https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/issue/feed Educação 2024-07-14T08:58:56-03:00 Educação (UFSM) revista.educacao@ufsm.br Open Journal Systems <p style="text-align: justify;">A Revista <strong>Educação (Santa Maria. Online)</strong> tem como escopo a publicação de trabalhos inéditos e originais na área de Educação, resultantes de pesquisas científicas e reflexões teóricas sobre práticas e políticas educacionais. Os artigos podem ser publicados em Português, Inglês e Espanhol e, excepcionalmente, pode-se publicar artigos em Italiano, Francês e Alemão.</p> <p style="text-align: justify;"><strong>eISSN 1984-6444 | Qualis/CAPES (2017-2020) = A2</strong></p> https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/87594 Apresentação: Educação, Narrativa e Saúde em tempos de refigurações 2024-04-24T09:49:19-03:00 Elizeu clementino de Souza esclementino@uol.com.br Maria Amália de Almeida Cunha amalia.fae@gmail.com Sueli Salva sueli.salva@ufsm.br Clenio Perlin Berni clenio.berni@ufsm.br <p>O dossiê busca aprofundar discussões e socializar estudos que articulam educação, narrativa e saúde (Souza, 2021, 2016; Souza e Souza, 2021; Souza e Delory-Mombeger, 2018), mediante processos de aprendizagens biográficas que os sujeitos constroem nas práticas cotidianas e como dispositvo de formação em educação e saúde, assim como questões de formação multipofissional em saúde,&nbsp; condições de trabalho e adoecimento docente. Neste sentido, este dossiê mobiliza&nbsp; apropriações teóricas da pesquisa (auto)biográfica como dimensão epistêmico-metodológica (Souza, 2014), através da diversidade de análise de narrativas em multiplos contextos. A noção de processos de aprendizagens biográficas e suas relações com as narrativas dos diferentes atores sociais, em uma perspectiva narrativo-biográfica, inscreve-se como terreno fértil para pensarmos processos de refiguração pessoal e profissional nos campos da saúde e da educação.</p> 2024-05-13T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Educação https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/85359 Re-habitar a escola na era do Antropoceno: contribuições da mesologia para um novo olhar sobre as condições de trabalho docente 2024-03-15T20:09:24-03:00 Valérie Melin valerie.melin@univ-lille.fr Carolina Kondratiuk carolinakondratiuk@hotmail.com <div><span lang="PT-BR">Mais que uma nova era geológica em estudo no campo das ciências naturais, face às mudanças climáticas e impactos da atividade humana sobre o planeta, o antropoceno tem se mostrado um fértil aporte conceitual para a produção de conhecimentos nas ciências humanas e sociais, em especial no campo educacional. Diante desse quadro, o artigo se interessa pelo antropoceno com o duplo objetivo de identificar as questões que o conceito suscita em âmbito educacional, especialmente no que se refere às condições de trabalho docente, e propor novas ferramentas teóricas capazes de contribuir ao enfrentamento dessas questões. Para tanto, apoia-se em uma pesquisa em curso de realização de acordo com os referenciais teórico-metodológicos da pesquisa biográfica em educação, intitulada “Condições de trabalho docente e promoção da saúde global à luz do conceito de ‘permacultura humana’: análise e propostas para responder aos desafios do Antropoceno na escola como instituição do laço”. Após traçar brevemente as origens e debates em torno da noção de antropoceno e constatar a necessidade que ela convoca no sentido de pensar a educação de novas maneiras, o artigo discute as reconfigurações do espaço na contemporaneidade, em suas incidências sobre o espaço da escola para, por fim, propor o conceito de si mesológico. Oriundo da mesologia, este revela ser uma potente ferramenta teórica para o enfrentamento da urgência de transformações profundas na relação a si mesmo, ao outro e ao mundo natural e social que se encontra no cerne dos desafios antropocênicos e de seus impactos em meio escolar, que pode ser re-habitado enquanto instituição de vínculos.</span></div> 2024-05-13T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Educação https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/85360 Fazer ciência de forma diferente para um desenvolvimento humano e social saudável? Relato e análise de uma experiência 2024-03-27T14:22:43-03:00 Martine Janner-Raimondi carolinakondratiuk@gmail.com Sophie Arborio sophie.arborio@univ-lorraine.fr Bruno Hubert bruno.hubert@univ-lille.fr <div><span lang="PT-BR">À medida que entramos no Antropoceno, precisamos considerar, juntamente com Stengers (2020) e Latour (2021), as relações entre os seres humanos e o mundo da vida, para que possamos trabalhar juntos para encontrar modus vivendi que sejam viáveis para todos no longo prazo e, ao mesmo tempo, pensar em novas formas de fazer ciência para ajudar a promover a democracia na área da saúde. Isso implica mudanças epistemológicas, metodológicas, éticas e políticas que reconheçam diferentes formas de verdade, entre o conhecimento médico nosográfico, por um lado, e, por outro, o aprendizado exclusivo das pessoas que vivem com uma doença/incapacidade crônica, suas famílias e os cuidadores que as apoiam diariamente. Acreditamos que ouvir suas vozes ajudará a aprimorar os serviços de saúde médico-sociais e preventivos. O Study Day (2023), organizado na esteira de nossa pesquisa sobre as alavancas e os obstáculos à participação dos atores mais diretamente envolvidos nas questões de cuidados (pacientes, familiares e cuidadores), inaugurou uma nova maneira de fazer ciência, graças às "leituras dramatizadas" feitas por duas atrizes de trechos de textos dessa pesquisa. A análise das seleções e performances apresentadas neste artigo tem como objetivo explorar com mais profundidade a refiguração das narrativas biográficas com o intuito de fornecer subsídios para cursos de treinamento no campo da saúde ou para o treinamento inicial e contínuo de pessoas interessadas nessas questões.</span></div> 2024-05-13T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Educação https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/85371 Construção da identidade docente na saúde 2023-10-30T09:45:54-03:00 Alessandra Martins dos Reis alemreis@hotmail.com Elizeu Clementino de Souza esclementino@uol.com.br <p>Este trabalho discute sobre a construção da identidade docente na pós-graduação na saúde a partir das narrativas de sete educadoras de programa de Residência em Saúde na Bahia, no Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil. O objetivo foi compreender a construção da identidade docente no contexto da saúde. Utilizando princípios da pesquisa (auto)biográfica, o estudo qualitativo configura-se como uma pesquisa narrativa. Foram utilizados como dispositivos os memoriais de formação escritos em dois tempos: nos anos de 2017 e 2021. Concluiu-se que, apesar da baixa atratividade da atividade docente neste contexto, a construção da identidade docente envolve progressivo reconhecimento do significado de ser docente, mediado pela interação com educadoras mais experientes da saúde, a conciliação da docência como um espaço de ativismo para o fortalecimento do SUS, a opção periférica da docência como profissão, a identificação da ação docente baseada em suas vivências prévias de educação bancária e a transformação das suas práticas em uma transição de paradigmas educacionais.</p> 2024-05-13T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Educação https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/85337 A inovação educacional entre o bem-estar e o mal-estar do professor: uma revisão sistemática da literatura 2024-03-31T21:21:17-03:00 Diego Luna Delgado dluna@us.es Maria Amália Almeida Cunha amalia.fae@gmail.com Conceição Leal da Costa mclc@uevora.pt <p>Os desafios que os novos discursos educacionais estão gerando atualmente, em especial no trabalho docente e na sala de aula, convidam-nos a rever causas e conceções do <em>bem-estar docente </em>e relaçõesestabelecidas com a inovação em educação. O objetivo deste trabalho é identificar e sistematizar as condições profissionais que hodiernamente determinam o desenvolvimento desse sentimento nas escolas, por meio de uma análise das evidências empíricas relatadas na literatura científica. A metodologia consistiu em uma revisão sistemática de artigos científicos publicados a esse respeito nos últimos cinco anos, de acordo com as indicações da Declaração PRISMA 2020 e utilizando como base de dados o Scopus. Como resultado, dos 16 artigos analisados, apenas um deles aborda essa conexão entre bem-estar docente e inovação educacional. Os dados coligidos mostra-nos a necessidade de conduzir novas pesquisas que tenham como objeto heurístico a sala de aula e as práticas dos professores, uma vez que esta nos parece a única maneira de escapar do caráter anedótico e acrítico que predomina em grande parte da literatura recente sobre o bem-estar ou mal-estar dos professores.</p> 2024-05-13T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Educação https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/85362 A potência educativa do saber e do comer na escola: interfaces entre os direitos à educação e à alimentação 2023-12-26T08:40:05-03:00 Ligia Amparo da Silva Santos amparo@ufba.br Micheli Dantas Soares michelid@ufrb.edu.br Edleuza Oliveira Silva edleuza@ufrb.edu.br <p><strong>Este ensaio problematiza as relações entre os direitos à educação e à alimentação na escola, considerando dimensões associadas ao cultivo de uma cultura escolar que possa assumir a alimentação como fonte de inspiração para formação humanística, crítica e cidadã dos escolares. Portanto, percorre a trajetória da conformação da alimentação escolar, enquanto objeto de estudo e pesquisas, extensão e de espaço formativo, desvelando as contradições na instituição da alimentação como direito humano no cotidiano escolar frente a persistência da percepção assistencialista. Posteriormente, problematiza a potência educativa do comer na escola e os desafios de sua conjunção com o direito à escola, partindo, de um lado, do pressuposto da indivisibilidade dos direitos humanos e, de outro, das possibilidades de sua materialização em convergência com a humanização dos saberes sobre alimentação e das práticas do comer na escola na direção da garantia da dignidade humana e da promoção da justiça social e escolar.</strong></p> 2024-05-13T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Educação https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/85400 Saúde docente no contexto das escolas rurais: o que apontam os professores? 2024-03-18T07:59:13-03:00 Michael Daian Pacheco Ramos michaeluneb@gmail.com José Antônio Serrano Castañeda jserrano@g.upn.mx <p>O presente artigo tem como objetivo analisar a saúde dos docentes de escolas rurais do Território de Identidade do Piemonte da Diamantina-Bahia, considerando as transformações oriundas das recentes reformas educacionais, as políticas de globalização e as condições de trabalho. Do ponto de vista metodológico, configurou-se como uma pesquisa quantitativa, através de <em>Survey</em> aplicando um questionário a 268 docentes que atuam em escolas rurais em nove municípios que constituem o Território mencionado. Realizou-se a coleta em 48 estabelecimentos de ensino rurais, distribuídos em 36 comunidades. A técnica de análise dos dados configura-se como análise estatística e descritiva, através da utilização do <em>software</em> SPSS versão 28. Os principais resultados apontam que as condições de trabalho vivenciadas pelos professores estão permeadas de processos de intensificação e autointensificação, com o aumento de novas funções e responsabilidades; acarretando ambientes precários favorecendo o adoecimento dos profissionais, especialmente por problemas de voz, muscoesqueléticos e saúde mental. Esse adoecimento tem contribuído para aumentar as taxas de afastamento das atividades, contudo há um número significativo de docentes que continuam trabalhando adoecidos.</p> 2024-05-13T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Educação https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/85385 Medicalização infantil no contexto escolar: implicações no processo de cuidar e educar 2024-04-08T12:51:07-03:00 Clarívia Fontana Possamai clapossamai@hotmail.com Fabio Machado Pinto fabiobage@yahoo.com Lara Beatriz Fuck larabeatrizf@gmail.com <p>Neste artigo são discutidos aspectos da pesquisa de doutorado, produzida por meio do método progressivo/regressivo para estudar as implicações da medicalização e patologização da criança em processos educativos na educação infantil no município de Criciúma/SC. Na educação formal observa-se uma tendência à medicalização, fenômeno que frequentemente transforma situações de dificuldades escolares com origem pedagógica ou social em condições patológicas. Os diagnósticos, muitas vezes, são utilizados pelos profissionais de forma inadequada para explicar estes processos. Embora o TDAH tenha sido frequentemente identificado na revisão de literatura, no campo desta pesquisa, é o TEA que prevalece. Como consequência, há um crescimento do uso de medicações por crianças e estudantes em geral. Foi realizada uma revisão sistemática da literatura e demarcado materiais publicados no período de 2009 a 2019, isso permitiu reflexões sobre temas que emergem da pesquisa empírica e que indicam práticas medicalizantes, como encaminhamentos de crianças ao setor de Psicologia Escolar e o crescente número de crianças com diagnóstico de TEA. A revisão se concentrou no Portal Periódicos da CAPES e no acervo de dissertação e tese da UFSC. Como possibilidade de superação, apresenta-se a psicologia sócio-histórica que entende que o indivíduo se constrói em processos relacionais e enfatiza a importância de se compreender a criança, as atividades e o ambiente escolar de forma interdisciplinar, antes de optar por um diagnóstico patológico.</p> 2024-05-13T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Educação https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/85414 O Sujeito Singular/Plural na alta modernidade – narrativas de vida, identidade narrativa, educação continuada e desenvolvimento humano 2023-10-17T07:48:09-03:00 Maria Helena Menna Barreto Abrahão abrahaomhmb@gmail.com <p>A pesquisa caracteriza-se como estudo longitudinal que objetiva compreender trajetórias de vida singulares/plurais do sujeito em formação continuada em tempos complexos de alta modernidade como possibilidade estratégica instituinte de <em>política vida. </em>O estudo opera em duas vertentes da pesquisa (auto)biográfica desdobrando-se em 3 subprojetos, cada um com uma pesquisa em rede em desenvolvimento. A vertente I tem por objeto o estudo de trajetórias de vida de destacados educadores e objetiva iluminar sua representatividade na História da Educação Brasileira, compreendida no que respeita à formação pessoal/profissional continuada com a inclusiva (re)constituição identitária e a respectiva ação docente, metodologicamente trabalhadas mediante construção de Histórias de Vida, ao mesmo tempo em que, coordena pesquisa nacional em rede relativamente a educadores que se destacam em diversos estados brasileiros (subprojeto I). A vertente II labora metodologicamente com Investigação-Formação agregando objetivos que visam a compreender possibilidades de (re)constituições identitárias de docentes e alunos, via formação continuada, por meio de narrativas autobiográficas verbalizadas na construção de Memoriais de Formação por pós-graduandos em Educação e graduandos em Pedagogia (subprojeto II). Tanto na vertente I, como na II, nos ocupamos em verticalizar o estudo desenvolvendo compreensões cada vez mais elaboradas de dimensões epistemológicas e teórico metodológicas da pesquisa (auto)biográfica e sua tradução em práticas de humana formação (subprojeto III). Esses estudos são considerados práticas geradoras de desenvolvimento humano, especialmente em tempos complexos e incertos relativos à alta modernidade em que vivemos, que proporcionam aportes metacognitivos, via exercício da reflexividade autobiográfica praticada pelo sujeito da própria formação.</p> <p><strong>Palavras-chave</strong>: Método (auto)biográfico; Formação Humana; Educação Permanente.</p> 2024-05-13T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Educação https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/70444 Corpo pretagógico em gestação: reflexões sobre pretagogia 2023-11-07T16:59:25-03:00 Marcilio de Souza Vieira marciliov26@hotmail.com Josivando Ferreira da Cruz josivando.cruz.604@ufrn.edu.br <p>Trata-se de uma resenha crítica do livro Pretagogia: pertencimento, corpo-dança afroancestral e tradição oral africana na formação de professoras e professores, obra escrita pela professora Drª Sandra Haydée Petit publicado pela Editora da Universidade Estadual do Ceará (EDUECE) no ano de 2015.</p> 2024-01-20T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Educação https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/84683 Sobre o gesto da escrita e outras coisas mais 2023-09-30T08:00:08-03:00 Jefferson Pereira de Almeida jefferson.almeida@farroupilha.ifrs.edu.br Viviane Cristinan Pereira dos Santos Maruju vicmaruju@gmail.com Sônia Regina da Luz Matos srlmatos@ucs.br <p>O referido texto é uma resenha do livro intitulado '<em>Fazer a mão: por uma escrita inventiva na universidade'</em> (Lisboa: Edições do Saguão, 2019) do professor português Jorge Ramos do Ó.</p> 2024-05-13T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Educação https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/83831 Políticas da imagem: contexto digital e educação 2023-05-22T10:05:38-03:00 Salete de Fátima Noro Cordeiro salete.noro@ufba.br <pre class="western" lang="es-ES" style="margin-top: 0.42cm; line-height: 100%; text-align: center; orphans: 0; widows: 0;"><span style="font-family: arial, sans-serif;"><span style="font-size: large;"><span style="background: #ffffff;">Políticas de imagen: contexto digital y la educación</span></span></span></pre> 2024-07-03T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Educação https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/88100 Apresentação do dossiê 2024-07-14T08:58:56-03:00 Carlinda Leite carlinda@fpce.up.pt Lucinalva Andrade Ataide de Almeida nina.ataide@gmail.com Rita de Cássia Prazeres Frangella rcfrangela@gmail.com Sueli Salva sueli.salva@ufsm.br Clenio Perlin Berni clenio.berni@ufsm.br <p>&nbsp;A proposta desse dossiê toma como mote de problematização a discussão de políticas e práticas curriculares desenvolvidas em diferentes contextos nacionais e internacionais e que vem movimentando a produção curricular na incessante tentativa de controle dos sentidos produzidos para a educação básica e a formação de professores, com a retomada de perspectivas de centralização curricular e estreitamento da concepção de currículo alinhado a ideia de uma unidade fixada apresentada num modelo único que incorre na perspectiva de um caráter normativo/normalizante.</p> 2024-07-12T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Educação https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/85401 Produção curricular na Educação Infantil pós-BNCC: negociações possíveis? O movimento de reformulação curricular em Secretarias de Educação da Baixada Fluminense 2024-03-23T19:42:16-03:00 Rita de Cassia Prazeres Frangella rcfrangella@gmail.com Thais Sacramento Mariano Teles da Silva thais.sacramento@hotmail.com <p>Este estudo desdobra-se de pesquisa que teve como objetivo analisar as possíveis negociações/articulações em Secretarias Municipais de Educação da Baixada Fluminense a partir do advento da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), problematizando como se dá a produção curricular para a infância nas diferentes redes municipais. A pesquisa teve a Baixada Fluminense como lócus de investigação: quatro Secretarias de Educação de municípios que se localizam ao norte da Região Metropolitana do Rio de Janeiro. Questiona-se: negociações possíveis? Como a produção curricular para a infância será pensada/articulada a partir desse movimento político? Em diálogo com os estudos de Homi Bhabha (2013), discute-se o currículo como processo de enunciação cultural. Parte-se do entendimento de que a produção curricular para a infância é campo de disputas/deslizamentos sobre os sentidos de currículo, infância, conhecimento e docência, na tensão entre demandas locais e proposições em torno de um comum universalizado. Infere-se a partir das análises que toda produção curricular é uma produção conflituosa e contingente, processo discursivo num jogo político que se quer inacabado, portanto, na (im)possibilidade de tais políticas projetarem um único sentido de infância. Defende-se que produções curriculares para a infância sejam concebidas na alteridade, como experiência com e na diferença.&nbsp;</p> 2024-07-12T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Educação https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/85382 Políticas curriculares para a formação de professores: a docência para a infância em pauta 2024-01-31T18:00:11-03:00 Meyre-Ester Barbosa de Oliveira meyrester@yahoo.com.br Marcia Betania de Oliveira betaniaoliveira@uern.br <p>O presente texto tematiza a formação para a docência na educação infantil no escopo da Resolução Nº 02/2019 que institui a Base Nacional Comum para os cursos de Formação de Professores – BNC-formação. Analisa o contexto de produção da referida política, problematizando a imbricada relação entre as políticas de formação de professores e de currículo, focalizando os fluxos discursivos que conectam mudanças na formação e no currículo à melhoria da qualidade da/na educação. A partir de pesquisa bibliográfica e documental, tece considerações sobre a produção de políticas de formação para a infância e os desafios que se impõem a concretização desse direito constitucional. Argumenta que as políticas de formação inicial e continuada para a docência na educação infantil nutrem estreita relação com as políticas curriculares, evidenciando imbricações entre Educação Infantil, currículo e formação de professores.</p> 2024-07-12T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Educação https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/85306 Redimensionamento dos anos iniciais do ensino fundamental nas redes públicas de educação em Mato Grosso: a autoridade mística fundadora no contexto da política de BNCC 2024-05-30T08:57:46-03:00 Geniana dos Santos genianacba@gmail.com Erika Virgilio Rodrigues da Cunha erikavrcunha@gmail.com <p>Apoiadas no pós-estruturalismo derridiano e em sua discussão na teoria curricular, focalizamos a retórica injuntiva no que se denomina de <em>Redimensionamento</em> na educação de Mato Grosso. Tencionamos interpretar a prática discursiva na política para a infância, realçando as tentativas de fixar sentidos sobre o sintagma <em>Regime de Colaboração</em>. Defendemos que a aprovação da Base Nacional Comum Curricular no Brasil autoriza significar educação de qualidade como ensino de conhecimentos comuns avaliáveis, dando impulso a ações baseadas na autoridade mística violenta que tende a tomar tal significação como dada. Nesse sentido, o <em>Redimensionamento </em>tanto parece buscar assegurar que a responsabilidade dos entes federados em responder pelos desempenhos se veja delineada com a transferência compulsória das matrículas para os municípios quanto se arroja como o não saber que bloqueia a articulação e a reatividade, obliterando a democracia. Para expor a discussão, discorrermos sobre a desconstrução derridiana na investigação das políticas de currículo, destacando o gesto a ser operado no texto e, após, apresentamos quatro seções que dão vulto a uma problematização encadeada: as estratégias retóricas que impactam a infância escolarizada em Mato Grosso, o (não) saber que circula sobre o Redimensionamento, as creches estaduais: uma narrativa pouco conhecida em MT e os anos iniciais: desafios à municipalização.</p> 2024-05-29T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Educação https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/85330 Possibilidades de Escapes: os espaçostempos do cotidiano escolar e a inventividade de professoras em contextos de “parcerias” entre o público e o privado 2024-05-30T08:57:30-03:00 Carla Patrícia Acioli Lins Guaraná aciolilins.carla@gmail.com Conceição Gislane Nóbrega Lima de Salles conceicao.nlima@ufpe.br <p>Este texto busca problematizar as rotas de escapes forjadas por professores e professoras que experimentam e são tocadas pelo exercício da docência que acontece em contexto educacional configurado pelas parcerias entre público e privado na região do agreste de Pernambuco. A fim de problematizarmos o setor privado empresarial e a sua atuação na educação pública, a qual concebe, sugere e orienta programas e projetos de formação de professores e gestores, bem como propostas curriculares, estabelecemos diálogos com Adrião; Pinheiro (2012), Adrião (2018), Peroni (2021), Laval (2019), dentre outros. Mobilizadas, principalmente, pelas noções de inventividade utilizada por Dias (2009;2012) e temporalidades, por Kohan (2018) e Ponce (2016), pudemos mapear os movimentos das professoras que se constituíram como possibilidades de escapes às prescrições e padronizações postas pelos projetos e programas do setor privado. A produção dos dados se deu por observações e conversas orientadas pela etnografia em escola da rede pública municipal da região agreste de Pernambuco. Os achados apontaram que as possibilidades de escapes se dão pelos movimentos inventivos das professoras - questionam, problematizam, escutam com sensibilidade e afetos e, assim, buscam resistir às tentativas de controles, prescrições e padronizações.</p> 2024-05-29T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Educação https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/85431 “Se a gente deixasse os professores trabalharem...”: sentidos de gestão escolar inscritos nas articulações entre a gestão pública e os programas privados 2024-04-25T14:58:31-03:00 Maria Julia Carvalho de Melo melo.mariajulia@gmail.com Lucinalva Andrade Ataide de Almeida nina.ataide@gmail.com <p>Este artigo que pretendeu analisar os sentidos de gestão escolar inscritos nas articulações entre a gestão pública da educação e os programas de políticas do setor privado, constrói um aporte teórico em que discute como as concepções gerencialistas tem intencionado adequar a escola às perspectivas neoliberais. Mas ao considerar a incompletude e a provisoriedade como elementos constituintes dos processos sociais, a pesquisa compreende que mesmo frente a uma lógica que tenta fechar a produção de outras possibilidades de vida, tal qual a lógica neoliberal, há sempre algo que escapa a tentativa de totalidade. Como percurso teórico-metodológico, esta investigação assume a Teoria do Discurso fugindo dos determinismos que infligem as análises sobre a educação. Dessa forma, foram selecionados como colaboradores da pesquisa, três gestores de escolas públicas municipais de Caruaru, agreste pernambucano, escolhidos a partir do perfil de suas escolas. A análise dos dados aponta para sentidos baseados fortemente na tentativa de constituir um trabalho colaborativo nas escolas e na confiança sobre o trabalho dos professores. Entretanto, os gestores apontam que a grande quantidade de projetos propostos para as escolas parece partir da desconfiaça da escola cumprir seu papel formativo.</p> 2024-07-12T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Educação https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/85374 O contexto e a produção curricular em uma experiência formativa deslocadora - Pedagogia do Campo, das águas e das florestas em uma área de conservação no estado do Amazonas 2024-03-10T19:15:28-03:00 Maria Edeluza Ferreira Pinto de Moura edeluza@uea.edu.br Lucinete Gadelha da Costa lucinetegadelha@gmail.com <p>Este artigo tem como objetivo, trazer reflexões sobre uma experiência curricular em construção no Curso de Licenciatura em Pedagogia do Campo da Escola Normal Superior/Universidade do&nbsp; Estado do Amazonas- UEA que vem se construindo a partir do Grupo de Estudo e Pesquisa em Formação de Professores para a Educação em Ciências na Amazônia (GEPEC), traz à tona o desafio de uma construção curricular no processo formativo com a Educação do Campo, das águas e das florestas iniciado em 2019&nbsp; em uma área protegida no estado do Amazonas na parceria entre a UEA, os movimentos sociais presentes no &nbsp;Fórum do Território do Médio Juruá – Fórum TMJ e Capes. Fundamenta-se teoricamente em uma perspectiva de currículo como enunciação, operando com as ideias de Bhabha, Lopes, Frangella, Macedo e Arroyo.&nbsp; Na articulação com a questão ambiente e sustentabilidade mobiliza as deias de Diegues, Sachs e Leff.&nbsp; Opera ainda com as ideias de educação Popular mobilizadas por Freire, Molina e Caldart. Nos procedimentos metodológicos do trabalho envereda-se pela abordagem qualitativa na problematização dessa&nbsp; experiência curricular apontando possibilidades na formação de professores em comunidades ribeirinhas no/do interior da Amazônia, causando efeitos deslocadores para além da sua proposta curricular quebrando com a lógica da prescrição contida nos intentos prescritivos da BNCC e BNC da formação, que poderão contribuir na problematização sobre a produção curricular da região frente aos desafios desta do/no contexto amazônico.</p> 2024-07-12T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Educação https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/85301 A Graduação em Educação Básica em Portugal como pré-requisito para o acesso a mestrados que habilitam para a docência nos seis primeiros anos de escolaridade 2023-10-30T08:33:04-03:00 Paulo Marinho pmtmarinho@fpce.up.pt Carlinda Leite carlinda@fpce.up.pt Fátima Sousa-Pereira fatimapereira@ese.ipvc.pt <p>A criação do Espaço Europeu do Ensino Superior, decorrente do Processo de Bolonha implicou alterações na formação inicial de professores que, em Portugal, passou a ser obtida através de mestrado. No caso da formação para lecionar aos primeiros seis anos de escolaridade, o acesso aos mestrados profissionalizantes requer uma Graduação em Educação Básica. É tendo esta situação por referência que o artigo dá conta de um estudo que responde às seguintes questões de investigação: i) que perceções têm estudantes finalistas desta Graduação sobre o curso?; ii) que importância atribuem estes estudantes à componente curricular de Iniciação à Prática Profissional? iii) que influência atribuem os estudantes a esta componente de formação para a escolha do percurso profissional futuro? Os dados foram recolhidos através de um questionário online cujas respostas foram tratadas por estatística simples e por análise de conteúdo. Esses dados permitiram as seguintes conclusões: de um modo geral, os estudantes consideram que o curso de Graduação em Educação Básica oferece uma preparação teórica sólida para a futura atuação como educadores ou professores; no entanto, muitos deles expressaram apenas uma satisfação moderada, ou até nenhuma satisfação, com o curso, particularmente na relação entre a componente prática e o que se espera de um desempenho profissional futuro; os estudantes atribuem grande importância, e até alguma influência, aos professores que, nas escolas, os recebem e os apoiam na socialização com a futura atividade profissional.</p> 2024-06-03T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Educação https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/69524 Educação de jovens e adultos – uma educação da resistência 2022-04-25T13:40:52-03:00 Lara Nascimento Dias de Souza larasouza71@yahoo.com.br Maria Edivani Silva Barbosa edivanibarbosa@ufc.br <p>Este escrito objetiva realizar um levantamento sobre a história da Educação de Jovens e Adultos (EJA) vinculada aos processos de formação dos direitos no Brasil, em especial, o direito político e o direito civil, direito ao voto e o direito à educação, respectivamente, configurando uma pesquisa qualitativa, do tipo documental e bibliográfica. Nessa trajetória, a legislação brasileira foi analisada a fim de verificar as diretrizes a respeito da EJA; e para auxiliar na análise desse conteúdo, os estudos foram respaldados pelas obras de Poubel, Pinho e Carmo (2017), Pierro (2008), Leite (2013), Feitosa (2012, 1999), Carneiro (2018) e Freire (2005, 1979). Como resultado, constata-se que, no processo da constituição do Brasil como um Estado Nacional Moderno, o direito à educação transformou-se em um campo de luta e resistência por aqueles que sempre tiveram sua cidadania negada em decorrência da sua condição social, de sua classe, raça e gênero. A Constituição de 1988 e a LDB de 1996 são consideradas uma vitória no que se refere ao reconhecimento e regulamentação da Educação de Jovens e Adultos (EJA) como modalidade de ensino, haja vista o amplo histórico de negação de direitos que foi imposto justo àqueles(as) que a procuram. Destacam-se os movimentos sociais e o trabalho de Paulo Freire como caminhos que trouxeram consciência aos trabalhadores(as) sobre a sua condição em uma sociedade dividida pelas classes sociais.</p> 2024-01-08T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Educação https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/67429 Representações sociais de professores de Filosofia em serviço 2023-10-05T09:55:02-03:00 Fábio Antonio Gabriel fabioantoniogabriel@gmail.com Ana Lúcia Pereira ana.lucia.pereira.173@gmail.com José Tadeu Lunardi jttlunardi@gmail.com <p>Neste artigo, objetivou-se identificar as representações sociais sobre o conceito de “filosofia” para professores em serviço dessa área. A pesquisa foi de natureza quali-quantitiva e os participantes formaram um grupo de 208 docentes que atuavam em escolas públicas de Ensino Médio do Estado do Paraná, Brasil. A metodologia consistiu na análise de palavras espontaneamente evocadas pelos indivíduos do grupo quando cada um foi inquirido a enunciar, em ordem de importância, as cinco palavras que melhor definiam o conceito de “filosofia”. Após serem agrupados de acordo com seus significados, os vocábulos foram posteriormente organizados em uma tabela com quatro quadrantes, como proposto por Vergès, e a estrutura das representações foi analisada por meio da construção de um grafo de similaridade, baseado nas coocorrências entre as palavras. Para determinar os termos mais centrais na representação social, propôs-se complementar a análise da tabela dos quatro quadrantes por meio da identificação, no grafo de similaridade, dos três subgrafos mais significativos na forma de tetraedros. Da análise quantitativa, identificaram-se os termos “conhecimento”, “sabedoria” e “questionamento” como os mais centrais associados à representação social do conceito de “filosofia”; seguidos por “reflexão”, “pensamento” e “construção de conceitos”.</p> 2024-01-08T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Educação (UFSM) https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/68559 Educação digital e a senoide holística de aprendizagem 2022-09-09T21:01:32-03:00 Evandro Prestes Guerreiro egprestes@yahoo.com <p>O objetivo do estudo é identificar a eficácia da educação à distância e remota, quanto a conversão do conhecimento, avaliando a qualidade do processo pedagógico de conhecimento, aprendizagem, processo tecnológico e processo metodológico de ensino. A análise parte de documentos técnicos oficiais, livros e artigos científicos da área educacional, juntamente com a coleta de dados realizada por dois questionários: Questionário 1 - Mapeamento preliminar dos usuários da educação a distância - EAD e Ensino Remoto – ERE, foco de resultados deste artigo e, o Questionário 2 - Mapeamento dos princípios da aprendizagem na educação - EAD e Ensino Remoto – ERE, apresentado posteriormente em outro artigo. O problema levantado na pesquisa focalizou a questão: Como criar mecanismos ativos para avaliar o desenvolvimento e acompanhamento do processo de educação digital na Sociedade 5.0? Partindo do problema, chegou-se ao resultado do desenvolvimento da Plataforma de Avaliação Sistêmica da Senoide de Aprendizagem – PASSA, como sistema de indicadores, capaz de avaliar a eficácia do processo educacional digital, remoto e a distância.</p> 2024-01-09T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Educação https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/69750 Longevidade escolar de estudantes de camadas populares na pós-graduação stricto sensu 2022-04-12T18:40:25-03:00 Elaine Gonçalo Bento elaine.bento@aluno.ufop.edu.br Marlice de Oliveira e Nogueira marlicenogueira@ufop.edu.br <p>Este artigo traz resultados de uma pesquisa desenvolvida no campo da Sociologia da Educação e que teve como objetivo principal investigar as trajetórias escolares de estudantes oriundos de camadas populares matriculados em programas de Pós-graduação <em>stricto sensu</em> da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP). A pesquisa realizou-se por meio de uma abordagem qualitativa e da aplicação de entrevistas semiestruturadas com cinco estudantes de camadas populares. Pode-se concluir com base nos dados obtidos e respaldando-se na teoria, que de um modo geral, o envolvimento das famílias com a escolarização dos estudantes investigados se deu de modo heterogêneo e sem um projeto escolar intencional; as trajetórias escolares dos cinco estudantes de camadas populares, perpassadas por mobilizações familiares e individuais, evidenciaram que os estudantes vivenciaram a condição de bons alunos na educação básica e na universidade, gostavam da escola e tinham bons resultados escolares; e construíram variadas estratégias de escolarização de curto prazo que, associadas, possibilitaram um percurso de longevidade escolar e o acesso aos níveis mais altos da escolarização, ingressando no mestrado acadêmico. Além disso é importante mencionar a relevância das recentes políticas públicas de democratização da universidade, especificamente das Ações Afirmativas que permitiram que esses estudantes vivenciassem a vida universitária, permanecessem no Ensino Superior, primeiramente na graduação e, posteriormente, na pós-graduação <em>stricto sensu</em>.</p> 2024-01-12T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Educação https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/69749 NÃO SE CALE – uma campanha digital feminista que instiga a capacidade da voz e da fala diante das violências 2022-04-02T18:17:51-03:00 Maria Simone Vione Schwengber simone@unijui.edu.br <p>Vive-se no Brasil uma história de naturalização ou mesmo de apagamento, de não inscrição, de não registro das violências. Como tentativa de saída ante as violências corporais, há movimentos pela via de políticas feministas digitais contemporâneas, que têm se expandido, ativando campanhas que evocam o debate sobre o silenciamento das violências ou que reivindicam práticas de não violência. De um conjunto de políticas feministas digitais, escolhemos a campanha NÃO SE CALE. O objetivo é analisar essa campanha a partir de seu enunciado reitor, a fim de compreender as condições de possibilidade históricas que motivam a enunciação da capacidade de fala diante das violências corporais. O corpus de análise da campanha, neste artigo, é constituído por imagens e dizeres enunciativos postados no perfil em redes sociais digitais, tais como Instagram, Facebook e Twitter. Para a análise, propomos um percurso metodológico inspirado na perspectiva foucaultiana, com o enunciado reitor NÃO SE CALE. Como resultado de análise, destacamos que a campanha se desdobra em dois movimentos interligados. A campanha NÃO SE CALE faz certa fissura. Por um lado, aponta que as mulheres podem falar, “devem falar” e não se calar diante das violências, sinalizando que o enfrentamento para ruptura do silêncio diante das violências passa pela dimensão de um cuidado de si, de um novo sujeito político, singular e ativo, que toma atitude diante das violências. Por outro lado, e ao mesmo tempo, mostra uma nova memória, de resistência, destacando que, em um mundo violento, a voz, a fala, aparecem como primeira arma.</p> 2024-01-17T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Educação https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/70229 Diálogos entre Cultura, Educação de Surdos e Ensino de Ciências da Natureza 2022-10-23T20:03:15-03:00 Kevin Pereira kevinlquimica@gmail.com Ivoní Freitas Reis ivonireis@gmail.com <p>Os espaços de educação são formados por discentes oriundos de contextos sociais e culturais específicos, caracterizando esse <em>locus</em> de formação como plural. Os surdos, por exemplo, possuem uma cultura marcada por uma língua gestual-visual (língua de sinais) e, por isso, interagem de forma distinta com o mundo, possuem hábitos diferenciados e um histórico marcado por lutas pela conquista de seus direitos. Diante disso, este artigo objetiva elucidar acerca de como a compreensão da cultura impacta as ações pedagógicas e o ensino de ciências da natureza para surdos. Isso, através de um diálogo entre definições de cultura, educação de surdos e ensino de ciências da natureza, a partir de uma revisão bibliográfica, trazendo autores que fundamentam ideias importantes sobre esses temas (e.g. Paulo Freire, Newton Duarte). Ao cruzarmos diferentes perspectivas, somos conduzidos a conclusão de que as diferenças que estruturam os indivíduos demandam dos professores um olhar atento para as especificidades dos educandos, pois a compreensão do ser humano está vinculada ao entendimento de sua cultura. A partir disso, fomenta-se uma educação intercultural, à qual permite que os conhecimentos prévios dos estudantes se tornem material para a construção de novas ideias e percepções que as relacionam ao mundo, além de aproximá-los do que se estuda e do espaço escolar a partir de marcas de sua cultura expostas e valorizadas nesse ambiente.</p> 2024-01-17T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Educação https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/70374 Um estudo sobre imagens nos livros didáticos dos anos iniciais: a representação das diferenças 2023-04-10T11:04:19-03:00 Neusete Machado Rigo neuseterigo@gmail.com Hedi Maria Luft hedim@terra.com.br Deise Taliane Ávila da Silva deisetaliane.silva@gmail.com <p>Este artigo apresenta resultados da pesquisa intitulada <em>A formação inicial de professores em nível médio, os livros didáticos e a questão das diferenças</em> e tem como objetivo analisar as abordagens de livros didáticos dos anos iniciais sobre a questão das diferenças. O Plano Nacional do Livro Didático segue as políticas curriculares e atinge as escolas direcionando, de certa forma, a ação pedagógica em sala de aula. O presente estudo analisa as imagens presentes nos livros, para problematizar a discussão que os livros didáticos introduzem acerca da questão das diferenças. Pela análise documental, o estudo mapeou e analisou as imagens presentes em livros didáticos do 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental. Foram utilizados como ferramentas analíticas os conceitos <em>discurso</em> e <em>representação</em> sobre três aspectos, quais sejam: a inclusão das diferenças no currículo: uma problematização inicial; a interdição do discurso da inclusão das diferenças; e as diferenças vinculadas à representação. O referencial teórico advém dos estudos de Michel Foucault, Gilles Deleuze, Tomaz T. da Silva, Alice C. Lopes, Elizabeth Macedo e Carlos Skliar. Os resultados mostram que os livros didáticos introduzem um discurso sobre as diferenças focalizado na diversidade cultural e na deficiência, ao mesmo tempo em que omitem as diferenças de gênero, sexualidade e credo religioso. Os livros abordam as diferenças como diversidade, e, por isso, as mantêm presas à identidade e à representação.</p> 2024-01-17T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Educação https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/74429 Criatividade e Aprendizagem Baseada em Problemas: ressignificando a formação inicial de professores de música 2023-07-11T15:43:32-03:00 Klesia Garcia Andrade klesiagarcia@hotmail.com Matheus Henrique da Fonsêca Barros matheus.barros@ifsertao-pe.edu.br Karen Ramlackhan karenr1@mail.usf.edu <p align="justify">Instigados a refletir sobre a formação inicial de professores de música, discutimos neste artigo, de cunho ensaístico, a relação entre criatividade e Aprendizagem Baseada em Problemas (ABP). Partindo das compreensões básicas acerca do tema e dos termos a ele associados, contextualizamos historicamente os estudos da criatividade, elencamos concepções acerca do pensamento criativo e das ideias mais recentes sobre o assunto. Por meio das pesquisas por nós realizadas, indicamos três princípios que contribuem para a estimulação da criatividade no contexto educacional, pontuando o estabelecimento e/ou a sensibilidade a problemas como a mola propulsora do processo criativo, os aspectos da formação docente e os desafios da contemporaneidade para uma prática criativa. São evidenciados os aspectos centrais da ABP e propostos caminhos que interligam os fatores do pensamento criativo com os passos da ABP. Concluímos trazendo alguns desdobramentos da reflexão e as maneiras pelas quais podemos buscar ações significativas para a formação inicial de professores de música criativos.</p> 2024-01-17T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Educação https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/69522 Ensino Médio no Brasil: avanços e desafios no contexto do Plano Nacional de Educação 2024-01-23T09:01:42-03:00 Gilvan Luiz Machado Costa gilvan.costa@unisul.br Deivid Vitoreti Geraldi deividvitoretigeraldi@gmail.com <p>O presente artigo tem como objetivo analisar aspectos relacionados aos avanços e desafios no Ensino Médio no Brasil. Os dados foram obtidos na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua e no Censo Escolar, com destaque às Taxas de Atendimento Escolar e Frequência Líquida, no período 2001/2019. Completaram a parte empírica documentos oficiais, mormente as metas e estratégias do Plano Nacional de Educação (2014-2024). O eixo condutor da análise foi a universalização do Ensino Médio com qualidade social em duas de suas dimensões: acesso dos jovens de 15 a 17 anos e percurso formativo exitoso. Os dados revelam uma presença menor de jovens de 15 a 17 anos fora da escola e, ao mesmo tempo, uma presença maior desses jovens no Ensino Médio, o que sugere o destaque à universalização dado pelos Planos Nacionais de Educação. Entretanto, aproximadamente 1,03 milhão de jovens, que deveriam estar frequentando o Ensino Médio, sequer estavam na escola em 2019. Ao mesmo tempo, cerca de 1,7 milhão estava retido no Ensino Fundamental. Esse fato sugere a urgência e a relevância de continuidade de políticas públicas regulares que promovam a igualdade de oportunidades de acesso e do provimento de condições de permanência exitosa de todos na Educação Básica. Menos urgente e relevante é a reforma do Ensino Médio, com o possível agravante de retirar a centralidade de sua universalização com qualidade social.</p> 2024-01-17T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Educação https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/70176 O conhecimento de licenciandos em Química sobre a habilidade lógica identificar: reflexões com base no Enfoque Histórico-Cultural 2022-08-30T21:10:07-03:00 Isauro Beltran Núñes isaurobeltran@yahoo.com.br Francisco de Assis Bandeira fabandeira56@gmail.com <p>O artigo apresenta os resultados de uma pesquisa realizada com licenciandos em Química e que teve como finalidade caracterizar o conhecimento profissional deles sobre a habilidade do pensamento lógico “identificar”, essencial ao desenvolvimento do pensamento químico dos estudantes da educação básica. Sob os pressupostos do Enfoque Histórico-Cultural (EHC), privilegiou-se uma metodologia de natureza exploratória na qual se combinam as dimensões qualitativa e quantitativa do objeto de estudo usando como instrumento de pesquisa uma prova pedagógica. Os resultados mostraram um hiato entre o conhecimento dos futuros professores sobre o que é identificar e as operações que entram na estrutura dessa habilidade, assim como em relação às contribuições da aprendizagem dessa habilidade no ensino da Química se considerado o EHC.</p> 2024-01-22T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Educação https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/68759 Mulheres na Educação Profissional e Tecnológica: violências de gênero e suas (re)configurações em uma racionalidade neoliberal associada ao conservadorismo fascista 2022-05-27T18:53:27-03:00 Gislaine Gabriele Saueressig gislaine.s@gmail.com Daniela Medeiros de Azevedo Prates danielaprates@ifsul.edu.br <p>Este estudo é fruto de investigação cuja problemática incide em analisar relações de gênero no Instituto Federal Sul-rio-grandense - IFSul, buscando fomentar formas de atuação perante as desigualdades e violências contra alunas e servidoras do Campus Sapucaia do Sul. Neste estudo, assumimos como escopo de análise a violência contra mulheres em um contexto social de racionalidade neoliberal democrática associada a uma forma fascista, problematizando o papel da escola, em especial dos Institutos Federais. A pesquisa ancora-se às interlocuções dos referenciais teóricos sobre gênero e violência (LOURO (2008, 2012 e 2014), LINS (2016), BARROSO, GAMA (2020), ANTUNES (1999), DIAS (2008)) e a configuração social atual (LOCKMANN (2020) e BROWN (2020). São apresentados dois eixos analíticos: o primeiro analisa narrativa publicada em rede social institucional entendendo que se trata da materialização de discursos e práticas machistas e misóginas que parecem se (re)configurar na atualidade; o segundo analisa como estes discursos e práticas dissipados no tecido social se materializam em diferentes formas de violência contra mulheres no Campus Sapucaia do Sul do IFSul. Através de observação participante, análise documental e entrevistas, a pesquisa permite inferir que as relações desiguais de poder estão presentes nos mais diversos espaços e contextos da Instituição, e materializam-se em forma de assédios, constrangimentos, desqualificação intelectual e não legitimação das lideranças femininas, além de revitimização através da atuação institucional. A pesquisa também evidenciou a urgência na implementação de uma política institucional ampla, efetiva e de longo prazo, que oriente a conduta em situações de violência de gênero.</p> 2024-01-22T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Educação https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/69895 Princípios da Educação Ambiental Popular: fundamentos e perspectivas 2022-12-09T16:25:26-03:00 Roberta Pereira robertapereira@mail.uft.edu.br Simone Freire simone.sgfreire@gmail.com <p>Pretende-se neste artigo abordar os fundamentos que subsidiam a emergência de uma Educação Ambiental com predicado Popular. Neste sentido, a partir de uma perspectiva teórico-hermenêutica, busca-se compreender este horizonte de estudo por meio de suas bases epistemológicas: a concepção de Educação Popular e a Educação Ambiental. Acredita-se que a Educação Ambiental com base Popular é um caminho que pode possibilizar o alargamento de produção de conhecimentos e sentidos, nos processos formativos, com horizonte em uma educação que instiga o reposicionamento das formas de relação entre a natureza e a humanidade. Como forma de organização, o artigo está dividido em quatro partes: (i) primeiramente apresenta-se o panorama da trajetória da Educação Ambiental Popular; (ii) como segundo ponto, busca-se situar o campo epistemo-metodológico que ancoram o estudo; (iii) no terceiro momento, aponta-se, por meio do exercício compreensivo, reconhecer alguns princípios ontológicos da Educação Ambiental Popular; (iv) por fim, apresentam-se as considerações do estudo.</p> 2024-01-22T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Educação https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/69449 Gênero e Educação Infantil: uma revisão sistemática das produções brasileiras 2022-04-11T14:40:45-03:00 Dalila Castelliano de Vasconcelos dalila_bal@hotmail.com Aline Maria da Silva Gabriel alinegabriel2000.silva@gmail.com Silviane Costa Cardoso silvianecardoso1219@gmail.com <p>Esta pesquisa corresponde a uma revisão sistemática de artigos científicos cujo objetivo é de analisar as publicações brasileiras que abordam a relação entre as questões de gênero e a Educação Infantil. A partir dos descritores ‘gênero’ e ‘Educação Infantil’, fez-se uma busca nas bases de dados Periódico Capes, Scielo, PubMed e PsycINFO. Essa revisão seguiu as recomendações metodológicas do <em>Preferred Reporting Items for Systematic reviews and Meta-Analyses</em> (PRISMA) e delimitou 2020 como o ano final de busca. Inicialmente, foram identificadas 454 publicações, das quais 59 foram selecionadas para compor o corpus final da pesquisa. A análise possibilitou constatar que o tema é abordado, principalmente, pelas áreas de Educação e Psicologia e que houve um crescimento contínuo do número de publicações, por ano, a partir de 2011. Os temas mais abordados pelas publicações foram relacionados à forma como as questões de gênero perpassam concepções e práticas docentes e como estão presentes em artefatos culturais, brinquedos e brincadeiras. Os resultados são discutidos em termos de como as questões de gênero perpassam tanto as relações sociais entre criança-criança e criança-adulto quanto institucionais.</p> 2024-01-22T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Educação https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/70379 Imitação melódica, rítmica e afetivo-musical: a aprendizagem musical de bebês através da imitação e sistema de neurônios-espelho 2022-07-04T19:04:16-03:00 Jéssica Franciéli Fritzen fritzen.jessica@gmail.com Cristina Rolim Wolffenbüttel cristina-wolffenbuttel@uergs.edu.br <p>Estudos apontam que a imitação integra a aprendizagem musical das crianças (DELALANDE, 2019; GORDON, 2015; SWANWICK, 2014). A descoberta dos neurônios-espelho comprova que a imitação é uma ação que integra a aprendizagem do ser humano e, portanto, deve ser investigada. A imitação também é uma ação inata do bebê (MELTZOFF; MOORE, 1995). O objetivo deste trabalho foi de investigar como ocorre a aprendizagem musical de bebês através da imitação e sistema de neurônios-espelho com base em pesquisas científicas. Foi utilizada a pesquisa bibliográfica como método (LIMA; MIOTO, 2007) e a análise dos dados se deu a partir da análise do conteúdo (BARDIN, 2009). Este trabalho é justificado pela contribuição do entendimento de como os bebês aprendem música. Como resultados, foi verificado que bebês se desenvolvem musicalmente através de três tipos de imitação que se relacionam entre si: melódica, afetivo-musical e rítmica. A partir deste estudo, concluímos que a imitação ocorre de forma viso-motora auditiva e que durante uma interação musical, o bebê observa e relaciona movimentos e suas sonoridades e transforma percepções sensoriais (visão, tato e audição) em representações motoras (canto, entonação, movimentos, gestos e ritmos).</p> 2024-01-23T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Educação https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/69936 O discurso e o acontecimento no ensino de filosofia: apontamentos sobre a noção de escrita de si 2022-05-02T10:01:03-03:00 Daniel Salésio Vandresen daniel.vandresen@ifpr.edu.br Rodrigo Pelloso Gelamo rodrigo.gelamo@unesp.br <p>O objetivo deste texto é refletir sobre o ensino de filosofia no ensino médio, problematizando um certo uso do discurso representacional como um modo de produção de relações de assujeitamento e buscando pensar o discurso como liberação por meio da atitude de coabitar problemas. Esse diagnóstico apoia-se em um trabalho de revisão bibliográfica percorrendo os conceitos foucaultianos de cuidado de si e escrita de si, bem como, das ideias de Pierre Hadot sobre a filosofia antiga. O percurso descritivo deste trabalho parte inicialmente da problematização do discurso filosófico como diagnóstico de dois modos de fazer filosofia: um que é o discurso representacional e o outro, que é de uma filosofia como coabitação de problemas. Em seguida, desenvolvemos a noção da escrita de si como modo de <em>tensionar</em> a relação consigo, com os outros e com o mundo, o que contribui para pensar a filosofia como um exercício de si, ou seja, como uma atitude de inquietação, que faz da formação filosófica uma problematização das práticas cotidianas como forma de atenção ao presente e uma relação menos abstrata no ensino. Enfim, concluímos que pensar a escrita filosófica enquanto problematização de si constitui-se em um modo de liberar o indivíduo do assujeitamento produzido pelos processos de uma escrita reprodutora e, então, abrir-se para o encontro com o inusitado, com o estranho, com aquilo que nos desassossega e nos provoca a mudança.</p> 2024-01-23T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Educação https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/70595 A Educação Física na Educação Infantil no cenário da pós-graduação: as práticas de escrita no contexto da formação continuada com professores 2023-09-30T07:14:24-03:00 Alexandre Freitas Marchiori alexandremarchiori@hotmail.com Wagner dos Santos wagnercefd@gmail.com André da Silva Mello andremellovix@gmail.com <p>O processo de formação continuada de professores é um tema recorrente nas pesquisas educacionais, contudo, nas últimas décadas, percebemos um aumento das produções na pós-graduação voltadas para o cenário da Educação Física na Educação Infantil. Identificamos que as práticas de escrita dos docentes não são evidenciadas, tampouco suas autorias. Destarte, objetivamos analisar a produção acadêmica sobre as práticas de escrita na formação continuada com os professores de Educação Física da Educação Infantil. Esta é uma pesquisa bibliográfica, do tipo estado do conhecimento, que mobilizou como fonte de dados os trabalhos disponíveis no Catálogo de Teses e Dissertações da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (capes), sem recorte temporal. Os resultados foram organizados em três categorias: 1) A formação continuada na primeira etapa da Educação Básica; 2) Os processos de escrita empregados na formação continuada; e 3) Os contextos da Educação Física na Educação Infantil: o currículo localizado e sua dinâmica curricular. Concluímos que a formação continuada é um tema recorrente, todavia, o recorte desejado das práticas de escrita docente no contexto da Educação Infantil possui pouca representatividade nas pesquisas encontradas na área da Educação Física. Constatamos que há uma valorização do instrumento diário de aula, bem como da utilização do registro docente das práticas pedagógicas para subsidiar os processos de formação continuada, contudo, esse fazer escriturístico dos professores não rompe com os muros escolares, caracterizando-os como consumidores e não produtores de conhecimentos.</p> 2024-01-25T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Educação https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/69596 A produção científica sobre educação e empreendedorismo 2023-11-10T08:56:33-03:00 Valdelaine Mendes valdelainemendes@outlook.com Cesar Melo clmmelo@yahoo.com.br Débora Sinoti debsinoti@gmail.com Samantha Guterres samantha.guterres@outlook.com <p>Este estudo tem como objetivo realizar uma revisão da produção científica sobre educação e empreendedorismo para identificar características e tendências das pesquisas desenvolvidas sobre essa relação. As análises aqui empreendidas têm como finalidade indicar prevalências metodológicas, institucionais, temporais e espaciais dos estudos realizados sobre a questão, mas pretendem também indicar como o tema empreendedorismo é abordado nos estudos que o vinculam à Educação. Foi possível identificar, em duas décadas, crescimento acentuado na produção acadêmica que articula a discussão entre educação e empreendedorismo. Duas grandes áreas, Educação e Administração, produzem o maior número de estudos. A hipótese inicial da pesquisa, de que os estudos realizados na área da Educação assumiriam uma postura problematizadora, questionadora e crítica sobre a relação entre educação e empreendedorismo não se confirmou. A prevalência absoluta de estudos afinados com a indicação de caminhos para a adoção da educação empreendedora em diferentes níveis e modalidades de ensino foi um achado importante nesta pesquisa.</p> 2024-01-26T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Educação https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/70476 Profissão docente em construção: desafios e possibilidades do estágio supervisionado 2023-05-18T10:03:29-03:00 Ariane Franco Lopes da Silva ariane.francolopes@gmail.com Romilda Teodora Ens romilda.ens@gmail.com Isabel Baptista ibaptista@porto.ucp.pt Sabrina Plá Sandini sabrinapla@gmail.com <p>O estudo objetiva compreender o que futuros professores pensam sobre a experiência do estágio supervisionado nas escolas, como atribuem sentidos à prática docente e como constroem a sua identidade profissional. O estudo encontra apoio teórico-metodológico na teoria das representações sociais. Participaram da pesquisa 88 estudantes de pedagogia de uma universidade pública localizada no Sul do Brasil. Inicialmente, aplicou-se a técnica da associação livre de palavras após o termo indutor “universidade e vida profissional”. Em seguida, realizou-se uma análise documental de relatórios de estágio produzidos por uma seleção aleatória de 24 estudantes. A associação livre foi processada pelo <em>software</em> Evoc. Os resultados mostram os elementos que possivelmente compõem o núcleo central e as periferias dessa representação. Uma análise posterior identifica quatro temas: Profissão e emprego; Abertura e ingresso; Vida acadêmica; Formação. A análise de conteúdo dos relatórios revela os saberes sobre essa profissão, provavelmente ancorados em experiências passadas e na cultura, assim como tentativas de ressignificá-los. Dessa análise emergem três temas: Docência; Planejar e dar aula; Avaliar. Os resultados mostram ainda a coexistência de conhecimentos consensuais, ancorados na tradição, com os científicos adquiridos no estágio e na academia. Os dados podem colaborar com a formação de professores e com políticas educativas que versam sobre o estágio supervisionado.</p> 2024-01-26T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Educação https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/70598 Educação em Jogo: Os possíveis aspectos negativos do uso da gamificação nos processos de ensino na educação profissional e tecnológica 2022-10-03T17:42:03-03:00 Tatiane Netto Moraes tatiane@ufu.br Paula Teixeira Nakamoto paula@iftm.edu.br <p>A gamificação tem sido apontada por muitos como a solução para motivar e trazer comprometimento em diversas áreas, mas a gamificação realmente é boa para todos? Muitas pesquisas têm mostrado as vantagens da utilização da gamificação, porém, ainda são poucos os trabalhos voltados a pesquisar as desvantagens. Esta pesquisa procura identificar os aspectos negativos que podem surgir através do uso da gamificação nos processos de ensino na educação profissional e tecnológica, sobretudo no Ensino Médio Integrado. Assim, partindo da premissa que os estudantes do Ensino Médio Integrado se encontram no período da adolescência, e que nessa fase a maioria deles estão vivenciando um período da vida de intensas transformações, precisamos examinar se em meio a esse turbilhão de descobertas e emoções, a gamificação não traz impactos negativos para esse grupo de alunos, já que a gamificação tem relação direta com componentes emocionais. Esse artigo é uma síntese da pesquisa de dissertação do Programa de Pós-Graduação em Educação Profissional e Tecnológica (PROFEPT). A pesquisa tem uma abordagem quali-qualitativa e procedimento bibliográfico. Espera-se que esses resultados possam auxiliar os docentes na melhoria do processo de ensino-aprendizagem, para que, ao decidirem utilizar a gamificação como recurso pedagógico possam encontrar subsídios que os auxiliem a reconhecer e então eliminarem, ou ao menos minimizarem, esses aspectos negativos.</p> 2024-01-30T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Educação https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/70660 Formação continuada de docentes não licenciados que atuam na Educação Profissional e Tecnológica: o que revelam as pesquisas no período de 2016 a 2021 2023-01-02T16:59:34-03:00 Elisane Ortiz de Tunes elisanetunes@ifsul.edu.br Cristhianny Bento Barreiro cristhiannybarreiro@ifsul.edu.br <p>Este artigo é resultado de uma pesquisa do tipo Estado do Conhecimento, a qual se propõe uma síntese analítica de pesquisas publicadas entre os anos de 2016 e 2021, tendo como foco de investigação a formação de professores não licenciados que atuam na Educação Profissional e Tecnológica, especificamente no que tange a sua formação continuada. Foram inventariadas as produções acadêmicas na Biblioteca Digital de Teses e Dissertações e no Portal de Periódicos da CAPES, utilizando os descritores “Educação Profissional e Tecnológica” e “Formação de Professores” ou “Formação Docente”. Dezesseis trabalhos compuseram o <em>corpus </em>de análise, com vistas a construir resposta para questão: como a formação continuada de docentes, que atuam na formação profissional da Educação Profissional e Tecnológica, vem sendo discutida nas produções acadêmicas entre os anos de 2016 e 2021? Os resultados apontam que, embora a formação de professores da Educação Profissional e Tecnológica tenha conquistado espaço nas pesquisas dos últimos anos, o tema ainda carece de maiores estudos que discutam a formação continuada e que apontem proposições para a concretização deste tipo de formação no contexto de atuação docente, buscando sua consolidação na rotina das instituições de ensino técnico e profissional.</p> 2024-01-30T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Educação https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/70378 Concepção de alfabetização e letramento dos leitores do Letra A – o jornal do alfabetizador 2022-06-17T10:24:31-03:00 Dayane Mezuram Trevizoli dayane.mezuram@gmail.com Maria Angélica Olivo Francisco Lucas mangelicaofl@gmail.com <p>O presente artigo objetiva compreender as concepções de alfabetização e letramento das professoras alfabetizadoras leitoras do <em>Letra A – o jornal do alfabetizador</em>. Este periódico – está vinculado ao Centro de Alfabetização, Leitura e Escrita (Ceale) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) – tem a finalidade de divulgar resultados de estudos e pesquisas realizadas no campo do ensino da linguagem escrita, envolvendo sobretudo os conceitos de alfabetização e letramento, a fim de contribuir para a formação continuada de professores alfabetizadores. Ao considerar essa peculiaridade, optou-se por apreender como os seus leitores concebem os conceitos de alfabetização e letramento, vislumbrando a aprendizagem da linguagem escrita pelas crianças. Para compreender o processo de ensino e aprendizagem da língua escrita, bem como a relação existente entre os processos de alfabetização e letramento recorreu-se tanto aos pressupostos da Teoria Histórico-Cultura , quanto aos resultados de estudos e pesquisas realizados por Soares. De outra parte, também foi necessário, efetuar um levantamento dos leitores do <em>Letra A</em>, recorrendo ao próprio jornal e às redes sociais para encontrar os leitores. Esta atividade propiciou o encontro de dez leitoras, professoras alfabetizadoras, com as quais foram realizadas entrevistas semiestruturadas. A partir dos estudos e desses relatos, constatou-se que essas profissionais têm sólida formação teórica, e que ao lerem as matérias do referido periódico puderam apropriar-se e ressignificar seu conteúdo, por meio de suas práticas pedagógicas. Isto atesta a relevância do <em>Letra A</em> para o fortalecimento da ação docente e a expressiva formação dessas professoras que definiram com precisão os conceitos mencionados.</p> 2024-01-31T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Educação https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/69939 A volta às aulas presenciais em meio à Pandemia 2022-11-08T15:02:26-03:00 Fausto dos Santos Amaral Filho faustodossantos@outlook.com <p>O presente artigo é uma reflexão sobre a volta às aulas presenciais em 2022, após o período mais grave da pandemia, quando as referidas aulas foram interrompidas. Tem como pano de fundo a experiência do autor, Professor e Coordenador de um Programa de Pós-graduação <em>Stricto Sensu</em> em Educação em uma Universidade Privada. Para tanto, relembra o modo como as aulas presenciais foram interrompidas subitamente em 2020, bem como o processo de adaptação pelo qual professores, alunos e instituições universitárias passaram para dar conta da situação inusitada. Também busca compreender o <em>espírito do tempo</em> naquela ocasião. Apresentando, fundamentalmente, as declarações públicas de pensadores eminentes, como Giorgio Agamben e Slavoj Zizek. Para, então, relatar as experiências vividas pelo autor, supondo que tais vivências tenham sido compartilhadas, de uma forma ou de outra, por praticamente todos os envolvidos nos processos educacionais, mormente no setor privado. Para tanto, utiliza como método a construção compartilhada do conhecimento. Ao final, propõe pensar os desafios que a volta às aulas presenciais impõem, fundamentalmente, aos envolvidos nos processos educacionais nas universidades privadas.</p> 2024-01-31T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Educação https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/69979 Gestão de políticas universitárias inclusivas para migrantes e refugiados: Um estudo sobre o projeto Scholas 2022-04-26T11:08:52-03:00 Paulo Fossatti paulo.fossatti@unilasalle.edu.br Cátia Rosane da Rocha Wurth catia.wurth0489@unilasalle.edu.br <p>A pesquisa objetiva analisar como se dá a gestão dos processos de inclusão de migrantes nas universidades do Projeto Scholas. O <strong>Problema </strong>é: como se dá, no âmbito de Políticas de Gestão, a Inclusão de migrantes nas universidades do Projeto Scholas? A <strong>metodologia é</strong> de abordagem qualitativa. Caracteriza-se por ser um Estudo de Caso Múltiplo ao considerar o estudo de universidades ao redor do mundo, que participam do Projeto Scholas com migrantes. A coleta de dados comporta: revisão bibliográfica, análise documental, com busca nas plataformas como Scielo e Capes, e questionário enviado às universidades envolvidas na pesquisa. A análise dos dados considera a Análise de Conteúdo (BARDIN, 2011). O Campo Empírico atende as universidades do Projeto Scholas que trabalham com refugiados. Os resultados confirmam que os migrantes carecem de atendimento às suas principais necessidades, por inclusão no contexto universitário, cultura da acolhida através do ensino do idioma e inclusão digital para o mundo do trabalho. As ações realizadas são recentes, não apresentando um atendimento global para as demandas destes atendidos. A gestão carece de planejamento específico. Propomos quatro eixos de políticas inclusivas: Política universitária inclusiva; A cultura da acolhida; Inclusão digital para o mundo do trabalho; A inclusão na vida universitária, além dos programas extensionistas. As considerações finais sugerem a criação de políticas com eixos universais para a inclusão e o exercício da cidadania dos migrantes e refugiados.</p> 2024-01-31T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Educação https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/70758 Habitar a profissão docente na roça 2022-08-28T19:16:59-03:00 Charles Maycon de Almeida Mota charlesmaycon22@hotmail.com <p>Com este estudo buscou-se entender como professores/as que atuam em escolas da roça constituem a presentificação do ser-na-roça para significar sua existência, bem como, produzem experiências de ser-docente numa perspectiva de afirmar uma vida autêntica que é manifestado no ente que habita espaços rurais. O estudo utiliza como método a Pesquisa Narrativa associada à abordagem qualitativa por possibilitar pensar a respeito da construção de uma concepção de <em>ruralidade da presença</em> que institui o <em>ser-na-roça</em> a partir dos estudos de Heidegger (1991, 2012, 2015) e das poesias de Manoel de Barros (2009, 2015, 2018). Este estudo ancora-se nas bases da fenomenologia e da hermenêutica por buscar compreender o ser em seu contexto de vida e os sentidos atribuídos à sua condição de existir em contextos rurais. A pesquisa foi desenvolvida nas escolas rurais do município de Várzea do Poço, BA, Brasil, tendo como dispositivos as entrevistas narrativas e etnografias da roça constituídas por registros realizados ao longo da pesquisa com narrativas sobre a experiênciaEsta pesquisa contou com três professores/as colaboradores/as, sendo estes/as professores/as do Ensino Fundamental de escolas rurais e moradores/as das comunidades rurais. Concluiu-se que as experiências do ser-docente vão sendo produzidas conforme os modos que cada professor/a mobiliza e traduz os sentidos dos acontecimentos que os/as envolvem nesse processo de habitar a roça, possibilitando condições para trans-ver o rural habitado e a profissão docente na roça.</p> 2024-02-05T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Educação https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/71049 Paulo Freire na produção científica nacional e internacional: uma análise bibliométrica (1973-2022) 2023-03-06T10:46:48-03:00 Vanusa Nascimento Sabino Neves pbvanusa@gmail.com Charliton José dos Santos Machado charlitonlara@yahoo.com.br <p>As contribuições do educador Paulo Freire perpassam o campo educacional em interface com diversas áreas do conhecimento. Objetivou-se analisar os artigos que versam sobre Paulo Freire indexados na base Web of Science no período de 1973 a 2022. Desenvolveu-se um estudo bibliométrico que analisou 913 artigos. As formulações da Web of Science e os programas VOSviewer e Excel favoreceram o tratamento e a análise dos dados. O primeiro artigo foi indexado em 1973, com ascensão desde 2007, bem mais expressiva a partir de 2017. O Brasil possui o maior número de artigos, mas a maioria das citações é dos Estados Unidos; 63 países estão em coautoria; a temática discutida é plural, fortemente adensada pelo itinerário <em>freireano</em> em defesa da educação libertadora, incluindo temas emergentes, como gênero sexual e ecopedagogia. Corroboram-se a influência e a atualidade das concepções de Paulo Freire, que notabilizam a História da Educação brasileira nacional e internacionalmente.</p> 2024-02-05T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Educação https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/71063 O corpo dançante na escola pela leitura do literário: uma experiência estética 2023-01-02T17:07:30-03:00 Isleide Steil isleide@univali.br Adair de Aguiar Neitzel neitzel@univali.br <p>Este artigo tem como objetivo tecer relações entre corpo, dança e a leitura do literário que são produzidas no espaço da escola, por meio da obra literária Grande Sertão: Veredas de Guimarães Rosa. É um estudo de abordagem qualitativa, que utilizou a metodologia Pesquisa Educacional Baseada em Arte (PEBA): A/r/tografia. Os sujeitos da pesquisa foram alunos do contraturno escolar, do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental, de uma Escola Básica da Rede Municipal de Ensino de Itajaí, SC. A produção dos dados deu-se em 11 oficinas de dança, tendo como objeto propositor a literatura. Os resultados apontam que o corpo dançante pode <em>fazer uma experiência </em>pela leitura do literário com mediações culturais adequadas que provoquem a relação entre obra e corpo, motivando os sujeitos a pensar e a sentir em como seus corpos se movimentam e se relacionam com a obra, com os outros e com o espaço.</p> 2024-02-06T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Educação https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/68762 Arquivos artísticos: práticas discursivas e suas visualidades 2022-02-22T15:45:17-03:00 Rogerio Vanderlei de Lima Trindade trindade.rogerio@ufpel.edu.br <p>Este artigo investiga possíveis relações entre as noções de arquivo e os conteúdos de algumas obras de arte para averiguar as possibilidades teóricas de uma aproximação conceitual entre o pensamento de Foucault, as obras de arte – que, nessa abordagem, alinham-se ao que denominaremos de arquivos artísticos – e algumas práticas discursivas. A pesquisa é eminentemente teórica, com revisão de literatura e seus operadores conceituais foram Michel Foucault, Giorgio Agamben, Nicolas Bourriaud. A reflexão discute aproximações e distinções sobre alguns artefatos africanos, arquivos de arte não europeia que foram arrancados de seus sítios-origem e transpostos para contextos distintos. A tentativa de englobar e trazer para as sintaxes visuais europeias os autos culturais estrangeiros evidenciaram as abordagens formalistas e exóticas convencionadas a partir da apropriação e do intercâmbio dos viveres e saberes africanos. Distintos artefatos africanos quando descontextualizados de sua função simbólica contribuem para um litígio conceitual presente nas discursividades e nos dispositivos de arte discutidos nessa investigação.</p> <p> </p> 2024-02-06T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Educação https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/70064 Uma rede semântica em torno do letramento: termos e adjetivações e seus possíveis significados 2023-07-24T12:29:37-03:00 Isabel Cristina Alves da Silva Frade icrisfrade@gmail.com Otilia Lizete de O. M. Heinig otilia.heinig@gmail.com Andrea Tereza Brito Ferreira andreatbrito@gmail.com <p>Este artigo investiga a rede semântica que se estabelece em torno do termo <em>letramento</em>. Analisa as terminologias e qualificações mobilizadas a fim de caracterizar o letramento e seus desdobramentos em temas investigados, quadros teóricos e cruzamentos. Selecionou-se três edições do Colóquio Internacional de Letramento e Cultura Escrita por constituir uma instância científica importante na discussão do tema. Estudou-se os dados do <em>corpus</em> na perspectiva de análise do conteúdo a partir de uma pesquisa documental. Os resultados mostram que há uma diversidade de termos filiados a perspectivas teóricas e que, na maior parte, tratam de práticas sociais e culturais na história e contemporaneidade. Alguns termos visam a demarcar contextos, grupos e sujeitos bem como a natureza do letramento. Outros especificam linguagens, não necessariamente registradas pelo alfabeto, mostrando a força do termo <em>letramento</em>. A existência de metáforas dispersa os termos e leva, por conseguinte, a uma conceituação menos precisa do letramento.</p> 2024-02-07T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Educação https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/70776 Repercussões da Pedagogia de Projetos na prática pedagógica dos anos finais do Ensino Fundamental 2023-01-30T15:06:19-03:00 Sandro de Castro Pitano scpitano@gmail.com Julsemina Zilli Polesello julseminazp@yahoo.com.br <p>Este artigo apresenta os resultados de um estudo de caso sobre o processo da implementação da Pedagogia de Projetos nos anos finais do Ensino Fundamental em uma rede municipal de educação. Por meio de questionários e entrevistas semiestruturadas, buscou compreender como a proposta repercutiu na prática pedagógica das professoras, analisando a organização dos espaços e tempos, a interdisciplinaridade, as ações desenvolvidas em meio à Pandemia (Covid-19) e a influência da formação continuada, segundo os próprios sujeitos. Descreve o contexto no qual foi gestado o processo, desde a fase de diagnóstico pela gestão municipal, perpassando pelos diferentes aspectos envolvidos no processo de implementação da Pedagogia de Projetos. As considerações finais enfatizam limites e possibilidades na implementação da proposta, a relevância da dimensão temporal, o papel da formação continuada, a interdisciplinaridade, os impactos provocados pela Pandemia da Covid-19 e as repercussões da Pedagogia de Projetos no processo de ensino e aprendizagem e o protagonismo das professoras em relação às políticas educacionais.</p> 2024-02-09T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Educação https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/70520 As dimensões da formação superior de professores de música: perspectivas teóricas e problematizações 2022-08-23T10:37:29-03:00 João Valter Ferreira Filho joao.valter.ufcg@gmail.com <p>Este trabalho apresenta uma alternativa de sistematização em torno de algumas das principais dimensões da formação do professor de música, na busca por uma maior compreensão da natureza dos conhecimentos e saberes que se entrelaçam na constituição profissional do educador musical. Nessa direção, as quatro dimensões formativas aqui propostas – didático-pedagógica geral, estético-musical, pedagógico-musical e dimensão ética – emergem a partir de uma série de estudos em torno da literatura das áreas da Educação (LIBÂNEO, 2012; CANDAU, 2014; 2016; ROLDÃO, 2007; SHULMAN, 1986; 2016; GATTI, 2010, dentre outros) e da Música (QUEIROZ, 2017; 2019; 2020a, PENNA, 2012; 2020; FERREIRA FILHO, 2021; 2022; MOORE, 2016, CAMPBELL; MYERS; SARATH, 2016, dentre outros) articulados à nossa própria experiência docente. Longe de consistirem em uma proposta de compartimentação dos conteúdos e experiências envolvidos na formação do professor de música, as problematizações e proposições aqui articuladas visam, antes de mais nada, suscitar reflexões em torno desses corpos de conhecimentos que vêm sendo postos em operação no âmbito das licenciaturas em música, possibilitando novas compreensões que possam ser úteis para reavaliações curriculares e práticas.</p> 2024-02-09T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Educação https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/71210 O perfil de estudantes com laudo médico em uma Escola Estadual de Ensino Médio: transformando preconceitos em patologias 2022-12-30T16:07:52-03:00 Elizabete Bassani betebassani23@gmail.com Eduarda Fernandes Silva Duarte eduarda.barcelos31@gmail.com Júlia Arrebola juliaarreb@gmail.com Jair Ronchi Filho jarofi310562@gmail.com Simone Cardoso Lisboa Pereira simoneclpereira@gmail.com <p>A presente pesquisa desenvolvida no ano de 2020 teve como objetivo conhecer o perfil de estudantes com laudo médico em uma Escola Estadual de Ensino Médio do município de Serra, Espírito Santo. Foi desenvolvido um estudo documental que permitiu análise de fichas de matrícula e laudos médicos de 21 estudantes do ensino médio. O levantamento de dados apontou que todos os alunos do estudo compunham o Atendimento Educacional Especializado da escola. Destes, 71% eram do sexo masculino. Quanto aos dados raciais, 61% se autodeclararam pardos ou pretos. Já quanto aos diagnósticos, 57% possuíam o diagnóstico de Retardo Mental, que, somados aos 19% com Deficiência Intelectual/Cognitiva, totalizaram 76% dos alunos pesquisados. Concluiu-se que, conforme o perfil dos alunos e os diagnósticos identificados, parecia haver na escola e nos diagnósticos médicos uma concepção que aponta para naturalização do desenvolvimento humano a partir de olhares atravessados por determinantes biológicos e individualizantes, demonstrando, como em vários outros estudos, que o cotidiano escolar tem sido constituído por meio de uma história marcada pelo preconceito e pela homogeneização, em que são os meninos, negros e pobres, os que mais sofrem com essa lógica.</p> 2024-02-12T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Educação https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/69639 Azul ou Rosa: Educação e cultura visual em um vídeo de Meu amigãozão 2023-08-01T07:48:34-03:00 Gabriela Narumi Inoue g.narumi.inoue@gmail.com João Paulo Baliscei jpbaliscei@uem.br <p>Este artigo tematiza as construções de infâncias e de gênero na e por meio da significação das cores nas infâncias a partir da análise de uma produção cultural midiática intitulada <em>AZUL OU ROSA - Nosso mundo com Golias</em> (2018), publicada pelo canal <em>Meu amigãozão</em>, na plataforma virtual <em>Youtube</em>. Como objetivo, busca verificar no vídeo as possíveis confluências e contribuições que acompanham as discussões sobre os Estudos de Gênero e propiciam às crianças se relacionarem com o gênero enquanto uma construção passível de questionamentos e modificações. Para tal, relacionou-se, inicialmente, a construção de gênero e sexualidade aos universos e artefatos endereçados às infâncias, sublinhando que, desde os primeiros momentos da vida, meninos e meninas são envolvidos/as (convocados/as) a serem cúmplices de um projeto de normatização dos corpos a partir de uma concepção biológica e binária – portanto limitada – do gênero. Em seguida, realizou-se a análise da produção audiovisual em questão, conforme os procedimentos de investigações visuais críticas e inventivas propostos pelo PROVOQUE, atentando-se aos discursos relacionados à significação das cores e às construções de gênero na infância. Como resultado, observou-se que o vídeo trabalha as relações entre cores e gênero de formas sutis, atravessadas em atividades lúdicas e em diálogo com as crianças da Educação Infantil, questionando e subvertendo essas construções em torno de artefatos, brincadeiras e elementos cromáticos.</p> 2024-02-14T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Educação https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/70694 A Educação Inclusiva e a Atuação do Núcleo de Atendimento às Pessoas com Necessidades Específicas (NAPNE): Estudo no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Triângulo Mineiro (IFTM) 2022-10-25T10:11:05-03:00 Ana Abadia dos Santos Mendonça ana_abadia@yahoo.com.br Wenceslau Gonçalves Neto wenceslau@ufu.br <p>Este artigo trata de um assunto bastante difundido nos dias atuais: a Educação Inclusiva. Nesta pesquisa, a atuação do Núcleo de Atendimento às Pessoas com Necessidades Específicas (NAPNE), dentro do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Triângulo Mineiro (IFTM) foi alvo de investigação científica. A pesquisa com esse núcleo aconteceu no segundo semestre de 2021, por ocasião de uma investigação mais ampla, pois se tratava de uma tese de doutorado, que abrangeu todos os servidores ligados ao processo educacional em todos os <em>Campi</em> do Instituto Federal do Triângulo Mineiro (IFTM). O NAPNE está consolidado nos 9 (nove) <em>Campi</em> da instituição e foi sobre a sua atuação frente à Educação Inclusiva que o relato aconteceu. É uma pesquisa documental e de campo; os representantes de cada NAPNE, em cada <em>Campus,</em> se dispuseram a colaborar. Esta pesquisa teve como objetivos: a) identificar o NAPNE e seu trabalho dentro do IFTM; b) conhecer as suas ações junto aos professores, alunos com necessidades específicas, com deficiências, Transtornos Globais do Desenvolvimento (TGD) e Altas Habilidades/ Superlotação (AH/SD) e representativos da normalidade e a comunidade escolar como um todo. Assim, ficou evidente que as ações do NAPNE colaboram significativamente para que o processo ensino-aprendizagem dos alunos com deficiências, TGD e AH/SD seja eficiente.</p> 2024-02-17T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Educação https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/70956 Fatores associados à evasão, conclusão, mobilidade e retenção na Universidade Federal da Fronteira Sul 2022-07-22T06:41:19-03:00 Rosileia Nierotka rnierotka@gmail.com karina Carrasqueira karina.carrasqueira@gmail.com <p>Este trabalho objetiva investigar fatores relacionados com a trajetória de uma coorte de estudantes de uma Instituição de Ensino Superior pública brasileira. Foi investigada a associação entre características socioeconômicas dos estudantes, aspectos pré-universitários e aspectos institucionais com a conclusão, evasão, mobilidade acadêmica e retenção em um estudo de caso na Universidade Federal da Fronteira Sul, que possui mais de 90% dos universitários oriundos de escola pública. Observou-se a situação de matrícula no segundo semestre de 2019 de 1.882 estudantes que ingressaram na Instituição em 2013 por meio do Exame Nacional do Ensino Médio. Desse grupo, 11,2% ainda permaneciam na Instituição (retenção); 27,4% haviam concluído; 54,6% evadiram e 6,9% haviam transferido para outro curso na mesma ou em outra Instituição (mobilidade). Foram realizadas análises descritivas bivariadas a partir de dados secundários obtidos na própria Instituição. Os resultados encontrados indicam que as características da instituição, dos cursos e as características pré-universitárias dos estudantes, como o tipo de escola frequentada no Ensino Médio, fazem diferença na trajetória dos estudantes. Da mesma forma, observou-se que homens, não-brancos e estudantes mais velhos evadem mais. Por outro lado, estudantes que recebem apoio social e que moram na zona rural concluem mais. </p> 2024-02-17T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Educação https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/71034 Entrelaçando fios de saberes socioambientais e indígenas na formação inicial de professores da Amazônia 2023-02-07T16:02:16-03:00 Janelene Freire Diniz janelene.diniz@ifro.edu.br Clarides Henrich de Barba clarides@unir.br <p>Este artigo resulta de uma dissertação de mestrado, cujo objetivo foi investigar de que forma os saberes indígenas tradicionais podem contribuir na construção de saberes socioambientais junto aos estudantes dos cursos de Licenciatura em Biologia e em Química do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia - <em>Campus</em> Guajará-Mirim. Como base teórica para discutir a racionalidade e o saber ambiental, foram adotados estudos de Leff (2006, 2009, 2012), Gonçalves (2006, 2020) e Carvalho (2012) e, no que concerne ao universo dos saberes indígenas tradicionais e suas relações com o meio ambiente, autores como Munduruku (2009), Baniwa (2006), Krenak (2020) entre outros. A metodologia usada foi a pesquisa-ação, na perspectiva de Thiollent (2011). Buscou-se promover aproximações de saberes, verificando-se de que forma a troca de vivências e experiências entre dois mundos (indígena e não indígena) pode colaborar para o desenvolvimento de uma educação ambiental crítica e efetiva, participativa e mobilizadora. Para tanto, foram realizadas diversas atividades, tais como oficina de trançados de cestarias Wari’ e rodas de conversas com lideranças indígenas e educadores ambientais. Os resultados revelaram que essas aproximações podem contribuir significativamente para a construção de saberes socioambientais e para a superação de paradigmas socioambientais, potencializando reflexões, estimulando a formação de sujeitos mais ecológicos e conscientes, capacitando futuros educadores ambientais desde a formação inicial.</p> <p> </p> 2024-02-17T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Educação https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/71094 Programa Educar para uma Cidade Sustentável: uma análise transdisciplinar 2023-01-31T08:37:06-03:00 Janaina Almeida de Macêdo janaina.almeida.macedo@gmail.com Maria de Fátima Gomes da Silva fatimamaria18@gmail.com <p>Este artigo apresenta resultados de uma pesquisa acadêmica que teve por objetivo verificar se as ações do Programa Educar para uma Cidade Sustentável da cidade do Recife, têm se configurado como práticas sustentáveis numa lógica transdisciplinar. Com relação aos procedimentos metodológicos fizemos opção pela abordagem qualitativa de pesquisa. Os dados foram coletados por meio da análise documental, nomeadamente do Programa Educar para uma Cidade Sustentável pesquisados no site da Prefeitura do Recife. A análise dos dados foi realizada pela técnica de Análise de Conteúdo temático-categorial. Os resultados permitiram concluir que Programa Educar para uma Cidade Sustentável, traz um exemplo prático de uma ação educativa transdisciplinar, aplicada com êxito, que leva em consideração os assuntos ambientais inseridos ao contexto local, de maneira lúdica e criativa. É um exemplo que nos mostra que o investimento em um programa ou projeto estratégico, com objetivos, diretrizes e metas bem definidas que trazem bons frutos e podem ser replicados em outros municípios do Brasil.</p> 2024-02-19T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Educação https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/70677 Interesse epistemológico e formação escolar 2022-06-17T10:10:04-03:00 Simone Alexandre Martins Corbiniano corbiniano.ufg@gmail.com <p>O domínio propriamente epistemológico pode fazer sentido na formação escolar à medida que se possa considerá-lo, porventura, como uma oportunidade de aprimoramento da atividade humana de conhecer no plano do pensamento objetivo. Cabe ao ensino escolar contemporâneo o cultivo, a seu modo, dos valores de conhecimento próprios da racionalidade moderna. O aspecto propriamente epistemológico do conhecimento remete a um <em>corpus</em> de experiências do espírito racional, isto é, pode-se dizer de uma história de erros e superações internas ao próprio ato de conhecer, seu objetivo final é fundar a instância do pensamento instituinte, crítico e aberto. Nesse tempo histórico marcado por revoluções científicas é preciso buscar as condições de possiblidades para conhecimentos rigorosos, e mais que nunca manter o cultivo dos interesses humanos autênticos na formação. Este artigo é fruto de pesquisa da área de Educação em interlocução com referenciais da Filosofia, tendo como objetivo refletir acerca de alguns princípios do conhecimento objetivo, suas possibilidades, problemas, e sua relação com o conhecimento na escola. De um lado é preciso manter certo afastamento do caráter imediato e instrumental do conhecimento instituído, de outro lado, cabe manter proximidade com os valores de conhecimento que as ciências teoréticas podem proporcionar, ambos os lados são faces indispensáveis à reflexão acerca da formação escolar nesse início de século.</p> 2024-02-19T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Educação https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/70830 Percepção dos professores de Química de universidades federais de Minas Gerais sobre a baixa expressividade da produção de livros no Brasil 2022-10-23T20:06:50-03:00 Isabela Christo Gatti isagatti.quimica@gmail.com Andreia Francisco Afonso andreia.afonso@ufjf.edu.br <p>A baixa expressividade da produção de livros universitários de Química no Brasil foi abordada neste artigo. Dada a representatividade das Universidades Federais de Minas Gerais no país, investigamos a percepção de catorze professores vinculados a cursos de Química dessas instituições acerca do tema central. A pesquisa é qualitativa e utilizou questionários e entrevistas semiestruturadas com os docentes. Realizamos ainda a Análise de Conteúdo, com categorias definidas a <em>posteriori</em> para interpretar os dados. Concluímos que a diferenciação entre obras nacionais e internacionais não depende só da nacionalidade, mas também do tipo de formação científica e pedagógica do autor, e que a baixa expressividade ocorre devido a quatro fatores principais: a valorização da cultura internacional; o desenvolvimento tardio da Química no Brasil; o baixo interesse dos professores pela autoria; e a boa qualidade dos livros traduzidos.</p> 2024-02-20T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Educação https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/70748 Ensino do saneamento básico utilizando indicadores sociais e ambientais em escolas municipais de Canoas/RS 2022-07-15T14:00:49-03:00 Dirlene Melo Santa Maria estatistica.consultoria@gmail.com Rossano André Dal-Farra rossanodf@uol.com.br <p>Entre as grandes inquietações que dizem respeito à vida nos espaços urbanos está o saneamento básico e as repercussões da precariedade desses serviços na qualidade de vida da população e na preservação ambiental. Diante dessa premissa, este estudo envolveu a aplicação de práticas educativas voltadas ao conhecimento de indicadores sociais e ambientais vinculados à qualidade de vida da população. O principal objetivo foi analisar as percepções de estudantes do nono ano do Ensino Fundamental, de quatro escolas do município de Canoas/Rio Grande do Sul (RS), em relação às condições de seus bairros no que tange a temas como Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), esgotamento sanitário, abastecimento de água e resíduos sólidos. Foi aplicado um conjunto de atividades envolvendo exposição dialogada, debates e questionários. Os dados foram examinados com a Análise de Conteúdo e com Estatística Descritiva e Inferencial. Os resultados indicaram a proficuidade da construção e a aplicação de práticas educativas voltadas aos indicadores analisados, contribuindo para que os estudantes se tornem mais capazes de participar nos debates públicos relacionados à essa temática.</p> 2024-02-21T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Educação https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/71254 O conselho nacional de educação: a indispensável construção de uma elite política 2022-08-11T14:37:03-03:00 Franceila Auer auerfranceila@gmail.com Heitor Lopes Negreiros heitornegreiros@gmail.com Wagner dos Santos wagnercefd@gmail.com Vania Carvalho de Araújo vcaraujoufes@gmail.com <p>Este artigo tem como objetivo problematizar a constituição da Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional de Educação no período da elaboração da Base Nacional Comum Curricular do Ensino Médio (2015 a 2018) na perspectiva de uma elite política segundo a definição de Hannah Arendt. Caracteriza-se como uma pesquisa qualitativa do tipo documental. Adota-se como fontes de análise os Currículos Lattes dos conselheiros e as portarias nº 187, de 13 de março de 2012; nº 323, de 9 de abril de 2014; nº 174, de 4 de abril de 2016 e nº 103, de 8 de fevereiro de 2018 do Ministério da Educação. Utiliza-se como instrumento de auxílio o software Gephi. Os resultados apontam que a referida Câmara do Conselho Nacional de Educação foi formada a partir das indicações de instituições com concepções de educação alinhadas ao Executivo Federal. Conclui-se que ela se distancia de uma elite política em um sentido democrático, sobretudo pelo desprezo à pluralidade em sua formação e pela não constituição de canais de interlocução pública que pudessem garantir o direito à participação e a representação da sociedade no período analisado.</p> 2024-02-22T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Educação https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/70544 Relações de poder na inserção profissional de professores na carreira docente 2022-12-20T08:24:46-03:00 Ginaldo Cardoso de Araújo garaujo@uneb.br <p>Este artigo elege como foco central das discussões as relações de poder que atravessam a inserção de professores iniciantes na carreira docente. Objetiva analisar as táticas de poder que são postas em ação para governar a condução das condutas desses docentes, visando à sua constituição profissional. Para tanto, este artigo toma como inspiração o referencial teórico-analítico de Michel Foucault. Para a produção de dados e informações sobre o objeto, o estudo fez uso de grupos de discussão com professores iniciantes e experientes que atuam nos anos finais do Ensino Fundamental de escolas públicas municipais de Caetité, no Estado da Bahia. Os achados da pesquisa evidenciaram que as relações de poder, no começo da profissão docente, mobilizam as táticas de <em>desestabilização</em> e de <em>recomposição do corpo</em> dos professores iniciantes. Em ação, essas táticas de poder buscam constituir profissionais da docência flexíveis e habilidosos para o desempenho de múltiplas práticas de aprendizagem, de cunho neoliberal, na escola contemporânea.</p> 2024-02-22T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Educação https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/71288 Enegrecendo a fala das mulheres: as contribuições de Lélia González para o português brasileiro 2024-02-26T22:54:53-03:00 Alcione Nawroski alcione.nawroski@gmail.com Klaudia Chrzan k.chrzan@student.uw.edu.pl <p>O artigo trata da participação de Lélia González na formação da língua portuguesa falada no Brasil, por meio da sua trajetória de vida. Nesta perspectiva, a autora levanta alguns conceitos como amefricanidade, feminismo negro e pretoguês, os quais serão investigados sob uma pesquisa bibliográfica que objetiva analisar as contribuições de Lélia para o feminismo negro e consequentemente a influência da língua de senzala na língua oficial. Com expressões populares, gírias e sarcasmos, Lélia Gonzáles nos mostra como o "dialeto da senzala” materializado na “mãe preta” influenciou a fala dos brasileiros. Por mais de três séculos, as mulheres negras nas Américas enfrentaram o trabalho pesado, a exploração sexual, a falta de apoio e os estereótipos criados em torno da sua identidade que as deixou na marginalidade. Destarte, Lélia González recupera sua ancestralidade e mostra por meio da sua trajetória de vida o quanto o povo brasileiro carrega da “mãe preta” na língua portuguesa falada no Brasil.</p> 2024-02-25T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Educação https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/70149 Educação Ambiental e Agroecologia: O papel das Escolas do Campo de Quedas do Iguaçu-PR 2024-01-18T12:24:58-03:00 Neuza Félix França neuzaff_@hotmail.com Maude Regina de Borba maude.borba@uffs.edu.br <p>As Escolas do Campo desempenham papel central na disseminação da Agroecologia e Educação Ambiental. Sua potencialidade de atingir diretamente o aluno que vive <em>no </em>e <em>do</em> campo traz em seu bojo relações políticas, sociais, éticas e, principalmente, formativas que unem educação e Agroecologia. Neste sentido, o objetivo do presente estudo foi analisar como a Educação Ambiental e a Agroecologia estão sendo trabalhadas nas Escolas do Campo do município de Quedas do Iguaçu-PR. A pesquisa foi realizada nas sete Escolas Estaduais do Campo de Quedas do Iguaçu, localizadas em sete comunidades rurais do município. A abordagem metodológica utilizada foi quali-quantitativa. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas, com questionários contendo perguntas abertas e fechadas aplicados aos diretores das escolas. Os dados obtidos foram tabulados com auxílio do software Microsoft Office Excel, a partir do método análise de conteúdo. Adicionalmente, foi realizada pesquisa documental e levantamento de informações junto às escolas e bancos de dados de diferentes instituições para compor os dados secundários do estudo. Constatou-se que a Educação Ambiental está presente em quase a totalidade das instituições de ensino (85,71%), com exceção de apenas uma dentre as sete estudadas. A abordagem dessa temática está diretamente relacionada a projetos de Educação Ambiental desenvolvidos com os estudantes. Desta forma, é possível concluir que a Educação Ambiental está prevista e, de fato, vem sendo trabalhada nas Escolas Estaduais do Campo de Quedas do Iguaçu-PR. Entretanto, a Agroecologia está muito pouco presente nestas instituições de ensino, quer seja nas ações, quanto nos documentos norteadores.</p> 2024-02-25T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Educação https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/71401 A pesquisa qualitativa em educação em tempos de pandemia: aplicação do grupo focal online sob o aporte da psicologia histórico-cultural 2023-07-07T15:45:33-03:00 Silvia Segovia Araujo Freire ssafsm@gmail.com Adaline Franco Rodrigues adalinefranco@gmail.com Sonia da Cunha Urt surt@terra.com.br <p>Considerando que a pandemia da COVID-19 gerou incertezas, angústias e dúvidas quanto às diferentes atividades do sujeito, limitando até mesmo as possibilidades de pesquisas e a modalidade para coleta de dados, a internet transformou-se no meio propulsor e facilitador para a continuidade dos estudos. Este trabalho tem como objetivo analisar as possibilidades da aplicação <em>online</em> do método do grupo focal para coleta de dados nas pesquisas qualitativas em educação e sua contribuição para a continuidade dos estudos em tempos de pandemia, além da utilização da teoria da Psicologia Histórico-Cultural para a análise e discussão dos dados, por entender as relações e a apropriação do conhecimento como formas peculiares no desenvolvimento e na emancipação do sujeito.</p> 2024-02-29T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Educação https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/71505 Enem, performatividade e desmemoriamento regional/local na história escolar. 2023-05-18T14:57:52-03:00 Athos Matheus da Silva Guimarães athosguimaraes18@gmail.com Adilson Junior Ishihara Brito adilsonbrito@ufpa.br <p>Este artigo procura refletir criticamente sobre a formação básica de jovens que cursam o Ensino Médio em uma escola pública de uma grande periferia do município de Ananindeua, na região metropolitana da capital do Estado do Pará, a partir do processo de desmemoriamento de importantes marcos históricos do passado nacional nas aulas de História, com foco na Data Magna estadual da “Adesão do Pará à Independência”. Abordagens históricas voltadas para o passado regional e local são cada vez mais raras nas salas de aula, o que nos fez pensar que a educação pública está muito mais inclinada para a “performatividade” dos resultados nos exames oficiais, do que para a formação humana e crítica ligada à cidadania. A partir da análise de dados empíricos oriundos de uma pesquisa sócioescolar feita em 2018 – com dados oficiais, currículos prescrito e efetivos, livros didáticos e entrevistas – percebemos que essa performatização se fez mais presente a partir da institucionalização do ENEM, ligado ao processo de globalização na área da Educação, cuja meta foi a de proporcionar a preparação do alunado para uma escolarização ligada à onicompetência, ao imediatismo e à inserção no mercado de trabalho, sem oportunizar reflexões críticas sobre a realidade política e social, vinculadas à formação para a cidadania, ética e para a vivência em sociedade.</p> 2024-02-29T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Educação https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/71681 Os princípios de aprendizagem dos bons videogames, de James Paul Gee, e suas aproximações com a teoria sociológica do jogo, de Roger Caillois 2022-12-06T14:50:36-03:00 Elane Cristina Pinheiro Monteiro elanepinheiro17@hotmail.com Renan Santos Furtado renan.furtado@yahoo.com.br Marcio Antonio Raiol dos Santos mars@ufpa.br <p>Este trabalho tem como objetivo discutir as aproximações entre os princípios da aprendizagem presentes nos bons videogames, abordados por Gee, e a teoria sociológica do jogo elaborada por Caillois, projetando as contribuições desse debate para pensarmos sobre o processo de ensino e aprendizagem das práticas corporais na Educação Física escolar. A partir do horizonte de um ensaio teórico com intenções reflexivas, verificamos que a perspectiva de Gee corrobora a de Caillois, na medida em que reconhece as amplas possibilidades de fruição que o jogo apresenta. Cabe destacar que os princípios dos bons videogames elencados por Gee não somente incorporam a ideia de que, no jogo, podemos buscar competir, testar a nossa sorte, representar algo ou obter a sensação da vertigem, mas também pensam essas características do jogo em conexão com processos de desenvolvimento de potencialidades humanas, que, na educação, ocorre por via de aprendizagens. A nosso ver, essas amplas contribuições teóricas oriundas de estudos empíricos podem também ajudar a avançar o ensino das práticas corporais na Educação Física escolar contemporânea.</p> 2024-03-01T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Educação https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/71697 Educação em valores e as áreas de ciências da natureza e suas tecnologias na base nacional comum curricular - BNCC - etapa do ensino médio: uma reflexão 2023-08-15T23:37:58-03:00 Valeria Trigueiro Santos Adinolfi vtrigueiro@yahoo.com <p>Este artigo apresenta uma discussão da proposta da Base Nacional Comum Curricular – Etapa do Ensino Médio - com foco na educação em valores, especialmente na área de Ciências da Natureza e Suas Tecnologias. Debate-se se também o conceito de educação em valores, suas possibilidades e seu lugar na construção da autonomia dos sujeitos e como isto aparece na BNCC-Etapa do Ensino Médio, que propõe uma formação integral permeada pelo desenvolvimento da ética como competência a permear todas as áreas do conhecimento. Por fim, discute-se o fazer científico tecnológico como paradigma da sociedade contemporânea e a educação científico-tecnológica como pressuposto para a cidadania, e o lugar da ética e dos valores sociais neste campo de conhecimento. A metodologia utilizada para análise foi de análise de conteúdo, que possibilitou o destaque quantitativo de aspectos da proposta da BNCC-Etapa do Ensino Médio em relação à temática.</p> 2024-03-02T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Educação https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/72088 A neurociência e a educação: abordagem sobre memória e emoções no processo de aprendizagem 2023-05-05T11:14:23-03:00 Margareth Aparecida e Silva margamaia14@gmail.com Cláudia Lilian Alves dos Santos claudinha_lilian@hotmail.com Antocleia de Sousa Santos antocleia.santos@prof.edu.ma.gov.br <p>Este ensaio teórico trata de uma análise da literatura sobre a temática: neurociência e a educação, a partir de uma abordagem sobre a memória e as emoções. Com isto, o objetivo deste estudo é dialogar com referenciais teóricos da neurociência para o entendimento dos processos envolvidos na conexão entre emoção e memória no processo de aprendizagem. Para tanto, apresenta-se como caminho metodológico, uma pesquisa qualitativa com abordagem analítica à luz dos autores MacLean (1990); Guerra (2011); Carvalho (2011); Relvas (2012); Fonseca (2016); Lent (2001, 2017), dentre outros. Como resultados, os estudos revelaram que I) a condição de fragilidade emocional dos estudantes pode ser agravada em contextos escolares que não reconhecem a conexão existente entre emoção e memória, e II) consequentemente, isto pode atingir de forma severa um dos principais componentes desta conexão: a atenção. Em virtude disso, revelam ainda que estudantes em ambientes de pressão emocional têm dificuldades de reter na memória as informações dos conteúdos e, por conseguinte, bloqueio do processo de aprendizagem. Portanto, considera-se que a promoção de estados emocionais positivos de forma intencional se mostra importante para tornar o ambiente mais favorável à criatividade e à flexibilidade e com isso favorecer a ativação das memórias cognitivas.</p> 2024-03-04T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Educação https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/72162 Formação em Educação: desafios ético políticos metodológicos 2023-05-03T19:38:29-03:00 Maria Elizabeth Barros de Barros betebarros@uol.com.br Denise Carla Goldner Coelho denisecoelho.edu@gmail.com <p>O artigo coloca em questão processos de formação de educadores e educadoras. Indaga uma direção conceitual-metodológica que produz práticas educacionais universalizantes e naturalizadoras, que formam-conformam profissionais, dissociando práticas pedagógicas de práticas políticas que as engendram. Dissocia a ideia de formação em educação como competência pedagógica, capacitação, conscientização - que se associa a especialismos, a discursos normalizadores, a modelagem de formas de agir e produzir educação. Propõe outras direções de análise que consideram o saber-fazer e a complexidade de relações efetivadas na escola, que intensificam a dimensão processual de formação no âmbito educacional. Persegue processos que tomem a indissociabilidade técnico-política como direção. Busca, assim, subsídios para romper com práticas educacionais homogeneizadoras, controladoras e totalizadoras, propondo processos formulados a partir de um ethos que afirme autonomia e construção coletiva, que se abra à história, aos devires, ao imprevisível, que constituam, aliançados com os movimentos na escola, práticas pedagógicas ético-políticas de expansão e multiplicidade do viver.</p> 2024-03-04T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Educação https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/72106 Produção científica nacional sobre jogos digitais no Ensino de Ciências (2004-2021) 2023-05-14T12:51:56-03:00 Markondes Lacerda Araújo markondeslacerdaaraujo@gmail.com Marcelo Franco Leão marcelo.leao@ifmt.edu.br <p>O emprego de diferentes tecnologias digitais na educação faz-se necessário, devido à realidade em que encontra nossa sociedade. Diante disso, é indispensável repensar na prática docente, principalmente na transmissão e aquisição do conhecimento. O objetivo da presente pesquisa é analisar por meio de uma revisão bibliográfica do tipo estado do conhecimento a utilização de jogos digitais no Ensino de Ciências no nível médio. Iniciou a pesquisa no 1º semestre de 2022 no banco de dados Periódicos CAPES, utilizando nove descritores de busca para a coleta dos dados. Encontrou-se um total de 11 periódicos referentes a jogos digitais, divididos entre jogos de entretenimento e jogos sérios. Após a coleta, analisou os presentes periódicos por meio de categorias pré-estabelecidas com o método Análise de Conteúdo. A pesquisa permitiu verificar que esses artefatos são importantes no Ensino de Ciências, utilizando diferentes tipos de jogos, o que enfatiza o interesse dos estudantes e oferece novas possibilidades nos processos de ensino e aprendizagem, a partir da participação ativa para o desenvolvimento de conhecimentos e habilidades.</p> 2024-03-04T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Educação https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/71799 Avaliação de desempenho docente na Educação Superior: uma análise da produção acadêmica dos últimos dez anos 2022-10-21T15:01:14-03:00 Fabíula Tatiane Pires fabiula.pires@ifmg.edu.br Suzana dos Santos Gomes suzanasgomes@fae.ufmg.br <p>Este artigo apresenta uma análise da produção acadêmica dos últimos dez anos sobre a avaliação de desempenho docente (ADD) na Educação Superior. O objetivo é entender como a ADD é utilizada em diferentes Instituições de Educação Superior (IES), como ocorre a participação da comunidade acadêmica nesse processo e como as IES e os docentes se apropriam dos resultados da ADD. Quanto aos aspectos metodológicos, o estudo se caracteriza como uma pesquisa bibliográfica que permite uma atualização do conhecimento sobre o tema da ADD. Os procedimentos para coleta de dados envolvem consulta ao Catálogo de Teses e Dissertações da Capes e à Biblioteca Digital de Teses e Dissertações e seleção de artigos publicados em cinco periódicos classificados como Qualis A. As análises empreendidas derivam da interpretação e de correlações estabelecidas pelas autoras. Os principais resultados indicam para a existência de duas perspectivas de ADD que podem ser complementares e não excludentes: uma de natureza reguladora e outra de natureza formativa.</p> 2024-03-05T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Educação https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/71893 Emergência de um modelo de educação como prática de resistência à discriminação e à opressão da diversidade cultural 2023-06-06T10:26:00-03:00 Elizandra Iop elizandra.iop@unoesc.edu.br Sergio Paulo de Oliveira prof.sergio2021@hotmail.com Claudio Luiz Orço claudio.orco@unoesc.edu.br <p>O presente artigo objetiva refletir acerca das concepções pedagógicas que nortearam a educação brasileira durante séculos. Para tanto, são analisadas as teorias tradicionais hegemônicas de base eurocêntrica, tais como: a Teoria Tradicional Católica, a Teoria Tradicional Leiga, a Escola Nova e a Educação Tecnicista. Elaborado por meio de pesquisa bibliográfica exploratória, este estudo é construído a partir de uma perspectiva crítica com base nas seguintes categorias teóricas: Estado Monista, Concepções Hegemônicas de Educação, Estado Pluralista, Perspectiva Decolonial, Interculturalidade, Diversidade Cultural e Educação Decolonial. Constatou-se que as práticas pedagógicas pautadas em valores eurocêntricos historicamente não reconheciam a diversidade e as diferenças culturais presentes no espaço escolar e na sociedade em geral. Assim, negros, indígenas, mulheres, entre outros segmentos sociais, têm sido discriminados e colocados à margem das decisões e dos espaços democráticos. Portanto, esta produção teórico-científica defende e propõe a adoção de um modelo educacional baseado na Perspectiva Decolonial com vistas a enfrentar essa situação em que as injustiças e desigualdades sociais se manifestam na pobreza, racismo, sexismo e outras formas de opressão e violência. Além disso, argumenta-se que a educação é a ferramenta mais adequada para enfrentar as ameaças que vêm sendo levantadas nos últimos anos em relação ao respeito e aceitação da diversidade e das diferenças culturais que permeiam a sociedade brasileira.</p> 2024-03-05T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Educação https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/72001 Transformar presos em alunos: um estudo sobre a educação no sistema prisional paranaense 2023-08-22T14:51:44-03:00 Djalma Machado da Cruz djalma02cruz@gmail.com Dulcyene Maria Ribeiro dulcyenemr@yahoo.com.br <p>É sabido que as prisões sempre foram lugares de muita resistência para a inserção educacional, o que contrasta com o número crescente da população encarcerada e com a consideração de que, por meio da educação, é possível resgatar as pessoas privadas de liberdade e promover a sua transformação. Este é um trabalho de natureza teórica, descritiva, explicativa e bibliográfica, no qual sistematizamos os direitos educacionais assegurados aos apenados pelas legislações brasileiras e paranaenses, e discutimos como se dá a efetivação desses direitos e dos ambientes escolares nos presídios, tomando como exemplo as unidades prisionais de Foz do Iguaçu – PR. Trata-se de parte constitutiva de uma pesquisa de mestrado. Ao analisar a atual situação educacional no sistema prisional paranaense, observa-se grave desrespeito aos direitos assegurados pela Constituição Federal e pelas leis específicas relativas ao sistema prisional. Nesse sentido, urgem mudanças de atitudes de todos os envolvidos em relação à educação na prisão: estado, gestores, agentes, educadores e os próprios apenados, de modo que a educação nas prisões possa viabilizar a ressocialização.</p> 2024-03-06T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Educação https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/71939 O ano em que a Terra parou: Ministrando uma disciplina remota no ensino superior durante a Covid-19 2023-01-30T09:14:51-03:00 Adriana Patrícia Egg-Serra patricia.egg.serra@gmail.com Adriano Furtado Holanda aholanda@yahoo.com Alessandro Antonio Scaduto aascaduto@ufpr.br <p>Este trabalho foi realizado no intuito de repartir reflexões acerca do impacto da pandemia de Covid-19 sobre os processos de ensino e aprendizagem, objetivando uma atitude docente mais conscientizada das suas limitações e possibilidades diante das mudanças provocadas desde então. A partir de uma perspectiva autoetnográfica, foram apresentadas e analisadas dificuldades encontradas e condutas implementadas na adaptação de uma disciplina optativa de graduação em Psicologia ao ensino remoto. Discute-se a incorporação de instrumentos e estratégias utilizados no retorno às aulas presenciais, tais como: disponibilização de vídeos de acesso livre e organização de materiais em plataformas digitais, utilização do conceito de sala de aula invertida, realização de atividades por formulários online, flexibilização da programação, facilitação da comunicação de reflexões e questionamentos dos alunos, subdivisão do programa em etapas menores que contemplem ciclos completos de assimilação de conteúdos, discussões, avaliações e <em>feedbacks</em>. Conclui-se que a consciência e abertura às transformações ocasionadas pela pandemia tem o potencial de gerar uma mobilização no sentido de avançar sobre todas as dificuldades inegáveis na direção de construir um processo de ensino/aprendizagem mais significativo e mais conectado ao contexto em que se encontra inserido.</p> 2024-03-07T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Educação https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/72163 Letra imprensa maiúscula em cadernos de alunos: do aparecimento ao predomínio na alfabetização 2023-06-30T10:27:50-03:00 Alessandra Amaral da Silveira ale82amaral@yahoo.com.br Eliane Peres eteperes@gmail.com <p>Este artigo tem como objetivo apresentar as análises relacionadas a presença da letra imprensa maiúscula e as discussões que fizeram com que ela ganhasse estabilidade no espaço escolar. Para a realização desse estudo foram consultados 161 cadernos de alunos que estavam no processo de alfabetização, do período de 1990 a 2015, salvaguardados em um Centro de Memória na Região Sul/RS (Hisales). A metodologia desenvolvida foi a operação historiográfica como uma produção do pesquisador que associa um lugar (social) com diferentes procedimentos de análises (práticas) e a construção de uma escrita. A organização dos dados que emergiram dos cadernos dos alunos possibilitou a elaboração de dois grandes conjuntos, o primeiro das concomitâncias das letras e o segundo da exclusividade de um tipo de letra em todas as páginas dos cadernos. Sendo assim, a partir da análise percebeu-se que a letra imprensa maiúscula apareceu pela primeira vez nos cadernos dos alunos presentes no acervo nos anos de 1990, no entanto somente de forma concomitante com outras tipologias e que a partir de 2005 passa a ser exclusiva. Para compreender a presença da letra imprensa maiúscula foi imprescindível analisar os livros Psicogênese da língua escrita (FERREIRO &amp; TEBEROSKY, 2007), a Trilogia da Alfabetização (GROSSI, 1990) e documentos oriundos de políticas curriculares e programas de formação docente e alfabetização, entre eles: Pró-Letramento – Mobilização pela Qualidade da Educação (2008) e Pacto Nacional da Alfabetização na Idade Certa (2012). Em suma, todas as referências citadas contribuíram para compreender o fenômeno da letra imprensa maiúscula nos cadernos dos alunos que foi gradativamente dominando o período inicial da alfabetização.</p> 2024-03-07T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Educação https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/71754 O desenvolvimento da autoria na Educação Básica: processos de escrita a partir de Virginia Woolf e Clarice Lispector 2022-10-11T17:22:33-03:00 Samanta Samira Nogueira Rodrigues samanta.samira@yahoo.com.br <p>Este trabalho aborda processos de escrita e desenvolvimento de autoria a partir das reflexões de Virginia Woolf (2016), presentes em seu ensaio <em>Profissões para mulheres</em>, lido em 1931 para a inglesa Sociedade Nacional de Auxílio às Mulheres; e de Clarice Lispector (1999), em sete crônicas de seu livro <em>A descoberta do mundo</em>. Busca-se discutir autoria e estilo em processos de ensino cujos objetivos contemplem a busca por experiências reais com a linguagem, algo nem sempre priorizado no exercício da produção textual escolar. A fim de relacionar a criação textual na Educação Básica – considerado o descompasso entre documentos oficiais e realidade (aluno, ensino, professor e escola) – com as produções inerentes de quem tem a escrita como ofício, são acionadas enunciações sobre a (não) atuação de alunas e alunos em seus textos (Bernardo, 2012) e recomendações da Base Nacional Comum Curricular (Brasil, 2018) sobre o trabalho com o texto na sala de aula, especificamente sobre o que o documento entende por autoria.</p> 2024-03-11T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Educação https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/71504 Os movimentos da organização docente: a importância do sindicato para a valorização do professor nos municípios do Pará 2023-02-28T14:30:22-03:00 Soraya de Nazaré Camargo Vargas sorayacamargovargas74@gmail.com Rosângela Andrade do Nascimento rosangela.vic@hotmail.com Dalva Valente Guimarães Gutierres dalva.valente@gmail.com <p>O presente artigo tem como objetivo analisar os movimentos da organização docente em busca de valorização, com enfoque nos municípios do Pará. Para tanto, foi feito um levantamento bibliográfico e documental sobre a valorização docente. No que diz respeito às Políticas de Valorização Docente no Brasil, fez-se um breve histórico do cenário nacional, em que a valorização de professores foi incluída como princípio educacional na Constituição Federal de 1988 e na Lei de Diretrizes e Bases da Educação – Lei n° 9.394/1996. Na busca pela valorização docente, percebeu-se que, desde o Séc. XIX, os docentes tentavam se organizar em associações e sindicatos, tanto nacionalmente quanto em âmbito local, pois pode-se verificar a trajetória sindical em prol de melhorias na educação. Concluiu-se que, no Pará, mediante a pesquisa realizada, que apontou as constantes intervenções do sindicato nos diversos municípios, no intuito de lutar juntamente com os profissionais da educação por suas reivindicações, ocorre a frequente desvalorização docente.</p> 2024-03-15T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Educação https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/73499 Educação Musical de Pessoas Idosas no Brasil: Uma Revisão de Escopo 2023-01-05T07:45:16-03:00 Lincoln Thiengo Ferreira lincolnthiengo@gmail.com Hermes Soares dos Santos hermes.santos@ufpr.br Mariana Lacerda Arruda Arruda marianalarruda@gmail.com Valdomiro de Oliveira oliveirav457@gmail.com Gislaine Cristina Vagetti gislainevagetti@hotmail.com <p>O objetivo deste estudo foi analisar a produção científica brasileira a respeito da Educação Musical em grupo com pessoas idosas no Brasil, a partir da vigência do Estatuto do Idoso (Lei federal nº 10.741/03). Foi feita uma revisão de escopo com busca nas bases de dados da CAPES, ERIC, Redalyc, Scielo, Lilacs, ABEM, Amplificar e Google Academics, a partir de 2003, ano de criação do Estatuto. Foram considerados em todas as bases os descritores “Educação Musical”, “Idoso”, “Idosos”, “Ensino de Música”, “Musicalização”, “Música” e os operadores booleanos OR e AND. Foram analisadas as características gerais, tais como locais, métodos, intervenções e objetivos, a contagem quantitativa no software Iramuteq das palavras mais utilizadas e as atividades realizadas. As buscas retornaram 9.877 trabalhos, na qual foram selecionados 24, entre artigos, dissertações e TCC’s direcionados à Educação Musical da pessoa idosa no Brasil. Por meio da contagem, da análise das características das pesquisas e das atividades realizadas, foi constatado que essas pesquisas são em sua maioria empíricas, qualitativas, com intervenções e observações em campo, tendo sido realizadas em sua maior parte (79,17%) na região sudeste do país. Os resultados apontaram a influência positiva do aprendizado musical na qualidade de vida das pessoas idosas, mostrando benefícios cognitivos e emocionais, além de mostrar a necessidades de mais estudos sobre o assunto.</p> 2024-03-18T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Educação https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/72300 A racionalidade pedagógica empreendedora no direcionamento das formas de governo de si 2023-05-22T06:31:50-03:00 Ademir Henrique Manfré ademirmanfre@yahoo.com.br <p>Este texto reflete sobre o tema Projeto de Vida, gestão de si e cultura do empreendedorismo. Objetivou analisar como o Projeto de vida – enquanto componente curricular transversal na educação escolar – alinha-se à cultura do empreendedorismo, direcionando as formas de governo de si. O Projeto de Vida, de acordo com essa cultura, promete desenvolver múltiplas dimensões, motivando os indivíduos a resolver problemas e a tomar decisões para alcançar propósitos e atingir a realização profissional. Quando associada ao Projeto de vida, essa cultura transfere os dispositivos empresariais – tais como competividade, lucratividade, desempenho e produtividade – ao âmbito educacional, subordinando os processos formativos a uma nova governamentalidade. Partiu-se do seguinte questionamento: o que temos feito de nós mesmos sob as formas de governo da vida? A partir do exposto, defende-se que o debate acadêmico sobre Projeto de Vida ancora-se em princípios provenientes do mercado neoliberal, priorizando a formação de indivíduos economicamente produtivos, porém, politicamente submissos e dóceis. Desse modo, pretende-se colocar em discussão o papel desempenhado pela racionalidade pedagógica empreendedora no direcionamento das formas de governo de si. Como forma de direcionamento analítico, a crítica foucautiana surgiu como referencial teórico capaz de apresentar criticamente os limites dos dispositivos neoliberais que inserem a Educação nas diretrizes da produtividade e da governamentalidade.</p> 2024-03-18T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Educação https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/73493 Atividades formativas curriculares: desafios, possibilidades e proposições para a formação de professores para o ensino jurídico 2023-01-10T10:11:39-03:00 Luiz Gustavo Tiroli luiz.gustavo.tiroli@uel.br Adriana Regina de Jesus Santos adrianar@uel.br <p>A formação didático-pedagógica dos professores do ensino jurídico é um grande desafio na área. Não existem resoluções que tratem da formação de professores para o Ensino Superior, apenas o indicativo do artigo 66 da LDB, que aponta os cursos de mestrado e doutorado como responsáveis prioritários por essa formação. Nesse contexto, questiona-se: de que maneira os egressos percebem a formação didático-pedagógica oferecida por meio das atividades formativas curriculares nos cursos de mestrado e doutorado em Direito e, consequentemente, quais são suas implicações para o ser e fazer docente dos professores do ensino jurídico? Assim, o objetivo desta investigação consiste em analisar criticamente as implicações da formação didático-pedagógica oferecida por meio das atividades formativas curriculares dos cursos acadêmicos de Pós-Graduação <em>stricto sensu</em> em Direito, tendo como premissa as percepções dos egressos em relação às atividades vivenciadas. A pesquisa bibliográfica e de campo, o tratamento qualitativo dos dados e a análise de conteúdo foram os encaminhamentos metodológicos adotados para o desenvolvimento da pesquisa. Os dados foram coletados por meio de entrevistas realizadas a partir de questionário semiestruturado com 90 professores do ensino jurídico que são egressos dos cursos de mestrado ou doutorado em Direito localizados no estado do Paraná, no período de 2017 a 2020. Nas considerações finais, verifica-se que não basta apenas oferecer atividades formativas curriculares; é importante construir uma cultura institucional de participação dos estudantes nessas atividades, bem como um processo contínuo de avaliação das estratégias adotadas e da intencionalidade formativa na consecução do projeto educacional almejado, seja para conservá-lo ou transformá-lo.</p> 2024-03-18T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Educação https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/72370 O conhecimento escolar em pesquisas do Ensino de Biologia na Educação de Jovens e Adultos fundamentadas na perspectiva Histórico-Cultural 2022-12-11T11:04:13-03:00 Lucas Martins de Avelar lucasmavelar@gmail.com Ana Santana Moreira ana1fisica@gmail.com Rones de Deus Paranhos paranhos@ufg.br <p>Este estudo apresenta o recorte de uma pesquisa de mestrado e objetiva analisar o papel atribuído aos conhecimentos escolares por investigações do ensino de biologia na Educação de Jovens e Adultos (EJA) que se fundamentam na perspectiva Histórico-Cultural (HC). Recorreu-se à pesquisa bibliográfica do tipo Estado do Conhecimento. O Catálogo de Teses e Dissertações da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) foi utilizado como banco. Foram identificadas 15 dissertações defendidas entre os anos de 2006 e 2019. Os resultados indicam a mobilização de outras vertentes teóricas (Freireana e Cognitivista) em conjunto à HC, o que reflete na compreensão da função dos conhecimentos escolares. Predomina entre as pesquisas a ideia de que eles devem estar intrinsecamente relacionados ao cotidiano dos sujeitos. Ao compreender como função precípua da escola possibilitar a apropriação dos conhecimentos científicos, defendemos a superação da cotidianidade alienada na EJA em direção a <em>individualidade para si</em>.</p> 2024-03-22T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Educação https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/73634 Adolescentes autores de atos infracionais: desafios da inclusão pelas políticas socioeducacionais 2023-01-03T10:15:34-03:00 Ivana Aparecida Weissbach Moreira ivanawmoreira@hotmail.com Telmo Marcon telmomarcon@gmail.com <p>O presente artigo de natureza bibliográfica e documental analisa os desafios, limites e possibilidades da inclusão social de adolescentes, que são autores de atos infracionais, por meio das políticas socioeducativas. A questão de fundo é como essas políticas dão conta de uma inclusão emancipatória desses adolescentes, em outras palavras, como as políticas da socioeducação articulam-se às políticas educacionais visando a emancipação desses adolescentes? Para contextualizar essa problemática, serão analisados elementos da formação socioeconômica brasileira, que gerou e reproduz a exclusão de milhares de adolescentes das condições mínimas de cidadania. Na sequência, são examinadas as políticas socioeducativas destinadas aos adolescentes, que são autores de atos infracionais, especialmente o Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (BRASIL, 2012), e os desafios de uma inclusão emancipadora desses sujeitos. Na conclusão, defendemos a tese que as políticas socioeducativas avançaram de forma substancial, especialmente, com a aprovação do SINASE, mas, uma socioeducação emancipadora na prática ainda continua sendo um desafio.</p> 2024-03-22T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Educação https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/74393 A geografia e o novo ensino médio: uma revisão sistemática da literatura 2023-08-07T14:59:04-03:00 Simone Ferreira simonepferreira@yahoo.com.br Mariana Gonçalves marianaferreira.aluno@unipampa.edu.br Leonardo Camargo leonardocamargo.aluno@unipampa.edu.br <p>Neste trabalho foram apresentados elementos para a discussão sobre o que está sendo pesquisado em relação a disciplina de geografia e o ensino médio, após a reforma de 2017. O ensino de geografia no ensino médio é importante para a formação de um cidadão crítico, consciente de seus direitos e deveres. A metodologia utilizada foi a revisão sistemática da literatura que buscou responder a seguinte pergunta: qual é o estado da arte nas pesquisas que envolvem o ensino de geografia no novo ensino médio? Assim, o objetivo do trabalho foi descrever o estado da arte nas pesquisas sobre o ensino de geografia no ensino médio identificando as áreas, os métodos e metodologias utilizados. Para isso, foram pesquisadas bases indexadoras de periódicos, representativas e bastante utilizadas em outros trabalhos de revisão sistemática. Após serem seguidos todos os passos da metodologia foram selecionados seis artigos, e desses, somente três traziam questionamentos sobre a reforma do ensino médio. Esse tema ainda suscita muito debate e publicações em espaços com maior visibilidade. Sugere-se uma ampliação do trabalho com a incorporação dos acervos de revistas na área de educação e geografia.</p> 2024-03-25T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Educação https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/74433 Prática pedagógica em Educação Física na rede federal: planejamento e conteúdos de ensino 2023-05-29T11:19:18-03:00 Alessandra Catarina Martins alessandracatarinamartins@gmail.com Raquel Krapp do Nascimento quelkrapp@gmail.com Amanda Coelho do Sacramento amandacsacrament@gmail.com Alexandra Folle alexandra.folle@udesc.br <p>No contexto escolar, o professor de Educação Física elabora, organiza e conduz sua prática pedagógica, considerando elementos como planejamentos, conteúdos, estratégias de ensino e de avaliação. O objetivo do estudo foi analisar a prática pedagógica de professores de Educação Física da rede federal de ensino, nomeadamente o planejamento realizado e os conteúdos utilizados. Participaram sete professores de Educação Física atuantes no ensino fundamental da rede federal de educação da cidade de Florianópolis (SC). A técnica de investigação qualitativa Entrevista, Transcrição, Categorização e Interpretação (ETCI) foi utilizada na coleta e análise das informações. Constatou-se que todos os professores realizam o planejamento de ensino (anual), organizando os conteúdos por trimestres, e, em sua maioria, o realizam de forma individual, não discutindo com colegas da área ou de outros componentes curriculares, sendo este documento entregue para a direção escolar no início do ano letivo. Verificou-se que o planejamento diário é concretizado, especialmente, com base no conteúdo selecionado para o trimestre e distribuído em um conjunto de dias letivos. Sendo o planejamento organizado trimestralmente, por conteúdos, os professores buscam ensinar conteúdos das seis unidades temáticas previstas na BNCC, independente de suas preferências ou da resistência dos estudantes. Conclui-se assim que os professores buscam planejar o ano letivo com base em uma diversidade de práticas corporais, sem a ênfase tradicionalmente, visualizada nas escolas brasileiras, relativa aos esportes hegemônicos, como futebol, voleibol, basquetebol e handebol.</p> 2024-03-25T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Educação https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/85158 Desmundos, a constituição do feminino na obra de Ana Miranda e no filme de Alain Fresnot 2023-12-01T13:30:12-03:00 Késia Mendes Barbosa Oliveira kesia.oliveira@ifg.edu.br Keyla Andrea Santiago Oliveira keylaandrea@uems.br <p>O artigo em questão, apresentado em um cineclube que permitia o diálogo entre literatura e cinema, desdobra-se em dois momentos. O primeiro analisa de perto a obra literária <em>Desmundo</em>, de Ana Miranda, destacando a constituição do feminino numa experiência do confinamento, o que permite uma reflexão acerca de um dos direitos mais básicos do ser humano, o direito de ir e vir. Mesmo nesse sentido, é possível vislumbrar que a personagem Oribela constitui seu humano-mulher ao mesmo tempo em que conhece o outro, o diferente, na figura do demiurgo Ximeno. Já o segundo momento traça um paralelo entre o livro e a obra cinematográfica, de mesmo nome, do diretor Alain Fresnot, desenhando um quadro mais obscuro para a constituição do feminino da personagem, que se vê, num primeiro momento, rebelde, mas aos poucos conforma-se à situação de prisioneira, alienada de sua liberdade social. Conclui-se que, na fatura das obras, tanto na literária quanto na cinematográfica,desnudam-se aspectos de uma discussão extremamente profícua e atual para os dias de hoje, que nos apresenta, nos pontos de encontro e desencontro, uma riqueza de olhares diante da constituição do feminino da personagem Oribela.</p> 2024-03-26T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Educação https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/74324 O brincar na formação do pedagogo: curriculo proclamado é curriculo praticado? 2023-06-12T14:58:01-03:00 Daniel Cardoso Alves dca.uemg@gmail.com Nilzilene Imaculada Lucindo nilzilene.lucindo@uemg.br Regina Rosa dos Santos Leal regina.leal@uemg.br <p>O objetivo geral deste artigo é evidenciar as prescrições curriculares de um curso cinquentenário de pedagogia em relação à formação brincante do pedagogo em diálogo com o conteúdo dos discursos de 21 formandos que participaram de um estudo realizado no ano de 2019 em uma universidade pública brasileira. O mencionado estudo se caracterizou pela predominância de uma abordagem qualitativa que adotou as pesquisas bibliográfica e documental como procedimentos metodológicos. A execução dos citados procedimentos trouxe à baila, a partir do entrelace entre a teoria, o conteúdo dos discursos obtidos e as análises empreendidas, a relação entre o brincar e a pedagogia no decorrer dos oito semestres do curso investigado. Os resultados alcançados permitiram discussões sobre o que o currículo da instituição investigada propunha acerca do brincar, baseando-se, para tanto, em o que pensam e dizem os formandos de pedagogia sobre o seu processo formativo. Esta investigação contribui para repensar e ampliar as concepções e presença do brincar na formação do pedagogo. &nbsp;</p> 2024-03-26T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Educação https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/73567 Cursinhos Populares enquanto ação afirmativa: potencialidades no acesso ao Ensino Superior 2023-05-18T14:09:30-03:00 Caroline Rocha Campagni c.campagni@unesp.br Débora Cristina Fonseca debora.fonseca@unesp.br <p>A história dos (des)caminhos da Educação Básica no Brasil acarretou exclusão da população pobre dos níveis mais elevados de ensino, e nesse cenário surgiram os Cursinhos Populares<a href="#_ftn1" name="_ftnref1"><sup>[1]</sup></a> como forma de ação afirmativa (AA), visando o acesso da população marginalizada à universidade. Neste artigo apresentamos parte dos resultados de um estudo de caso, e aqui objetivamos discutir se, e como um Cursinho Popular do interior de São Paulo (TRIU) contribui para o acesso de alunos ao Ensino Superior. Trata-se de uma pesquisa qualitativa de cunho interpretativo e crítico, e foi orientado a partir das concepções de Freire e Hooks. Os procedimentos adotados para a obtenção de dados foram: análise documental, aplicação de questionários e entrevista semiestruturada. Como ferramenta de análise foi utilizada a Análise de Conteúdo de Bardin (2004). Ao longo da pesquisa pudemos perceber que a pedagogia do afeto, a educação popular e o acolhimento praticados no TRIU são fundamentais para que exista um aprendizado efetivo dos conteúdos, e o consequente ingresso de seus estudantes nas Instituições de Ensino Superior (IES).</p> 2024-03-26T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Educação https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/73583 Educação no Brasil no século XVIII e início do século XIX: olhares em escala 2023-01-30T08:13:12-03:00 Thais Nivia de Lima e Fonseca thaisnlfonseca@gmail.com <p>O objetivo desse artigo é partir de uma visão geral dos principais processos educativos presentes no Brasil colonial para contrastá-los com dinâmicas específicas vivenciadas numa região singular, a capitania de Minas Gerais, indicando as principais tendências investigativas sobre o tema. Essa abordagem permite vislumbrar as ações das instituições dominantes no cenário colonial, isto é, o Estado português e a Igreja Católica, e o envolvimento de diferentes grupos sociais e indivíduos em atividades educativas, mesmo que distanciadas daquelas instituições. Tendo em vista o desvendamento dos mecanismos envolvidos nas diferentes formas de relação com a educação em seus diversos entendimentos sobre ela, desde que se instalaram as primeiras instituições educativas e se iniciaram processos escolares e não escolares no Brasil, utiliza-se a abordagem que considera as diferentes escalas de análise, transitando dos processos gerais para as dinâmicas particulares, numa perspectiva orientada pela micro-história e suas propostas metodológicas, a fim de realçar sua pertinência para uma compreensão mais refinada da história da educação brasileira em seus tempos iniciais.</p> 2024-03-26T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Educação https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/75198 A produção de artigos relacionados a jovens em conflito com a lei, educação escolar e projeto de vida: 2011-2021 2023-05-15T15:38:10-03:00 Juliana Maria Luccas Duarte Eigenheer julianamlduarte@hotmail.com Débora Cristina Fonseca debora.fonseca@unesp.br <p>Este artigo discute a produção acadêmica que aborda temas relacionados a jovens em conflito com a lei, educação escolar e projetos de vida, produzida no Brasil entre os anos de 2011 e 2021, publicados na plataforma <em>Scielo</em>. Este estudo, de cunho documental, teve o objetivo de examinar os avanços e lacunas nos estudos realizados sobre a relação entre socioeducação, projeto de vida e educação escolar. Os resultados indicam uma reduzida produção sobre o jovem em conflito com a lei e sua relação com a escola, bem como a construção de seu projeto de vida evidenciando que ainda são temas que ocupam pouco espaço na agenda acadêmica. A análise dos trabalhos converge para a conclusão de que os direitos preconizados pela legislação vigente não estão sendo efetivados pelos atores do Sistema de Garantia de Direitos, que não têm se mostrado eficazes para a inserção e permanência dos jovens na escola, como uma alternativa para o não envolvimento com o ato infracional e indicam que a construção de um projeto de vida não tem sido foco de estudos e intervenções com esses jovens, quando poderiam constituir-se como uma possibilidade de mudança nas perspectivas de futuro desses jovens.</p> 2024-04-02T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Educação https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/75401 Formação Pedagógica e Desenvolvimento Profissional Docente: uma experiência com professores do ensino superior, a partir da pesquisa sobre a própria prática 2024-04-10T22:58:49-03:00 Amanda Rezende Costa Xavier arezendexavier@hotmail.com Maria Isabel da Cunha cunhami@uol.com.br Carolina Del Roveri carolina.roveri@unifal-mg.edu.br Daniel Juliano Pamplona da Silva daniel.silva@unifal-mg.edu.br Giselle Patrícia Sancinetti giselle.sancinetti@unifal-mg.edu.br <p>Este artigo apresenta uma experiência de formação pedagógica docente orientada pela pesquisa da própria prática, um processo formativo-metodológico que se estabelece pelo trabalho com narrativas de construção/desconstrução das próprias experiências docentes, sob uma autoanálise reflexiva. Caracteriza-se como instrumento formativo que vem sendo utilizado por pesquisadores do campo da formação de professores em razão de sua importância para o desenvolvimento profissional docente. A partir de uma base teórica que integra estudiosos do campo pedagógico, especialmente relacionada à docência do ensino superior, e da contribuição qualitativa de depoimentos de professores participantes da formação, o artigo situa tal experiência de formação pedagógica como um processo formativo coletivo que busca fomentar a construção de um espaço de aprendizagem da docência, permanente e intencional. Esse processo formativo busca a transformação da prática pedagógica docente, de modo a impactar o ensino desenvolvido com os estudantes, a partir da possibilidade de (re)interpretação e (re)análise das decisões pedagógicas, além de valorizar a afirmação da profissionalidade docente. Essa afirmação é possível porque os depoimentos evidenciam que os professores vão constituindo sua profissionalidade ao longo do processo formativo, alicerçados na confiança que o espaço formativo lhes proporciona.</p> 2024-04-09T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Educação https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/83248 A questão dos estereótipos de beleza no livro didático de inglês: a importância das pautas feministas para o debate 2024-04-10T22:58:17-03:00 Silvio Ribeiro da Silva shivonda@gmail.com Paula Jeane Prado paulajeanep@gmail.com <p>Neste artigo, analisa-se a presença da Mulher no Livro Didático de Inglês (LDI) na coleção <em>Alive High</em>, Ensino Médio. Averígua-se se estereótipos estabelecidos socialmente estão presentes em uma coleção de livro didático de Inglês, observando se a coleção, ao longo da coletânea de textos e atividades, problematiza estereótipos de beleza. Para a realização do estudo, utilizou-se a abordagem quantitativo-qualitativo-interpretativista e a análise de conteúdo. Os resultados indicam que o índice de ocorrências de atividades que abrangem o objetivo estabelecido é muito pequeno, silenciando, dessa maneira, pautas feministas tão importantes para toda a sociedade, em especial as que dizem respeito a problematizar estereótipos de beleza. Com isso, nota-se que a coleção pouco contribui no que diz respeito a apresentar a Mulher como protagonista, emancipada, silenciando as diferenças políticas e sociais entre Mulheres e homens, assim como as lutas das Mulheres por direitos. Entende-se que a abordagem do LDI em relação ao objetivo central do estudo impede que, através dele, as(os) alunas(os) possam se beneficiar com discussões acerca da sociedade patriarcal vigente, considerando questões como machismo, violência contra a Mulher e desigualdade entre os sexos, além de refletir sobre suas experiências e vivências, de modo que a sociedade possa ser mais justa e menos machista.</p> 2024-04-09T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Educação https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/75213 Competências e habilidades necessárias para a formação de profissionais da engenharia aptos a atuarem de forma sustentável 2023-06-26T09:56:45-03:00 Adriano Ineia adri.ano.ineia@hotmail.com Rogério Corrêa Turchetti turchetti@redes.ufsm.com Ricardo Machado Ellensohn ricardoellensohn@unipampa.edu.br <p>A pesquisa em educação do desenvolvimento sustentável reconheceu o valor da temática e seus avanços, o que oferece uma oportunidade para pesquisar e repensar o quão apropriadas e bem-sucedidas as práticas educacionais podem ser. No entanto, apesar da importância, há uma escassez de estudos que examinem a integração das competências e habilidades necessárias para a formação de profissionais da engenharia aptos a atuarem de forma sustentável. Diante dessa necessidade de pesquisa percebida, a finalidade deste artigo é apresentar as principais competências e habilidades fundamentais para um exercício profissional respaldado pela responsabilidade social, ética e sustentável. Para isso, foi utilizada uma síntese de estudos qualitativos de pesquisas realizadas na área. Os resultados demonstram que as metodologias ativas são ótimas alternativas para compatibilizar as disciplinas ao contexto de sustentabilidade, sua epistemologia e visão pluricultural. Por fim, constatou-se que o acadêmico deve ser reflexivo sobre seus valores, pois deve atuar profissionalmente como um provedor de soluções sociais sob a ótica da responsabilidade socioambiental, equitatividade, resiliência e postura sustentável.</p> 2024-04-09T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Educação https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/74699 Cinema e educação: roteiros, cenas e takes em suas pesquisas 2023-04-05T15:11:20-03:00 Alcidesio Oliveira da Silva Junior ateneu7@gmail.com Marlécio Maknamara maknamaravilhas@gmail.com <p>O diálogo entre o cinema e a educação não carrega um sentido isolado, único, mas está em constante disputa, operando por meio de diversas tendências teóricas que afinam as silhuetas deste encontro. Por meio de uma revisão de literatura entre os anos de 2014 e 2021 no Catálogo de Teses &amp; Dissertações da Capes e em anais de eventos, este artigo objetiva compreender de que forma as relações entre o cinema e a educação têm sido desenhadas entre pesquisadores/as brasileiros/as destes campos. Os resultados apontam para três abordagens mais frequentes nos estudos: o cinema como e para formação docente; o cinema como recurso didático; e o cinema como experiência estética.&nbsp; As pesquisas traçam linhas que levam a pensar que uma experiência com os filmes pode ser bem mais que uma fruição, entretenimento ou lazer, mas um desfazimento de formas instituídas e naturalizadas que impedem o fôlego de uma existência mais fecunda.</p> 2024-04-09T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Educação https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/83241 A burocracia da Nova Gestão Pública: o mundo paralelo da prestação de contas 2024-04-10T22:58:33-03:00 Géssica Priscila Ramos gessicaramos@ufscar.br Regilson Maciel Borges regilson.borges@ufla.br Maria Cristina da Silveira Galan Fernandes cristinagfer@ufscar.br José Carlos Rothen josecarlos@rothen.pro.br Ana Paula Silveira a_silveirapaula@yahoo.com.br <p>O objetivo do artigo é analisar a relação entre a Nova Gestão Pública e a burocracia no Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni), tendo como referência a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). A metodologia empregada na pesquisa foi a análise documental e entrevistas semiestruturadas a nove agentes que atuaram no período de implementação do Reuni na Universidade no período de 2007 a 2012. A categoria central de análise foi a performatividade, sendo subdividida em quatro subcategorias: processos reguladores; controle a distância; processos de avaliação; e prestação de contas. Os resultados mostram que as ações tomadas pela UFSCar visando o aumento de sua performatividade, para alcançar os indicadores, internos e externos, à política, tiveram como consequência a intensificação do processo de prestação de contas pela Universidade, reforçando a antiga rigidez e o controle provenientes do modelo burocrático pela criação de um mundo paralelo de prestação de contas frente aos resultados de performatividade exigidos do setor.</p> 2024-04-09T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Educação https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/83688 As Políticas Afirmativas e a formação de pesquisadores: da Iniciação Científica à Pós-Graduação 2023-10-16T09:02:50-03:00 Luciana Rodrigues Lessa lurodlessa@hotmail.com Tamiris Pereira Rizzo tami.rizzo16@gmail.com Alexandre Brasil Carvalho da Fonseca abrasil@ufrj.br <p>As barreiras do silenciamento e da invisibilidade impostas à produção científica em espaços periféricos se reproduzem na falta de representatividade de uma grande parte da população na Ciência. Pessoas de regiões periféricas, negros, quilombolas e indígenas permanecem ausentes ou invisibilizados no corpo de pesquisadores. Considerando a Iniciação Científica espaço inicial da formação de pesquisadores, esse trabalho buscou analisar as contribuições das Políticas Afirmativas, a partir do PIBIC-AF na formação inicial de pesquisadores e suas possíveis repercussões até a Pós-Graduação. Os dados dos egressos do PIBIC-AF, extraídos por meio da ferramenta ScriptLattes, dão respostas à constante hesitação quanto ao desempenho de estudantes cotistas. Observou-se uma paridade estatística entre o PIBIC e o PIBIC-AF no que se refere à conclusão da Pós-Graduação stricto sensu. Os resultados comprovam a potencialidade do PIBIC-AF, mas o detalhamento dos dados ao nível de Doutorado aponta para uma longa caminhada rumo à equidade, e encontram como obstáculos a tardança das ações afirmativas na Pós-Graduação e o parco número de bolsas destinadas ao programa.</p> 2024-04-12T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Educação https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/83664 As objetivações do Mercado na Educação Física do Novo Ensino Médio 2023-08-21T16:24:37-03:00 Fabricio Ramos fkramos1407@gmail.com Giovanni Frizzo gfrizzo2@gmail.com <p>Neste trabalho, procuramos investigar os impactos da mais recente Reforma Curricular na educação brasileira, promovidos pela Lei 13.415/17 e pela nova Base Nacional Comum Curricular (BNCC), para o componente curricular Educação Física. Para tanto, analisamos os documentos oficiais (leis, decretos e Medidas Provisórias), bem como a literatura já produzida sobre a matéria, disponibilizadas em artigos, revistas e livros. Observamos que as diversas reformas educacionais promovidas pelos órgãos oficiais são resultado de pressões externas, que procuram adaptar constantemente a educação pública às necessidades dos processos de reestruturação capitalista, representados, neste caso, pelas leis de mercado. Observamos também que as mudanças impostas pela mais nova reforma educacional estão em perfeita sintonia com a reestruturação produtiva vigente, colocando um papel secundário para a Educação Física brasileira, pois essa perde o protagonismo na formação objetivada pelo capital. Entendemos também que, nas mediações para legitimação do capital, a Educação assume um papel central nesse processo, sendo necessário o estabelecimento de novos objetivos e de novas finalidades para os processos de formação humana.</p> 2024-04-16T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Educação https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/84431 O aprendizado da matemática e o uso e reflexões de materiais manipuláveis em uma atividade de ensino 2023-11-23T14:55:51-03:00 Fernanda Aparecida Caetano fernan-dynha@hotmail.com Carlos Toscano ctos12@gmail.com <p>O presente artigo é parte de um episódio que compõe os dados de uma dissertação de mestrado intitulada “O aprendizado da matemática no ensino fundamental: um estudo com uma turma do 2º ano”, defendida em 2014 na UEL – Universidade Estadual de Londrina e focaliza o desenvolvimento de uma atividade de ensino de matemática em uma turma do 2º ano do Ensino Fundamental em uma escola pública do interior do estado de São Paulo, onde tivemos por objetivo compreender o aprendizado da matemática na apropriação dos conceitos pretendidos em uma atividade proposta, levando em conta o uso e reflexões de materiais manipuláveis como apoio na atividade. Para o trabalho nos ancoramos nos pressupostos teóricos da psicologia histórico-cultural e seus colaboradores. Como aporte metodológico da pesquisa tomamos como referência a abordagem microgenética, que tem como característica o exame orientado para o funcionamento dos sujeitos focais, as relações intersubjetivas e as condições sociais da situação, resultando num relato minucioso dos acontecimentos. Para coleta de dados fizemos se uso de observações, videogravações e um diário de campo, para posterior transcrição dos dados. Os dados foram analisados à luz da abordagem enunciativa discursiva proposta por Volochínov. Como resultado destacamos que a presença do material manipulável não produz, por si só, o aprendizado dos alunos. Faz-se necessário uma problematização do papel deste material no processo de ensino, do seu uso intencional e colaborativo de modo que esteja articulado à atividade mental pretendida que promova avanços na apropriação de conceitos matemáticos dos alunos.</p> 2024-05-13T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Educação https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/85039 Infâncias e juventudes algoritmizadas no contexto da pandemia de coronavírus 2024-03-31T22:15:30-03:00 Tassio Acosta tassiogde@gmail.com Silvio Gallo gallo@unicamp.br <p>Este artigo busca analisar as infâncias e juventudes na contemporaneidade a partir da noção de governamentalidade democrática e do que aqui chamamos de <em>infâncias e juventudes algoritmizadas </em>– estas, a princípio, identificadas na Constituição Federal de 1988 e, posteriormente, enclausuradas em suas casas ao longo do período pandêmico. Parte-se das análises de Michel Foucault sobre governo das populações como efeito e maquinaria do biopoder capaz de produzir comportamentos e subjetividades. Considerando isso, analisa-se como as legislações brasileiras consolidaram a noção de infância e juventude como “etapa em desenvolvimento da cidadania recém-conquistada” desde a Constituição Federal de 1988. Problematiza-se a subjetivação produzida durante a pandemia do novo coronavírus, com seus consequentes distanciamentos sociais e a necessidade de promovera educação e a socialização em tela, além dos possíveis desdobramentos causados pela situação. Esta análise derivadas provocações vivenciadas durante o período pandêmico e de como as infâncias e juventudes, apartadas dos relacionamentos interpessoais presenciais, se desdobraram em infâncias e juventudes outras. Assim, conclui-se que as infâncias e juventudes alfabetizadas, escolarizadas e socializadas em tela são <em>infâncias e juventudes algoritmizadas</em>.</p> 2024-05-13T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Educação https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/84578 O Ensino por Competências e as Metodologias Ativas: implicações na Prática Pedagógica Docente 2023-09-25T13:24:13-03:00 Deise Becker Kirsch deisekirsch@gmail.com Braian Veloso braian.veloso@ufla.br Daniel Mill mill@ufscar.br <p>Este escrito tem como objetivo relacionar as concepções presentes no ensino por competências e nas metodologias ativas, considerando a utilização das Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação (TDIC) como recurso didático-pedagógico, e verificar as implicações na prática pedagógica docente. O artigo foi elaborado a partir de uma pesquisa bibliográfica, de cunho exploratório-descritiva, por meio da análise da literatura no âmbito educacional. O estudo demonstrou que o ensino por competências emerge como uma abordagem importante frente ao que se espera da formação realizada nas escolas, da necessidade da maior funcionalidade dos conteúdos ensinados, possibilitando a aprendizagem por meio de mobilização de conhecimentos, habilidades e atitudes diante de situações e contextos diversos. As metodologias ativas, por sua vez, renascem, apoiadas nas ideias escolanovistas de outrora, repercutindo em aprendizagens ativas e significativas, visto a motivação advinda dos recursos tecnológicos digitais, por meio da ação do estudante diante de situações-problema pedagogicamente elaboradas. O docente assume, assim, o papel relevante de condutor dos processos de ensino e de aprendizagem, transformando a sala de aula em um ambiente dinâmico e interativo, a fim de proporcionar aprendizagens com sentido e significado e promovendo o desenvolvimento de competências.</p> 2024-05-13T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Educação https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/84657 Educação Infantil do/no Campo: um olhar sobre os posicionamentos e discussões do Movimento Interfóruns da Educação Infantil do Brasil 2023-11-16T10:50:30-03:00 Fernanda Cerqueira Candido da Silva fernandacerqueiracs@gmail.com Emilia Peixoto Vieira emilcarl28@hotmail.com <p>Este artigo tem como objetivo evidenciar os debates e posicionamentos dos pesquisadores associados ao Movimento Interfóruns de Educação Infantil do Brasil (Mieib) sobre a Educação Infantil do Campo, no período de 2008 a 2019, por meio do mapeamento de produções disponíveis no site oficial do movimento. O interesse pelo movimento se justifica por ser uma importante organização autônoma, em defesa da Educação Infantil em suas diversas dimensões. Além disso, a temática surgiu também da importância de dar visibilidade às crianças e infâncias do campo, questão que tem se destacado nos últimos anos, especialmente depois da garantia do direito à educação pela Constituição Federal de 1988 e Lei de Diretrizes e Bases de 1996. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica, fundamentada em uma análise crítica e dialética e com uso de entrevistas. Além disso, apoia-se nas reflexões e estudos de Antonio Gramsci sobre a sociedade civil. Como resultado, identificou-se que o site agrega debates relacionados à Educação do Campo, aos movimentos sociais e a outras questões; mas ainda são poucos os estudos e pesquisa referentes à Educação Infantil do/no Campo e, quando aparecem, encontram-se imersos em pautas gerais da Educação Infantil. Sendo assim, ainda é tímido o debate sobre a Educação Infantil do Campo, apesar do Mieib apresentar um posicionamento comprometido com as crianças e as infâncias residentes em diversos contextos.</p> 2024-05-14T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Educação https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/84464 Ciclos político-econômicos: a eficiência dos gastos públicos na Universidade de Brasília no período 1995-2020 2023-10-23T13:45:27-03:00 Alan Macedo alanmacedo@unb.br Eduardo Tadeu Vieira eduardot@unb.br Tiago Mota dos Santos tiagomds@unb.br <p>As questões educacionais podem ser analisadas sobre três grandes aspectos: 1) o acesso; 2) a adequada gestão e 3) a qualidade dos serviços ofertados. Este trabalho restringiu-se a avaliar, sob a ótica da gestão, quais os ciclos políticos apresentaram a maior eficiência dos gastos na Universidade de Brasília entre os anos de 1995 a 2020. Durante esse período o Brasil foi governando com ideologias partidárias bastante distintas, principalmente no que tange a forma de financiamento na educação de nível superior. O método utilizado para avaliar a eficiência foi a Análise Envoltória de Dados (DEA), uma técnica de programação linear que estima uma fronteira de produção com dados reais gerando uma fronteira não paramétrica. O modelo da DEA foi com retorno variável de escala (<em>VRS</em>) orientado para <em>output,</em> de modo a avaliar o quanto poderia ser produzido a partir dos insumos. Para variáveis de <em>inputs</em> foram utilizadas as despesas liquidadas (gastos), o número de docente e o número de técnicos administrativos, já para os <em>outputs</em> foram considerados: o número de vagas preenchidas e o número de formados. O estudo demostrou que a eficiência plena foi alcançada em dois momentos: o período de 1995-1998 e o período de 2003-2010. É importante notar que as maiores eficiências são alcançadas justamente em governos que possuem divergências importantes com o trato dos gastos na área de educação, entretanto, é possível afirmar que os índices são alcançados atendendo as premissas ideológicas-partidárias.</p> 2024-05-15T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Educação https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/84865 As relações étnico-raciais e as práticas pedagógicas na creche: percepções docentes 2023-10-24T01:20:41-03:00 Aline Aparecida Souza de Carvalho Veiga alinec540@gmail.com Marta Regina Paulo da Silva martarps@uol.com.br <p>O artigo compartilha os resultados de uma pesquisa de mestrado que teve por objetivo compreender como a temática das relações étnico-raciais é trabalhada no cotidiano da creche no município de Santo André/SP. Trata-se de uma pesquisa exploratória, com abordagem qualitativa, cujos procedimentos metodológicos foram: a investigação documental e a realização de grupos focais. A análise dos dados pautou-se no método de análise de conteúdo. O referencial teórico dialogou com os estudos sociais da infância e das relações étnico-raciais. Os resultados revelaram que as creches desse município desenvolvem ações pontuais em relação à temática das relações étnico-raciais, seja na oferta de formações em serviço, seja no planejamento realizado pelos(as) docentes, de modo a não envolver todas e todos na construção de uma educação antirracista, o que tem por consequência a manutenção do preconceito racial e da discriminação. Ademais, observam-se relatos de uma prática pedagógica marcada por dúvidas acerca de como incluir a temática das relações étnico-raciais no cotidiano da creche e, por conseguinte, de como atender às crianças negras, assegurando-lhes a construção de uma identidade positiva. As assistentes pedagógicas e as docentes evidenciam a carência de formações acerca das relações étnico-raciais que partam da Secretária de Educação do Município, bem como a falta de materiais que auxiliem neste processo. Conclui-se pela urgência de investimentos em ações formativas mais sistemáticas que tenham como princípio orientador o diálogo intercultural.</p> 2024-05-20T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Educação https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/84748 Diálogo e experiência formativa na perspectiva da hermenêutica filosófica 2024-05-30T08:58:02-03:00 Claudio Damião Braun cdbbraun@gmail.com Eldon Henrique Muhl eldon@upf.br <p>Este artigo visa refletir sobre a efetividade pedagógica de uma práxis hermenêutica, tomando como referência a Hermenêutica Filosófica do filósofo alemão Hans-Georg Gadamer, no enfrentamento ao problema do enfraquecimento da ação dialógica na educação atual. A crescente incapacidade para o diálogo está levando a sociedade contemporânea a uma espécie de monólogo ou a um diálogo disfarçado que não cumpre as exigências do diálogo vivo, contribuindo para a desconstrução das interações humanas, dos valores sociais e do empobrecimento da experiência formativa dos indivíduos. Influenciada fortemente por uma tendência que privilegia a ação técnico-instrumental em detrimento da racionalidade dialógica, a educação atual tem interferido negativamente na formação das relações humanas, gerando o aumento da incapacidade para o desenvolvimento do “diálogo vivo” e da compreensão entre os indivíduos. Em confronto com essa tendência instrumentalizadora da racionalidade, contrapomos e defendemos a efetividade pedagógica de uma práxis hermenêutica que toma como princípio orientador o diálogo enquanto experiência formativa. A conclusão aponta que uma formação integral do ser humano exige, além do desenvolvimento da formação técnica, a formação para o diálogo e um exercício hermenêutico constante na educação.</p> 2024-05-29T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Educação https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/67402 A educação na perspectiva da formação omnilateral e emancipatória: compreensão dos professores das Escolas Estaduais de Educação Profissional do Ceará 2024-04-25T14:18:19-03:00 Brena Kesia Ribeiro Alves brenakesia2012@hotmail.com Elenilce Gomes de Oliveira elenilce.beatriz@gmail.com Natal Lânia Roque Fernandes laninharoque@gmail.com Lélia Cristina Silveira de Moraes lelia.silveira@ufma.br <p>A perspectiva da formação integral, em sua acepção omnilateral, permeia os principais documentos referenciais para a ação pedagógica das Escolas Estaduais de Educação Profissional (EEEP) do Ceará, criadas em 2008. Essas escolas ofertam Ensino Médio integrado à Educação Profissional em tempo integral, com o intento de desenvolver, no Estado, conforme consta em seus documentos, novo conceito de educação. A estruturação do corpo docente das EEEPs ocorre mediante processo seletivo, cujas etapas desoneram os candidatos do domínio elementar tanto da acepção omnilateral quanto da formação integral. Atentando-se a essa conjuntura, a seguinte questão norteia o estudo em tela: os professores das EEEPs compreendem o que é educação integral omnilateral e emancipatória? Buscando responder a questão posta, o estudo objetivou investigar a compreensão dos educadores que atuam nessas escolas sobre a educação na perspectiva da formação omnilateral e emancipatória. A pesquisa envolveu, especificamente, os docentes que atuam nas EEEPs da segunda Coordenadoria Regional de Desenvolvimento da Educação (CREDE 02). Foi utilizado como base metodológica o materialismo histórico-dialético, cotejando o movimento do real em contínua mudança permeada de contradições e relações entre as particularidades e singularidades constituindo a totalidade. As respostas aos questionamentos levantados apontam para a necessidade de abordagens que explicitem a perspectiva da educação omnilateral, que envolvam planejamento de práticas interdisciplinares e possibilidades de efetivação da integração entre conhecimentos gerais e específicos, além de conhecimentos referentes à Educação Profissional em termos de fundamentos e legislação.</p> 2024-06-03T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Educação (UFSM) https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/71276 Os sem sentimento: associação para o tráfico da culpa e a reincidência 2024-04-04T19:51:54-03:00 Gustavo Rebelo Coelho de Oliveira coelhoguga@gmail.com Pierre de Souza Monteiro pierrecom12@gmail.com <p>Em nosso dispositivo de escuta numa unidade socioeducativa de internação, encontramos uma pista disparadora da proposta teórica que aqui apresentamos. A expressão “tropa do fuzil sem sentimento”, escrita sobre uma mesa, mobiliza este trabalho. Em sua estrutura linguística, em sua presença na cultura funk, assim como na fala dos meninos, partimos dela para uma interpretação psicanalítica, a partir dos conceitos de projeção, identificação, negação, medo social e culpa em Freud, assim como de verdade em Lacan. Articulados ainda à ideia de necropolítica em Mbembe e da corporeidade como a origem do medo no racismo contra o negro em Fanon, sugerimos que é perseguindo o manejo inconsciente da culpa que podemos revelar a estrutura de nosso sistema social. Um sistema, que nossa interpretação conclui operar, sob o manto protetor da santificação do prefixo “sócio”, aqui entendido como a marca do recalque, para a reincidência, instituindo tratamentos para a repetição do sintoma.</p> 2024-06-26T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Educação https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/83742 Tensionando os jogos da escola: um relato sobre os processos de desesportivização da Educação Física 2023-08-21T16:26:29-03:00 Cibele Kern Biehl biehlcibele@gmail.com Daniel Giordani Vasques daniel.vasques@ufrgs.br <p>Este estudo tratou das intencionalidades pedagógicas para as transformações de sentido e de currículo da Educação Física na escola, analisadas especificamente nos jogos esportivos da escola. Assim, a partir de um relato de experiência produzido no ‘chão da escola’, são descritas a proposta, seus tensionamentos e suas ressonâncias. Foram problematizadas a esportivização da escola e as incorporações de sentidos e comportamentos decorrentes desse processo. De forma mais específica, a naturalização das violências, a separação e hierarquia dos papéis de gênero, e a supervalorização da ‘vitória a qualquer custo’ foram elementos que geraram certo desconforto docente, e sobre os quais os docentes decidiram atuar. Foram construídos uma direção e um sentido para as transformações intencionadas na Educação Física escolar. Um modelo mais amadurecido dos jogos passa necessariamente por insistências e por recuos, mas foi possível entender que ele deve ser produzido na participação coletiva, democrática e mais horizontalizada entre corpo docente e discente.</p> 2024-06-26T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Educação https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/71514 Gramsci, cultura, folclore e educação 2023-02-24T15:13:05-03:00 Marcos Francisco Martins marcosfranciscomartins@gmail.com Debora Bergamini deborabergamini.cultura@gmail.com <p>Este artigo apresenta os resultados de uma pesquisa cujo problema foi saber se o destaque que Gramsci conferiu à cultura o afastou do materialismo histórico-dialético. Metodologicamente, empregou-se a pesquisa bibliográfica, pela qual foram analisados textos de Gramsci da juventude e da maturidade carcerária, e de comentaristas. Na primeira parte, diz-se que Gramsci formulou o conceito de cultura a partir da síntese entre dois paradigmas rivais a ele contemporâneos: o francês e o alemão, construindo o conceito de cultura nacional-popular. Na segunda, demonstra-se que a dimensão cultural da vida social é dialeticamente articulada à educação, à política e à estrutura econômica. Na última parte, é afirmado que Gramsci superou a clássica distinção entre cultura erudita e popular, e deu nova interpretação ao folclore. Na conclusão está que Gramsci colaborou para atualizar o marxismo ao século XX, pois sustentou as formulações que produziu na categoria de totalidade e interpretou a cultura como uma das dimensões da disputa pela hegemonia, politizando-a e articulando-a à educação.</p> 2024-07-02T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Educação https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/85629 O furacão da sexualidade loquaz: discursos sobre controle e poder 2024-05-29T10:30:16-03:00 Jarles Lopes de Medeiros jarles.lopes@uece.br <p>Este artigo apresenta uma discussão acerca do tema sexualidade e gênero, tendo como premissa a vigilância e o controle acerca dos corpos e das identidades, apresentando um panorama histórico e social envolto do tema. Tem como objetivo discutir questões sociais e históricas envolta do assunto, que repercutem diretamente na educação, por isso, torna-se relevante para a contribuição dos temas relacionados à formação docente. Como procedimento metodológico, foi utilizada a pesquisa bibliográfica, que se articula a dados já publicados por outros autores, tais como livros e artigos. Sob a perspectiva transdisciplinar, a pesquisa, de caráter qualitativo, insere-se no contexto dos estudos históricos culturais, sobretudo a abordagem foucaultiana. Tendo a história como um fio condutor, os estudos históricos culturais nos permitem compreender assuntos que transbordam os limites da razão, destacando diferenças e particularidades, distanciando-se de homogeneizações, sem hierarquizações culturais. Os resultados contribuem para a compreensão acerca das problemáticas que perpassam os temas gênero e sexualidade, englobando não só a escola, mas o contexto social mais amplo.</p> 2024-07-09T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Educação https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/71979 Iniciação e inserção à docência no Brasil: uma metassíntese conceitual 2024-07-12T08:59:13-03:00 Marisol Vieira Melo marisol.melo@uffs.edu.br Renata Prenstteter Gama rpgama@ufscar.br Eliane Matesco Cristovão limatesco@unifei.edu.br <p>Este estudo objetiva identificar e compreender o uso dos termos <em>iniciação</em> e <em>inserção</em> à docência em artigos científicos brasileiros, visando uma discussão conceitual de aspectos que emergiram nos momentos de formação inicial e de atuação em início de carreira. Para isso, realizou-se uma metassíntese a partir do levantamento de artigos científicos que utilizam os termos <em>iniciação</em> e/ou <em>inserção</em>, associados à formação de professores, no portal de periódicos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). A metassíntese foi composta pelas etapas de sínteses interpretativas dos artigos e de síntese integrativa dos conceitos. Percebeu-se a vinculação de ambos os conceitos, iniciação e inserção, para descrever processos e programas com características específicas. Os resultados indicaram uma convergência no uso do termo <em>iniciação </em>ao promover, ainda na formação inicial, a <em>imersão </em>dos futuros professores <em>na prática docente</em> e no uso do termo <em>inserção</em> em processos formativos que ocorrem no início de carreira, ao proporcionar ao professor iniciante a <em>imersão profissional na carreira docente</em>. Entretanto, vale destacar que muitos artigos ainda utilizam esses termos, <em>iniciação </em>e <em>inserção</em>, de forma indiscriminada, todavia, com este estudo, espera-se contribuir para uma elucidação na área.</p> 2024-07-11T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Educação https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/72116 Sala de Aula Invertida para Cálculo I: Uma análise desta metodologia sob a perspectiva dos Estilos de Aprendizagem e da recomendação personalizada de objetos de aprendizagem 2023-12-05T14:48:38-03:00 Rodiney Oliveira de Jesus rodiney.oliveira@ufvjm.edu.br Alessandro Vivas Andrade alessandrovivas@ufvjm.edu.br Luciana Pereira de Assis lpassis@ufvjm.edu.br Fabiano Azevedo Dorça fabianodor@ufu.br Cristiano Grijó Pitangui pitangui.cristiano@ufsj.edu.br <p>O ensino de Cálculo Diferencial e Integral I enfrenta desafios, com pesquisas sugerindo que as dificuldades dos alunos podem estar também associadas aos Estilos de Aprendizagem (EA), bem como ao método tradicional de ensino. Diante desse cenário, tem surgido várias abordagens inovadoras, como a Sala de Aula Invertida (SAI), que visa motivar os alunos e envolvê-los ativamente na construção do conhecimento. Contudo, há poucas pesquisas que abordam a relação dos perfis de aprendizagem e a SAI. Sendo assim, a problemática central deste estudo indaga sobre as capacidades e restrições da SAI aplicada ao Cálculo I, considerando EA e recomendação personalizada de Objetos de Aprendizagem (OA). O objetivo geral é analisar as potencialidades e limitações da metodologia SAI para o Cálculo I, sob a perspectiva dos EA e da recomendação personalizada de OA. Os principais autores referenciais deste estudo são Felder e Silverman (1988), cujas contribuições são fundamentais para a compreensão dos EA. O estudo incluiu a aplicação de questionários aos alunos de Cálculo I para coletar dados sobre seus EA e preferências de aprendizagem. A partir dos perfis identificados, OA foram personalizados e recomendados por meio de um Sistema de Recomendação (SR). A análise focou em verificar se os diferentes perfis de aprendizagem dos participantes poderiam ser eficazmente atendidos pela SAI. Os resultados apontam que a SAI tem potencial motivador e instrucional, especialmente considerando os estilos de aprendizagem predominantes. No entanto, limitações, como a dificuldade em encontrar OA variados e a possibilidade de alguns estilos serem menos favorecidos, são destacadas.</p> 2024-07-11T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Educação https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/72118 Da educação colonial ao ensino superior em África: o caso da Guiné-Bissau 2024-01-18T10:16:12-03:00 Luca Bussotti labronicus@gmail.com Arnaldo Sucuma arnaldoarsu@gmail.com <p>Este artigo verte sobre o surgimento do ensino superior no continente africano, tendo como caso de estudo a Guiné-Bissau. Partindo de uma introdução histórico-teórica, o texto analisa o projeto de educação colonial e o processo de construção da educação superior na Guiné-Bissau desde os primeiros anos de independência. Porém, o projeto nacionalista que acompanhava a concepção da educação, inclusive de tipo superior, desenvolvido ao longo da luta de libertação não se concretizou na fase socialista da Guiné-Bissau; assim, a sua implementação, entre incertezas e atrasos, foi feita em época neoliberal, o que favoreceu o escasso compromisso do Estado para com o desenvolvimento das universidades públicas, deixando que o privado tomasse conta, em larga medida, deste importante segmento da formação nacional. Em termos metodológicos, a pesquisa foi qualitativa, em que a coleta de dados foi feita mediante análise documental, bibliográfica e entrevistas semiestruturadas. A pesquisa demonstrou que o processo de formação do ensino superior na Guiné-Bissau foi decisivo para determinar a situação atual, em que o acesso à universidade continua sendo baseado, em larga medida, nas capacidades financeiras e não no mérito dos estudantes, com evidentes desequilíbrios territoriais entre Bissau e o resto do país.</p> 2024-07-12T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Educação