Formas de conhecer em Educação Especial: mal-estar, discurso médico e vida ordinária na escola
DOI:
https://doi.org/10.5902/1984686X30118Palavras-chave:
Educação especial, Formação de Professores, Conhecimento.Resumo
Este artigo busca questionar a pertinência e a premência do discurso médico em relação ao trabalho em sala de aula, propondo a discussão de seus efeitos e aventando uma alternativa epistêmica e discursiva fundamentada em uma experiência de formação em nível de extensão universitária. Como ponto de partida, o reconhecimento de um mal-estar evidenciado pelas queixas de angústia, desamparo e despreparo ante as demandas por ação pedagógica segundo uma epistemologia naturalista e reducionista. Escapar ao reducionismo do pensamento naturalista, do qual participa o ideal médico, pode passar por outra forma de construir conhecimento em educação e pelo fortalecimento da figura do professor, reafirmando seu protagonismo em assuntos pedagógicos e tomando o espaço educacional como manifesto na complexidade da vida e da linguagem ordinárias, incluindo suas manifestações ilógicas. São diferentes posições enunciativas que imprimem percursos escolares também diversos, cifrando destinos distintos para o conhecimento produzido em educação especial, bem como para alunos, escolas e professores.
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