https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/issue/feedRevista Educação Especial2024-12-13T11:39:58-03:00Clenio Perlin Bernirevistaeducacaoespecial@ufsm.brOpen Journal Systems<p style="text-align: justify;"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;">A Revista </span></span><strong><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;">Educação Especial</span></span></strong><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"> tem como finalidade veicular apenas artigos inéditos na área da Educação Especial, provenientes de pesquisas e práticas articuladas no campo. </span><span style="vertical-align: inherit;">A Revista está organizada em sessões </span></span><strong><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;">de Dossiê</span></span></strong><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;">, </span></span><strong><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;">Publicação Contínua</span></span></strong><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;">, sendo que os primeiros textos de publicação contínua, volume único anual, atendem à demanda de fluxo contínuo e estão organizados na forma de Dossiê Temático. </span><span style="vertical-align: inherit;">A revista tem </span></span><strong><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;">o português (Brasil)</span></span></strong><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"> como idioma principal, mas os textos também podem ser escritos em </span></span><strong><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;">inglês</span></span></strong><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;">, </span></span><strong><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;">espanhol</span></span></strong><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"> e </span></span><strong><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;">francês</span></span></strong><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;">.</span></span></p> <p style="text-align: justify;"><strong><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;">eISSN 1984-686X | </span><span style="vertical-align: inherit;">Qualis/CAPES (2017-2020) = A2</span></span></strong></p>https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/90235Apresentação: contextos de transversalidade da educação especial no Ensino Superior com foco na inclusão escolar2024-12-13T11:39:58-03:00Clarissa Haashaascla@gmail.comEdson Pantaleão Alvesedpantaleao@hotmail.com<p>Texto de Apresentação do Dossiê intitulado CONTEXTOS DE TRANSVERSALIDADE DA EDUCAÇÃO ESPECIAL NO ENSINO SUPERIOR COM FOCO NA INCLUSÃO ESCOLAR, organizado por Clarissa Haas (UFRGS) e Edson Pantaleão Alves (UFES).</p>2024-12-20T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Revista Educação Especialhttps://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/88600Configurações da Educação Especial e do atendimento educacional especializado no Ensino Superior: micropolíticas institucionais nas cinco regiões brasileiras2024-08-13T16:53:36-03:00Clarissa Haashaascla@gmail.comGilvane Belem Correiagilvanebc@gmail.com<p>Este artigo aborda a configuração do Atendimento Educacional Especializado (AEE) no ensino superior. Investigamos as tendências e os desafios referentes à sua organização vinculados aos núcleos de acessibilidade nas instituições de ensino superior (IES), nas cinco regiões do país, analisando o perfil dos profissionais de referência e as ações institucionais desenvolvidas. É um estudo qualitativo de cunho exploratório e envolve uma revisão de literatura, entre 2016 e 2023, no Portal de periódicos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Ensino Superior (CAPES). Também, analisamos as orientações institucionais sobre o Atendimento Educacional Especializado das IES públicas do Rio Grande do Sul (RS). Constatamos que esse atendimento no ensino superior caracteriza-se como uma multiplicidade de micropolíticas, cujos desenhos organizacionais são traçados a partir da esfera administrativa da IES. Destacamos o planejamento de ações de ensino, pesquisa e extensão para subsidiar os processos inclusivos e os movimentos processuais institucionais de autocrítica, buscando prover ações de permanência dos estudantes com deficiência. Como desafios, salientamos: a predominância de equipes multiprofissionais nos núcleos de acessibilidade, prevalecendo profissionais de cargos técnicos e da área da saúde em detrimento da identidade pedagógica do Atendimento Educacional Especializado; as iniciativas isoladas, de caráter temporário, para agregar docentes especializados em Educação Especial nas equipes dos núcleos; o atendimento individualizado realizado prioritariamente por monitores acadêmicos, comprometendo a profissionalização do serviço.</p>2024-12-05T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Revista Educação Especialhttps://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/88602Desvendando Abordagens Educacionais no Ensino Superior: análise sob a Ótica do Desenho Universal para a Aprendizagem (DUA)2024-09-04T13:12:38-03:00Jacqueline Lidiane de Souza Praisjacqueline_lidiane@hotmail.comSamantha Ferreira da Costa Moreirasamantha.ferreira@unifimes.edu.brEladio Sebastián-Herederoeladio.sebastian@gmail.com<p>Este artigo apresenta uma análise de abordagens educacionais empregadas no contexto do Ensino Superior, sob a ótica do Desenho Universal para a Aprendizagem (DUA). O método adotado consiste em um estudo comparado, envolvendo a participação de seis docentes da região Norte e vinte da região Centro-Oeste, todos atuantes em cursos de graduação em Pedagogia e Medicina, respectivamente. Para coleta de dados, foram examinados os Projetos Pedagógicos desses cursos e Planos de Ensino dos professores, bem como, questionários junto aos docentes efetivos interpretados por meio de análise de conteúdo. Os resultados obtidos e as discussões travadas revelam que, embora os docentes não tenham conhecimento explícito sobre o DUA, eles demonstraram desenvolver planejamentos flexíveis, priorizando, de maneira empírica, a diversificação de recursos didáticos e métodos avaliativos variados. Ademais, observa-se uma crescente preocupação entre os professores em adaptar suas aulas para contemplar a diversidade de estudantes, em utilizar ferramentas digitais para a divulgação e compartilhamento de materiais de apoio, tornando-os acessíveis aos alunos.</p>2024-12-05T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Revista Educação Especialhttps://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/89161Docencia universitaria para personas con discapacidad y autismo: ¿qué apoyos y ajustes se promueven en Chile?2024-11-21T16:38:26-03:00Georgina Garcia Escalagegarcia@userena.clArlett Krause Arriagadaarlett.krause@ufrontera.clAlejandra Andrea Carrera Gallardoacarrera@userena.cl<p>A inclusão educacional e social de pessoas com deficiência e autismo é um dos grandes desafios que o ensino superior enfrenta para avançar na construção de sociedades mais inclusivas. No Chile, diversas modificações foram feitas nas políticas públicas e na educação para garantir os direitos das pessoas com deficiência e autismo. Além disso, foram incorporadas adequações para garantir a acessibilidade universal na Prova de Acesso ao Ensino Superior (PAES). Ademais, as universidades trabalham colaborativamente em redes para trocar estratégias de apoio ou ajustes que permitam eliminar ou minimizar barreiras à aprendizagem e aumentar a participação social deste grupo de estudantes. Este texto descreve as estratégias de avaliação e ensino recomendadas por professores de educação diferencial ou especial em três universidades estaduais chilenas para garantir aos alunos com deficiência e autismo o direito ao ensino superior inclusivo e de qualidade, sua aplicabilidade, eficácia e desafios.</p>2024-12-10T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Revista Educação Especialhttps://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/88655Ativismo e agência da pessoa com deficiência na Educação Superior2024-09-02T08:24:34-03:00Rosiane Oliveira Amorimrosianneamorim@gmail.comNeiza de Lourdes Frederico Fumesneizaf@yahoo.com<p>Este estudo buscou desenvolver e analisar práticas colaborativas com a intencionalidade de expandir a agência de universitários com deficiência de uma universidade pública brasileira. A agência (<em>agency</em>) é entendida como ação individual-coletiva que faz a diferença e contribui para a vida em comunidade. A base teórico-metodológica é a Psicologia Sócio-Histórica e o Posicionamento Ativista Transformador, que tem no seu âmago o compromisso ético-político com a justiça social. Além disso, a pesquisa orienta-se pela abordagem colaborativa, ao trabalhar “com”, e não “sobre” os participantes, sendo, portanto, um estudo comprometido com a realidade e as demandas sociais. Participaram da pesquisa dez universitários de diferentes idades, deficiências, gêneros, etnias e cursos de graduação. Os dados foram organizados em quatro eixos temáticos que indicaram estruturas capacitistas, opressoras e excludentes no ambiente acadêmico; mobilização coletiva em prol de melhorias na instituição em tela; diferentes práticas colaborativas que possibilitaram posicionamento crítico e ativista dos participantes, entre outros aspectos. Concluímos que a agência da pessoa com deficiência tende a ser cooptada no ambiente acadêmico, considerando a extensa presença de práticas capacitistas. Enquanto, as atividades colaborativas desenvolvidas possibilitaram a criação de uma rede de apoio, união entre pares e expansão de agência, evidenciando uma alternativa para o enfrentamento das estruturas capacitistas e excludentes do ambiente acadêmico.</p>2024-12-05T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Revista Educação Especialhttps://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/88700Pessoas com deficiência: da Educação de Jovens e Adultos para o Ensino Superior2024-08-21T20:43:17-03:00Rafaela Carla e Silva Soaresrafaelacarlasoares@gmail.comLeôncio José Gomes Soaresleonciogsoares@gmail.comTaísa Grasiela Gomes Liduenha Gonçalvestaisaliduenha@gmail.com<p>A história evidencia que os estudantes da Educação de Jovens e Adultos e da Educação Especial carregam em suas trajetórias estigmas sociais. Ao longo do tempo, e por meio das lutas de movimentos sociais, pessoas com deficiência frequentaram a educação escolar básica e chegaram ao Ensino Superior, outro espaço de direito. Analisar esse fenômeno torna-se relevante para a elaboração de políticas públicas de acesso e permanência, de recursos pedagógicos acessíveis, bem como, para pensar uma formação de professores atenta às especificidades desse público. Por meio de um estudo bibliográfico objetivou-se compreender o que as pesquisas, desenvolvidas entre os anos 2000 e 2022, revelaram sobre os estudantes com deficiência egressos da Educação de Jovens e Adultos que acessaram o Ensino Superior. A partir do levantamento realizado nos principais repositórios de pesquisas educacionais brasileiras, localizou-se 78 pesquisas entre teses, dissertações e artigos. Os resultados apontaram limites para a efetivação de uma educação inclusiva no contexto da Educação de Jovens e Adultos e do Ensino Superior, principalmente, relacionada à acessibilidade física e curricular. Destacou-se a necessidade de uma formação adequada para que professores estejam melhor preparados para atender as especificidades desse público e reafirmou-se a importância de políticas públicas de acesso e permanência para que essas pessoas consigam ingressar num curso de graduação e lá consigam permanecer até se formarem.</p>2024-12-05T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Revista Educação Especialhttps://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/88635Vivências de alunos autistas no Ensino Superior: acesso, permanência e inclusão2024-08-16T10:32:29-03:00Giovanna Santos da Silvagiovannasantosfga@gmail.comRosana Carla do Nascimento Givigirosanagivigi@gmail.comErica Daiane Ferreira Camargoericadfc@gmail.com<p>Este artigo se propõe a analisar as vivências de alunos autistas em uma instituição de Ensino Superior. Metodologicamente, trata-se de uma pesquisa-ação colaborativo-crítica, realizada com um grupo de 15 alunos autistas da graduação e pós-graduação da Universidade Federal de Sergipe. Foram realizados 13 encontros coletivos presenciais, com a discussão de diversas temáticas relacionadas ao contexto da inclusão no ensino superior, como o acesso à universidade, modos de ensino e aprendizagem, fatores sociais, dentre outras. Portanto, os dados analisados foram os relatórios descritivo-analíticos dos encontros, a partir da análise do conteúdo e da perspectiva histórico-cultural. Observou-se que o processo burocrático e comprobatório para a matrícula, a falta de suporte inicial para o reconhecimento da dinâmica da universidade e, especialmente, a dificuldade de compreensão da comunidade acadêmica quanto ao espectro autista, são fatores que contribuem para a manutenção de barreiras educacionais e sociais para essas pessoas no Ensino Superior.</p>2024-12-05T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Revista Educação Especialhttps://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/88589Experiences of students diagnosed with autism at a Brazilian university2024-08-12T21:28:50-03:00Adriana da Costa Barbosaacbifes@gmail.comReginaldo Célio Sobrinhoreginaldo.celio@ufes.brKen Feroken.fero@coventry.ac.uk<p>Nos últimos anos, houve um aumento tímido de matrículas de estudantes autistas no ensino superior, cuja estrutura é desafiadora para essas pessoas que possuem maneiras diversas de lidar com mudanças, de comunicar e de interagir. Este estudo investigou os desafios enfrentados por 19 estudantes autistas em uma universidade brasileira objetivando conhecer os ajustes razoáveis que contribuam para o seu sucesso no ensino superior. A coleta de dados ocorreu por meio de entrevistas semiestruturadas. A análise dos dados assumiu os pressupostos teórico-metodológicos de Norbert Elias como referência. Os resultados apontam que a maioria dos estudantes foram diagnosticados na fase adulta, o que gera sentimentos conflitantes de aceitação e de identificação com a condição de ser estudante com autismo. O conhecimento da condição de autista traz implicações nos seus modos de participar na vida universitária, impelindo a busca por suportes que melhorem as relações com docentes e colegas de classe. Vivenciam o sentimento de alívio e de auto aceitação de sua condição, ao mesmo tempo em que ressentem receio de ser estigmatizado como pessoa incapaz. Por conta dos estigmas, estereótipos e preconceitos sobre o autismo, esses estudantes se mostraram relutantes em revelar o seu diagnóstico, embora esse fosse o pré-requisito para acessar os apoios e suportes necessários na estrutura e modo de organização do ensino superior. Os estudantes anseiam por mais debates e informações sobre o autismo, principalmente na voz de pessoas autistas. Os estudantes fizeram algumas sugestões e críticas em relação aos apoios recebidos. Evidenciamos, finalmente, a necessidade de pesquisas focadas nas mulheres com autismo.</p>2024-12-05T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Revista Educação Especialhttps://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/89090Sofrimento Psíquico e Educação: pistas sobre patologização e resistências em trajetórias de estudantes universitárias2024-09-23T00:04:13-03:00Ana Carolina Christofariacarolchristofari@gmail.comRogério Machado Rosarogeriorosa.ufsc@gmail.comEllen Amaral Chavesellen.amaralchaves@gmail.com<p>Este artigo objetivou visibilizar narrativas de histórias de vida de estudantes em sofrimento psíquico no Ensino Superior. Por meio de entrevistas semiestruturadas, foram analisados os lugares sujeito e de assujeitamento que duas estudantes de licenciatura têm ocupado nos seus respectivos percursos formativos. Além de compreender como a universidade tem construído dispositivos pedagógicos na relação com pessoas em sofrimento psíquico; também foi possível conhecer as estratégias de resistência criadas pelas estudantes a esses dispositivos. Por ser uma questão que ocupa um lugar marginalizado na sociedade, problematizar o sofrimento psíquico na educação é decisivo para se produzir visibilidade às múltiplas formas de aprender, sentir, se manifestar e construir relação com o mundo dos sujeitos frequentem o Ensino Superior. A produção de respostas ético-políticas e pedagógicas sistemáticas que assegurem o direito à saúde mental, à singularidade e à aprendizagem dessa população depende, fundamentalmente, da integração entre as políticas educacionais e de assistência integral.</p>2024-12-10T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Revista Educação Especialhttps://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/88632Trabalho docente no ensino superior: dialética da transversalidade entre deficiência, raça e gênero2024-09-02T19:38:23-03:00Silvia Márcia Ferreira Melettimeletti@uel.brVinicius Neves de Cabralviniciusncabral@outlook.comJucenir da Silva Serafimjucenir@uel.br<p>A partir das bases epistemológicas do materialismo histórico, o artigo objetiva analisar o trabalho docente de pessoas com deficiência no ensino superior brasileiro. Especificamente, busca compreender a dialética da transversalidade entre deficiência, raça e gênero e seu impacto na atuação profissional no ensino superior. Para tanto, toma como unidade de análise os microdados da Relação Anual de Informações Sociais de 2022. Os dados foram processados a partir das linguagens computacionais Python e R. com as variáveis relacionadas às categorias tipo de deficiência, gênero, raça/cor, faixa de remuneração salário mínimo e grau de instrução. Os resultados apontam o impacto da deficiência na inserção no mundo do trabalho formal, inclusive em funções que carregam vantagens salariais, culturais e sociais. A análise a partir da dialética da transversalidade evidencia que as desigualdades detectadas na docência no ensino superior não podem ser reduzidas a uma única dimensão, ao contrário, a intersecção de raça, gênero e deficiência cria um sistema complexo de opressão e de múltiplas formas de discriminação.</p>2024-12-06T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Revista Educação Especialhttps://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/88571Formação inicial de professores e inclusão escolar no Brasil e em Portugal2024-08-11T17:11:17-03:00Lucas de Souza Leitelucas.souzaleite@outlook.comEdson Pantaleão Alvesedpantaleao@hotmail.comDenise Meyrelles de Jesusjesusdenise@hotmail.com<p>O artigo objetiva discutir questões relacionadas à formação inicial de professores, tendo como referência a inclusão de estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação na escola comum. De natureza qualitativa, a pesquisa se configura como estudo da literatura brasileira e portuguesa, buscando compreender tendências e tensionamentos nos processos de formação nesses países. Com recorte temporal de 2013 a 2023, os dados foram produzidos a partir das seguintes bases: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações (BDTD), Google Acadêmico, Portal de Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP), Google Acadêmico e European Reference Index for the Humanities and Social Science (ERIHPLUS). Análise de conteúdo de Bardin e os pressupostos da Teoria Sociológica Figuracional, de Norbert Elias, fundamentaram a análise dos dados, que destacam potências e tensões na construção do conhecimento no processo formação e, a importância de compreender as figurações estabelecidas na sala de aula no contexto da formação inicial.</p>2024-12-06T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Revista Educação Especialhttps://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/88788Universidade pública e políticas de formação docente em educação inclusiva em Moçambique2024-11-11T08:50:40-03:00Delfina Benjamim Massangaie da Silvadelfi.silva@gmail.comQuitéria Martins Mabassoqmabasso@gmail.com<p>Desde a década de 1990, o paradigma da educação inclusiva vem influenciando as políticas públicas e os sistemas educacionais em Moçambique, todavia, persiste uma carência de ofertas institucionais públicas de formação docente nessa temática. Em 2021, a Faculdade de Educação da Universidade Eduardo Mondlane implementou o curso de Mestrado em Educação Inclusiva, uma iniciativa pioneira na capital Maputo, buscando oportunizar essa formação para profissionais da educação e áreas afins. Este estudo qualitativo baseia-se em estudos documentais e tem como objectivo refletir sobre o processo de formação de profissionais em educação inclusiva a partir da trajetória institucional do referido mestrado. Analisa-se o perfil dos acadêmicos e dos egressos do curso, bem como, os resultados de pesquisas realizadas no programa. Conclui-se que o baixo índice de conclusão do curso aponta um quadro de dificuldades sociais dos mestrandos deste curso e a necessidade de políticas sociais de incentivo e apoio à formação continuada docente em Moçambique. O programa ao atender a demanda de formação de professores da educação básica coloca-se como uma referência nas políticas de formação docente em seu território.</p>2024-12-06T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Revista Educação Especialhttps://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/88797Formación de profesionales para la enseñanza e interpretación de Lengua de Señas Mexicana y lectoescritura del español para personas sordas2024-09-17T08:36:46-03:00Alma de los Ángeles Cruz Juárezacruz@uv.mxCelia Cristina Contreras Asturiascelcontreras@uv.mx<p>O compromisso das Instituições de Ensino Superior (IES) situa-se em torno das suas políticas educativas e da formação de profissionais para responder às necessidades educativas das pessoas surdas. O ensino e a interpretação da Língua Mexicana de Sinais (LSM) e do espanhol como segunda língua representam os elementos fundamentais para o seu desenvolvimento cognitivo, linguístico e comunicativo. Assim, este artigo tem como objetivo apresentar reflexões sobre o processo de inclusão de estudantes surdos na educação superior mexicana, tendo como ponto de partida das análises a implementação de um programa educativo em uma universidade mexicana. Intitulado de “Formação de profissionais para o ensino e interpretação de Língua de Sinais Mexicana e alfabetização em espanhol para pessoas surdas”, o programa tem como objetivo formar profissionais com perspectiva multidisciplinar que compreendam a situação social, cultural e política das pessoas surdas para incluí-las socialmente. Trata-se de uma proposta pedagógica bilíngue em que os profissionais geram e constroem respostas, em conjunto com as pessoas surdas, de acordo com as suas necessidades e contextos. O programa educativo é ofertado por uma equipe multidisciplinar, complementada por linguistas, intérpretes de LSM e surdos. Os resultados apontam para a importância de alcançar um modelo educacional para surdos baseado primeiro no ensino e interpretação da LSM como primeira língua e base linguística para aprender a ler e escrever espanhol. Destaca-se também a relevância de contribuir, através de um modelo bilíngue, para a educação inclusiva, em que as IES emergem enquanto lócus privilegiado para essa abordagem.</p>2024-12-06T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Revista Educação Especialhttps://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/67743Política de Educação Especial: comparando Espírito Santo (Brasil) e Connecticut (Estados Unidos)2024-01-23T09:28:26-03:00Flávio Lopes dos Santosflaviolopesgv@gmail.comAdriana da Costa BarbosaacbIfes@gmail.comJúnio Hora Conceiçãojhora1988@gmail.comEdson Pantaleãoedpantaleao@hotmail.com<p class="LO-normal">O presente artigo tem como objetivo analisar a materialização das políticas de Educação Especial, no tocante ao acesso de estudantes público-alvo, no estado do Espírito Santo (Brasil) e em Connecticut (Estados Unidos). A análise teve como marco temporal o ano letivo de 2018 no Brasil e 2018-2019 nos Estados Unidos. A perspectiva teórico-metodológica adotada é de estudo comparado internacional. O caminho metodológico inicia na comparação das políticas de Educação Especial dos dois países; em seguida, traz a apresentação dos dados de matrícula do público-alvo da Educação Especial; e por fim há uma discussão acerca dos dados, delineando similaridades e diferenças das realidades estudadas. Por meio deste estudo, concluiu-se que a concepção de estudante público-alvo da Educação Especial e suas tipologias se diferem nos dois países e isso reflete no quantitativo de matrículas na educação básica da modalidade. Outra diferença apontada está relacionada com a etnia/raça predominante na Educação Especial sendo a branca e hispânica nos Estados Unidos e a preta e parda no Brasil. Apesar de ser responsabilidade do Estado a oferta da Educação Especial nos dois países, a constituição do espaço escolar se difere na forma de atendimento e serviços direcionados a esse público.</p>2024-01-04T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Revista Educação Especial (UFSM)https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/84906Explorando a dinâmica familiar de crianças com Transtorno do Espectro do Autismo: uma análise dos eventos cotidianos e experiências maternas2024-08-23T16:12:07-03:00Amanda Pereira Risso Saadamanda.saad@ufms.brPaulo Roberto Haidamus de Oliveira Bastosphaidamus43@gmail.com<p>Este artigo se propôs a investigar de maneira minuciosa a dinâmica familiar, com foco especial na análise dos acontecimentos centrais que permeiam a rotina diária de crianças diagnosticadas com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) nos períodos matutino, vespertino e noturno. Para atingir esse objetivo, foi empregada uma abordagem qualitativa de natureza descritiva, utilizando dados primários em um delineamento transversal, sendo categorizada como um estudo de caso, no qual mães de crianças com até dez anos, atendidas em um Centro de Atenção Psicossocial em Campo Grande, Mato Grosso do Sul, foram entrevistadas no ano de 2021. Os resultados, analisados por meio da Análise de Conteúdo Temática, revelaram as complexas situações enfrentadas pelas mães que desempenham o papel de cuidadoras de crianças com TEA. As narrativas das entrevistas destacaram rotinas intensas, que envolviam terapias, questões alimentares e os desafios inerentes ao TEA. É importante ressaltar a notável falta de suporte proveniente das políticas públicas, agravada pelas dificuldades exacerbadas pela pandemia. A necessidade de assistência multidisciplinar, especialmente no âmbito psicológico, emergiu como um imperativo, enquanto a resiliência das mães em adaptar estratégias para enfrentar as adversidades foi reconhecida. As considerações finais destacam a crucial importância de um apoio multidisciplinar e redes de apoio robustas. O estudo enfatiza a urgência de uma abordagem compassiva e holística, alicerçada em políticas públicas eficazes e serviços acessíveis, visando promover o bem-estar das famílias no contexto desafiador do TEA.</p>2024-01-16T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Revista Educação Especialhttps://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/84012Recurso tecnológico multissensorial para construção de gráficos por alunos cegos2024-08-23T16:11:54-03:00Vagner Santos da Cruzvagnercruz@ibc.gov.brPatrícia Ignácia da Rosapatriciarosa@ibc.gov.br<p>No ensino de Ciências, por uma escolha social, é comum o uso de gráficos através de representações visuais. O ensino de gráficos para pessoas cegas, é geralmente realizado com modelos de gráficos prontos texturizados, que são previamente elaborados pelo professor, permitindo ao aluno apenas a interpretação dos dados ali expressos. Contudo, a autonomia do aluno no processo de construção de gráficos ainda é pouco incentivada, por causa da escassez de ferramentas acessíveis ou pelo seu alto custo. Considerando esta necessidade, foi desenvolvido um protótipo multissensorial para construção de gráficos por alunos com deficiência visual, que além do sentido do tato, também explora a audição. Neste trabalho são apresentadas as etapas de idealização e elaboração desse recurso, e os testes realizados com um revisor cego, com o objetivo de identificar suas impressões quanto às possíveis contribuições na construção autônoma de gráficos por pessoas cegas. A metodologia utilizada para a concepção desta pesquisa foi a qualitativa, tendo como principal fonte as discussões sobre o conceito da multissensorialidade no ensino de pessoas com deficiência visual. Para analisar os dados obtidos foram utilizadas as ferramentas de análise de conteúdo. As análises iniciais demonstraram que o aprimoramento dessa ferramenta com o acréscimo do som pode ter ampliado e aperfeiçoado a habilidade da pessoa com deficiência visual em utilizar, compreender e construir gráficos, de forma independente. Espera-se que o produto educacional aqui desenvolvido possa ser mais uma ferramenta efetiva no processo de ensino de pessoas com deficiência visual.</p>2024-02-26T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Revista Educação Especialhttps://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/83702Engajamento de crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) em atividades de produção de histórias2024-08-23T16:12:00-03:00Emely Kelly Silva Santos Oliveiraemelyk.oliveia@outlook.comJáima Pinheiro de Oliveirajaima.ufmg@gmail.com<p>O objetivo deste estudo foi analisar os comportamentos indicadores de engajamento emitidos por quatro crianças com diagnóstico de TEA, durante o uso do PRONARRAR, e identificar quais os suportes fornecidos pelo interlocutor e por esse programa, para ajudar a manter o engajamento das crianças nas atividades de produção das histórias contempladas por ele. Trata-se de um estudo de natureza descritiva, com intervenções mínimas sobre os comportamentos emitidos pelas crianças no momento da produção de histórias. Participaram, desta pesquisa, quatro crianças com diagnóstico de TEA, níveis de suporte II e III, todas com nove anos de idade, sendo três do sexo masculino e uma do sexo feminino. Duas sessões individuais de aproximadamente 25 minutos foram conduzidas, utilizando-se apoios verbais, gestuais e estratégias similares às de Leitura Dialógica (LD). As sessões foram filmadas e a análise delas conduzida com um protocolo para registro de Comportamentos de Engajamento em Atividades do PRONARRAR (CEAP). Os principais indicadores de engajamento obtidos foram: atenção sustentada, emissões correspondentes às imagens observadas e inferências. Os principais suportes do programa identificados foram: design atrativo das imagens e permanência delas no campo visual das crianças durante toda a atividade. Os apoios verbais, gestuais e físicos do interlocutor também foram importantes. Sugere-se a continuidade de estudos que contemplem a construção e o desenvolvimento de histórias, com foco para as inferências, considerando que investigações nessa direção podem ser promissoras para o desempenho escolar de crianças com TEA.</p>2024-02-26T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Revista Educação Especialhttps://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/83996Avaliando ações para o ensino mais eficaz de Matemática a estudantes com paralisia cerebral2024-08-23T16:11:57-03:00Dilson Ferreira Ribeirodilsondfr@gmail.com<p>Este é o recorte de uma tese de doutorado que categorizou ações as quais permitem um ensino de Matemática mais eficaz para pessoas com paralisia cerebral (PC). O objetivo deste texto é apresentar a avaliação, feita por professores de Matemática, de algumas ações encontradas durante o desenvolvimento da referida tese a qual contou com a contribuição de 11 estudantes com PC e 13 professores de Matemática que tiveram estudantes com essa especificidade. Essas ações, sugeridas pelos participantes durante a pesquisa, foram posteriormente avaliadas por 58 professores de Matemática de diferentes regiões brasileiras por meio da aplicação de um formulário eletrônico para que, dessa forma, conseguisse obter maior alcance. A avaliação ocorreu por meio da atribuição de um ranking de um até cinco, adotando como referencial a Escala Likert a qual permitiu classificar as ações de muito irrelevante até muito relevante. Para analisar a escala atribuída em cada ação, utilizou-se a Análise Textual Discursiva. Nessa análise foi possível constatar que as ações as quais valorizam as habilidades dos estudantes, bem como propostas de ensino que priorizam o estímulo à aprendizagem foram, na sua maioria, classificadas como muito relevantes, levando a entender que um ensino eficaz está associado a ambientes que promovam o engajamento e o crescimento social e acadêmico dos estudantes. Complementar a essa ideia está o fato de que as ações que permitem um ensino mais eficaz da Matemática não beneficiam apenas estudantes com PC, mas todos os estudantes inclusos em turmas de Educação Básica.</p>2024-02-26T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Revista Educação Especialhttps://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/84786Contexto da escolarização de alunos com deficiência na região ribeirinha amazônica2024-08-23T16:11:48-03:00Denise Macedo Ziliottodmziliotto@gmail.comFernanda Cristina Melo Pereiracrispereiramelo@gmail.com<p><span style="font-family: 'Arial','sans-serif';">A investigação analisou o contexto da escolarização de alunos com deficiência na região ribeirinha amazônica, na etapa do ensino fundamental, buscando identificar os alunos público-alvo da educação especial no ensino municipal público, os apoios oferecidos e os desafios relativos à observância da política nacional de inclusão. O método é quanti/qualitativo, descritivo, configurando-se como pesquisa documental, adotando a hermenêutica como perspectiva analítica. A coleta de dados, através de informações oriundas da Secretaria de Educação e do Sistema Integrado de Gestão Educacional do Amazonas, contemplou, documentos referentes às matrículas discentes e docentes, projeto político pedagógico, planejamentos e relatórios das atividades educacionais. Os resultados indicam que os alunos com deficiência são atendidos em escolas regulares e na APAE, evidenciando desigualdade de recursos e apoios recebidos. O número restrito de profissionais que atuam no Atendimento Educacional Especializado e na equipe pedagógica sinaliza dificuldades no acompanhamento de professores e repercute nas possibilidades de aprendizagem dos alunos. Assinala-se que as dimensões culturais e territoriais presentes na região ribeirinha amazônica precisam ser consideradas pela política educacional da rede de ensino, na direção da garantia de uma escola para todos.</span></p>2024-03-19T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Revista Educação Especialhttps://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/83806Jogos Digitais no Atendimento Educacional Especializado: um estudo com estudante que possui Transtorno do Espectro Autista2024-08-23T16:11:36-03:00Adriana Prado Santana Santosadripsico2@gmail.comAdriana Gomes Alvesadriana.alves@univali.brJoao Coelho Netojoaocoelho@uenp.edu.br<p>Os jogos digitais na educação inclusiva podem auxiliar nos contextos educacionais, principalmente para estudantes com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA), no atendimento educacional especializado. A partir desse contexto, o objetivo desse trabalho foi elaborar conceitos por meio de jogos digitais por estudante com TEA no Atendimento Educacional Especializado. A pesquisa foi caracterizada como colaborativa, centrada na Teoria Sócio-histórica. A pesquisa de campo foi realizada por meio de intervenções com o jogo digital Dr. Baguncinha, com participante que possui autismo dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental em atendimento em sala especializada. Os resultados da pesquisa foram fundamentados na resposta do sujeito participante frente à metodologia aplicada durante as atividades, com a utilização do jogo digital em questão. As práticas desenvolvidas durante as intervenções propiciaram ao estudante novas formas de aprender e internalizar conceitos, mediado por jogo e pelas educadoras, assim colaborando com o processo de ensino e aprendizagem em diferentes contextos educacionais.</p>2024-04-19T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Revista Educação Especialhttps://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/74657A formação de professores sob a perspectiva de licenciandos e docentes: a Educação Especial em pauta2024-08-23T16:11:26-03:00Lucas de Souza Leitelucas.souzaleite@outlook.comEdson Pantaleão Alvesedpantaleao@hotmail.com<p>O artigo coloca em foco a formação inicial de professores, no âmbito dos cursos de graduação, analisando a construção de saberes relativos à Educação Especial. Considerando o período da licenciatura enquanto momento de profissionalização docente e o crescente número de matrículas de estudantes público-alvo da Educação Especial (PAEE) no ensino comum, este artigo tem como objetivo analisar a perspectiva de estudantes de licenciatura e de professores formadores acerca do processo formativo na graduação, considerando a construção de conhecimentos relativos à Educação Especial, ligada à oferta curricular. De natureza qualitativa, a pesquisa é delineada enquanto um estudo de caso, analisando o campo da formação de professores da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) – <em>campus</em> Goiabeiras – colocando em evidência seus 17 cursos de licenciatura por meio de questionários (n=93) e entrevistas (n=3). Para análise dos dados, as reflexões são pautadas na análise de conteúdo, nos pressupostos da Teoria Sociológica Figuracional de Norbert Elias e na literatura que versa sobre formação de professores e Educação Especial. Os resultados são apresentados a partir de dois eixos, 1) As disciplinas e a mobilização de conhecimentos sobre Educação Especial e 2) A oferta formativa e a construção da concepção de Educação Especial. Os dados e análises evidenciam que as disciplinas realizadas nos cursos têm grande importância para mobilização desses conhecimentos, que os licenciandos indicam a necessidade de conteúdos mais práticos na formação e que os docentes, por outro lado, apontam para uma formação ampla, referenciada social e filosoficamente.</p>2024-06-19T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Revista Educação Especialhttps://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/74315Práticas pedagógicas inclusivas no ensino regular em colaboração com a educação especial2024-08-23T16:11:30-03:00Isnary Silvaisnary@gmail.comBetania Jacob Stange Lopesbetania.stange@ucb.org.brSilvia Quadrossilvia.sicrist@gmail.com<p>O presente estudo teve como objetivo analisar as práticas pedagógicas desenvolvidas pelos professores do ensino regular em colaboração com os professores da educação especial, práticas essas consideradas inclusivas e que contribuem para a qualidade no processo de aprendizagem do aluno público-alvo da educação especial. A pesquisa está embasada na abordagem qualitativa com pesquisa bibliográfica e documental, além da aplicação de questionários a professores dos anos iniciais e a professores de educação especial por meio do <em>Google Forms. </em>O corpus documental foi constituído de documentos internacionais, nacionais e municipais. A metodologia de análise foi fundamentada na análise comparativa por meio de triangulação das informações sistematizadas com os diferentes instrumentos utilizados. Como resultado pôde-se verificar que os elementos de uma prática pedagógica inclusiva se fazem presentes nos documentos mundiais, nas políticas federais e nas políticas municipais. No entanto, constatou-se que há um caminho a ser percorrido para que as práticas pedagógicas inclusivas se efetivem na atuação docente, visto ser necessário transpor os conhecimentos teóricos encontrados nas normativas para as práticas pedagógicas inclusivas que garantem a participação e o aprendizado do aluno público-alvo da educação especial.</p>2024-06-19T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Revista Educação Especialhttps://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/86850Aplicação da gramática visual para a análise composicional de Janelas de Libras: designers-artesãos e suas soluções visuais2024-08-23T16:11:20-03:00Luiz Alexandre da Silva Rosadoalexandre.rosado@gmail.comElen Pereira Gomeselen.gomes@ifsp.edu.br<p>Junto às legendas em língua portuguesa, as Janelas de Libras são elementos requisitados pela comunidade surda, visando atender requisitos de acessibilidade linguística ao que é expresso majoritariamente de maneira oral nos veículos de comunicação. Observando as soluções visuais para as Janelas e os guias e manuais elaborados para orientar essas produções, percebemos desvios da normatização que salientam categorias capazes de trazer significações sensíveis para a comunicação do público surdo através da visualidade. Desta forma, o objetivo desse artigo é, através de um conjunto de vídeos selecionados de repositórios digitais, apresentar um conjunto de elementos visuais básicos observados nesses artefatos, assim como suas relações e variações obtidas a partir da análise da composição e princípios de gramática visual. Apresentamos os principais destaques de cada categoria, com foco nas soluções visuais atípicas definidas pelos designers e editores de vídeo, resultantes do jogo de negociações entre parâmetros preestabelecidos (legislação, guias e manuais de referência) e necessidades de mercado.</p>2024-06-19T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Revista Educação Especialhttps://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/85079Índice de potencial esportivo: uma abordagem científica para detecção de talentos na escola2024-08-23T16:11:24-03:00Francisco Zacaron Werneckfrancisco.zacaron@ufjf.brLuciano Mirandalujumm@yahoo.com.brEmerson Filipino Coelhoemerson.filipino@ufjf.brJorge Roberto Perrout de Limajorge.perrout@ufjf.br<p>O talento esportivo é uma manifestação de altas habilidades e deve ser identificado para ser promovido. O objetivo deste estudo foi criar um índice de avaliação do potencial esportivo de escolares. 1064 estudantes de ambos os sexos de 13 a 17 anos de um colégio militar realizaram uma bateria de testes multidimensional. Os professores avaliaram os seus alunos quanto aos aspectos intangíveis e a expectativa de sucesso esportivo no futuro. O Índice de Potencial Esportivo foi composto pelo somatório dos valores percentis dos seguintes indicadores: força, velocidade, resistência aeróbica, competência percebida, aspectos intangíveis e potencial avaliado pelo professor, com variação de 0 a 100. 11,2% dos meninos (n=70) e 9,4% das meninas (n=40) foram identificados como talentos esportivos (Índice>75). A consistência interna do índice (r>0,70) e a estabilidade do diagnóstico 12 e 24 meses após a primeira avaliação (ICC>0,75) foram elevadas. Os escolares selecionados para os Jogos da Amizade (validade de construto) e aqueles que conquistaram medalhas (validade de critério) apresentaram maior Índice de Potencial Esportivo quando comparados aos não selecionados e não medalhistas. Diante dos resultados, concluiu-se que o Índice de Potencial Esportivo é válido e fidedigno para a estimativa do potencial esportivo de escolares de 13 a 17 anos de ambos os sexos, constituindo uma ferramenta científica inovadora, útil e de fácil aplicação na prática para a identificação de talentos esportivos na escola.</p>2024-06-19T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Revista Educação Especialhttps://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/71581Violência Sexual e deficiência: a vulnerabilidade de jovens com deficiência intelectual às situações de violência sexual2024-08-23T16:11:18-03:00Marlon Jose Gavlik Mendesmgmgavlik@hotmail.comFátima Elisabeth Denarifadenari@terra.com.br<p>A violência sexual direcionada às pessoas com deficiência tem demandado de ações epidemiológicase educativas. Trabalhar este tema envolve atender vítimas, desenvolver ações protetivas e preventivas e abordar a temática no cotidiano da educação especial. O objetivo geral desta pesquisa foi identificar a vulnerabilidade de jovens com deficiência intelectual às situações de violência sexual. Como procedimento de coleta de dados foi aplicado o inventário comportamental “What If – Situations Test” com nove jovens diagnosticadas/os com deficiência intelectual. Os dados foram analisados quanti-qualitativamente a partir da estatística descritiva. Os resultados mostraram que a maioria dos jovens, sete dos nove, não possuem conhecimentos claros sobre violência sexual, possuem dificuldades em diferenciar situações que não apresentam risco de violência das que apresentam e em agir defensivamente frente a estas situações. O repertorio comportamental dos jovens é permeado por dinâmicas de gênero, enquanto jovens do gênero masculino são mais assertivos, as do gênero feminino demonstram mais facilidade em comunicação e pedir ajuda de pessoas adultas. São necessários programas educativos voltados à prevenção da violência sexual que busquem desconstruir dinâmicas rígidas de gênero e ensinar comportamentos protetivos, contribuindo para o combate e para a prevenção da violência.</p>2024-06-28T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Revista Educação Especialhttps://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/86814Estratégias de estudo e de aprendizagem com tecnologias por universitários cegos2024-08-23T16:11:15-03:00Margareth Olegáriomargaretholegario@gmail.comRosalia Maria Duarterosalia@puc-rio.brMirna Juliana Santos Fonsecamirnajuliana@gmail.comKelly Maiakelly05maia@gmail.com<p>O artigo apresenta resultados de uma pesquisa qualitativa que teve como objetivo identificar e analisar os usos que estudantes universitários cegos fazem de tecnologias digitais e da tecnologia assistiva em suas atividades de estudo e na elaboração de suas estratégias para aprendizagem. A partir de um questionário enviado para núcleos de acessibilidade de 6 universidades do Rio de Janeiro e região metropolitana, chegou-se a 14 estudantes que se disponibilizaram a participar da pesquisa por meio de entrevista semiestruturada. A entrevista buscou compreender o acesso e o percurso de estudantes cegos no ensino superior, com foco nas estratégias de aprendizagem adotadas por eles para minimizar barreiras atitudinais, técnicas e pedagógicas que dificultam seus processos de aprendizagem. Como resultado, destaca-se a fundamental relevância das tecnologias assistiva e digitais na aquisição dos conteúdos curriculares por estudantes cegos, impactando a permanência no curso, o desempenho acadêmico e sua trajetória no ensino superior. A análise descreve como as técnicas e práticas desenvolvidas pelos participantes da pesquisa para os estudos estão ligadas ao uso dessas tecnologias e a grande relevância da aprendizagem por pares e da tutoria no acesso a materiais de estudo e, principalmente, na realização de tarefas acadêmicas. Constata-se que as estratégias de aprendizagem desses estudantes são potencializadas pelo letramento digital.</p>2024-07-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Revista Educação Especialhttps://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/86785Educação Especial e Inclusiva em Angola: um contexto local subalterno a uma agenda global2024-08-23T16:11:10-03:00António Antónioantoniotonny1988@hotmail.comGeovana Mendonça Lunardi Mendesgeovana.mendes@udesc.br<p>O presente artigo objetiva analisar os fundamentos políticos-filosóficos globais que, por meio das organizações multilaterais, influenciam na concepção e elaboração da Política Nacional de Educação Especial Orientada para a Inclusão Escolar em Angola. A pesquisa foi realizada com base em uma abordagem qualitativa, a partir do método da Abordagem do Ciclo de Políticas (ACP) e da Teoria de Atuação Política (TAP) de Ball, Maguire e Braun (2016). Para a sua realização, foram analisados diferentes documentos e ações internacionais da Organização das Nações Unidas (ONU), que servem de principais suportes de embasamento do ordenamento jurídico de toda a política angolana voltada à inclusão escolar da pessoa com deficiência. Os resultados evidenciam que, apesar dos importantes contributos das agências especializadas da ONU no desenvolvimento da Educação Especial e Inclusiva, a desconsideração dos saberes e das necessidades locais geraram incompatibilidades entre as políticas adotadas, a partir de uma agenda global face ao contexto local da prática.</p>2024-07-05T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Revista Educação Especialhttps://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/87689Treino de Habilidades Comportamentais sobre o Ensino Preciso de Repertórios por Estudantes de Pedagogia2024-08-23T16:11:04-03:00Larissa Ferreira Guimarãeslarissa.fg@discente.ufma.brDaniel Carvalho de Matosdaniel.matos@ufma.br<p>A Análise do Comportamento Aplicada (<em>ABA</em>) é utilizada na resolução dequestões humanas, incluindo o tratamento doTranstorno do Espectro Autista (TEA). O <em>Behavioral Skills Training</em> (<em>BST</em>) pode ser utilizado na capacitação de interessados em implementar intervenções de<em>ABA</em> para aprendizes com TEA. Esta pesquisa avaliou a eficácia do <em>BST</em> sobre a capacitação de duas estudantes de Pedagogia para o ensino preciso de recontagem narrativa de histórias e responder perguntas sobre elas via tentativas discretas (<em>discrete trial teaching</em> – <em>DTT</em>) para uma experimentadora e para duas crianças com TEA (em sonda de generalização pós-treino). Procedimentos da <em>ABA</em> podem produzir melhora na organização e coerência de narrativas, implicando em ganhos sociais e acadêmicos de compreensão textual. Isso justifica a definição de futuros profissionais de educação como público-alvo da capacitação, e que poderão desenvolver no futuro intervenções de um para um durante o contraturno escolar.Na pesquisa, o <em>BST</em> envolveu componentes de instrução didática, modelação, ensaio comportamental e <em>feedback</em> de desempenho. Durante a linha de base, nenhuma estudante demonstrou ensino precisopara a experimentadora. Quando etapas de treino <em>BST</em> com <em>feedback</em> por tentativa e por blocos de tentativas foram definidas, ambas as estudantes passaram a realizar um ensino com precisão de acima de 90% de componentes de <em>DTT</em> implementados corretamente. Houve generalização do ensino preciso para duas crianças com TEA, envolvendo uma nova história. A manutenção foi demonstrada duas semanas depois. As estudantes avaliaram positivamente sua capacitação a partir de um questionário de autoavaliação. Limitações e encaminhamentos para investigações futuras foram discutidos.</p>2024-07-15T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Revista Educação Especialhttps://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/84008Predictors of leisure activities participation and household chores in children and adolescents with Intellectual disability and autism spectrum disorder: families’ perspectives2024-08-23T16:11:01-03:00Marcos Fernando Larizzattimarcoslarizzatti@gmail.comRayra Santos de Souzarayrassouza07@gmail.comPatrícia Moraes Cabralmcabralpatricia@gmail.comLuiz Renato Rodrigues Carreirorenato.carreiro@gmail.comMaria Cristina Triguero Veloz Teixeiramctvteixeira@gmail.com<p>Carrying out domestic tasks and leisure activities in populations with atypical development has been associated with several benefits, including improvement in indicators of adaptive functioning, however, the practice of these activities by people with some disability presents low adherence. The aim of the study was to identify predictors of participation in leisure activities and household chores in children and adolescents with intellectual disability (ID) and autism spectrum disorder (ASD) (clinical group, n=62) compared to a control group of children and adolescents with typical neurodevelopment (n=62) according to parents. Parents/caregivers responded to the leisure questionnaire, Children Helping Out – Responsibilities, Expectations and Supports, Adult Self Report for Ages 18-59, Brief Problem Monitor - Parent Form for Ages 6-18, WHOQOL brief and family socioeconomic classification form. The frequency of participation (p=0.001) and leisure hours (p=0.001) were statistically lower in the clinical group compared to the control group. Children and adolescents in the clinical group had significantly more emotional and behavioral problems than the control group (attention: p=0.001; internalization: p=0.025; externalization: p=0.025), just as their parents had lower quality of life indicators (physical: p=0.003; psychological: p=0.001; social: p=0.008). The quality of personal relationships, social support and parents' sexuality were associated with the number of domestic tasks performed by their children (p=0.054). These results highlight the need for parents and caregivers of children and adolescents with ID and ASD to be involved in interventions that promote their mental health and social support, as these are fundamental to promoting the autonomy and adaptive functioning of their children.</p>2024-07-24T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Revista Educação Especialhttps://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/73672Formação em serviço de professores de educação física para a inclusão de alunos com deficiência intelectual: uma pesquisa colaborativa2023-12-18T11:31:41-03:00Cassia Cristina Bordini Pirolocassiabordini@seed.pr.gov.brCelia Regina Vitalianoreginavitaliano@gmail.comNilton Munhoz Gomesniltonmunhozgomes@gmail.com<p>Este artigo descreve os resultados de uma pesquisa colaborativa que objetivou analisar um processo de formação em serviço de professores de Educação Física (EF) dos anos finais do Ensino Fundamental, com vistas à inclusão de alunos com deficiência intelectual (DI) em um colégio da rede estadual de ensino, no estado do Paraná. Este processo baseou-se na perspectiva da educação inclusiva (EI) e na Educação Física Adaptada (EFA). Os participantes foram quatro professores de EF que tinham alunos com DI em suas turmas. O método de pesquisa foi a pesquisa colaborativa, desenvolvida em três fases: fase I - levantamento das necessidades de formação; fase II - processo de intervenção colaborativo e fase III - avaliação final. Os dados evidenciaram que os participantes necessitavam de formação para incluir alunos com DI e apresentaram percepções equivocadas sobre a EI e DI. O processo de formação realizou-se por meio de ciclos de estudos teóricos, sessões reflexivas sobre a prática pedagógica, planejamento de aulas e a participação da pesquisadora atuando em sala de aula. No resultado, constatamos que os professores se tornaram mais capazes para atuar junto aos alunos com DI, passaram a oferecer mais apoios de aprendizagem aos alunos, aplicaram os conhecimentos teóricos adquiridos e aprimoraram o processo de inclusão dos alunos com DI.</p>2024-11-11T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Revista Educação Especialhttps://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/87031Funções Executivas e TEA: contextos educacionais e reflexões docentes2024-05-28T17:36:03-03:00Ingrid Carla Aldicéia Oliveira do Nascimentoincarla17@gmail.comPatricia Braunbraunpatricia09@gmail.com<p>O presente artigo tem como objetivo apresentar as análises contextuais realizadas por professoras sobre o desenvolvimento das funções executivas por estudantes com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Pesquisas sobre as funções executivas são realizadas, em sua maioria, pelo campo da Neurociência Cognitiva. Mas, por terem fundamental importância para o desenvolvimento cognitivo dos sujeitos e para o gerenciamento de diferentes aspectos da vida humana, os estudos sobre as funções executivas são, também, de grande relevância para o campo educacional. Por isso, para que fossem realizadas aproximações entre o campo educacional e o da Neurociência Cognitiva, foram adotados dois vieses teóricos: a própria Neurociência Cognitiva, que estuda o desenvolvimento das funções executivas, e a Teoria Histórico-Cultural que, com base nas pesquisas de Lev Vigotski e Alexander Luria sobre o desenvolvimento da fala, explora o assunto a partir do que esses autores descreveram como funções psicológicas superiores. A abordagem de pesquisa que delineou o estudo, de caráter qualitativo, foi a metodologia a pesquisa-ação colaborativa, cujo campo de pesquisa se caracterizou num curso de formação docente, realizado com professoras de duas escolas públicas, de educação básica. Como resultados, destacamos a relevância da formação docente sobre o desenvolvimento das funções executivas e a importância de instrumentalização docente, para que tais funções possam ser estimuladas também nos espaços educacionais, a partir de práticas pedagógicas voltadas para este fim.</p>2024-11-14T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Revista Educação Especialhttps://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/88207Formação de professores e Educação Especial: análise das matrizes curriculares das licenciaturas públicas do estado do Rio de Janeiro2024-09-09T11:22:44-03:00Stefhanny Nascimento Lobo e Silvastefhsilva@ufrrj.brVictória de Freitas Bentovicfreitas@ufrrj.brCatharine Prata Seixascatharineseixas@ufrrj.br<p>Este artigo analisa as matrizes curriculares das licenciaturas oferecidas por instituições de ensino superior públicas do estado do Rio de Janeiro, com foco na inclusão de componentes curriculares voltados para a Educação Especial. A pesquisa, de cunho qualitativo e documental, utilizou a análise de conteúdo para examinar as matrizes curriculares disponíveis nos sites oficiais das instituições. O estudo busca identificar como as licenciaturas estão preparando os futuros professores para atender às necessidades dos alunos com deficiência, considerando a importância de uma formação adequada para promover uma educação inclusiva e de qualidade. A análise revela uma preocupação com a disparidade na presença desses componentes curriculares, destacando a necessidade de revisão e fortalecimento dos currículos para garantir que todos os educadores estejam preparados para enfrentar os desafios da diversidade em sala de aula. A ausência de formação inicial assertiva compromete a capacidade dos futuros professores de promover uma educação inclusiva e de qualidade. O estudo conclui que é urgente revisar e fortalecer os currículos das licenciaturas para assegurar que todos os educadores estejam aptos a atender às diversas necessidades dos alunos, garantindo, assim, uma educação equitativa e inclusiva conforme preconizado por lei.</p>2024-11-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Revista Educação Especialhttps://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/74128Ensino de sentenças e responder sequencial: efeitos sobre a memória operacional e consciência sintática em uma criança com implante coclear2024-07-03T13:53:00-03:00Matheus Yoshimi Shibukawamyshibukawa@gmail.comAnderson Jonas das Nevesfilosofoajn@gmail.comLeandra Tabanez do Nascimento Silvaleandracpa@usp.brAna Claudia Moreira Almeida-Verduana.verdu@unesp.br<p>O responder sequencial, enquanto processo comportamental básico, está nas bases da produção de sentenças, consciência sintática (CS) e memória operacional (MO). O presente estudo avaliou se um programa de ensino de sentenças poderia melhorar os escores em MO e CS, e a porcentagem de acertos nas tarefas de produtividade semântica e sintática, em uma criança com deficiência auditiva e implante coclear (IC) que era leitora. O programa de ensino era computadorizado, aplicado remotamente e baseado em equivalências entre estímulos auditivos, textuais e figuras. Foram usados três conjuntos de sentenças, com diferentes níveis de complexidade, organizados por matrizes. Em cada conjunto, o participante aprendeu a emparelhar figuras às sentenças ditadas e a construir sentenças escritas sob ditado. Sondas sistemáticas avaliavam a porcentagem de acertos em tarefas de escrita, leitura e nomeação de figuras, para sentenças ensinadas e recombinadas; a MO e a CS também foram mensuradas por meio de testes de Dígitos (DG), Sequência de Números e Letras (SNL), Cubos de Corsi (CC) e Prova de Consciência Sintática (PCS). Após o ensino, o participante aumentou a porcentagem de acertos nas tarefas de produtividade semântica e sintática, e nos escores em subtestes de MO. Os efeitos do ensino de sentenças sobre as medidas de MO e CS, em crianças que usam IC, ainda precisam ser melhor elucidados.</p>2024-11-25T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Revista Educação Especialhttps://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/86940Significações produzidas por professoras do Atendimento Educacional Especializado em um percurso de formação continuada: o trabalho e as estratégias docentes2024-06-01T12:22:08-03:00Carolina Cieslinskicarolinacie7@gmail.comAliciene Fusca Machado Cordeiroaliciene_machado@hotmail.com<p>Este trabalho compõe uma pesquisa de mestrado acerca das significações de professoras sobre seu fazer docente na Educação Especial. Tais significações foram analisadas em um percurso de formação pautado na dialogicidade e na valorização dos saberes docentes. Em um recorte para essa abordagem, trazemos a análise do trabalho no Atendimento Educacional Especializado (AEE) e delineamos o problema: quais são as significações das docentes sobre seu trabalho e sobre as estratégias no AEE mediadas em um percurso de formação continuada? O objetivo consistiu em apreender as significações de um grupo de professoras do AEE em um percurso de formação sobre o trabalho e as estratégias pedagógicas. Os pressupostos da Psicologia Sócio-Histórica e a metodologia dos Núcleos de Significação fundamentaram a apreensão das significações produzidas pelas professoras. A análise das significações produzidas pelas docentes evidencia seu entendimento acerca da funcionalidade do AEE, a relação entre suas práticas pedagógicas e a teoria, suas concepções de docência entrelaçadas a aspectos da defectologia vigotskiana e as condições para a efetivação desse trabalho. A investigação apontou as seguintes situações: contradição na valorização entre teoria e prática, presença de princípios da Teoria Histórico-Cultural, de Vigotski (2021), nas estratégias pedagógicas, ainda que de forma não estruturada, e dificuldades do trabalho que fazem as professoras oscilarem entre o trabalho restrito à sala do AEE e a realização de estratégias pedagógicas que criam efetivas condições para a inclusão dos estudantes com deficiência, as quais de fato alcançam tal objetivo.</p>2024-11-28T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Revista Educação Especialhttps://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/86976Vulnerabilidade e inclusão escolar: a negligência na educação das pessoas com deficiência no Brasil [2014-2022]2024-08-12T17:18:48-03:00Graciele Marjana Kraemergraciele.kraemer@gmail.comRoseli Belmonte Machadorobelmont@yahoo.com.br<p>Neste artigo, objetivou-se desenvolver uma problematização acerca da configuração das políticas educacionais brasileiras no que diz respeito à educação de pessoas com deficiência. Para isso, analisa-se a legislação nacional que compreende o período de 2014 a 2022, em vista da vigência do Plano Nacional de Educação (2014-2024). O corpus analítico é composto pelos Plano Nacional de Educação (2014-2024), a Lei nº 13.146, de 06 de julho de 2015, a Emenda Constitucional nº 95 de 15 de dezembro de 2016, a Base Nacional Comum Curricular e o Decreto nº 10.502 de 30 de setembro de 2020. Como aporte teórico-metodológico, a análise está pautada nos Estudos Foucaultianos em Educação, a partir do conceito de governamentalidade. Percebe-se que, no período analisado, as ações empreendidas pelo Estado, convergem em três movimentos: o desmantelamento dos direitos sociais de pessoas com deficiência; o esmaecimento do princípio de universalização da educação para a superação das desigualdades educacionais; o esfacelamento do direito jurídico à educação de qualidade. Conclui-se, assim, que esses movimentos constituem uma forma de negligência do Estado no pacto social, o que configura um processo de vulnerabilização da vida das pessoas com deficiência no enquadramento político brasileiro dos últimos anos.</p>2024-11-25T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Revista Educação Especialhttps://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/83727Educação ambiental sobre os recursos hídricos através de jogos didáticos para alunos com deficiência intelectual2023-09-19T11:41:25-03:00Sara Gomes da Silvasaraunifap@gmail.comBeatriz dos Santos Lopesbeatrizdossantoslopes@hotmail.comYuri Nascimento do Nascimentonascimento.yuri845@gmail.comDayse Maria da Cunha Sádaysemariacunha@hotmail.comMarina Teófilo Pignatimarinateofilo@yahoo.com.br<p>A poluição hídrica se apresenta como um problema relevante no cenário mundial, uma vez que a utilização da água é essencial para a manutenção da vida. Assim, são necessárias práticas que envolvam a educação ambiental para a conservação dos recursos hídricos. Uma das formas de promovê-la é através do professor na unidade escolar utilizando jogos didáticos. Esses jogos são ferramentas úteis no processo educacional, pois facilitam o ensino-aprendizagem de todos os alunos, incluindo aqueles com deficiência intelectual (DI). Nesse sentido, este trabalho tem como objetivo analisar práticas de sensibilização ambiental sobre os recursos hídricos promovidas com alunos com deficiência intelectual do 6º ao 8º ano da Escola Estadual Professor Irineu da Gama Paes. Para tanto, foi aplicada a seguinte metodologia: 1) observações dos alunos com DI a fim de conhecer suas especificidades; 2) realização de entrevistas para verificar os conhecimentos prévios dos alunos, assim como os adquiridos ao longo da intervenção; e 3) aplicação de jogos didáticos com a temática dos recursos hídricos. Como resultado desta pesquisa, constatou-se que os alunos com DI apresentaram potencialidades e limitações que, a partir das quais foram desenvolvidos os jogos didáticos. Em relação às entrevistas, os alunos já possuíam um conhecimento prévio sobre a temática água e demonstraram um melhor desempenho na entrevista final, após a aplicação das atividades. Nesse sentido, conclui-se que essa metodologia lúdica, por meio do uso de jogos didáticos, é eficaz no processo de ensino-aprendizagem para alunos com DI.</p>2024-12-03T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Revista Educação Especialhttps://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/85214Acessibilidade e inclusão escolar de estudantes com deficiência física 2024-08-21T16:05:18-03:00Paulo Cézar Martinspaulomartins@unochapeco.edu.brTania Mara Zancanaro Pieczkowskitaniazp@unochapeco.edu.br<p>A acessibilidade é um dos direitos fundamentais estabelecidos na Constituição Federal de 1988, essencial para efetivar a inclusão de estudantes com deficiência. Diz respeito à remoção de obstáculos e à ampliação das possibilidades de independência das pessoas. Este artigo faz referência à pesquisa de Mestrado em Educação que objetivou identificar e analisar como escolas públicas de Chapecó - Santa Catarina, Brasil, estão estruturadas em relação à acessibilidade para estudantes com deficiência física. Materialidades empíricas foram geradas por meio de entrevistas narrativas com 6 (seis) estudantes com idades entre 15 e 18 anos, com deficiência física, matriculados no ensino médio, em 4 (quatro) escolas da rede estadual, localizadas no perímetro urbano do município <em>locus</em> da pesquisa no ano de 2022. Além das entrevistas narrativas, os espaços físicos das escolas investigadas foram fotografados, descritos e analisados. O estudo revelou que, apesar de a acessibilidade e a inclusão serem temas emergentes no âmbito escolar e social, persistem desafios a serem enfrentados. Os entrevistados revelam conformismo com as barreiras, demonstrando a naturalização do processo de exclusão que se materializa na forma de padronização, categorização, dissemina a lógica do mérito individual e assim se exime da responsabilidade pelo outro.</p>2024-11-28T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Revista Educação Especialhttps://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/88907Grupo de apoio com pais de crianças com transtornos do neurodesenvolvimento2024-09-06T13:33:59-03:00Marcos Venicio Espermarcos_esper@yahoo.com.brManoel Antônio dos Santosmasantos@ffclrp.usp.brJaqueline Wendlandjaqueline.wendland@u-paris.frLucila Nascimentolucila@eerp.usp.br<p style="text-align: justify; margin: 0cm -1.0cm 0cm -1.0cm;"><span style="font-family: 'Arial',sans-serif;">.</span></p> <p style="text-align: justify; margin: 0cm -1.0cm 0cm -1.0cm;"><span style="font-family: 'Arial',sans-serif;">Houve um tempo em que os vínculos eram renovados em rodas de conversa que aconteciam geralmente à noite, após o jantar, entre pessoas mais velhas que se sentavam nas calçadas e partilhavam “causos” e histórias do cotidiano. Inspirado por essa tradição, este estudo teve como objetivo relatar a experiência do grupo de conversa “Prosa & Café”, que reúne pais e mães de crianças com transtornos do neurodesenvolvimento. O grupo visa promover um espaço de acolhimento e incentivar novos olhares sobre a parentalidade no contexto de crianças atípicas. A experiência do Prosa & Café proporcionou aos participantes a oportunidade de socializar experiências, compartilhar aprendizados e divulgar conhecimentos provenientes do convívio familiar. Ao trocar recursos e vivências, os pais puderam fortalecer modos de ser e estar mais saudáveis junto aos seus filhos. Os resultados mostraram que a desconstrução de posturas hierarquizadas entre os participantes revelou atitudes mais proativas e participativas. A atmosfera acolhedora do grupo de apoio contribuiu para a expressão de sentimentos represados. O formato descontraído e prosaico do Prosa & Café mostrou-se frutífero para conhecer os anseios, aspirações e necessidades dessa população. Dessa forma, a experiência do grupo se destacou como uma prática valiosa para fortalecer os laços entre pais e filhos e promover um ambiente mais saudável e acolhedor para todos.</span></p>2024-12-18T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Revista Educação Especialhttps://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/87325Parcerias público-privadas na oferta da Educação Especial via EJA nas Regiões Sul e Sudeste do Brasil 2024-09-02T08:35:52-03:00Fabiane Maria Silvafabiane_maria@yahoo.com.brTaísa Grasiela Gomes Liduenha Gonçalvestaisaliduenha@gmail.comKamille Vazkamillevaz@gmail.com<p>O objetivo deste artigo é investigar as parcerias público-privadas na oferta da Educação Especial na EJA Especial, nas Regiões Sul e Sudeste do Brasil, entre 2008 e 2017. Para isso, foram analisados os dados do Censo Escolar da Educação Básica fornecidos pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Os dados revelaram que, ao longo desse período, a EJA Especial – tanto no Ensino Fundamental quanto no Ensino Médio – foi principalmente ofertada por instituições privadas em todo o Brasil e em todas as Regiões geográficas do País. É notável que as Regiões Sul e Sudeste apresentam os maiores percentuais de instituições privadas responsáveis pela oferta do Ensino Fundamental na EJA Especial. Na Região Sul, a maioria das instituições filantrópicas está concentrada no estado do Paraná, representando 97,34% das escolas privadas. Já na Região Sudeste, observa-se que a maioria das instituições filantrópicas está em Minas Gerais, representando 98,10% das escolas privadas. Portanto, a política para a EJA Especial está se consolidando por meio da atuação conjunta de entidades privadas e dos interesses públicos, em um contexto permeado por disputas e contradições dentro do cenário educacional brasileiro.</p>2024-12-27T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Revista Educação Especialhttps://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/85089Recursos de tecnologia assistiva para a Educação em Ciências em salas de recursos multifuncionais2024-06-14T10:09:42-03:00Lidia Morais dos Santoslidia.morais3@gmail.comMikael Frank Rezende Juniormikael@unifei.edu.brDenise Pereira Alcântara Ferrazdeferraz@unifei.edu.br<p>O presente trabalho decorre de uma pesquisa de mestrado que teve por objetivo analisar o uso de Recursos de Tecnologia Assistiva para a Educação em Ciências em uma perspectiva da Educação Inclusiva. O referencial teórico foi construído fundamentado em autores que defendem a inclusão escolar total e irrestrita, tendo as Salas de Recursos Multifuncionais como política de viabilização. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, cujos dados empíricos foram coletados por meio de entrevistas com professores do Atendimento Educacional Especializado. Os resultados indicam que professores utilizam mais Tecnologias Assistivas de baixa complexidade e baixo custo, mais voltadas ao ensino de matemática e menos para as ciências da natureza; reportaram falta de capacitação para o seu uso; atribuem à sobrecarga de trabalho o uso de Tecnologias Assistivas em segundo plano; e, indicam a necessidade de formação adequada e continuidade no trabalho desenvolvido.</p>2024-12-20T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Revista Educação Especialhttps://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/87214Construindo personas de estudantes universitários com TEA no desenvolvimento colaborativo de Tecnologia Digital2024-09-02T19:34:02-03:00Regina Célia Hostinsreginalh@univali.brAdriana Gomes Alvesadriana.alves@univali.brNathalia Adriana de Oliveiraoliveiranathalia@edu.univali.br<p>A inclusão acadêmica e psicossocial de estudantes com Transtorno do Espectro Autista (TEA) no ensino superior, pode ser favorecida com suportes tecnológicos. As tecnologias digitais da informação e comunicação (TDICS) oferecem possibilidades de inclusão, colaboração e adequações personalizadas necessárias aos estudantes em geral, e ao autista em particular. Para suprir as necessidades desses estudantes e garantir uma experiência adequada no ambiente acadêmico, por meio da tecnologia, é fundamental conhecer esse público, compreender e compartilhar suas experiências e expectativas. Nesse sentido, o objetivo do artigo é discutir uma experiência de construção de personas de estudantes universitários com TEA, levando em conta suas motivações, dificuldades e estratégias de aprendizagem, no processo de criação colaborativa de tecnologia digital. Trata-se do recorte de uma pesquisa interdisciplinar - educação, psicologia, computação - de abordagem qualitativa, que visava ao desenvolvimento de uma tecnologia digital acessível para inclusão psicossocial e acadêmica de estudantes com TEA. Foram aplicadas entrevistas com oito estudantes com TEA de duas universidades brasileiras, baseadas na metodologia Pathy para análise dos dados e definição das personas. Como resultado, definiram-se três personas (personagens fictícios), que deram corpo às principais características - personalidades, motivações, frustrações, relação com tecnologias - dos sujeitos envolvidos, contemplando suas particularidades. A experiência de construção das personas evidenciou a relevância da participação ativa dos estudantes no processo de criação de tecnologias digitais alinhadas às suas reais necessidades e inclusão na vida acadêmica.</p>2024-12-27T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Revista Educação Especialhttps://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/86959Formação continuada em educação especial: análise da oferta de cursos de especialização na região Nordeste do Brasil2024-07-29T18:02:39-03:00Bruno Cleiton Macedo do Carmobruno.cleiton.macedo@gmail.comAdilson Rocha Ferreiraadilsonrf.al@gmail.comNeiza de Lourdes Frederico Fumesneiza.fumes@iefe.ufal.brViviane Nunes Sarmentoviviane.sarmento@ufape.edu.brRenato Vitor da Silva Tavaresrenato.tavares@iefe.ufal.br<p>Nos últimos anos, a busca por qualificação dos professores que atuam na área da educação especial se tornou recorrente nos discursos que reverberam uma educação mais inclusiva. Nesse sentido, o presente estudo tem como objetivos analisar a oferta dos cursos de especialização da área da educação especial e inclusiva ofertados na Região Nordeste do Brasil e discutir sobre as determinações que estruturam esse modelo de Pós-Graduação <em>Lato Sensu</em>. Trata-se de uma pesquisa quantitativa documental que utilizou dados secundários da base do sistema e-MEC coletados entre agosto de 2020 e dezembro de 2021. Para tratamento dos dados, foi utilizada estatística descritiva. Os resultados apontam para um total de 2.209 cursos de especialização <em>Lato Sensu</em> na área da educação especial distribuídos pelos nove estados nordestinos. Os resultados também revelam que há cursos idênticos que são ofertados em mais de um estado; a maioria é composta por cursos da rede privada de ensino; majoritariamente vinculados à área da educação. Diante dos resultados, foi realizada reflexão sobre os atos regulatórios, mecanismos de avaliação, assim como a condição mercadológica evidenciada nos cursos de pós-graduação <em>Lato Sensu</em>. Por fim, é notório o crescimento dos cursos de especialização na área de educação especial no Brasil, principalmente na esfera privada de ensino, formando uma cadeia mercadológica que não garante a qualidade da formação docente, o que, por sua vez, fomenta um ciclo ininterrupto de busca individualizada dos docentes por uma qualificação exigida pelo mercado de trabalho, mas que é quase impossível de ser alcançada.</p>2024-12-27T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Revista Educação Especialhttps://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/69289A participação da rede de apoio na inclusão escolar da pessoa cega2024-01-23T09:28:23-03:00Danielle Sousa Silvadssfatima@gmail.comMaristela Rossatomaristela.rossato@unb.br<p>A inclusão escolar da pessoa com deficiência implica tanto a organização do trabalho pedagógico como as relações sociais que apoiam a efetividade desse processo, ou seja, trata-se de um processo eminentemente social. Essa compreensão contrapõe-se à tendência de associar a excelência do processo de inclusão das pessoas com deficiência no ensino superior estritamente às condições legais de ingresso, permanência e conclusão. Este artigo analisa a participação da rede de apoio na inclusão escolar da pessoa cega, partindo da compreensão de que não há uma determinação externa quanto à sua influência no estudante, mas uma produção subjetiva individual, permeada pelo modo como a deficiência está configurada social e subjetivamente. A pesquisa, de natureza qualitativa, foi realizada por meio de um estudo de caso com uma estudante universitária cega. Concluímos que as redes de apoio da estudante foram constituídas em resposta ao fluxo de produções subjetivas, marcadas pela subjetividade individual e social circunscrita nas relações da participante.</p>2024-01-11T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Revista Educação Especialhttps://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/84903O adolescente com e sem indicativos de TDAH: perfil comportamental, estresse, autopercepção e expectativas de futuro2023-09-28T11:33:40-03:00Edimeire Pastori de Magalhães Tavernardetavernard@gmail.comCybelle Bezerra Sousa Florênciocybelle.flor2@gmail.comBárbara Lídia da Silva Pereirabarbaralidia.pereira@gmail.comSimone Souza da Costa Silvasymon.ufpa@gmail.com<p>A adolescência é marcada por inúmeras transformações que podem ser intensas para jovens que apresentam o Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade. As novas demandas do cotidiano, associadas aos sintomas inerentes ao transtorno podem ser agentes estressores e afetar negativamente a qualidade de vida do indivíduo. Este estudo descreveu a associação entre o perfil comportamental (indicativos de TDAH) e os níveis de estresse, autopercepção e expectativas de futuro, de uma amostra de 322 adolescentes, matriculados em uma escola pública de ensino médio. Os dados foram coletados no ambiente escolar e utilizou-se os instrumentos: ISD, ETDAH-AD, ESA, SPPA e o questionário sobre expectativas de futuro. Realizou-se as análises descritivas, qui-quadrado de Pearson e regressão logística binária. Os resultados indicaram que a autopercepção negativa dos adolescentes com indicativos de TDAH está associada a altos níveis de estresse e que as demandas sociais e acadêmicas podem gerar sofrimento mental e revelaram que a autopercepção negativa apresentada pelos sujeitos com indicativos de TDAH é congruente com os altos níveis de estresse revelados na amostra investigada. Ademais, as demandas sociais e acadêmicas estabelecidas ao adolescente que não dispõe de recursos para atendê-las gera sofrimento mental que se expressa no sentimento de incapacidade, nos altos níveis de estresse, em angústia e insegurança quanto ao futuro. Evidenciou-se a necessidade de políticas públicas, principalmente, educacionais que possam contribuir para aumentar a efetividade da escola em uma oferta pedagógica que busque minimizar as dificuldades do público com necessidades educacionais diferenciadas, sobretudo, dos estudantes com TDAH.</p>2023-01-09T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Revista Educação Especialhttps://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/69718Vozes de estudantes com deficiência no Ensino Médio2024-09-06T15:39:32-03:00Guilherme Laranjeira Mendonça Oliveiraguilherme.laranjeira@uscsonline.com.brNonato Assis de Mirandamirandanonato@uol.com.br<p>Esta pesquisa, de natureza qualitativa, focalizou as significações de estudantes com deficiência que cursam o Ensino Médio na rede estadual paulista — mais especificamente, na cidade de Santos (SP) — sobre seu processo de escolarização. Os depoimentos dos sete participantes foram obtidos por meio de entrevista semiestruturada, realizada remotamente, utilizando-se o aplicativo Google Meet, em razão do distanciamento imposto pela pandemia de covid-19. Essa abordagem permitiu apreensão dos significados das vozes dos discentes, por estar atrelada ao contexto no qual eles estavam inseridos. Os dados foram agrupados, categorizados e analisados com base na análise de prosa proposta por Marli André. Entre outros aspectos, os resultados da investigação mostram os desafios, de diferentes naturezas, vivenciados pelos estudantes no ambiente escolar, além das oportunidades que lhes são proporcionadas na etapa de ensino em foco. Ademais, constatou-se que, de modo geral, na percepção dos entrevistados, o ambiente escolar tem sido desafiador em relação às questões pedagógicas e infraestruturais apresentando, por um lado, limitações nas relações entre professores e alunos, bem como ausência de acessibilidade arquitetônica e, por outro, motivação para o ensino remoto.</p>2024-11-25T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Revista Educação Especialhttps://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/69308O compartilhamento do conhecimento entre professores da educação especial e do ensino regular: um estudo de caso2023-07-04T13:43:13-03:00Letícia Fleig Dal Fornolefleig@gmail.comArthur Gualberto Bacelar da Cruz Urpiaarthurbacellar@yahoo.com.brLuiz Fernandes da Silvalu.fer78silva@gmail.com<p>No ambiente escolar, pode-se perceber um espaço rico e necessário ao trabalho colaborativo, onde o compartilhamento de informações e de conhecimentos gera resultados significativos para a aprendizagem dos alunos, em especial, para a dos alunos da Educação Especial. Nesse sentido, o objetivo do presente artigo foi compreender como se dá o compartilhamento do conhecimento entre o professor regente e o professor de Educação Especial no contexto da inclusão escolar, no colégio pesquisado, a fim de avaliar se essa prática realmente acontece de forma significativa entre os professores. Metodologicamente, utilizou-se da pesquisa descritiva de natureza aplicada com uma abordagem qualitativa por meio de um estudo de caso único. Inicialmente, foi feito um levantamento de literaturas que trabalham a Gestão do Conhecimento e de documentos que tratam da Educação Especial no Paraná. Em seguida, realizou-se uma entrevista semiestruturada com os professores de um determinado colégio. Para a análise dos dados, foi empregada a análise de conteúdo na perspectiva de Bardin (2011). Como principais resultados, constatou-se que, embora os professores envolvidos com os alunos da sala de recurso multifuncional terem relatado e observado que existe a necessidade de que estes interajam e planejem coletivamente, ainda assim, não ocorre o compartilhamento de informações e conhecimento entre os mesmos, pois as atividades são desenvolvidas na maioria das vezes de forma isolada, sem a realização de um trabalho colaborativo. Tal quadro é devido a distintos fatores inibidores que dificultam que se coloque em prática este tipo de trabalho proposto pela perspectiva da educação inclusiva.</p>2024-12-19T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Revista Educação Especialhttps://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/74069Pistas Visuais e Videomodelação para Escovação de Dentes em pessoas com Transtorno do Espectro Autista: revisão integrativa da literatura2024-08-23T16:12:03-03:00Laura Giongo Bonato Chiamuleralauragiongobonato@gmail.comAndriele Egídioandrieleegidio18@gmail.comJoão Rodrigo Maciel Portesjoaorodrigo@univali.br<p>Esta revisão integrativa da literatura possui como objetivo levantar a produção científica sobre Pistas Visuais e Videomodelação no desenvolvimento de habilidades de escovar os dentes em pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Assim, realizou-se uma busca nas bases de dados com um recorte entre os anos 2010 e 2021 nos portais CAPES, Pepsic, Redalyc e Pubmed utilizando as seguintes combinações de palavras-chaves: autismo AND higiene bucal, escovação dentária AND autismo, pistas visuais AND higiene bucal, pistas visuais AND escovação dentária, videomodelação AND escovação dentária, videomodelação AND cuidados bucais, videomodelação AND saúde bucal, pedagogia visual AND escovação dentária e suas equivalentes em inglês. Ao total 15 estudos foram selecionados e analisados, e seus resultados evidenciaram que ambos os instrumentos são positivos para o desenvolvimento de habilidades de escovação em pessoas com TEA. Não foi possível definir a melhor ferramenta através desta seleção, mas sim clarificar estratégias de melhoria para o processo de ensino-aprendizagem. Além disso, pesquisas demonstraram limitações devido a utilização de amostras por conveniência , visto que não é possível generalizar seus resultados. A falta de artigos brasileiros e latino-americanos na presente seleção demonstra a importância de novos estudos na área.</p>2024-01-17T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Revista Educação Especialhttps://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/70314Educação de surdos no ensino superior na perspectiva inclusiva2024-08-23T16:11:51-03:00Bruna Delanhesebrunadelanhese@hotmail.comLetícia Jovelina Stortoleticiajstorto@gmail.com<p>Esta pesquisa objetivou descrever a produção científicasobre a inclusão de estudantes surdos no Ensino Superior, a partir dedados disponibilizados na base de dados da CAPES. A busca se concentrou em artigos científicos publicados no período de 2010 a 2020. Dentre esses, quatorze (14) pesquisas vinculadas ao Ensino Superior se enquadravam na temática e constituíram o foco de análise deste estudo. Utilizando o processo analítico da Análise de Conteúdo, emergiram três categorias: I) Políticas de Inclusão voltadas ao Ensino Superior; II) Desafios e Adaptações para Inclusão do Surdo no Ensino Superior; e III) Capacitação Docente para o Ensino de Surdos no Ensino Superior. Os resultados demonstram que, mesmo com os inúmeros avanços, em especial nas políticas públicas que possibilitam o acesso à Universidade, os surdos ainda encontram barreiras para permanecer de forma exitosa nessa modalidade de ensino, revelando a necessidade da contratação de mais profissionais intérpretes de Língua Brasileira de Sinais (Libras). Também apontou a necessidade de adaptações que respeitem a língua e a cultura dos estudantes surdos, assim como de formação docente continuada no que tange às estratégias de ensino dos professoresque atuam no Ensino Superior.</p>2024-03-19T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Revista Educação Especialhttps://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/85630Inclusão de pessoas com deficiência na educação superior: uma revisão de escopo2024-08-23T16:11:46-03:00Ana Cristina Cravo Miguelana.cravo1@gmail.comLuís Cláudio de Melo Brito Rochaclaudiobrito_@hotmail.comCleunisse Aparecida Rauen de Luca Cantocleo@sc.senai.brJúlio Monteiro Teixeirajuliomontex@gmail.comLuiz Fernando Gonçalves de Figueiredolffigueiredo2009@gmail.com<p>A inclusão de pessoas com deficiência no ensino superior é um tema de grande importância e tem sido objeto de estudos e pesquisas em diversas partes do mundo. Embora tenham sido implementadas políticas e programas de inclusão nas Instituições de Ensino Superior (IES), ainda existem desafios e obstáculos a serem superados para garantir o acesso e a permanência desses estudantes no meio acadêmico. O objetivo deste trabalho foi verificar as abordagens educacionais realizadas para os estudantes com deficiência no ensino superior. Foi utilizado como método, uma revisão de escopo por meio de busca nas bases de dados <em>EBSCO</em>, <em>Scielo</em>, <em>Scopus</em>, <em>PubMed</em> e <em>Web of Science</em>. Foram encontrados 129 artigos relevantes nas bases de dados pesquisadas. Após a triagem dos títulos, resumos e palavras-chave, 36 trabalhos foram selecionados para leitura na íntegra. E 6 artigos foram selecionados para compor a revisão de escopo. Os resultados indicam que as abordagens educacionais para estudantes com deficiência no ensino superior são diversas e tendem a variar de acordo com as necessidades específicas dos estudantes. Dos artigos analisados, as principais dificuldades apontadas estão relacionadas à formação limitada do docente quanto a abordagens inclusivas, à falta de adaptação dos materiais às necessidades individuais e às barreiras atitudinais existentes nas interações socioeducacionais.</p>2024-04-04T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Revista Educação Especialhttps://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/85291Aprendizagem da Matemática por estudantes com Discalculia do Desenvolvimento: uma Revisão Sistemática da Literatura no período de 2003 a 20222024-08-23T16:11:43-03:00Bruno Barros dos Passosbruno.barros79@yahoo.com.brRoberta D’Angela Menduni-Bortolotirobertamenduni@uesb.edu.br<p>Este artigo tem como objetivos mapear pesquisas que trataram da aprendizagem Matemática de estudantes com Discalculia do Desenvolvimento (DD), nas teses e dissertações publicadas no período de 2003 a 2022 e evidenciar os tipos de DD nas produções investigadas. Trata-se de uma Revisão Sistemática da Literatura (RSL), a partir de dados da Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD) e do Catálogo de Teses e Dissertações da CAPES, em âmbito nacional. Para localizaçãodos trabalhos, utilizou-se os seguintes descritores: “Discalculia”, “Discalculia do Desenvolvimento”. Tem-se como questões de pesquisa “Como teses e dissertações, publicadas no período de 2003 a 2022, abordaram o processo de aprendizagem da Matemática pelos estudantes com DD?” e “Quais os tipos de DD foram trabalhados nas produções que investigamos?”. Baseadas na análise de conteúdo, as pesquisas foram agrupadas em três categorias, a saber: Materiais manipuláveis, materiais concretos e/ou jogos em aulas de Matemática; Uso de problemas nas aulas de Matemática; Uso de tecnologias digitais nas aulas de Matemática. Os resultados apontam que as pesquisas sobre a aprendizagem da Matemática para estudantes com DD têm trazido a utilização de materiais manipuláveis, materiais concretos, jogos, resolução deproblemas, bem como a utilização da tecnologia por meio de softwares e jogos digitaiscomo auxiliadores na aprendizagem desses sujeitos. E focam mais na Discalculia dos tipos operacional, practognóstica e ideognóstica. A Discalculia do tipo léxica, verbal e gráfica são muito menos trabalhadas.</p>2024-04-12T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Revista Educação Especialhttps://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/70371Educação Especial: desafios na escolarização de estudantes com transtornos associados (TDAH e TOD)2024-08-23T16:11:40-03:00Geisa Cristina Batistageisa.unir@gmail.comValquíria Perassolobiossolo@hotmail.comMaria Resende da Costapiedade@ufscar.br<p>O Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade pode gerar prejuízos cognitivos e comportamentais, principalmente quando associado ao Transtorno Opositor Desafiante. Nesse sentido, a Educação Especial pode colaborar para a minimização dos prejuízos acadêmicos, em cooperação com outras áreas, devido a sua abrangência junto a estudantes com Transtornos Funcionais Específicos. O objetivo deste trabalho foi identificar pesquisas acadêmicas que inter-relacionaram o Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade e o Transtorno Opositor Desafiante, localizando áreas de pesquisas, descrevendo aspectos para atendimento escolar e indicando temas para a formação docente. Trata-se de revisão narrativa de literatura. Localizou-se 24 pesquisas na Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia. A Universidade Federal do Rio Grande do Sul e os programas de Medicina se destacaram. Os principais resultados apontaram que pessoas diagnosticadas com ambos os transtornos podem apresentar dificuldades nas aprendizagens escolares e nas interações sociais, com comportamentos inadequados que podem levar a futuros desempregos, depressões, suicídios, dentre outros. A inserção do tema, na formação docente, poderia colaborar na diminuição dos índices de evasão, suspensão, expulsão e retenção, na vida escolar, além de contribuir, também, com a minimização dos efeitos de comportamentos desregrados, na vida juvenil e adulta. Propõe-se a formação de equipes multidisciplinares, para estudos de casos e de grupos de estudos. Sugere-se pesquisas envolvendo as práticas educativas com esses estudantes.</p>2024-04-16T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Revista Educação Especialhttps://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/86772Enfoque CTS no ensino de Química para estudantes surdos com vistas à proposição de sinais-termo em Libras para conceitos químicos: uma revisão sistemática2024-04-12T06:31:00-03:00Lucas Maia Dantaslucaasmaiadantas@hotmail.comMarcus Eduardo Maciel Ribeiromarcusribeiro@ifsul.edu.brAmélia Rota Borges de Bastosameliabastos@unipampa.edu.brFrancisco Rogiellyson da Silva Andraderogiellyson.andrade@uece.br<p>O estudo realiza uma revisão sistemática de literatura em teses e dissertações brasileiras quanto ao uso do enfoque CTS para a compreensão de conceitos em aulas de Química e possível proposição de sinais-termo em língua brasileira de sinais (LIBRAS). No arcabouço teórico, alicerçou-nos autores que centralizam o enfoque CTS como abordagem produtiva para o ensino de Química, em interface com considerações que versam sobre inclusão de pessoas surdas nas práticas pedagógicas sobre inclusão. Metodologicamente, o estudo balizou-se em Sampaio e Mancini (2017) quanto à revisão sistemática. Os achados da revisão identificaram cinco pesquisas, entre estudos de Mestrado e Doutorado, que servem à análise, a qual se pautou em duas questões norteadoras. A revisão sistemática de literatura permitiu perceber que, nas produções brasileiras dos últimos anos quanto ao ensino de Química para surdos, que as pesquisas produzidas sobre a utilização do enfoque CTS no ensino de Química para surdos ainda são incipientes, o que deixa espaço aberto para estudos que localizem centralidade nessa direção. Os resultados revelam que cada pesquisa oferece novos sinais-termo para os conceitos trabalhados, não apresentando um padrão metalinguístico para a comunidade.</p>2024-05-20T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Revista Educação Especialhttps://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/85424Pressupostos higienistas e o Imperial Instituto dos Meninos Cegos2024-08-23T16:11:13-03:00Cássia Geciauskas Sofiatocassiasofiato@usp.br<p>No século XIX, foi fundada a primeira instituição para a instrução de pessoas cegas no Brasil, o Imperial Instituto dos Meninos Cegos, na cidade do Rio de Janeiro. Os fundadores foram José Alvares de Azevedo e José Francisco Xavier Sigaud. O primeiro era cego e professor formado em Paris, e o segundo era um influente médico higienista e vidente. Por meio da fundação da referida instituição, foram estabelecidos os fundamentos para a educação de pessoas com deficiência visual no Brasil. Assim sendo, o objetivo deste estudo foi delinear o impacto do higienismo no Imperial Instituto dos Meninos Cegos, tendo em vista a gestão de dois diretores médicos no período Imperial e a circulação e a apropriação de preceitos higienistas pela sociedade carioca. Para isso, foi realizada uma pesquisa com abordagem qualitativa, de natureza documental, com base em fontes primárias. O recorte temporal foi de 1854 a 1889. Por meio do estudo, foi possível verificar o forte impacto do higienismo na instituição em questão, a partir da atuação dos diretores e médicos nomeados que moldavam, com seus discursos e várias ações, o perfil da instituição.</p>2024-07-05T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Revista Educação Especialhttps://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/85765Impacto das disfunções de integração sensorial na participação escolar de crianças com transtorno do espectro autista: uma revisão de escopo2024-08-23T16:11:07-03:00Karina Stella Aoki Ferreirakato.ufpr@hotmail.comMilton Carlos Mariottimiltoncarlosmariotti@gmail.com<p>Muitas crianças com transtorno do espectro autista possuem disfunções de integração sensorial que interferem na realização de suas atividades do dia a dia e na socialização. O objetivo deste estudo foi mapear as evidências existentes na literatura sobre o impacto das disfunções de integração sensorial na participação escolar de crianças com transtorno do espectro autista. Foi realizada revisão de escopo pautada no protocolo PRISMA. O processo de busca e seleção dos artigos aconteceu no portal de periódicos da CAPES. A análise dos dados foi realizada por dois pesquisadores de forma independente. Após o processo de busca, seleção e análise, foram incluídos 28 estudos para a presente revisão. Todos os estudos mostraram alterações no processamento sensorial de crianças com transtorno do espectro autista. As alterações sensoriais impactaram em diferentes aspectos da participação escolar, no entanto, os estudos utilizaram apenas questionários parentais ou com educadores para avaliar o processamento sensorial. Verificou-se a necessidade de mais estudos que utilizem avaliações padronizadas diretamente com as criançaspara identificar os diferentes padrões de disfunções de integração sensorial e seu impacto na participação escolar.</p>2024-07-09T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Revista Educação Especialhttps://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/87080Desafios e estratégias de letramento visual na educação de surdos: análise de vídeo didático2024-08-23T16:10:58-03:00Aline Sordialy.sordi@gmail.comLara Ferreira dos Santoslfsantos@ufscar.br<p>O presente artigo visa apresentar e analisar os elementos presentes em um vídeo didático de geografia para crianças surdas da primeira etapa do ensino fundamental, e discutir se tais elementos podem favorecer o letramento visual. Trata-se de uma pesquisa exploratória, do tipo documental, e cujo objeto de estudo foi o canal “Sala 8”, da plataforma <em>Youtube</em>, elaborado por uma professora bilíngue de surdos e indicado ao <em>Global Teacher Priz</em>e, Prêmio Nobel da Educação, em 2020. Para este artigo foi selecionado um vídeo da disciplina de geografia, intitulado “Zona Rural e Zona Urbana”, que é a produção que possui o maior número de acessos do canal. Nas análises foram considerados os seguintes aspectos: a) apresentar estratégias de letramento utilizadas pela professora; b) apontar aspectos que devem ser levados em consideração na criação de vídeos didáticos para surdos. As discussões foram embasadas em conceitos apresentados por estudiosos da área, como Santaella (2012), Taveira (2016) e Lebedeff (2010). Como resultados, destacam-se a qualidade e a problematização de aspectos relevantes, enfatizando a necessidade de conhecimentos linguísticos, tecnológicos e visuais na produção dos vídeos, bem como a importância do contexto e dos conhecimentos prévios dos alunos surdos. Espera-se que esse artigo possa instigar leituras aprofundadas e contribuir para a produção de vídeos didáticos mais adequados aos alunos surdos, promovendo de fato, um letramento visual.</p>2024-07-24T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Revista Educação Especialhttps://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/84405Revisão Integrativa da produção do conhecimento sobre Pedagogia Hospitalar no estado de Roraima frente ao cenário nacional no período de 2011 a 20202024-08-23T16:10:54-03:00Paola Beatriz Frota Almeidabeafrota@hotmail.comMaria Edith Romano Siemsedith.romano@ufrr.br<p>A Pedagogia Hospitalar refere-se a uma ação educacional multidisciplinar que oferta à criança e jovem em âmbitos hospitalar e domiciliar um acompanhamento escolar, emocional e social, norteado por teorias e práticas pautadas na ciência e na dignidade humanas. Este artigo objetivou analisar a circunstância atual da inserção da Pedagogia Hospitalar em Roraima frente ao cenário nacional, por meio de revisão sistemática integrativa da literatura sobre o tema, no período 2011 a 2020. Para isso, buscou-se conhecer a produção acadêmica em Roraima e nos demais estados do Brasil sobre o tema da Pedagogia Hospitalar; mapear as principais categorias de discussão presentes na produção acadêmica em ambos os cenários; identificar os desafios enfrentados, bem como os encaminhamentos apontados na produção consultada sobre Pedagogia Hospitalar. A metodologia aplicada para as buscas em Roraima foi o acesso às bibliotecas digitais da Universidade Federal de Roraima, Universidade Estadual de Roraima e Instituto Federal de Roraima, ao passo que em ambiente nacional buscou-se nas plataformas Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações, Scientific Electronic Library Online e <em>Revista Educação Especial</em>. Aplicou-se a revisão sistemática com o objetivo de contextualizar em cada cenário um perfil das produções encontradas. A perspectiva qualitativa ocorreu pela realização da revisão integrativa, por meio do diálogo entre as análises das produções de Roraima com o cenário nacional, à luz das categorias: Formação de Professores, Práticas Pedagógicas e Estrutura da Pedagogia Hospitalar. Os resultados apontaram que as pesquisas sobre Pedagogia Hospitalar em Roraima ocorreram, na maioria, em nível de graduação, enquanto em cenário nacional foram encontrados artigos, dissertações e teses, cujos dados revelaram eventuais similaridades, entre os cenários pesquisados, acerca de problemas e avanços sobre a regulamentação do atendimento, estrutura física, material, formação e prática profissional, mas com alguns indicadores peculiares em alguns estados, como por exemplo, em Roraima, a inexistência do atendimento pedagógico no hospital para o público de jovens, adolescentes e indígenas.</p>2024-08-01T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Revista Educação Especialhttps://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/84098O transtorno do espectro autista (TEA) e a inserção no mercado de trabalho: uma revisão sistemática2023-07-11T01:29:37-03:00Cléa Adas Saliba Garbinclea.saliba-garbin@unesp.brCarolina Santos de Almeida Carneirocsa.carneiro@unesp.brTânia Adas Salibatania.saliba@unesp.brArtênio José Isper Garbinartenio.garbin@unesp.br<p>O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um transtorno do neurodesenvolvimento caracterizado por déficits na comunicação e interação social. Objetivou-se realizar uma revisão sistemática com base na análise de publicações nacionais e internacionais, presentes na literatura científica referente aos jovens adultos com TEA que estão em busca de emprego e aqueles que já estão inseridos, a fim de definir e compreender as dificuldades, potencialidades e de que forma podem contribuir no ambiente laboral. Foi executado uma busca de evidências presentes nas bases de dados Portal Regional BVS, PubMed, Scopus, Web Of Science e Embase. Incluíram-se estudos transversal e longitudinal, resultando em 6.385 estudos. Foram excluídos 2.766 artigos duplicados e os que fugiam do tema proposto, permanecendo 168 artigos. Os resumos foram analisados, suprimindo os que apresentavam resultados inconsistentes. Foi obtido um número final de doze trabalhos, onde todos respondiam a temática e com poder em sua estrutura metodológica. Dentre os resultados, observou-se controvérsias nos estudos. As dificuldades como compreensão e adaptação que os TEA vivenciam em seu cotidiano têm sido uma barreira para a inserção e permanência no ambiente laboral, porém, outros viam o transtorno como ponto forte devido ao alto grau da percepção visual. Com isso, apesar das dificuldades do TEA, sugere que o contexto social e os próprios empregadores devam considerar como podem apoiar funcionários com transtorno a utilizarem seus pontos fortes. Estratégias fornecidas a esse público podem ajudar a reconhecer o imenso valor que eles podem trazer para o local.</p>2024-11-11T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Revista Educação Especialhttps://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/86168Autoeficácia parental e Transtorno do Espectro Autista: uma revisão integrativa2024-11-22T07:23:48-03:00Amanda Lima Rubimamandalrubim@gmail.comAline Mendesaline.mnd@gmail.comLuiza Michel Coty Tabajara Leite de Barros Cartaxo de Arrudaluiza.mctl@gmail.comChrissie Ferreira de Carvalhochrissieca@gmail.comMauro Luís Vieiramaurolvieira@gmail.com<p>A interação entre pais e filhos desempenha papel fundamental no desenvolvimento infantil, e deve ocorrer em ambientes que estimulem o desenvolvimento tanto da criança, como da família. Considerando que essa interação é recíproca e bidirecional, torna-se essencial considerar as particularidades da criança e as características individuais dos pais. Crianças com diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista (TEA) enfrentam desafios comportamentais e de interação social, que podem impactar significativamente a dinâmica entre elas e seus pais. Nesse contexto, a autoeficácia parental surge como um elemento crucial, e representa a crença e confiança que os pais têm em sua própria capacidade de criar, cuidar e educar seus filhos. O objetivo deste estudo é identificar, na literatura, as possíveis relações da autoeficácia parental no desenvolvimento de crianças com TEA. Trata-se de uma revisão integrativa, realizada nas fontes de informação Pubmed/Medline, Embase, Cinahl, PsycInfo, Scopus, Web of Science, Eric e Lilacs. A partir do acrônimo PCC (Pessoa, Conceito e Contexto), estipulou-se a pergunta norteadora e os descritores em português, inglês e espanhol. As produções foram criteriosamente selecionadas, considerando critérios de elegibilidade pré-definidos, e por pares duplo-cegos, seguindo o Check List Prisma. Dados de 12 estudos foram analisados e sintetizados em categorias, de modo a promover uma visão abrangente da temática. Tornou-se evidente a relevância de se considerar a autoeficácia parental um elemento importante na interação entre pais e filhos com TEA. Destaca-se a importância de se considerar as peculiaridades do TEA e dos pais, fomentando um ambiente saudável e estimulante ao desenvolvimento da criança.</p>2024-12-19T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Revista Educação Especialhttps://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/88205A pessoa com deficiência no regime contemporâneo de imagens: revisão de literatura 2024-10-19T18:51:19-03:00Fátima Lucília Vidal Rodriguesvidalrodrigues@unb.brClaudia Guilmar Linhares Sanzclaudialinharessanz@gmail.comEvelyn Marques RodriguesEvelyn.rodrigues.ped@gmail.comMariana Sardinha Barroscuricho@gmail.com<p>Este estudo integra a pesquisa “(In)visibilidades da pessoa com deficiência no regime contemporâneo de imagens” (UNB-FENAPAES) e se propôs a realizar uma revisão de literatura integrativa. O levantamento das referências bibliográficas foi realizado nas bases de dados Scientific Electronic Library Online (SciELO), Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) e Biblioteca Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD), considerando os anos de 2014 a 2023, escritos em língua portuguesa e revisados por pares, no caso dos periódicos. Um grupo de oito pesquisadoras partiu de 4623 resultados encontrados a partir de dois blocos de descritores, previamente validados. Foram pré-selecionados 103 trabalhos, em uma análise feita por duplas de pesquisadoras e, posteriormente, submetidos à análise coletiva. Após apreciação, chegou-se ao número final de 22 textos incluídos para análise. Os textos foram organizados em seis blocos, conforme os objetos de análise empírica dos autores: mídia (jornais, televisão, revistas); anúncios publicitários; cinema; fotografia; portais governamentais e redes sociais. As conclusões remetem para um aumento das pesquisas com foco nas pessoas com deficiência e imagem, desde produções iniciais de formação de pesquisadores - stricto senso (BDTD) - até produções publicadas em periódicos Qualis A. O resultado da pesquisa comprova a existência de processos que marcam a invisibilidade no discurso social acerca das pessoas com deficiência. Esses processos provocam deslocamentos, mas não transformação das imagens, reforçando análises semiolinguísticas e quantitativas existentes no regime contemporâneo de imagem, que ajudam, mas não operam como ferramentas de análise.</p>2024-11-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Revista Educação Especialhttps://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/69807A educação de surdos e a proposta de alfabetização fônica: discursos e controvérsias na proposta de um Plano Nacional de Alfabetização (PNA)2024-07-31T10:39:10-03:00Cleuzilaine Vieira Silvacleuzilaine@ufsj.edu.brMaria de Fátima Cardoso Gomesmafacg@gmail.com<p>O presente artigo propõe, por meio de uma revisão de literatura, atingir o seguinte objetivo: analisar de forma crítica e discursiva a proposta de alfabetização fônica e sua inclusão em um Plano Nacional de Alfabetização idealizado por Capovilla (2020) no artigo Intitulado “Por um Plano Nacional de Alfabetização (PNA) capaz de respeitar diferenças de língua e constituição biológica”. Para tanto, são apresentadas, com base na Teoria Histórico-Cultural, representada por Vigotski, e na Análise do Discurso tendo fundamento em Bakhtin e seu Círculo, argumentações que demonstram a inviabilidade do método fônico, bem como as incongruências com relação à aplicação desse método na educação dos surdos. Os resultados dessa discussão são apresentados por meio de um diálogo fecundo acerca de diferentes visões sobre alfabetização e/ou letramentos em que são esclarecidas as divergências entre a proposta de alfabetização fônica e as tendências discutidas com relação ao termo alfabetização e ao termo letramento na educação de modo geral, e, também na educação de surdos.</p>2024-12-20T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Revista Educação Especial