos ambientes <em>online</em> no pós-pandemia, na perspectiva de um ensino híbrido.</p>2023-07-04T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Educação (UFSM)https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/67754Construção da identidade docente em tempos de pandemia: narrativas de professores/as do ensino fundamental2021-11-26T09:30:06-03:00Fabrício Oliveira da Silvafosilva@uefs.brGeruza Ferreira Ribeiro de Souzageruzafribeiro@hotmail.com.brEdna Gama do Nascimentoednagamaoff@gmail.com<p>O texto enfoca a identidade profissional docente de professores/as da educação básica, promovendo uma análise compreensiva sobre como os/as professores/as têm habitado a profissão docente em tempos de pandemia. Nesse sentido, o presente artigo tem como objetivo identificar os fatores que se relacionam com a construção da identidade docente em tempos de pandemia. Para tanto, foram utilizadas entrevistas semiestruturadas e aplicadas a um total de quatorze professores/as de três municípios do Estado da Bahia, com atuação profissional nos primeiros anos do Ensino Fundamental. Foram elaborados dois blocos de questões: o primeiro, com três questões fechadas sobre o perfil profissional do/da informante e o segundo bloco, contendo quatro questões abertas a partir das quais se buscavam respostas mais amplas a respeito dos impactos da pandemia, com foco na construção da identidade docente. De natureza qualitativa, as entrevistas foram dispositivos que proporcionaram um mapeamento sobre como os professores/as têm desenvolvido práticas e saberes da docência na pandemia. Os resultados evidenciam sentimentos de esgotamento, angústia, incertezas, sobrecarga, resiliência, além do abandono sofrido por parte das instâncias públicas nos processos de formação, o que compromete, ainda mais, a construção da identidade dos/as professores/as marcada pela própria história como uma profissão que diuturnamente está em processo de autoafirmação, sobretudo em constante busca pelo reconhecimento dos poderes públicos e da sociedade</p>2023-07-04T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Educação (UFSM)https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/67951Ministério Público e Gestão Democrática em cena: tessituras sobre o processo seletivo de diretores escolares em Duque de Caxias (RJ)2023-01-16T14:53:45-03:00Pamela Maria do Rosário Motapamelamota23@yahoo.com.brElisangela da Silva Bernadoefelisberto@yahoo.com.br<p>O presente trabalho tem como objetivo apresentar uma análise da atuação do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, MPRJ, durante a regulamentação da gestão democrática na cidade de Duque de Caxias, região metropolitana da cidade do Rio de Janeiro. Para tanto, foi realizada uma análise documental das diligências instauradas pelo órgão entre os anos de 2014 a 2017 a respeito do processo seletivo de diretores escolares no município pesquisado. Sob a perspectiva teórico-metodológica do ciclo de políticas (BALL, 1994; BOWE; BALL; GOLD, 1992), os resultados parciais da pesquisa em andamento apontam que o referido órgão público pode influenciar a ampliação da gestão democrática de políticas públicas educacionais, além de estimular a produção textual de legislações locais mais perenes. Ao observar como os contextos de influência corroboraram na tessitura de políticas educacionais mais participativas de seus usuários, apresentamos a importância de se edificar um panorama sobre o que vem ocorrendo nos sistemas municipais de educação acerca da meta 19 do Plano Nacional de Educação de 2014 quanto à gestão democrática.</p>2023-07-04T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Educação (UFSM)https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/68058Internacionalização do ensino superior: perspectivas de mobilidade e intercâmbio estudantil na graduação da UNEB2022-05-02T10:32:59-03:00John Wolter Oliveira Silvajohnwollter@gmail.comRaiane Cordeiro de Araújoraianeacuneb@gmail.comIvonete Barreto de Amorimivoneteeducadora623@gmail.com<p>O presente artigo tem como objetivo discutir os processos de Mobilidade e Intercâmbio Acadêmico Internacional da Universidade do Estado da Bahia (UNEB) como contributos da internacionalização do ensino superior na formação inicial. A ação metodológica está pautada em uma abordagem qualitativa, uma vez que pretendeu refletir sobre o cenário da internacionalização do ensino superior, fundamentado nas concepções de De Wir (2013), de Maués; de Bastos (2017), de Laus (2012) e no aporte documental do Plano Nacional de Educação (2014-2024). A pesquisa documental, baseada em Pádua (2012), se constituiu como opção procedimental de discussão das perspectivas sobre internacionalização, mobilidade e intercâmbio presentes em documentos oficiais da UNEB, como Estatuto, Regimento, Anuários, Resoluções, dentre outros; e a narrativa autobiográfica de formação como instrumento de análise e descrição dos dados. Por fim, concluiu-se que o processo de internacionalização do ensino superior da UNEB, a partir dos programas de bolsas mobilidade e intercâmbio internacional de estudantes da graduação, representa um importante e estratégico instrumento de potencialização da formação inicial, principalmente do profissional docente, uma vez que os estudantes são desafiados a assumir um perfil de protagonismo representativo da própria formação.</p>2023-07-06T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Educação (UFSM)https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/68174História da educação no curso de pedagogia: avanços, desafios e perspectivas2022-05-02T10:29:30-03:00Joao Carlos da Silvajoao.silva@unioeste.br<p>O presente artigo aborda a trajetória da disciplina de História da Educação no curso de graduação de Pedagogia da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE), campus Cascavel, tendo como recorte temporal, a fundação do referido curso e sua última reformulação. Tem como objetivo examinar a sua importância na formação de professores. A metodologia parte do estudo bibliográfico de aportes teóricos referenciados no campo da História da Educação, como: Saviani (2000), Lopes e Galvão (2001), Stephanou e Bastos (2011). Em face das políticas de aligeiramento na formação do pedagogo, percebe-se a intensificação de um discurso em favor da constituição do professor com base pragmática, com fortes restrições às disciplinas de cunho crítico, histórico e filosófico no preparo desse futuro profissional. Isso ocorre sob a justificativa da necessidade de uma formação mais técnica, isto é, que priorize certas competências que atendam às demandas emergenciais do mercado de trabalho.</p>2023-07-06T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Educação (UFSM)https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/65147Revisão sistemática sobre o uso da tecnologia no processo educativo de estudantes surdos2021-08-24T14:59:19-03:00Regina Célia Torresreginatorres@ufscar.brVanessa Regina de Oliveira Martinsvanessamartins@ufscar.br<p>O presente artigo tem como objetivo investigar o que as pesquisas científicas nacionais revelam sobre o uso das Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) nos processos educativos de estudantes surdos, por meio da Revisão Sistemática de Literatura, considerando o período de 2008 a 2018. As informações foram coletadas no Catálogo de Teses e Dissertações da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) e na Biblioteca Digital de Teses e Dissertações (BDTD). As escolhas se deram a partir da leitura dos títulos e resumos dos trabalhos. Após a seleção, aplicamos os critérios de inclusão e exclusão e então os trabalhos foram divididos em agrupamentos temáticos. Na sequência, os trabalhos foram lidos na íntegra e analisados sob a ótica da análise do discurso da Escola Francesa, que entende que as discursividades científicas compõem práticas disseminadas socialmente. Como resultados, verificou-se que a maior parte dos estudos sobre tecnologias e a Libras foram realizados em programas de pós-graduação na área de educação, em nível de mestrado. Os temas mais debatidos envolvem discussões sobre a educação à distância, uso de aplicativos, dispositivos móveis, objetos de aprendizagem, internet, recursos audiovisuais e mídias. Os mediadores tecnológicos foram apontados como facilitadores no processo de ensino e aprendizagem de estudantes surdos, quando houve o estabelecimento de parâmetros pedagógicos para seu uso e efetiva participação do professor e aluno no processo de desenvolvimento das atividades.</p>2023-07-10T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Educação (UFSM)https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/66174Escolas cívico-militarizadas no Brasil: um estado do conhecimento no Brasil2022-05-25T14:51:35-03:00Edna Mara Corrêa Mirandaednna_mara@yahoo.com.brFrancisco Thiago Silvafrancisco.thiago@unb.br<p>Este artigo tem por objetivo apresentar um estado do conhecimento acerca das pesquisas realizadas no Brasil sobre as escolas cívico-militares. Constitui-se comodesdobramento de dissertação que investigou o currículo das escolas militarizadas no Distrito Federal defendida em maio de 2021 no Programa de pós-Graduação em Educação- Modalidade Profissional (PPGE-MP) na Faculdade de Educação da Universidade de Brasília- UnB. Orientou-se em torno de dissertações e teses de mestrado e doutorado localizados nos Bancos de Teses e Dissertações dos sites <em>Google</em> Acadêmico, Rede <em>Scielo</em>, Banco de Dados da Capes – Biblioteca Digital de Teses e Dissertações (BDTD) e um Repositório Institucional. Foram encontrados quinze trabalhos, sendo uma tese e quatorze dissertações. Constatou-se que somente as regiões centro-oeste e sudeste já realizaram pesquisas sobre a temática, evidenciando que até o presente momento poucos pesquisadores se interessaram pelo assunto. A militarização das escolas públicas demonstrou ser elemento de reflexão de campos do conhecimento que estão além da Educação, como, por exemplo, Psicologia, Ciências Sociais e Antropologia, contudo ainda não ficou constatada nas pesquisas inventariadas a celeuma da diferenciação entre instituições militares e militarizadas, ponto nevrálgico das políticas e debates para a área.</p>2023-07-10T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Educação (UFSM)https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/66180A escala da democracia na seleção de diretores no município de Duque de Caxias (RJ)2022-02-22T14:32:09-03:00Bethânia Bittencourt costa e Silvabethania1707@gmail.comDaniela Patti do Amaral danielapatti.ufrj@gmail.comJanaina Moreira de Oliveira Goulartjanaigtmetro5@gmail.com<p>O presente artigo visa analisar o percurso realizado pelo município de Duque de Caxias (RJ) para colocar em cena a seleção de diretores das escolas municipais após aprovação do Plano Nacional de Educação (BRASIL, 2014) e do Plano Municipal de Educação (DUQUE DE CAXIAS, 2015). O artigo apresenta as diferentes formas como os diretores foram conduzidos à direção das escolas nos anos de 2015, após aprovação de decreto do prefeito e, em 2017, em decorrência da aprovação de uma lei. Esses movimentos demonstraram a forma de selecionar os diretores entre a eleição e a consulta pública, indicando a possibilidade de a democracia ser compreendida na perspectiva de uma escala com maior ou menor intensidade, estendendo essa análise sobre a participação dos sujeitos no processo político.</p>2023-07-10T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Educação (UFSM)https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/66205A constituição de um discurso ambiental durante a gestão governamental federal de 2018-2022: implicações para a área educacional.2022-06-21T10:26:18-03:00Rafaela Bruno Ichibarafaela.ichiba@usp.brTaitiâny Kárita Bonzaninitaitiany@usp.brMarcelo Damianomarcelodamiano@usp.br<p>O presente artigo visa compreender a partir do levantamento de reportagens veiculadas em sites na internet e na publicação de documentos oficiais, o discurso ambiental utilizado durante a gestão federal do Brasil eleita para o período de 2018-2022, a partir da eleição de um presidente intitulado de extrema direita. O objetivo é discutir a repercussão desses discursos nos processos educacionais. Analisando as publicações do período de 2018-2020 divulgadas em sítios eletrônicos, pode-se inferir que recentemente houve um retrocesso no discurso ambiental vigente, o qual aparece relacionado a um crescimento econômico desvinculado das preocupações ambientais, o que pode ocasionar, no decorrer dos próximos anos, uma piora nos padrões de qualidade ambiental no Brasil, com agravamento substancial da poluição atmosférica, contaminação das águas e desmatamento, afetando, consequentemente, a saúde da população. Na área educacional o retrocesso no discurso ambiental pode provocar um enfraquecimento da construção social de práticas ecologicamente sustentáveis, o que pode resultar na formação de uma sociedade pouco preocupada com as questões socioambientais ou com senso crítico para analisar ações criminosas como desmatamento, por exemplo. Nesse cenário, a degradação ambiental se efetiva, pois a sociedade passa a não entender os problemas dela advindos, graças a um discurso que legitima ações que devem ser condenáveis, resultando em falta de cobrança com relação a políticas públicas que preservem o ambiente natural, e acarretando em uma sucessão de eventos que podem culminar em desastres ambientais, que impactam a todos.</p>2023-07-10T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Educação (UFSM)https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/66247Ensino de Física nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental: Uma investigação acerca dos Desafios e contribuições apresentadas pelas pesquisas da área2021-08-10T11:10:49-03:00Sarah Das Neves Rodriguessarah.neves.rodrigues@gmail.comAndré Ary Leonelprofandrefsc@yahoo.com.br<p>O ensino de Física nos anos iniciais do Ensino Fundamental (EF) não é um tema muito explorado nos cursos de Licenciatura em Física, mas sua importância tem crescido, sobretudo com as discussões em torno da publicação da Base Nacional Comum Curricular. Diante disso, ninguém negaria a importância de estudar essa temática, no sentido de levantar as contribuições apresentadas pelas pesquisas, bem como os desafios relacionados ao ensino de Física nessa etapa do percurso formativo. Nessa perspectiva, este trabalho tem como objetivo analisar as publicações, no período de 2006 a 2019, nos três maiores eventos nacionais que contemplam a área de Pesquisa em Ensino de Física: Simpósio Nacional de Ensino de Física, Encontro de Pesquisa em Ensino de Física e Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciência. Os artigos foram categorizados e analisados a partir da análise de conteúdo (BARDIN, 2011). Os resultados mostram que há uma variedade de contribuições para essa etapa e que os desafios são muito similares aos encontrados em outras etapas, apesar de alguns serem mais recorrentes nos anos iniciais. Além disso, a análise aponta para um crescimento nas pesquisas relacionadas ao escopo deste trabalho e no desenvolvimento de materiais didáticos que podem contribuir para o enfrentamento dos desafios levantados. Ademais, enfatiza-se a importância da reformulação no sistema atual de educação, descentralizando a responsabilidade do professor de Biologia, abrindo espaço para a atuação de professores de Física e de Química no Ensino de Ciências no EF.</p>2023-07-10T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Educação (UFSM)https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/68270Pureza da raça, sanidade do corpo e educação escolar2022-11-08T14:12:46-03:00Rozemy Magda Vieira Gonçalvesrozygong@gmail.comKarla Saraivaprofa.karla.saraiva@gmail.comDeborah Barbosa Gonzalezprofadeborahbg@gmail.com<p>Este artigo objetiva analisar a articulação da eugenia e da higiene com a educação escolar. O material empírico foi a Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos (RBEP), publicada desde 1944, complementado com publicações em periódicos da área da saúde. As análises foram desenvolvidas a partir de uma metodologia desenvolvida por Saraiva (2013) para pesquisas documentais. Observou-se que a eugenia esteve presente em artigos publicados entre 1944 e 1947, predominando a vertente relacionada com o higienismo racial, enquanto artigos tratando do ensino de higiene aparecem na RBEP até os anos 1960. Entretanto, o tema não é excluído das escolas, permanecendo, inclusive, em documentos legais. Desde o final do século XX, a educação higiênica aparece em periódicos da área da saúde, sinalizando que deixa de ser um tema a cargo da educação. Ele é mobilizado em projetos realizados em escolas públicas, sugerindo que permanece a associação entre pobreza e falta de higiene, que embasava o higienismo racial dos primeiros artigos da RBEP.</p>2023-07-13T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Educação (UFSM)https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/68283O Processo de mediação da escrita, revisão e reescrita no Programa Residência Pedagógica (PRP)2023-04-25T15:46:29-03:00Elsa Midori Shimazakiemshimazaki@uem.brJanine Felix da Silvajanine@unir.br<p>O artigo é um recorte da tese de doutorado em educação e traz como temática central a mediação no ensino da escrita, revisão e reescrita, com professores em formação inicial participantes do Programa Residência Pedagógica (PRP), no curso de Letras de uma Instituição de Ensino Superior do estado de Rondônia (RO). A partir dessa temática, estabelecemos as teses de pesquisa: i) a mediação, tanto interna quanto externa (VYGOTSKY, 1991; 2020), contribui para a apropriação de conhecimento pelo educando e ii) o PRP auxilia no desenvolvimento da prática docente por meio da relação teórico-prática de forma crítica e reflexiva por parte dos envolvidos. Com base nisso, objetivamos apresentar as contribuições da mediação docente no desenvolvimento teórico-prático do processo de escrita, revisão e reescrita com acadêmicos do curso de Letras residentes do PRP. Utilizamos a Teoria Histórico-Cultural, a Análise de Conteúdo e as orientações da escrita como processo, discutidas pelo Interacionismo linguístico. Optamos por utilizar a pesquisa-ação (TRIPP, 2005; THIOLLENT, 2011) com vistas a intervir na realidade pesquisada. Para coleta de dados utilizamos questionário e observações das práticas docentes dos participantes. Os resultados demonstram que os residentes receberam conhecimentos teóricos sobre o processo de escrita através da mediação (interna e externa) e conseguiram se apropriar dos conhecimentos obtidos no curso de formação para desenvolver práticas satisfatórias de escrita, revisão e reescrita de textos junto ao seus alunos no PRP. Concluímos que a mediação é um processo educacional importante para ser desenvolvido nos cursos de formação inicial docente.</p>2023-07-13T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Educação (UFSM)https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/66469A política pública de assistência estudantil nas instituições federais de ensino superior: conscientização e educação libertadora em debate2021-08-30T11:19:42-03:00Dário Vaneli Juniorvaneli.junior@ufms.brAdemar de Lima Carvalhoademarlc@terra.com.br<p>Este artigo tem como objetivo analisar a política nacional de assistência estudantil, materializada no Programa Nacional de Assistência Estudantil (PNAES), no contexto do embate político, para o ensino superior no Brasil. A reflexão parte da forma como essa política foi formulada e operacionalizada de 2007 a 2018, e como é avaliada e discutida, tanto em âmbito governamental quanto nas instituições de ensino superior. A pesquisa é de caráter bibliográfico e documental, dentro da perspectiva do pensamento Freiriano, fundado na conscientização de que, para o autor, já é método, em uma análise da concepção da realidade, vida e mundo no movimento da dialeticidade da práxis político-social. Diante da realidade sociopolítica e econômica que desafia a possibilidade de acesso e permanência do estudante na Universidade, compreendemos que se faz necessário inserir a política pública de assistência estudantil no contexto maior de uma educação como prática da liberdade, instituída no diálogo e na participação.</p>2023-08-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Educação (UFSM)https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/66481Representações de professoras aposentadas: imagens, discursos e sentidos para a leitura2022-10-13T10:10:03-03:00Antônio Durães de Oliveira Netoantonioneto_2010@hotmail.comGeisa Magela Velosovelosogeisa@gmail.com<p>Nas sociedades contemporâneas, a leitura assume um papel de grande centralidade<strong>, </strong>presente nas mais diversas atividades cotidianas. Destarte, este artigo tem como objeto de estudo a leitura de professoras. O objetivo é analisar representações de leitura de docentes aposentadas, buscando compreender a constituição de suas práticas leitoras e as crenças nelas implícitas. Foi realizada pesquisa qualitativa e aplicado um questionário a 55 professoras com idades superiores a 60 anos e que já se aposentaram. Como revisão de literatura, lançou-se mão dos estudos de Chartier (1996, 1999, 2007); Batista e Galvão (1999); Britto (1998); Corsino (2010); Moscovici (2015), Guareschi e Jovchelovitch (1995), dentre outros. Constatou-se que as representações foram ancoradas em três categorias de sentidos para a leitura: instrumento para interação, ferramenta para a formação do indivíduo, possibilidade de fruição e entretenimento. Nestas representações, o livro e a tela são imagens que se despontaram, sendo que a leitura assume um caráter valorativo em todos os discursos das participantes.</p>2023-08-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Educação (UFSM)https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/66500Inserção de haitianos na Educação Básica em Mato Grosso: percepção de gestores, professores e estudantes2022-07-29T10:00:24-03:00Natália Alves de Moraesdnataliamoraes@hotmail.comMaria Aparecida Camposcidacampos2010@uol.com.brJane Teresinha Domingues Cotrinjanecotrin@gmail.com<p>Este artigo é fruto de uma pesquisa, de caráter qualitativo, realizada por meio do Programa de Iniciação Científica. O objetivo foi analisar o processo de escolarização de alunos haitianos na cidade de Cuiabá, visando a compreensão dos processos de inserção e adaptação desse público nas escolas de ensino fundamental, assim como apontar as maiores dificuldades e elementos facilitadores nas relações dos haitianos com os profissionais e demais estudantes no ensino brasileiro. Utilizou-se como dados para análise entrevistas semiestruturadas com professores, gestores, alunos haitianos e brasileiros de três escolas públicas de ensino fundamental de Cuiabá. Efetuou-se uma análise de conteúdo, a partir da definição de núcleos de sentido e da organização de temas para análise, sendo todo o processo norteado pela teoria Histórico Cultural e por uma revisão bibliográfica que englobou artigos, livros, dissertações e teses. Os resultados apontam que as dificuldades enfrentadas concernem ao aprendizado da Língua Portuguesa, medo do desconhecido, racismo e xenofobia, fatores desencadeadores de outras dificuldades acadêmicas. Evidencia-se, o esforço dos docentes em acolher os haitianos, que recorrentemente envolve ações despadronizadas dentro da própria instituição de ensino devido à falta de políticas públicas e formação que orientem as escolas e profissionais na recepção dos imigrantes.</p>2023-08-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Educação (UFSM)https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/66777Teorias da Educação e Epistemologia: a questão teórica no espaço acadêmico2021-11-23T16:56:31-03:00Ezir George Silvaezo.silva@hotmail.com<p>O trabalho se inscreve nos discursos sobre Pedagogia, Currículo, Formação Docente, Filosofia da Educação e os desafios atuais dos Cursos de Licenciaturas. O objetivo geral é analisar a natureza dos debates em torno do pensamento pedagógico brasileiro acerca da relação entre Teorias da Educação e Epistemologia, desde a década de 1970, especificamente, discutindo aspectos relacionados à Abordagem Epistemológica das Teorias da Educação no Brasil. Por fim, essa reflexão pretende propor um debate sobre algumas tendências debatidas nos últimos anos, a saber: primeiro, a ideia de que existe uma epistemologia própria da Educação; segundo, a visão de que a grandeza da Educação se encontra justamente na ausência de especificidade; e, terceiro, a proposição a favor de um possível objeto epistêmico da Educação. À luz desses interesses, indagamos: em que sentido é possível pensar na Educação e na própria questão teórica, no espaço acadêmico brasileiro? Em termos metodológicos, propomos uma pesquisa bibliográfica de abordagem qualitativo-exploratória (MINAYO, 1999), que procura investigar as bases da reflexão pedagógica a partir de uma análise hermenêutico-ontológica (CORETH, 1973), que se volta para o tratamento interpretativo das informações e das contribuições teóricas, à medida que essas pretendem desvendar as estruturas do desenvolvimento da existência do ser humano e estabelecem uma íntima relação entre o sujeito pesquisador e sua pesquisa. Sobre os achados da pesquisa, vimos que suas implicações indicam como é urgente delinear os caminhos da teorização pedagógica, a fim de fortalecer o processo de construção de sentido na e da Educação, que contribui para a humanização do homem, em seus processos e espaços formativos.</p>2023-08-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Educação (UFSM)https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/68192Tempo e espaço da disciplina de didática nos cursos de pedagogia2022-11-08T14:08:25-03:00Juliana Domitjudomit@gmail.comJoana Paulin Romanowskijoana.romanowski@gmail.com<p>O objeto do estudo se refere ao tempo e espaço da disciplina de Didática nos cursos de Licenciatura em Pedagogia no Brasil. O problema investigado toma como questão principal: o tempo e espaço da disciplina de Didática nos cursos de pedagogia favorece a formação docente? O objetivo geral é compreender o tempo e espaço da disciplina de didática na formação inicial de professores no curso de Pedagogia. O pressuposto entende a disciplina de Didática, de natureza pedagógica, comprometida com as questões concretas da docência, se constitui eixo central para os cursos de formação inicial de professores. A escolha da licenciatura em Pedagogia é intencional por ser este curso destinado à formação de professores para os anos iniciais do ensino fundamental e educação infantil. Metodologicamente o estudo assume a abordagem cartográfica (ROSÁRIO, 2008), a partir do mapeamento do curso de Pedagogia nas universidades federais brasileiras. Para a realização do estudo foi feita a leitura das matrizes curriculares de 61 cursos e a leitura dos Projetos Políticos Pedagógicos (PPPs). Os aportes teóricos fundamentam-se em Candau (1984), Gatti (2019), Marins (2015), Martins (2009,2012), Romanowski (2010,2016) e Veiga (1994, 2012). Os dados levantados permitem considerar que a disciplina de Didática está presente em todos os cursos de Pedagogia nas universidades federais brasileiras. A pesquisa reconheceu que há três eixos de disciplinas de didática nas propostas do curso: a Didática Geral, as Didáticas Específicas e as Didáticas para as modalidades de ensino.</p>2023-08-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Educação (UFSM)https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/68344Formação docente universistária nas amazônias: decolonialidade e emanciapação dos povos indígenas2023-08-09T22:47:47-03:00Rita Floramar Fernandes Santosrifloramar@gmail.comWaldir Ferreira de Abreuawaldir@ufpa.brValéria Augusta Cerqueira de Medeiros Weigelvaleriaweigel@hotmail.com<p>O artigo é um recorte de uma pesquisa de doutorado em andamento no Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal do Amazonas. Duas questões centrais motivaram-nos a indagar: qual a importância da formação docente diante da pluriversidade amazônica na universidade? Como se enxerga o papel da decolonização no âmbito formativo em relação aos povos indígenas que estão na dinâmica universitária? Discorremos sobre os desafios multifatoriais neste cenário, suscitando, em tempos atuais, entendê-los como exercício de reflexão contínua, o que nos impõe uma leitura sempre crítica na investigação e problematização em torno da reflexibilidade docente diante da práxis formativa questionando os resquícios da colonização no contexto educativo universitário, intentando maior abertura à decolonização junto aos povos indígenas da Amazônia e como formadores amazônicos.</p>2023-08-09T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Educaçãohttps://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/70211Políticas para a educação básica no Brasil em tempos de retrocessos democráticos: a desconstrução da agenda no governo Jair Bolsonaro2022-07-12T08:45:09-03:00Lucia de Fatima Valentevalentelucia@yahoo.com.brMarcos Antonio Lima Pereiramarantlima@gmail.com<p><strong> </strong>O presente trabalho tem como objetivo analisar as ações/políticas educacionais implementadas no tempo presente e sua relação com a educação básica. Para tanto, inicialmente faremos um breve retrospecto histórico a partir do marco do Golpe de 2016, que culminou com o processo de impeachment da presidenta Dilma Vana Roussef (2011-2016) e, na sequência, as iniciativas do governo Michel Temer e as ações propostas e implementadas no governo de Jair Messias Bolsonaro. Assim, partimos das seguintes questões: quais projetos educacionais foram implementados para a educação básica a partir de 2019? Qual a relação dessas propostas com o modus operandi do neoliberalismo no contexto atual? Para tal exercício, lançaremos mão da pesquisa bibliográfica, da análise de documentos e reportagens de sítios que têm noticiado os principais fatos envolvendo, sobretudo, o governo de Jair Bolsonaro. Partimos do pressuposto que em relação à educação, esses governos iniciaram um processo de desconstrução das políticas educacionais implementadas a partir da Constituição Federal de 1988.</p>2023-08-15T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Educaçãohttps://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/68353Os saberes docentes dos enfermeiros para atuação no ensino superior2022-06-13T09:29:37-03:00Camila da Veiga Sambatticamilavsenf@gmail.comAndréia de Freitas Zômperoandzomp@yahoo.com.br<p>Este estudo objetivou investigar na literatura pesquisas que abordam os saberes docentes de professores enfermeiros. Pesquisa de natureza básica, com abordagem qualitativa, exploratória e bibliográfica. A busca ocorreu nas bases de dados da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) e Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), em teses e dissertações publicadas no período de 2001 a março de 2021, idioma português e na área do conhecimento de Enfermagem no Ensino Superior. Obtiveram-se dez publicações para a coleta de dados. Para a análise dos dados, utilizou-se a proposta de Gomes (2002), em que o material obtido foi decomposto, estabeleceu-se Unidades de Registro e suas respectivas Categorias. Verificou-se que ocorre uma formação deficitária para a docência nos cursos de Enfermagem, evidenciado pelos enfermeiros quando ingressam em sala de aula. Os conteúdos relacionados à prática pedagógica durante a graduação em Enfermagem são pouco explorados. Os saberes curriculares e disciplinares foram pouco citados, e os experienciais são os que mais se destacaram. Conclui-se que os enfermeiros, quando ingressam na área da docência, acreditam que o saber da experiência profissional é suficiente para ser professor. Os demais saberes são negligenciados e manifestam sua carência à medida que, a prática docente demonstra necessidade de conhecimentos específicos para a atuação.</p>2023-08-15T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Educaçãohttps://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/68384Concepções de ensino de geografia na reforma curricular de 1951: por uma compreensão internacional para paz2023-08-22T22:47:47-03:00Halferd Carlos Ribeiro Juniorhalferd.junior@uffs.edu.brMartha Hemiília da Silva Bispomartha.hsb@gmail.comCom o fim da Segunda Guerra Mundial inicia-se os debates em nível internacional para a construção de reflexões e proposituras para o fortalecimento de uma cultura de paz e solidariedade entre as nações; após a Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948) a UNESCO assumiu o papel de liderar esse debate, a fim de criar estratégias no âmbito da ciência, da cultura e da educação para a consolidação dessa iniciativa. No Brasil, com o fim do Estado Novo (1945), instaura-se o processo para a reconstrução da democracia no país, com desdobramentos para o sistema de ensino. Diante desse cenário, esse artigo tem como objetivo analisar a Reforma Curricular Simões Filhos de 1951, em especial as implicações para o ensino de Geografia, buscando identificar seus princípios e concepções. Para tanto, realizamos um cotejamento com as perspectivas presentes na Reforma Gustavo Capanema de 1942 com a Reforma Curricular Simões Filho de 1951. Argumentamos que a reforma curricular de 1951 buscava atender as recomendações da UNESCO, compreendemos que as orientações metodológicas apresentaram reflexões que tinham como princípio subsidiar um ensino de Geografia para a democracia, para solidariedade entre as nações e para a paz.2023-08-22T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Educaçãohttps://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/69497Políticas educacionais e a atuação das Organizações Sociais: uma análise acerca do Programa Alfabetização 360º na Perspectiva da Educação Integral2022-07-11T08:19:11-03:00Lucilene Amarantepg54898@uem.brPaula Gonçalves FelícioPg54904@uem.brJani Alves da Silva Moreirajasmoreira@uem.br<p>O presente texto tem como objetivo compreender a configuração da proposta denominada de Alfabetização 360° na perspectiva da Educação Integral, oriunda da Organização Social Instituto Ayrton Senna, a fim de analisar sua atuação na Educação Básica pública brasileira. Trata-se do resultado de uma pesquisa qualitativa, exploratória, de caráter bibliográfica e de cunho documental, na qual fundamenta-se em uma concepção crítica e contextualizada, por meio de uma análise atrelada às questões econômicas, históricas e políticas. Os resultados desta elaboração evidenciaram que as Organizações Sociais (OS) atuam em concordância com as legislações aprovadas historicamente no Brasil, especialmente a partir da década de 1990. As referidas Organizações Sociais operam em regiões brasileiras de forma focalizadas e assumem a responsabilidade de formar estudantes alfabetizados, sob ideais de uma educação que se pauta na formação socioemocional para atuação resiliente do sujeito na sociedade de mercado, assegurando assim, a acumulação do capital e os preceitos hegemônicos.</p>2023-08-22T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Educaçãohttps://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/68593Serviço social e território: articulação de conteúdos para uma formação integral2022-09-02T09:45:37-03:00Alexandre Aranha Arbiaalexandre.arbia@ufjf.br<p>Este artigo tem por objetivo resgatar a importância da incorporação <em>categorial</em> do território na formação em serviço social, a partir de uma dupla determinação: por sua importância em relação à formação técnica e por sua exigência em relação à formação humana, pilares de uma formação integral, em alinhamento ao projeto ético-político profissional. Para tanto, investiga os fundamentos que consolidam uma redução da educação à formação meramente técnica, problematiza o lugar da universidade nesse processo, passa em rápida revista algumas das tentativas de investigar e incorporar a teorização sobre a produção do espaço nas elaborações do serviço social e finaliza comentando sumariamente a respeito da transversalidade que o território adquire no âmbito da intervenção profissional.</p>2023-08-31T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Educaçãohttps://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/69881Formação em psicologia para atuar nas escolas2022-04-12T17:44:39-03:00Marilda Gonçalves Dias Faccimarildafacci@gmail.comMaria da Apresentação Barretoapresentacao1@hotmail.com<p>Esse estudo se materializa no momento da aprovação da lei que prevê a prestação de serviços de psicologia e serviço social no âmbito do ensino básico. O processo para que o projeto de lei tramitasse demorou quase duas décadas, e, agora aprovado, além de garantir a presença, precisamos aprimorar a formação dos psicólogos. Entrevistamos professores do ensino superior que trabalham como formadores em Cursos de Psicologia em quatro Instituições de Ensino Superior no estado do Rio Grande do Norte. Objetivamos investigar a formação para atuar no campo da psicologia escolar e educacional. Uma investigação qualitativa com estudo teórico e empírico balizado pela Psicologia Histórico Cultural. Os dados foram agrupados em três categorias: na categoria sobre a formação observou-se um direcionamento dos cursos para ênfases clínicas; na categoria dos principais conteúdos evidenciou-se a falta de parâmetros para formar o psicólogo escolar; e quanto aos desafios sobressaiu a urgência de ampliarmos o diálogo entre a políticas educacionais e as políticas de formação. A pesquisa suscitou necessidade de promovermos rupturas no que vem sendo produzido a fim de melhor contribuir com os processos de escolarização.</p>2023-08-31T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Educaçãohttps://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/55175O ensino de língua portuguesa na educação profissional de nível médio: um estudo de caso baseado na perspectiva do gestor escolar2023-08-22T22:48:02-03:00Wenilson Salasar de Santanawenilson.santana@ifma.edu.brKellen Jacobsen Folladorkellenjf@usp.br<p>O artigo teve como objetivo realizar um levantamento das percepções dos gestores de uma escola pública da rede federal de educação, no município de Barra do Corda, Estado do Maranhão, sobre a qualidade do ensino de língua portuguesa na educação profissional de nível médio. Afirma-se a relevância de tais percepções para que se possa atingir a qualidade pretendida no ensino e, sob esse entendimento, examinar o potencial norteador dessas percepções para fins pedagógicos. Para tanto, foram revisados referenciais sobre a qualidade do ensino de língua portuguesa e sobre o papel pedagógico do gestor escolar. Procedeu-se com o procedimento de estudo de caso por meio de pesquisa documental e de um questionário aplicado aos departamentos de gestão da escola. Os resultados apontam que o modo como os gestores avaliam a qualidade do ensino de língua portuguesa resulta em um perfil de gestão orientativo e formativo, que se traduz em suporte ao trabalho do professor.</p>2023-08-22T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Educação (UFSM)https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/70008Benzer-me no marafo: fundamentos da Educação, Pedagogias e Culturas em terreiros do interior gaúcho2022-04-20T10:14:07-03:00Rodrigo Lemos Soaresrodrigosoaresfurg@gmail.comDenise Marcos Bussolettidenisebussoletti@gmail.com<p>Benzer-se no marafo implica em estar de acordo com as dinâmicas religiosas, além disso, que estamos cientes das sequências ritualistas que envolverão nossos corpos e produzirão subjetividades. O texto que segue é fruto de entrevistas semiestruturadas com sete dirigentes de terreiros do interior do Rio Grande do Sul. O objetivo é descrever as compreensões dos colaboradores, com relação aos conceitos de Educação, Pedagogias e Culturas, enquanto elementos implicados na tradição oral, entendida como prática educadora indispensável para problematização das dinâmicas educativas do sagrado. O texto está organizado em três subitens: Assentando saberes (os fundamentos); Pedagogias: ferramentas disciplinares para educar-ensinar (tecnologia da Educação); e Culturas: contextos que oportunizam diferentes leituras da Educação (indissociabilidade dos três conceitos). Esses conceitos (Educação, Pedagogias e Culturas) apontam, respectivamente: o princípio mais amplo do que sabemos, iremos ensinar e estratégias de aprendizagem recorridas. O segundo orientado pela práxis dialógica do saber ser e cuidar de si. E o terceiro, instituído pela gama de saberes que fundamentarão cada escolha, atitude, preparação e execução das práticas educativas. É na interação desses três que compreenderemos os processos de pedagogização que nos forjam e que sempre envolverão relações de poder e saber, que não se conectam apenas pelos meandros ideológicos, visto que os saberes estão subordinados às teias do poder, campos teóricos conceituais e estratégias didático-pedagógicas. O saber será sempre fruto de um complexo cultural, que poderá vir a ser pedagogizado por diferentes vieses, constituído de linhas de força que disputarão qual deverá entrar na ordem discursiva e qual não.</p>2023-09-01T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Educaçãohttps://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/71143Formação em educação física na uel: trajetória histórica de três cursos (1968-2018)2023-05-15T16:02:35-03:00Matheus Chiconato Borgesmatheuschiconato18@gmail.comTony Honoratotony@uel.br<p>O presente estudo tem por objetivo descrever e analisar, por meio dos projetos pedagógicos de curso (PPCs), a trajetória histórica dos cursos de Educação Física (licenciatura e bacharelado) e Esporte da Universidade Estadual de Londrina – UEL (1968-2018). Para a pesquisa empírica foi identificada, consultada e catalogada a documentação histórica dos respectivos cursos, localizada nos acervos da UEL. Como sustentação teórica contou-se com a história do tempo presente (Chauveau & Tétart, 1999), a história das instituições educativas (Magalhães, 2004; 2005; 2007) e o currículo como construção social (GOODSON, 2018). A análise dos PPCs possibilitou explicitar uma singularidade da UEL na realidade nacional que foi a oferta, em concomitância, de três tipos diferentes de formações profissionais. As trajetórias dos três cursos investigados revelaram formação inicial no campo da educação, do esporte e da saúde, tendo como referência os dispositivos legais, as relações de poder e os contextos sociais. No fechamento, são apresentadas as razões de continuidades e descontinuidades das formações acadêmicas profissionais na instituição universitária em foco.</p>2023-09-05T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Educaçãohttps://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/69514Dificuldades na adaptação acadêmica dos estudantes de ensino superior em tempos de pandemia2022-03-17T20:10:51-03:00Ana Amália Gomes de Barros Torres Fariaana.faria@ifal.edu.brLauro Lopes Pereira-Netolauro.pereira@ifal.edu.brLeandro S. Almeidaleandro@ie.uminho.pt<p>A crise de saúde pública provocada pela pandemia da Covid-19 impôs as Instituições de Ensino Superior no Brasil mudanças significativas, com a necessidade da implementação do Ensino Remoto Emergencial (ERE). Este estudo objetiva analisar as variáveis psicossociais que impactaram a adaptação acadêmica dos estudantes do Instituto Federal de Alagoas- IFAL (Campus Maceió), durante o ERE. Foi aplicado um Questionário de Adaptação ao Ensino Superior Remoto (QAES-R), em que participaram 420 estudantes, com idades entre 17 e 67 anos. A maioria dos participantes trabalha e estuda apresentando renda igual ou inferior a 1.5 salários mínimos. Os resultados apontam que os estudantes foram impactados nas dimensões pessoal/emocional, acadêmico e interpessoal das suas vivências, refletindo na qualidade da sua adaptação ao ensino superior. Esses achados revelam a necessidade de discussão dos determinantes envolvidos na experiência acadêmica e adequações institucionais visando um maior engajamento dos estudantes de forma a garantir a sua permanência e conclusão do curso, durante e após a pandemia.</p>2023-09-05T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Educaçãohttps://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/68290Ciberfeminismo e educação: análise de três perfis de organizações no Twitter 2021-11-17T15:30:37-03:00Lucila Didierdidierlucila@gmail.comVerónica Sofía Ficosecovsficoseco@gmail.comEdvaldo Souza Coutoedvaldosouzacouto@gmail.com<p>Partindo do reconhecimento das desigualdades de gênero estruturais em relação à ciência e à tecnologia, diversas organizações da sociedade, hackerspace ou associações de mulheres ganharam lugar, sobretudo através da presença e do ativismo em redes sociais digitais, especialmente no Twitter. Este artigo tem por objetivo analisar as estratégias de visibilização das mulheres em tecnologias, através do estudo de perfis na plataforma Twitter de três organizações ciberfeministas o femhackerspace. Utilizou-se o método qualitativo com análise crítica discursiva. Os principais resultados indicam que a estrategia mais utilizada é a da visibilidade, através de exemplos de mulheres sucedidas nas áreas de ciência e tecnologia e de iniciativas, como cursos ou propostas de inclusão digital feminista. Também existe uma construção de redes e espaços comunitários que fomentam a participação de mulheres em diversos espaços e criam sentido de pertencimento. Além disso, estas organizações realizam diferentes ações educativas através das atividades em rede. O estudo conclui que as três organizações inspiram-se nos postulados das teorias ciberfeministas, embora tenham características específicas em cada caso.</p>2023-09-05T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Educação (UFSM)https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/69981Estratégias de prevenção e manejo do bullying na escola: uma análise sistemática da literatura2023-03-27T11:14:44-03:00Mônica Tessarom_tessaro@unochapeco.edu.brMaria Teresa Ceron Trevisolmariateresa.trevisol@unoesc.edu.brMaria Beatriz Ferreira Leite de Oliveira Pereirabeatriz@uminho.com.brFernanda Schneider Bernardibernardifernanda26@gmail.com<p>Este artigo objetiva mapear e analisar estratégias de prevenção e manejo do <em>bullying</em> na escola, tendo como embasamento uma revisão sistemática da literatura. Os trabalhos analisados encontram-se indexados nas bases de dados: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da Capes-BDTD; Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (Lilacs); Portal de Periódicos Capes (Acesso CAFe) e <em>The Scientific Electronic Library Online</em>(SciELO), tendo como recorte temporal os anos de 2011 a 2021. Utilizando-se de critérios de inclusão e exclusão, foram selecionadas para compor a base de discussão deste texto, 35 produções. Do processo analítico, seguindo os critérios metodológicos a que se propôs o estudo, emergiram três categorias: i) Intervenções escolares envolvendo a família; ii) Intervenção via políticas públicas; iii) Intervenções educativas focadas no protagonismo juvenil. Entre os destaques desta investigação, identificou-se que a cooperação e o engajamento entre os atores da comunidade escolar: alunos, professores e demais funcionários, famílias e Estado, constitui-se estratégia primordial na resolução de problemas coletivos, como é o caso do <em>bullying</em> escolar.</p>2023-09-06T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Educaçãohttps://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/70007O contexto de implementação do Ensino Técnico Integrado em Meio Ambiente no Centro Paula Souza2022-07-18T11:18:04-03:00Marco Aurélio Pereiramarcoaurelio.p@hotmail.comRosa Maria Feiteiro Cavalarir.cavalari@unesp.br<p>Este artigo tem como objetivo compreender os contextos sociais, econômicos e políticos nos quais ocorreu a implementação do curso Técnico em Meio Ambiente Integrado ao Ensino Médio (Etim) do Centro Paula Souza, no Estado de São Paulo. Tal objetivo se justifica visto que estamos diante de uma crise sistêmica na qual os processos de exploração, extração e degradação da natureza têm culminado na desestabilização das relações ecológicas e na ameaça à existência da vida na Terra. Assim, a sociedade, diante da urgência da aquisição de outros valores e comportamentos socioambientais em substituição ao utilitarismo, tem visto os campos da Educação e da Educação Ambiental – EA - como potenciais articuladores para o enfrentamento dessa crise. Implementar a formação técnica é fundamental; no entanto, parece não ser o suficiente sem que se problematize as complexas inter-relações socioambientais com vistas à formação integral e omnilateral. A investigação foi realizada a partir da perspectiva qualitativa, adotando como procedimentos de coleta de dados a análise documental e entrevista semiestruturada. Como ferramenta analítica utilizamos a Análise Textual Discursiva – ATD. A partir dos resultados, compreendemos que a constituição do currículo do Etim em Meio Ambiente ocorreu sob a influência das políticas neoliberais em contextos sociopolítico e econômico de contradições entre a formação para as competências e a autonomia. Observamos um curso constituído em um mosaico de aspectos sociopolíticos e estruturais condicionantes do processo formativo com foco na questão ambiental.</p> <p> </p>2023-09-06T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Educaçãohttps://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/70057Saúde mental da professora e os efeitos da pandemia em sua docência na Educação Básica: um olhar a partir da perspectiva de gênero2022-08-30T16:08:55-03:00Mara Dantas Pereiramaradantaspereira@gmail.comLoriene Assis Dourado Duartelorienedourado@gmail.comDinamara Garcia Feldensdinag.feldens@gmail.comJoilson Pereira da Silvajoilsonp@hotmail.com<p>Este artigo objetiva discutir sobre saúde mental daprofessora da Educação Básica, assim como conhecer os efeitos da pandemia em sua docência a partir de uma perspectiva de gênero. Trata-se de uma revisão da literatura nacional e internacional, ancorada em um levantamento bibliográfico realizado a partir de artigos científicos, documentos legais, livros e <em>websites</em>. O estudo está dividido em cinco tópicos, para facilitar a compreensão do leitor. Sendo tais: 1) Caminhos metodológicos percorridos; 2) O debate teórico em torno da função do estado, da família e da sociedade para a oferta da Educação em tempos pandêmicos; 3) Efeitos da pandemia na saúde mental das professoras da Educação Básica; 4) Ser professora, ser mulher na Educação Básica: dificuldades e superações em sua docência em tempos de pandemia; e 5) Considerações finais.Percebe-se quea pandemia da COVID-19 transformou a vida das professoras, afetando diretamente a sua vida pessoal e profissional.Cada mulher vivenciou e ainda continua a experienciar situações adversas de um modo particular. Posto isto, reconhece-se que estes eventos estressantes naescola podem também nos ensinar, visto que, não basta falar sobre o Ensino Remoto ministrado em formato de <em>home-office</em> pelas professoras da Educação Básica, mas é necessário referenciar o contexto em que a maioria delas está inserida durante esse tipo de trabalho, pois estão sujeitasao adoecimento mental gerado por elementos relacionados à docência, como estresse, ansiedade e depressão.Conclui-se que é necessário o desenvolvimento de intervenções da Psicologia com a finalidade de promoção da saúde mental dessas professoras.</p>2023-09-06T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Educaçãohttps://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/70070Violências que precarizam as infâncias: a negação dos direitos de provisão no cotidiano de meninas e adolescentes institucionalizadas2023-05-18T09:37:36-03:00Eduardo Felipe Hennerich Pachecoeduardo.pva@hotmail.com<p>Milhares de crianças e adolescentes sofrem os constrangimentos e limitações da não garantia dos direitos previstos na Convenção Internacional dos Direitos da Criança (ONU, 1989). Apesar de ser o tratado de direitos humanos com maior ratificação entre os países, a infância cotidianamente tem seus direitos negados e violados, fato esse que se agrava em situações em que crianças e adolescentes vivenciam a pobreza infantil. Partindo desses pressupostos, este texto tem por objetivo elucidar como se materializa a negação dos direitos de provisão no cotidiano de meninas e adolescentes em situação de pobreza infantil.O método qualitativo de pesquisa em educação, com aportes da cartografia deleuze-guattariana foram utilizados no percurso investigativo. Os dados em análise foram cartografados a partir da escuta, via entrevistas individuais, de 24 meninas e adolescentes, 13 mães e/ou responsáveis legais e 22 membros da equipe multidisciplinar de uma instituição não governamental e sem fins lucrativos, localizada na cidade da Guatemala, que acolhe, abriga e resgata meninas, de 12 a 18 anos de idade, vítimas de múltiplas violências e em risco de violações de seus direitos. Os resultados apontam para uma interseccionalidade de violências experienciadas nos cotidianos de meninas e adolescentes institucionalizadas, que são causadas e/ou potencializadas, quando seus direitos são negados. Todavia, subalternidade e resistência coabitam; isto é, onde a não garantia dos direitos de provisão e as violências atuam a resistência floresce.</p>2023-09-06T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Educaçãohttps://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/70284Professores da Educação Básica: protagonistas ou coadjuvantes em pesquisas de Estágio Curricular Supervisionado2022-09-02T09:37:42-03:00Ademir José Rossoajrosso@uepg.brViviane Terezinha Kogavivianekoga@gmail.comPaulo Rogério Moropaulomoro@uepg.brFranciely Ribeiro dos Santosfrancielyribeirosantos@gmail.comBruna Emilyn da Silvabruna.emilyn@hotmail.com<p>Este artigo analisa a presença de professores da Educação Básica que recebem estagiários das licenciaturas em pesquisas publicadas sobre o Estágio Curricular Supervisionado. A coleta dos dados foi realizada a ferramenta de busca do <em>Google Chrome</em>, através da qual foram localizados 134 artigos. A análise ocorreu mediante os pressupostos da análise de conteúdo (BARDIN, 2004) e contou com o apoio dos <em>softwares</em> IRaMuTeQ e Nvivo. Entre os achados, destaca-se que a maioria são pesquisas de campo, com reduzido número de sujeitos, inferior a 50, caracterizadas como estudos de caso e/ou relatos de experiência. Entre as pesquisas teóricas, destacam-se análises documentais, realizadas sobretudo a partir de relatórios de estágio. Os estagiários são os principais sujeitos e os coformadores (professores da Educação Básica que recebem estagiários das licenciaturas) aparecem com baixa frequência, e quando citados, não possuem o <em>status</em> de produtores de conhecimento sobre o estágio, sendo considerados coadjuvantes e/ou secundários. </p>2023-09-06T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Educaçãohttps://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/69525Mercantilização e financeirização do setor educacional privado-mercantil no Brasil: feições da crise da educação brasileira2022-12-16T18:19:46-03:00Maria Rosimary Soares dos Santosm.rosimary@gmail.comRhoberta Santana de Araújorobherta.araujo@gmail.com<p>O artigo examina as novas expressões da mercantilização da educação no contexto da atual crise brasileira, processo marcado pela apropriação dos recursos do fundo público pelas elites financeiras nacionais e internacionais. A investigação parte da constatação de que as reformas implementadas no país após o golpe de 2016, como a emenda do “teto dos gastos”, as reformas trabalhista e a previdenciária, dentre outras medidas em curso, consistem no movimento de ajuste ao padrão de acumulação do capitalismo brasileiro, determinado pelo rentismo das finanças e pelo recrudescimento de formas distintas e associadas de superexploração do trabalho. A base empírica provém do mapeamento das novas feições do processo de mercantilização da educação básica e superior. A pesquisa documental realizada identificou a movimentação das principais companhias educacionais de capital aberto no país, apoiadas por ações do Estado e pela aposta em novos arranjos organizativos. Foram realizadas análises da legislação e da bibliografia recente sobre o tema da financeirização e mercantilização da educação. Os resultados evidenciam que, para exploração de novos nichos de mercado para assegurar o aumento dos lucros, o setor mercantil financeirizado aposta na educação a distância, na difusão de sistemas e plataformas de ensino, consultorias, parcerias público-privadas e na viragem para a educação básica. Esse processo acontece simultaneamente às medidas de desmonte das universidades públicas e das agências que integram o sistema de ciência, tecnologia e inovação do país. A crise, portanto, é deliberadamente imposta à educação pública e deve ser interpretada no interior das contradições analisadas no decorrer deste trabalho.</p>2023-09-13T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Educaçãohttps://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/69801Agenda neoconservadora como disputa para a política educacional: O discurso da “ideologia de gênero” em notícias publicadas na internet (2019-2021)2022-10-27T11:17:14-03:00Neiva Furlinnfurlin@yahoo.com.br<p>Na última década presenciamos o avanço do neoconservadorismo na política em países da América Latina e Europa. No caso do Brasil, os atores religiosos da vertente cristã conservadora aparecem no centro das disputas políticas em torno das questões de gênero e sexualidades para o campo da educação. Assim, o objetivo deste artigo é analisar o discurso da “ideologia de gênero” nas notícias divulgadas na rede de internet, no período de 2019 a 2021, identificando seus sujeitos, sentidos de gênero reiterados e os impactos para a política educacional. As notícias foram levantadas no site de busca Google com o uso de descritores e analisadas como discursos na perspectiva foucaultiana e com base nos referenciais teóricos acerca do neoconservadorismo de Lacerda (2019), Apple (2003), Biroli, Machado e Vaggione (2020). Os resultados apontam que no governo Bolsonaro houve o fortalecimento do sintagma “ideologia de gênero” na arena política, sendo utilizado como ferramenta político-discursiva reacionária na disputa por uma agenda conservadora na política educacional, cujo interesse é conter os avanços em torno das pautas de igualdade de gênero e do reconhecimento das diversidades. Há um deslocamento da política para a esfera da moral, que coloca em risco a democracia.</p>2023-09-13T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Educaçãohttps://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/68758Educação Ambiental no ensino superior: um estudo de caso na Engenharia Ambiental e Sanitária2023-01-23T11:27:15-03:00Ana Carolina Krothaninhaaa_k@hotmail.comLeandro Bordinlbordin@uffs.edu.br<p>O artigo discute a forma como a Educação Ambiental está sendo compreendida no processo formativo e implementada nas práticas profissionais no campo da Engenharia Ambiental e Sanitária. A proposta metodológica teve como base a pesquisa aplicada com abordagem quali-quantitativa e foi desenvolvida a partir de dois movimentos: a pesquisa documental e o estudo de caso. A pesquisa documental foi realizada nos ordenamentos institucionais de uma universidade pública da região sul do país e, na sua especificidade, no curso de Engenharia Ambiental e Sanitária. No estudo de caso, a coleta de dados e informações foi realizada por meio da aplicação de questionários com os egressos do referido curso, e as categorizações e análises decorrentes foram feitas, principalmente, com o emprego da metodologia de Análise de Conteúdo. Apesar de algumas importantes iniciativas, os resultados indicam que a forma como a Educação Ambiental está sendo discutida durante o processo formativo, em grande medida, não possibilita que os profissionais implementem ações no âmbito da participação ativa da sociedade na prevenção e resolução dos problemas socioambientais.</p>2023-09-14T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Educaçãohttps://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/69863Mapas Conceituais Colaborativos: uma ferramenta metacognitiva à aprendizagem sobre a História da Química2022-11-02T10:30:59-03:00Maria das Graças Cleophasmgcp76@gmail.comEverton Bedineverton.bedin@ufpr.br<p>Esta pesquisa investigou as potencialidades e as delimitações acerca do uso de Mapas Conceituais (MC) como ferramentas metacognitivas para o ensino e a aprendizagem da História da Química. Para tanto, elaborou-se uma proposta para o desenvolvimento de MC de forma colaborativa sobre temas previamente determinados da História da Química, com intuito de comparar os MC quando elaborados manualmente (modo analógico) e quando construído com auxílio do software CmapTools<sup>®</sup> (modo digital). Com base no desenho da proposta utilizada nesse estudo, formulou-se um modelo específico para o uso de MC em sala de aula de modo colaborativo. Empregou-se uma metodologia de natureza quali-quantitativa, que foi fundamental para validar as diferentes fases do processo de pesquisa, como coleta, análise e apresentação de dados. Os achados à luz da metacognição apontam que há nuances entre a construção de MC analógicos e MC digitais, as quais podem modificar a estrutura do conhecimento conceitual dos indivíduos.</p>2023-09-26T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Educaçãohttps://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/69594Sobre os espaços-tempos de brincar na escola: o que nos comunicam os brincantes?2022-09-12T13:26:58-03:00Helma Costa dos Santoshelmapsicopedagoga@gmail.comMaria Lídia Bueno Fernandes lidia_f@uol.com.br<p>A presente pesquisa traz um recorte de um estudo mais amplo sobre as brincadeiras infantis nos tempos-espaços do ambiente escolar. Esse delineamento, que teve seu apoio no pressuposto de que as brincadeiras infantis são atividades que dizem muito da vida das crianças em seus espaços vivenciais, objetivou compreender como as crianças agem no contexto escolar em relação aos espaços-tempos das atividades brincantes, as expressões culturais relacionadas às brincadeiras, além de analisar aspectos institucionalizados que se entremeiam a esse processo. De viés qualitativo, com a adoção de procedimentos e levantamentos de questões inspiradas na etnografia, empreenderam-se, além da pesquisa em campo, revisão de literatura e discussão dos principais conceitos teóricos aplicados. A base teórica foi ancorada nos postulados dos Estudos Sociais da Infância, buscando dialogar com a Geografia e Sociologia das Infâncias, tendo as análises sido construídas com a contribuição de diferentes campos do conhecimento e da teoria histórico-cultural. Os achados indicam que, por meio das brincadeiras, além do enraizamento na cultura infantil, as crianças convertem espaços em lugares, empregando-lhes suas vivências e experiências, transformando-os de acordo com as suas necessidades brincantes que, por vezes, estão em desacordo com as lógicas adultas estabelecidas.</p>2023-09-26T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Educaçãohttps://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/66208Do diploma à inadimplência: um estudo sobre o endividamento dos beneficiários do financiamento estudantil2021-11-16T21:45:23-03:00Erica Almeida Lealerica.eal@gmail.comLessi Inês Farias Pinheirolifpinheiro@uesc.brMarcelo Inácio Ferreira Ferrazmfferraz@uesc.br<p>A financeirização das políticas sociais corresponde ao entrelaçamento entre os interesses do capitalismo financeiro mundializado e atuação do poder público no provimento de bens e serviços. No Brasil, a financeirização das políticas educacionais levou o governo federal a criar programas de oferta massiva de vagas no ensino superior privado, que se materializam através do repasse de recursos públicos para IES-privadas. O presente artigo tem por objetivo analisar a relação existente entre o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) e o endividamento dos estudantes que ingressaram no ensino superior a partir deste programa Para tanto, realizou-se uma pesquisa exploratória, desenvolvida a partir da análise de dados secundários (INEP, FNDE, IBGE, PNAD-Contínua, CNC, e outros), que tratam sobre o Fies e sobre as condições de endividamento e participação no mercado de trabalho dos beneficiários do Fies. Com a pesquisa, tornou-se possível identificar que o Fies, enquanto política pública financeirizada, prioriza os interesses do capitalismo mundializado, sobretudo no que tange ao máximo valor ao acionista e a diversificação das parcerias público-privadas. O Estado contribui para a ampliação do acesso ao crédito para a população de baixa renda e do repasse de recursos públicos para IES-privadas. O estudante, por sua vez, embora tenha conquistado o sonho de concluir a graduação com a esperança de adquirir melhores condições de vida, arca com o ônus decorrente das políticas públicas financeirizadas, consubstanciado em índices crescentes de endividamento.</p>2023-09-27T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Educação (UFSM)https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/68701Financiamento e privatização da Educação Infantil de 0 a 3 anos no Município de São Paulo2022-02-03T21:33:55-03:00Celso do Prado Ferraz de Carvalhocpfcarvalho@gmail.comGicelia Santos Silvasantossilvag2@gmail.com<p class="Default"><span>O trabalho teve por objetivo compreender a política de atendimento à Educação Infantil do Município de São Paulo no período de 2005 a 2018. Trata-se de uma pesquisa de abordagem quanti-qualitativa, de natureza teórica e de tipo documental e bibliográfico. A coleta de dados foi feita por meio de pesquisa: i. em fontes primárias, com foco na legislação educacional, no orçamento municipal e nos dados de matrículas e escolas, compreendendo as três distintas redes; ii. em fontes bibliográficas acadêmicas sobre infância, direito à educação infantil, financiamento e privatização. O referencial teórico tem como base autores que desenvolveram estudos nas áreas de direito à educação, financiamento e privatização. O caminho analítico percorreu a trajetória histórica do conceito de infância, criança e de seu atendimento educacional, a positivação jurídica dos direitos das crianças, a política de financiamento dessa etapa educacional e as estratégias de atendimento e gestão propostas, em especial as que se orientam na direção da privatização dessa etapa de ensino. A análise dos dados permitiu identificar um aprofundamento da política de privatização na oferta de vagas para a Educação Infantil no Município de São Paulo, por meio da flexibilização desse atendimento.</span></p>2023-10-05T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Educaçãohttps://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/67081Interfaces do processo de construir-se professor: uma revisão integrativa da literatura sobre a professoralidade na saúde2023-09-07T14:44:51-03:00Bianca Joana Mattiabiancajm@unochapeco.edu.brCarla Rosane Paz Arruda Teocarlateo@unochapeco.edu.br<p>A Constituição Federal brasileira positivou a saúde como direito, instituiu o Sistema Único de Saúde e o definiu como ordenador da formação profissional na área. Porém, a legislação não trata da docência na área da saúde. Assim, é importante entender como um profissional da saúde torna-se professor, buscando-se captar a essência desse fenômeno no conceito de professoralidade. O objetivo desse trabalho foi compreender a construção da professoralidade na área da saúde, por meio de uma Revisão Integrativa de Literatura. A busca pelos estudos foi realizada na Biblioteca Virtual em Saúde e no Portal de Periódicos CAPES, aplicando-se, aos selecionados, Análise de Conteúdo Temática. Este texto se ocupa da categoria “interfaces do processo de construir-se professor na área da saúde”, originada da análise de 32 artigos incluídos na revisão. Observou-se que a construção da professoralidade na saúde é campo permeado por tensões, influências e saberes. As principais tensões foram: reconhecimento da docência como processo que requer aporte teórico-metodológico; premência de perceber a docência como profissão e a formação docente como formação profissional; sobrecarga de trabalho docente; (pseudo)equivalência entre produção científica e qualificação docente; sensibilização docente para comprometer-se com a formação permanente. Entre as influências, destaca-se: formação disciplinar inicial; formação continuada; exemplos de antigos professores. Constatou-se que, além dos saberes disciplinares específicos, a docência na saúde requer saberes pedagógicos, políticos, históricos e filosóficos. Conclui-se que é imprescindível compreender os elementos que constituem a professoralidade nesta área, com vistas a uma práxis voltada ao fortalecimento do SUS.</p>2023-10-05T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Educação (UFSM)https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/68514Gestão escolar democrática no Estado do Mato Grosso: um estudo a partir da Lei n. 7.040/98/SEDUC/MT2022-09-09T20:58:41-03:00Márcio Paz Câmaraa097461@uri.edu.brSilvia Regina Canansilvia@uri.edu.br<p>O presente artigo objetiva tratar sobre a gestão escolar democrática, analisando sua normatização, seu histórico e definição; também abordará a gestão e o processo participativo, a democracia e o direito social. A Lei n. 7.040/98/SEDUC/MT terá destaque, visando identificar os pontos fortes e as fragilidades desta Política Pública do Estado do Mato Grosso. Trata-se de parte de um estudo descritivo com abordagem qualitativa, resultante de pesquisa desenvolvida no Mestrado em Educação. Percebe-se que mesmo existindo uma legislação específica, a gestão escolar democrática no Estado em destaque ainda não se efetiva completamente, em muitas unidades escolares. Por outro lado, há de se destacar também a identificação de boas práticas aplicadas nas escolas. Os resultados encontrados também sinalizam a necessidade de uma maior periodicidade na formação continuada, para que haja estreitamento de laços entre a escola e os membros da comunidade escolar, visando a aplicação da Lei n. 7.040/98/SEDUC/MT e seus dispositivos legais.</p>2023-10-05T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Educaçãohttps://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/68467Tecendo algumas razões para o uso da Insubordinação Criativa como Ação de Resistência pelo Campo da Educação Matemática2022-07-20T13:56:30-03:00Wguineuma Pereira Avelino Cardosowguineuma@ifesp.edu.brLiliane dos Santos Gutierreliliane.gutierre@ufrn.br<p>O propósito deste artigo é discutir a Insubordinação Criativa (IC) como ação de resistência pelo campo da Educação Matemática (EM), em especial na formação inicial do educador matemático. Para tal, procuramos responder a seguintes questão: Quais as razões e o papel do uso da IC como ação de resistência? Identifica-se historicamente na trajetória de consolidação do campo da EM alguns conflitos e tensões entre professores de Matemática e educadores matemáticos, advindos do reconhecimento e demarcação de um campo de formação e pesquisa. De modo que, esses conflitos e tensões desafiam o educador matemático a ter uma postura de resistência para defender seu campo profissional. E ainda que seja um campo relativamente novo têm se desenvolvido bastante, tanto no âmbito acadêmico da formação de educadores matemáticos como no âmbito científico das pesquisas. Dessa forma, entendemos que os conflitos e tensões, mesmo não sendo, mas, tão evidentes quanto no início da institucionalização da EM, ainda aparecem de forma explicita ou implicitamente nas relações profissionais e nas práticas pedagógicas. Tais comportamentos podem trazer prejuízo para a formação inicial do educador matemático, contribuindo com concepções de resistência às práticas da EM. Nessa perspectiva, fizemos estudos bibliográficos quanto aos conceitos de IC e campo científico, bem como suas relações com ações de resistência na Educação. Como resultado apontamos que a IC poderá promover ações de resistência Subversivamente Responsável por uma Educação justa e de qualidade. E indicamos essa discussão para fortalecer, reconhecer e legitimar o campo de formação de futuros educadores matemáticos.</p><p> </p>2023-10-06T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Educaçãohttps://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/68612Dois olhares sobre diferença: um ensaio sobre curtas-metragens educacionais2022-07-25T10:59:28-03:00Vitor Gomesvitorgomes76@hotmail.comLarissa Ferreira Rodrigues Gomeslarirodrigues22@hotmail.com<p>Trata-se de artigo, derivado de atividade avaliativa, na qual, alunos de curso de licenciatura em pedagogia elaboraram curtas-metragens sobre a temática da diferença. O objetivo é, alimentados por referenciais teóricos da fenomenologia e da filosofia da diferença, realizar suas descrições e apresentar reflexões sobre as concepções de diferença apresentadas em suas criações. A metodologia de elaboração está baseada numa descrição detalhada dos curtas com o intuito de sua apresentação para os que não realizaram sua expectação. Os passos constituintes deste trabalho foram edificados pela seleção dos curtas, diversas telespectações e suas compreensões e análises. Em termos de resultados, o primeiro curta apresenta série de estímulos sensoriais que envolvem: sons estridentes e/ou graves, o silêncio, a ausência de imagem e/ou sua apresentação de forma embaçada; numa mescla de privação e/ou potencialização de sentidos. O segundo: revela o universo interno de um jovem com autismo, com vivências discriminatórias e <em>outputs</em>, que lhe servem como auxilio na interiorização e/ou vazão ao excesso dos estímulos audiovisuais assimilados por conta de sua condição. O terceiro: (Trans) verso, evidencia imagens de jovens transgêneros que almejam o direito de exercer a diferença. A guisa de conclusão compreende que as três produções estabelecem relação objetiva em termos de abordagem da diferença expondo-a em cenas desnudantes que sublinham, relativizam, ou simplesmente a descrevem. Assim, suas questões não são colocadas debaixo do tapete, mas expostas com sensibilidade e ao mesmo tempo firmeza.</p>2023-10-10T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Educaçãohttps://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/67518O engendramento do embate – polemologias e práticas na Escola Normal Catarinense (1911 – 1918)2021-11-17T19:50:11-03:00Carolina Cechella Philippicarolinacechella@gmail.com<p>Este artigo tematiza as práticas encampadas por Horácio Nunes Pires e Orestes Guimarães no interior da Escola Normal Catarinense entre 1911 e 1918. Para tanto, tomou como fontes relatórios, legislação, imprensa e ofícios expedidos por um e outro e acessados no Arquivo Público de Santa Catarina, na Hemeroteca Digital da Biblioteca Nacional, na Hemeroteca Digital Catarinense e no Repositório da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Objetivou-se mapear as redes de sociabilidades (SIRINELLI, 1996) e de sociabilização burocrática (SCHWARTZ, 2011) desses sujeitos, situando os embates travados na ocasião da reforma da instituição como parte de disputas políticas que a extrapolaram. Como conclusões, destacou as filiações políticas de ambos os sujeitos e propôs uma interpretação das reformas do ensino como um caleidoscópio de práticas diversas. Ademais, considerou-as como parte de um jogo polemológico (CERTEAU, 2009) disputado e dependente de uma extensa rede de relações familiares e políticas.</p>2023-10-24T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Educação (UFSM)https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/67412Estratégias de entrada e permanência no grupo de crianças: caminhos para interagir2022-06-05T19:53:08-03:00Elaine Conceição Silva de Almeidaelaines.pedagoga@gmail.comIza Rodrigues Da Luzizarodriguesluz@gmail.comIsabel de Oliveira e Silvaisabel.os@uol.com.br<p>Este artigo tem por objetivo refletir sobre as interações entre crianças de cinco e seis anos de idade no ambiente de uma Escola Municipal de Educação Infantil (EMEI), em Belo Horizonte/Minas Gerais (Brasil). O foco definido foram as ações que almejavam a criação de vínculos, apontando as estratégias utilizadas pelas crianças para obter acesso e permanência nos grupos de pares. Para este estudo optou-se por um referencial teórico multidisciplinar embasado em estudos contemporâneos sobre a Infância e a Educação Infantil, com destaque para a Sociologia da Infância e Psicologia Social. Foi realizada uma pesquisa qualitativa tendo como principais instrumentos a observação participante do grupo de crianças, com registros em diário de campo e videogravação; e entrevista semiestruturada com a professora do grupo. A análise das informações evidenciou forte relação entre o espaço e artefatos disponíveis e o modo como as crianças se organizavam em grupos mais ou menos estáveis. Destacaram-se também as estratégias de pedido/convite e interferência como principais ações para entrada no grupo de pares e diálogo e cooperação como principais estratégias de permanência. A estratégia de ajuda foi percebida em ambas as categorias. Foi identificado também que na perspectiva das crianças pesquisadas, se integrar em um grupo significava ser amigo dos participantes.</p>2023-10-24T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Educaçãohttps://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/68571O ensino secundário no jornal gazeta do norte: análises de abgar renault em 19552022-05-02T10:12:31-03:00Geisa Magela Velosovelosogeisa@gmail.comJosé Normando Gonçalves Meirajose.meira@unimontes.brZilmar Santos Cardosozilmar.cardoso@unimontes.br<p>O artigo apresenta faces da história da educação e preenche lacunas relativas ao Ensino Secundário, com foco em questões e problemas situados no norte do Estado de Minas Gerais. O objetivo do estudo é analisar as formulações do professor Abgar Renault sobre o Ensino Secundário, publicadas no jornal Gazeta do Norte, em Montes Claros-MG, nas décadas de 1950 e 1960. A escolha deve-se à grande expressão deste educador, cuja produção acadêmica, extrapola os próprios limites do Estado de Minas Gerais e do Brasil. Foi realizada pesquisa historiográfica, em que o jornal Gazeta do Norte foi tomado como principal fonte da pesquisa, complementada pela revista Escola Secundária e Revista de Ensino/MG, visando captar a sincronia do movimento regional com discussões ocorridas em âmbito nacional. Constatou-se que, para o professor Abgar Renault, os problemas do Ensino Secundário foram considerados como sintoma de uma crise vivida pela educação brasileira, em que a expansão não planejada das matrículas aliou-se à falta de professores titulados para a docência. Conclui-se que os problemas discutidos no âmbito local refletem questões mais amplas da educação no Brasil.</p>2023-10-24T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Educaçãohttps://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/68569A Sociologia da Infância e o conceito de culturas infantis: aspectos e implicações teóricas2022-01-19T10:09:29-03:00Rita de Cássia Marchiatoseditora@gmail.comNislândia Santos Evangelistanissevangelista@gmail.com<p>O conceito de culturas infantis, na perspectiva da Sociologia da Infância, enfatiza a ideia da criança como ator social e produtora de cultura. Assim, nesta abordagem há formas teóricas e metodológicas de pesquisar e se relacionar com as crianças a partir de termos e concepções que se distanciam daqueles relacionados à ideia tradicional de socialização. Este artigo tem como objetivo discutir o conceito de culturas infantis a partir, principalmente, de dois sociólogos da infância, William Corsaro e Manuel Sarmento. Além disto, dialoga-se com outros autores, como Matias Arce e Walter Benjamin sobre a concepção de infância, brinquedos e brincadeiras. A noção antropológica de cultura também é considerada para pensarmos na constituição e socialização das crianças entre pares, ou seja, na construção das culturas infantis. Leva-se em consideração a crescente utilização de conceitos e princípios da Sociologia da Infância nas pesquisas na área da Educação e o caráter reflexivo entre a produção de conhecimento e as práticas sociais.</p>2023-10-24T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Educaçãohttps://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/68582Condição do trabalho docente na Pós-graduação Stricto Sensu em Educação na Região do Triângulo Mineiro: fatores em análise2022-05-11T09:41:05-03:00Rosemar Rosarose@iftm.edu.brSálua Cecíliosalua.cecilio@uniube.br<p>As mudanças no mundo do trabalho, relacionadas à reestruturação produtiva e à acumulação flexível, também se fazem presentes no contexto da pós-graduação <em>stricto sensu </em>em Educação na região do Triângulo Mineiro (PGERTM); influenciam a condição do trabalho docente e acarretam consequências para a vida profissional e pessoal de professores. Nessa direção, este artigo tem como objetivo compreender de que forma o capitalismo, em sua fase de acumulação flexível, tem influenciado a condição do trabalho docente e a vida de professores que atuam na PGERTM. A investigação orientou-se pelos pressupostos epistemológicos do materialismo histórico-dialético, tendo como instrumentos de coleta de dados um questionário fechado e um roteiro de entrevista estruturada, aplicados em etapas distintas. Na primeira etapa a amostra foi composta por 44 docentes da categoria permanente dos Programas da PGERTM e da segunda etapa participaram 10 docentes. Os resultados apontam que o capitalismo flexível tem favorecido a intensificação do trabalho na PGERTM por meio de estratégias como: alongamento da jornada de trabalho, acúmulo de atividades, cobrança por resultados de modo a extrair mais produtividade e valor; o que termina por afetar a condição do trabalho docente e a vida de professores. Conclui-se que as tendências do modo de produção capitalista permeiam a condição do trabalho docente na PGERTM, cuja organização passa não só pelas atividades pedagógicas, pela produção do conhecimento como fonte do trabalho, mas igualmente pela totalidade das relações sociais que demandam dos professores maior participação, adaptabilidade, flexibilidade e engajamento subjetivos em face de uma conjuntura sempre mutável.</p>2023-10-24T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Educaçãohttps://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/68592A Agenda 2030: o princípio responsabilidade e a ética na Educação Tecnológica2022-03-08T14:35:45-03:00Dilma Heloisa Santosdilmaheloisa@yahoo.com.brRodrigo Otávio Santosrodrigo.s@uninter.com<p>A Agenda 2030 é um compromisso entre países para realizar uma ação global para o desenvolvimento mundial. Nesta agenda constam os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), bem como algumas metas para serem levadas a cabo. Entre os objetivos, o quarto deles está direcionado ao desenvolvimento de uma Educação de Qualidade. Este trabalho tem por objetivo refletir sobre os objetivos da Agenda 2030, sobretudo acerca do quarto objetivo e sua relação com a Educação Tecnológica, tendo em vista o princípio de responsabilidade, de Hans Jonas (2006), e o cenário da educação que, a partir de 2020, foi duramente alterado pela pandemia causada pelo novo corona-vírus, considerando também que as tecnologias da informação afetam os processos educacionais e as práticas pedagógicas. Parte-se do questionamento de buscar quais são as necessidades atuais para uma formação dentro da Educação Tecnológica e como o princípio de responsabilidade, de Hans Jonas, pode ajudar no seu desenvolvimento? Esta é uma pesquisa qualitativa de cunho exploratório, desenvolve e discute conceitos e reflexões sobre a educação, a tecnologia, a sustentabilidade, o princípio de responsabilidade e a ética, envolvendo a pesquisa bibliográfica e de documentos. Os resultados da investigação apontam a importância de um novo conceito para a Educação Tecnológica, que afete sua concepção no que tange as ações sustentáveis e não tenha como base a mercantilização, mas proponha uma formação tecnológica que pense na práxis levando em conta as condições sociais humanas, não só da produção, mas também de sobrevivência e vida do planeta.</p>2023-10-24T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Educaçãohttps://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/68714A assistência estudantil no ensino médio integrado: uma análise sobre a evasão no curso técnico em agropecuária do IF Sudeste MG - campus Rio Pomba2022-09-09T21:12:25-03:00Giani Neves Santiago Doriguettogiani.santiago@ifsudestemg.edu.brLeonardo da Fonseca Barbosaleonardo.fonseca@ifsudestemg.edu.br<p>Esse estudo objetivou analisar a evasão no curso técnico em agropecuária integrado ao ensino médio do IF Sudeste MG - <em>campus</em> Rio Pomba, com enfoque no Programa de Atendimento aos Estudantes em Baixa Condição Socioeconômica ofertado por esta instituição. A opção teórico-metodológica do estudo se deu pela abordagem qualitativa, fazendo uso de análise bibliográfica e documental. As informações foram recolhidas nos arquivos da secretaria do ensino técnico, no setor de orientação pedagógica e no setor de serviço social do <em>campus </em>Rio Pomba. Como resultados desta pesquisa, tem-se um percentual (19,75%) pequeno de estudantes que evadiram e foram atendidos pelo programa de assistência estudantil, se comparado ao total de evadidos no período estudado (2013-2019). Os dados ainda mostram outras causas elencadas pelos estudantes, para sua saída da instituição (desinteresse pelo curso, jubilamento e a saudade da família). Como resultados desta pesquisa, perceberam-se os atendimentos na assistência estudantil como fortes aliados para a permanência escolar e a evasão no referido curso não tendo uma ligação direta com o não atendimento da assistência estudantil. Em contrapartida, estes resultados podem nos mostrar que a política de assistência estudantil do referido <em>campus </em>vem cumprindo seu papel, que é minimizar os índices de evasão e contribuir com melhores condições de permanência escolar.</p>2023-10-24T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Educaçãohttps://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/68745Programa Nacional de Assistência Estudantil: tendências e lacunas a partir da análise integrativa2022-02-01T16:19:31-03:00Daniel Calbinodcalbino@ufsj.edu.brEugenio Britoeugenionunes1182@gmail.com<p>O objetivo do artigo foi analisar, à luz da revisão integrativa, as tendências e lacunas teórico-empíricas nos trabalhos que tratam do Programa Nacional de Assistência Estudantil. Para tanto, recorreu-se a Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações, identificando-se 127 trabalhos entre os anos de 2008 (início do programa) e 2021. Dentre os principais achados, destacam-se o volume de pesquisas que, mesmo pouco representativas no universo das instituições federais, indicaram que o PNAES cumpriu satisfatoriamente os seus objetivos, evidenciando, assim, a efetividade na permanência estudantil. Por outro lado, a literatura carece de estudos que estabeleçam recortes temporais antes e após o recebimento dos benefícios, ou mesmo paralelos entre os indicadores e as questões orçamentárias. As evidências colocam para a área que mesmo na singularidade organizacional de cada instituição, a elaboração de diretrizes avaliativas que possibilitem comparações interinstitucionais pode contribuir para o monitoramento e consolidação do PNAES, enquanto uma política pública nacional.</p>2023-10-31T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Educaçãohttps://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/67784Perfil e trajetória acadêmica de estudantes indígenas da Universidade de Brasilia2023-10-11T09:24:30-03:00Cláudia Regina Nunes dos Santos Renaultclaudia.renault@globo.comAlessandra Rocha de Albuquerquearocha@p.ucb.br<p>A Universidade de Brasília (UnB) foi pioneira na oferta de vagas específicas aos indígenas, tendo firmado, em 2004, Convênio de Cooperação com a Fundação Nacional do Índio (FUNAI). Tal convênio instituiu a criação de vagas suplementares e vestibular específico para estudantes indígenas. Em 2012, com a promulgação da “lei de cotas” (Lei 12.711) tornou-se obrigatória a reserva de vagas nas universidades federais para pretos, pardos e indígenas. Transcorridos 17 anos do Convênio de Cooperação e seis da lei de cotas, informações relativas ao perfil da população de estudantes indígenas da UnB, bem como à sua trajetória acadêmica, não foram publicadas, sendo este o objetivo do presente estudo. Para tanto, foi realizada uma pesquisa documental no Sistema de Graduação (SIGRA) da Universidade, a partir da qual foram levantadas informações relativas às seguintes variáveis: idade, sexo, etnia, curso, data de ingresso e situação acadêmica (ativo, trancado, desistente, graduado). Foi identificado o total de 108 estudantes indígenas, com idade média de 24,39 anos, provenientes de todas as regiões do país e pertencentes a 35 diferentes etnias. Do total de estudantes, 26,9% concluíram o curso até o momento e 43,5% foram desligados. Estes dados evidenciam a diversidade cultural do grupo de estudantes indígenas e apontam índices de evasão superiores aos do ensino superior de um modo geral. Acredita-se que a inexistência de mecanismos e espaços específicos de acolhimento e acompanhamento destes estudantes na fase inicial de implementação desta política tenham influenciado a permanência dos mesmos na Universidade.</p>2023-11-23T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Educação (UFSM)https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/70037Paulo Freire: Um outro paradigma de humano e de infância2022-08-23T20:28:19-03:00Miguel Gonzales Arroyog.arroyo@uol.com.br<p>A Nestas análises, indaga-se: as Outras Infâncias Oprimidas, resistentes às desumanizações como realidade histórica, afirmando-se humanas, não desconstroem o paradigma único hegemônico de humano e de infância? A história da infância não é outra quando são reconhecidas as outras infâncias oprimidas como sujeitos de história? A história da educação, da pedagogia não é obrigada a se redefinir quando outras infâncias oprimidas se afirmam sujeitos de outras pedagogias de oprimidos? São essas as interrogações das infâncias oprimidas que instigam Giorgio Agambem, no seu livro <em>Infância e História</em>; Philippe Ariès, em <em>História Social da Criança e da Família</em>; Del Priore, em <em>História da Criança no Brasil</em>. São também interrogações das outras infâncias oprimidas que instigam Paulo Freire, sobretudo, na <em>Pedagogia do Oprimido</em>. Indagações essas, postas pelas infâncias oprimidas para as políticas educativas, para as teorias pedagógicas e para a invenção das identidades docentes educadoras.</p>2023-05-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Educaçãohttps://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/70036Ao ritmo da COVID-19: entre políticas para a infância e práticas pedagógicas em pandemia. Que perspetivas sobre os direitos das crianças?2022-10-25T09:52:27-03:00Maria Manuela Matinho Ferreiramanuela@fpce.up.ptCatarina Tomásctomas@eselx.ipl.pt<p>Partindo dos Estudos Sociais da Infância e da Sociologia da Educação, consideram-se as diretrizes sanitário-educativas oficiais e as práticas pedagógicas privilegiadas por educadoras de infância portuguesas, para compreender em que medida e que direitos das crianças foram assegurados e/ou ameaçados no decurso das arritmias geradas pela COVID-19 na Educação de Infância (EI). Com apoio em metodologias qualitativas de recolha e de análise das medidas/recomendações oficiais para a EI (março 2020 a junho 2021) e de entrevistas a educadoras de diversas instituições, contextos e percursos (jardins de infância da rede pública e privada; meio urbano e rural; tempo na profissão), visou-se identificar e analisar i) os direitos que se asseguraram oficialmente às crianças e sua educação; ii) as (re)interpretações daquelas medidas/recomendações face às principais preocupações educativas das educadoras, facilidades/dificuldades encontradas nas recontextualizações pedagógicas assumidas para lidarem com elas. Na diversidade de (re)interpretações e práticas pedagógicas, e seu (des)alinhamento face às políticas, sublinha-se a ênfase na aprendizagem de conteúdos; a interferência de fatores socioestruturais e contextuais no cumprimento dos direitos das crianças e o conhecimento limitado daqueles direitos pelas educadoras, perspetivando-se a necessidade e urgência da sua ampla divulgação na EI.</p>2023-05-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Educaçãohttps://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/70038Políticas Públicas de Educação da Infância no Brasil e na Argentina: Realidades e desafios decorrentes da pandemia de COVID-192022-11-18T14:28:31-03:00Magali dos Reismagali.reis33@gmail.comMariela Lossomlossoullmann@gmail.com<p>Neste estudo refletimos sobre os avanços e desafios das políticas e práticas de atenção integral à criança, destacando as possibilidades e os limites da ação governamental no Brasil e na Argentina. Ambas realidades são analisadas a partir de uma perspectiva de investigação crítica colaborativa situada nos campos da educação, antropologia e política. Abordamos os desafios da educação da infância na esfera pública, sob a ótica das políticas públicas e seu impacto na vida das crianças. O trabalho de campo foi realizado na perspectiva de estudos qualitativos com adaptações metodológicas, pois com a pandemia do COVID-19, o trabalho de campo em campo não era viável, considerando as medidas preventivas vigentes em cada país. Identificamos limitações e possibilidades para enfrentar os desafios colocados por um contexto pandêmico e pós-pandêmico. Por fim, analisamos como – apesar dos avanços legais – os direitos de meninas e meninos têm sido fortemente ameaçados nos últimos anos.</p>2023-05-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Educaçãohttps://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/70039Entre urgências: a Educação Infantil em municípios paranaenses no contexto da pandemia nos anos de 2020 e 20212022-09-26T08:03:27-03:00Catarina de Souza Moromoro.catarina@gmail.comSoeli Terezinha Pereirasoelitp@gmail.com<p>O artigo discute as ações relacionadas ao atendimento da educação infantil em municípios paranaenses durante a pandemia nos anos de 2020 e 2021, tendo como eixo os direitos estabelecidos na Convenção sobre os Direitos das Crianças de 1989, na Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, na legislação nacional de âmbito educacional e nas normativas dos órgãos competentes dos municípios pesquisados. Diante do inusitado trazido pela pandemia, as desigualdades sociais e educacionais foram agravadas, atingindo, sobremaneira, os bebês e as crianças pequenas. Interessa verificar como um conjunto de seis (6) municípios da Região Metropolitana de Curitiba, Paraná, assegurou o direito à educação infantil em face da suspensão das atividades presenciais, quais foram as orientações e as escolhas pedagógicas e como elas se articulam às Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil de 2009, às diretrizes curriculares municipais e aos direitos das crianças. Por meio de análise documental e de dados educacionais foi possível evidenciar redução de matrículas na educação infantil, assim como, oferta de atividades não presenciais que não atendeu as diferentes realidades das famílias, dadas as desigualdades estruturais quanto ao acesso aos meios de tecnologia adequados à grande parcela da população. As estratégias que os municípios lançaram mão, de um lado evidenciam o esforço em atender todas as crianças e suas famílias; de outro, esbarram na identidade da etapa, com riscos evidentes de sistematizações didático-pedagógicas antecipadas.</p>2023-05-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Educaçãohttps://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/70054Infância e educação em Marrocos2022-04-26T11:04:32-03:00Vicente Bedmar-Llorentllorent@us.esLucía Torres Zaragozaltorreza@gmail.com<p>Como resultado da Convenção sobre os Direitos da Criança (1989), os direitos e obrigações necessários para garantir uma infância segura são estabelecidos em nível praticamente global. No entanto, a exploração infantil persiste como uma realidade indiscutível nos países em desenvolvimento, situação intimamente ligada à pobreza. No Marrocos, foi desenvolvida uma série de políticas que demonstram os esforços do governo para mudar essa realidade. No entanto, em 2020 ainda existe uma percentagem significativa de crianças trabalhadoras, das quais 80,9% abandonam a escola e 4% nunca frequentaram a escola (Haut Commissariat au Plan du Maroc, 2021). Consequentemente, este artigo tem como objetivo analisar as políticas educacionais voltadas à proteção das crianças e à educação adotadas no Marrocos nos últimos anos, que também tentam combinar tradição e modernidade.</p>2023-05-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Educaçãohttps://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/70055Violência Contra Crianças e Adolescentes Amazônidas: O Panorama do Município do Oiapoque - AP2023-02-22T11:00:59-03:00Carlos Alberto Batista Macielmaciel@ufpa.brEdval Bernardino Camposedval.campos@hotmail.com<p>Este artigo analisa a violência contra crianças e adolescentes amazônidas ocorrida no município do Oiapoque na fronteira entre o Brasil e a Guiana Francesa. A pesquisa exploratória mapeou os registros de violação de direitos contra o segmento infanto-juvenil no período de doze meses entre 2010 e 2011, nos órgãos de políticas públicas locais. Os dados coletados revelaram que 5,1% da população infanto-juvenil do município foi submetida a violência. Os 416 registros de casos de violência identificados distribuíram-se em: 69 casos de violência física, 105 de abandono, 168 de negligência, 58 de violência sexual, 10 de desproteção social e 16 sem identificação. A maior concentração dos registros (93,4%) ocorreu no Conselho Tutelar do município, o que pode indicar o seu importante papel na garantia dos direitos das crianças e adolescentes em nível local, assim como pode indicar que os demais órgãos do sistema de garantia de direitos estão cumprindo limitadamente suas responsabilidades dentro desse sistema.</p>2023-05-03T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Educaçãohttps://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/70056A criança tem direitos: Como eles se materializam na educação infantil?2022-05-09T08:11:01-03:00Maria das Graças Oliveiramariaeduc2013@gmail.comYasmim Samily Menezes de Fariasyasmimmenezes99@gmail.comSara Lívia dos Santos Sousasaralivia.sousa123@gmail.com<p>Este artigo é um recorte de uma pesquisa concluída que teve como objetivo investigar a materialidade de creches públicas municipais de Campina Grande, na Paraíba. O foco deste artigo será o direito dos bebês e das professoras à disponibilidade de materiais pedagógicos diversificados, adequados à especificidade das crianças, em número suficiente para que todos/as tenham acesso às diferentes possibilidades educativas oriundas desse material no espaço do berçário. A pesquisa qualitativa e quantitativa foi realizada no ano de 2018 em duas creches públicas da cidade de Campina Grande, PB. Os materiais pedagógicos foram contados e catalogados. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas com oito professoras de berçários que trabalhavam nas instituições. As análises foram realizadas por meio dos pressupostos da Análise de Conteúdo de Bardin. As indagações: qual é a materialidade a que os bebês tem acesso nas instituições públicas? Quais são as fontes de aquisição desses materiais? O que são considerados materiais pedagógicos para os berçários? nortearam a investigação. Os resultados mostram que o estado tem contribuído com a materialidade das instituições embora, na perspectiva das docentes, ainda se faça necessário complementá-la. Percebe-se a existência da parceria entre o estado e algumas instituições privadas nessa função. As instituições por sua vez, no sentido de complementar a materialidade disponibilizada pelos órgãos públicos tanto da esfera federal quanto da municipal, têm adotado estratégias junto à comunidade escolar e à sociedade de modo geral para aquisição de materiais pedagógicos, principalmente livros de literatura infantil.</p>2023-05-03T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Educaçãohttps://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/70058Diálogo sobre infâncias mexicanas na pandemia de COVID-19 2022-04-26T10:51:54-03:00Norma Alicia Del Río Lugonadelrio@gmail.comMariela Andrea Lossomlossoullmann@gmail.com<p>Esta entrevista faz parte de uma série documentada na Rede Emili@, que se propõe a divulgar pesquisas acadêmicas e reflexões coletivas sobre infância, educação e política. O documento que apresentamos sintetiza uma análise dos efeitos da pandemia na vida de crianças e adolescentes no México. Norma del Río Lugo descreve a situação socioeconômica e política, com ênfase na situação precária das políticas públicas -antes, durante e depois- da fase de isolamento social pela pandemia de COVID-19. Refletimos sobre como os Estados conseguiram - ou não - responder à situação social gerada durante a pandemia, o tipo de programas, políticas e ações implantadas com base em direitos. Nesta experiência compartilhada, ela destacou a relevância do papel dos Estados na vida das crianças e seus direitos. Norma del Río Lugo analisa as experiências da infância e o papel preponderante das mulheres durante a pandemia, enfatizando a necessidade de políticas de atenção urgente. Nesse contexto, a violação de direitos tem sido dramática para a população infantil, com aumento dos índices de pobreza, falta de acesso à educação e serviços de saúde, aumento dramático da desnutrição e situações de violência.</p>2023-05-15T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Educação