https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/issue/feed Revista Educação Especial 2025-11-19T10:55:57-03:00 Clenio Perlin Berni revistaeducacaoespecial@ufsm.br Open Journal Systems <p style="text-align: justify;"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;">A Revista </span></span><strong><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;">Educação Especial</span></span></strong><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"> tem como finalidade veicular apenas artigos inéditos na área da Educação Especial, provenientes de pesquisas e práticas articuladas no campo. </span><span style="vertical-align: inherit;">A Revista está organizada em sessões </span></span><strong><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;">de Dossiê</span></span></strong><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;">, </span></span><strong><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;">Publicação Contínua</span></span></strong><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;">, sendo que os primeiros textos de publicação contínua, volume único anual, atendem à demanda de fluxo contínuo e estão organizados na forma de Dossiê Temático. </span><span style="vertical-align: inherit;">A revista tem </span></span><strong><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;">o português (Brasil)</span></span></strong><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"> como idioma principal, mas os textos também podem ser escritos em </span></span><strong><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;">inglês</span></span></strong><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;">, </span></span><strong><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;">espanhol</span></span></strong><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"> e </span></span><strong><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;">francês</span></span></strong><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;">.</span></span></p> <p style="text-align: justify;"><strong><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;">eISSN 1984-686X | </span><span style="vertical-align: inherit;">Qualis/CAPES (2017-2020) = A2</span></span></strong></p> https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/87690 Significações da coordenação de curso sobre o processo formativo de professores em Educação Especial 2025-01-15T11:13:54-03:00 Raíssa Matos Ferreira raissamatos16@gmail.com Neiza de Lourdes Frederico Fumes neizaf@yahoo.com <p>Este estudo aborda a formação inicial em cursos de Licenciatura em Educação Especial. Trata-se da apresentação crítico-reflexiva de alguns resultados da tese de doutorado da primeira autora deste estudo. Teve como objetivo principal apreender as significações da coordenação de curso sobre o processo formativo de professores em Educação Especial. Esta pesquisa contou com a participação voluntária de uma coordenadora de um curso de Licenciatura em Educação Especial vinculado à uma Instituição de Ensino Superior (IES) federal na modalidade presencial. Para tanto, a entrevista semiestruturada foi o instrumento de pesquisa utilizado. A aplicação deu-se através de gravação de áudio e imagem, via plataforma do <em>Google Meet</em>. No que se refere à produção de dados, utilizamos os Núcleos de Significação. Pontuamos que, na etapa de produção dos dados, estávamos vivenciando o período pandêmico da COVID-19. Acerca disso, tornou-se um recorte analítico envolvendo as implicações desse período na formação dos professores. Quanto à interpretação dos dados, utilizamos algumas categorias do Materialismo Histórico-Dialético e da Psicologia Sócio-Histórica. As categorias utilizadas nesta análise foram: trabalho, totalidade e historicidade, mediação e contradição, sentido e significado. Os principais resultados apontam que, possivelmente, as disciplinas didático-metodológicas são mais priorizadas, enquanto as disciplinas teórico-políticas são secundarizadas durante o processo de ensino-aprendizagem de licenciandos, com base na formação por competências. Concluímos que a atuação do Núcleo Docente Estruturante (NDE) é fundamental na formação de professores, pois pode potencializar a transversalidade, perpassando o conceito de interseccionalidade no decorrer da produção de ações pedagógicas inclusivas dentro do curso ao longo da formação de professores.</p> 2025-01-12T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2025 Revista Educação Especial https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/89678 Avaliação de alunos com autismo na Educação Inclusiva: Estado da arte 2025-03-24T19:37:08-03:00 Ana Amália Oliveira Roveda nanaroveda@hotmail.com Carlo Schmidt carlopsico4@gmail.com <p>O crescente número de matrículas de alunos com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) nas escolas de ensino comum se constitui como um desafio para a prática inclusiva do atendimento educacional especializado (AEE). Isso porque, dentre as atribuições do AEE está previsto o conhecimento dos alunos com TEA através do processo avaliativo educacional com vistas à identificação de barreiras à plena participação e aprendizagem. Considerando a heterogeneidade no perfil de aprendizagem de alunos com TEA, a identificação dessas especificidades exige um criterioso processo avaliativo. Sendo assim, o objetivo deste estudo é apresentar o estado da arte sobre instrumentos educacionais para avaliação de alunos com transtorno do espectro autista. O percurso metodológico se deu através de revisão narrativa sobre instrumentos avaliativos sobre TEA numa pesquisa realizada nas bases de dados Scielo, Portal de Periódicos da Capes, Biblioteca Digital de Teses e Dissertações, Educ@, Google Acadêmico e pesquisa documental. Os resultados mostram que há uma escassez de instrumentos avaliativos para alunos com TEA no contexto da educação, configurando uma lacuna, que contrasta com a diversidade destes no campo da saúde. Considerando a incompatibilidade de utilização de avaliações clínicas para o contexto escolar, entende-se que os professores de AEE encontram-se desabastecidos de subsídios para a identificação de barreiras para a participação e aprendizagem, e com isso ameaçando a qualidade das informações necessárias para a elaboração dos planos de ensino para alunos com TEA.</p> 2025-01-20T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2025 Revista Educação Especial https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/89199 Editais de ingresso na Educação Superior: legitimação do direito à acessibilidade informacional e comunicacional 2025-03-24T19:37:14-03:00 Luana Alves de Abreu Braseliano abluana@hotmail.com Leonardo Santos Amâncio Cabral leonardocabral@ufscar.br <p>As Instituições de Educação Superior (IES) são um importante espaço de desenvolvimento sócio-histórico e cultural. No entanto, estudos da área de Educação Especial indicam que as pessoas com deficiência se deparam com barreiras para o acesso a informações que garantam a materialização dos seus direitos formais para o ingresso, a permanência e a titulação neste nível de ensino. Nesse cenário, o objetivo do presente artigo foi identificar aspectos facilitadores e dificultadores comunicacionais, informacionais e tecnológicos presentes no edital de ingresso da graduação. Trata-se de um estudo de caso de cunho qualitativo. Para a coleta de dados, foram realizadas entrevistas na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), <em>online</em> e presencial. O estudo considerou a participação de três pessoas vinculadas à universidade: um estudante da graduação com deficiência, um servidor com deficiência envolvido nas bancas de verificação do ingresso e uma pessoa servidora responsável pela elaboração, revisão e difusão do edital Sisu/Enem. Com abordagem da Análise Institucional, os resultados indicaram aspectos da acessibilidade que são dificultadores culturais, administrativos, informacionais e estruturais do edital de ingresso e subsidiaram a proposição científica de práticas facilitadoras nesse contexto.</p> 2025-01-16T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2025 Revista Educação Especial https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/89029 Entre balões, sarjetas e requadros: a nona arte na educação inclusiva, revisão de 2014 a 2024 2025-03-24T19:37:17-03:00 Adonis da Silva Tomé adonis.psicologia.usm@gmail.com Ida Carneiro Martins ida.martins@unicid.edu.br Roberto Gimenez roberto.gimenez@unicid.edu.br <p>O presente artigo tem por objetivo descrever qualitativamente a última década de produções científicas que se utilizaram de Histórias em Quadrinhos (HQs) na educação inclusiva, e analisar os desdobramentos das temáticas dessas produções. Esta revisão fundamentou-se na busca sistemática em bancos de dissertações, teses e periódicos, e utilizou-se metodologicamente de enfoque fenomenológico, obtendo unidades significativas das produções. O trabalho está organizado em duas etapas: 1) comparação quantitativa da genealogia das produções; e 2) descrição e análise das unidades significativas. As produções científicas mostraram o uso das HQs na educação inclusiva nas seguintes unidades significativas: recursos didático e pedagógico, de acessibilidade, produto pedagógico, recurso mediador de relações e recurso para apreensão de representação social. Nesse sentido, concluiu-se admitindo que existe validação epistemológica no uso das HQs na educação inclusiva, e potencialidade pedagógica ao admiti-las como sistema de linguagem facilitador dos processos de aprendizagem e desenvolvimento, na formação de professores e na escolarização dos estudantes.</p> 2025-01-16T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2025 Revista Educação Especial https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/88285 Percepção de professores de Ensino Superior sobre as repercussões de uma formação sobre inclusão em suas práticas docentes 2025-03-24T19:37:11-03:00 Raphaella Lopes raphaelladclopes@gmail.com Simone Souza da Costa Silva symon@ufpa.br <p>A pesquisa teve o objetivo de identificar as mudanças percebidas pelos professores da Universidade Federal do Pará – Campus de Castanhal em suas práticas docentes após participarem de uma formação sobre inclusão de alunos público-alvo da Educação Especial no Ensino Superior. Participaram 29 professores, do referido campus, que frequentaram a formação e responderam individualmente ao questionário de Formação Docente para Inclusão de Alunos da Educação Especial II (FDIAEE-II). Verificou-se que houve mudanças na percepção dos docentes sobre as suas práticas com os graduandos, nas práticas pedagógicas dos professores (interação professor-aluno público-alvo da Educação Especial, metodologia, conteúdos e avaliação) e nas interações institucionais. Identificou-se que houve repercussões que extrapolaram aqueles que participaram da formação, como os professores que não fizeram parte do processo formativo. Concluiu-se que, a formação contribuiu com a construção de uma cultura institucional inclusiva e que há a necessidade de institucionalização da formação pedagógica sobre inclusão como uma estratégia importante para que se garanta um processo contínuo, que colabore para permanência, participação e progressão dos graduandos público-alvo da Educação Especial.</p> 2025-01-20T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2025 Revista Educação Especial https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/86242 Diretrizes para o uso de aplicativos de leitura e escrita para alunos com Deficiência Intelectual 2025-03-24T19:37:05-03:00 Karolina Waechter Simon karolinasimon@gmail.com Ana Cláudia Oliveira Pavão anaclaudiaoliveirapavao@gmail.com <p>Este estudo tem como objetivo apresentar diretrizes para o uso de aplicativos, considerando o nível de leitura e escrita dos sujeitos com deficiência intelectual. A pesquisa tem abordagem qualitativa, objetivo exploratório e procedimentos de pesquisa participante. Os sujeitos são doze alunos que frequentam o atendimento educacional especializado e apresentam diagnostico de deficiência intelectual. O instrumento utilizado constituiu-se do diário de campo, por meio da observação participante, sendo a análise dos resultados teórica reflexiva. Os resultados apresentam a análise de doze aplicativos, sendo três de cada nível de leitura e escrita, tendo sido observados aspectos pedagógicos e técnicos dos aplicativos, considerando requisitos de cada nível. A análise resultou nas Diretrizes para o uso de aplicativos de leitura e escrita. Concluiu-se que as Diretrizes podem contribuir para a escolha e utilização de aplicativos não só para esse público, mas para qualquer sujeito que esteja em processo de alfabetização.</p> 2025-01-21T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2025 Revista Educação Especial https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/87311 “Tá faltando alguma coisa”: o uso de telas no cotidiano sociofamiliar de crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) 2025-03-24T19:37:41-03:00 Débora Cavalcanti dos Santos debora.cds.pe@gmail.com Pollyanna Fausta Pimentel de Medeiros pollyanna.pimentel@unifesp.br <p>As famílias contemporâneas são impactadas pela transformação digital. Mais de 80% dos domicílios no Brasil possuem acesso à internet e a algum equipamento digital (CGI, 2024). Neste texto, nosso objetivo é analisar a percepção dos responsáveis legais por crianças com autismo, acompanhadas em um serviço de saúde mental no município de Recife/PE, acerca do uso de telas no cotidiano sociofamiliar. Trata-se de um estudo qualitativo (Minayo; Deslandes; Gomes, 2011), que utilizou entrevistas semiestruturadas e a análise dos dados, baseada no referencial da análise de conteúdo (Bardin, 2016). Os resultados apontam que, no contexto doméstico de famílias em vulnerabilidade social, as orientações fornecidas pelos serviços de saúde sobre o uso de telas na infância são frequentemente consideradas inviáveis. Nesses casos, as telas digitais assumem, muitas vezes, o papel de acompanhantes e supervisoras das crianças, permitindo que os pais realizem determinadas tarefas. Identificamos que a maioria dos pais associa o uso de telas a prejuízos, como problemas oftalmológicos, prejuízos no humor, no comportamento, na fala e na interação social. Por outro lado, os benefícios relatados incluem o aprendizado de habilidades específicas. Com relação ao contexto escolar, os participantes relatam que o YouTuBe é uma plataforma que promove aprendizado, podendo ser utilizada como reforço escolar e para melhor compreensão de conteúdos não assimilados na escola. Conclui-se que as telas digitais impactam o cotidiano e a rotina das famílias, mas, quando utilizadas com responsabilidade, contribuem para o desenvolvimento das crianças.</p> 2025-03-21T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2025 Revista Educação Especial https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/85638 A percepção de professores de uma escola da rede pública de ensino de Lauro de Freitas-BA sobre a aprendizagem do estudante com deficiência intelectual 2025-03-24T19:37:02-03:00 Vanilda Santos Fonseca vanildas822@gmail.com Cláudia Paranhos de Jesus Portela claudiaparanhos3@gmail.com <p>Para que haja a inclusão do estudante com deficiência intelectual, compete ao professor o reconhecimento de suas potencialidades, quer seja, o entendimento de que a sua condição não o impede de aprender. Para tanto, se faz necessário o delineamento de práticas pedagógicas que o contemplem. Isto porque, há a necessidade de um olhar diferenciado sobre o aprendizado do estudante para favorecimento do processo de ensino-aprendizagem. Dessa forma, esse artigo analisou a percepção de docentes sobre a condição de aprendizagem do estudante com deficiência intelectual. Trata-se de um estudo de caso de abordagem qualitativa; participaram seis professores da rede pública de ensino de Lauro de Freitas (BA) e foi realizada a aplicação de entrevista semiestruturada. Os dados evidenciaram a visão limitadora atribuída ao estudante com deficiência intelectual. Os participantes consideram as potencialidades desses estudantes, porém ainda não conseguem direcionar estratégias às singularidades dos sujeitos e destacam, em função disso, a necessidade de formação para a inclusão. Os resultados indicam a valorização das experiências docentes alinhadas à reformulação de Políticas Públicas de formação que contemplem práticas pedagógicas inclusivas.</p> 2025-01-25T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2025 Revista Educação Especial https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/74372 O intérprete educacional de Português/Libras e suas escolhas tradutório-interpretativas em aulas de Química 2025-03-24T19:37:54-03:00 Kevin Lopes Pereira kevin.pereira@ufjf.br Ivoni Freitas Reis ivonireis@gmail.com Marcelo Giordan giordan@usp.br <p>O Tradutor e Intérprete Educacional de Português/Língua Brasileira de Sinais possui um papel fundamental em espaços que buscam ser inclusivos a surdos. No contexto da educação química, sua atuação nos processos de ensino e aprendizagem é cercada de desafios que ainda carecem de pesquisas científicas que os abordem, dentre esses, o uso dos recursos tradutório/interpretativos aplicados a construção de conceitos químicos. Assim sendo, esse estudo tenciona articular um espaço de diálogo, envolvendo questões que dizem respeito às escolhas linguísticas de um profissional Intérprete em uma aula de Química e os recursos utilizados durante o discurso. Para isso, partiu-se da análise de uma aula gravada em uma sala de aula do 1º ano do ensino médio, na qual havia um discente surdo. O foco da pesquisa centrou-se nas ações da Intérprete Educacional enquanto a professora regente abordava o tema ‘regra do octeto’. As análises efetuaram-se a partir da divisão em sequências discursivas e uma posterior observação fundamentada em aportes teóricos da gramática da Língua Brasileira de Sinais. Identificou-se que em sua ação a Intérprete faz uso majoritário de sinais para dar sentido a estrutura sintática da frase, porém, utiliza classificadores na expressão dos conceitos específicos e fenômenos que já possuem, ou não, um sinal. Por fim, o uso da datilologia se voltou a expressão nominal de terminologias, e os gestos, para apontamentos.</p> 2025-02-07T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2025 Revista Educação Especial https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/87672 Análise de intervenções naturalistas baseadas na rotina da família para jovens com deficiência intelectual e/ou autismo 2025-03-24T19:36:56-03:00 Giovanna Lins giovanna.lins@aluno.ufabc.edu.br Priscila Benítez priscila.benitez@ufabc.edu.br Gessica Fonseca gessicafonsecaufrn@gmail.com Kate Mamhy Oliveira Kumada kate.kumada@ufabc.edu.br <p>Intervenções naturalistas baseadas na rotina familiar proporcionam uma abordagem contextualizada e centrada na vida cotidiana, promovendo habilidades funcionais e a inclusão social de forma eficaz para pessoas com autismo e deficiência intelectual. Contudo, a maioria dos estudos associados à temática é direcionada à primeira infância, sendo escassos os trabalhos dedicados a jovens pertencentes a esses grupos. Desta forma, neste estudo, os objetivos foram analisar intervenções naturalistas baseadas na rotina da família de jovens com deficiência intelectual e/ou autismo, em quatro bases de dados (PsycInfo, PePSIC, Scielo e BDTD), utilizando palavras-chave <em>Routines-Based Model; Family-Centered Practices; Working with Families + Special Education; Routines-Based Interview; Natural Environments + Family; Naturalistic Intervention Programme + Family</em> em bancos de dados reconhecidos na área de psicologia e educação, os resultados revelaram uma notável carência de dados específicos sobre intervenções naturalistas direcionadas a essa parcela específica da população jovem. De um total de 2.596 estudos recuperados com o sistema de busca por palavra-chave, 27 atenderam os critérios de inclusão para análise. Dos 27, 25 estudos discutiam sobre algum aspecto relacionado à primeira infância e somente 2 tratavam da temática da juventude, o que mostra uma disparidade entre o número de publicações nessa área. Discute-se sobre procedimentos utilizados na Educação Especial na primeira infância, como é caso das intervenções centradas nas famílias e sua aplicabilidade no contexto da juventude, de modo a refletir sobre adequações necessárias para inclusão social do jovem com autismo e/ou DI.</p> 2025-02-11T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2025 Revista Educação Especial https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/87352 Terminalidade Específica nos Institutos Federais: o que dizem os documentos institucionais 2025-03-24T19:36:59-03:00 Lívia Maria Reis Pereira liviamaria@ifba.edu.br Ticiana Couto Roquejani ticianacouto@ifsp.edu.br Daniele Pinheiro Volante daniele.volante@ifpr.edu.br Carla Ariela Rios Vilaronga crios@ifsp.edu.br Maria da Piedade Resende da Costa piedade@ufscar.br <p>A Terminalidade Específica – TE – e a Certificação Diferenciada – CD – são recursos garantidos a estudantes que, em virtude de suas necessidades educacionais específicas – NEE –, não alcancem o nível exigido para conclusão de determinada etapa de ensino. Nos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia – IFs –, o respaldo para sua aplicação é recente e tem origem em pareceres do Conselho Nacional de Educação – CNE – e Câmara de Educação Básica – CEB –, elaborados em 2013 e 2019. Assim, objetivou-se: a) identificar documentos normativos que abordam a TE ou CD, elaborados pelos IFs após a publicação do Parecer CNE/CEB nº 5, de 06 de junho de 2019; e b) analisar os procedimentos descritos nessas normativas para aplicação desses recursos. Realizou-se uma pesquisa documental nas páginas eletrônicas institucionais para posterior análise de instruções normativas, resoluções e demais documentos orientadores dos serviços e medidas para apoio à escolarização de estudantes com NEE dos 38 IFs brasileiros. Percebeu-se um aumento de documentos que abordam TE ou CD – 24 documentos –, mas muitos IFs ainda não prevêem esses recursos em seus documentos institucionais. Para os oito IFs que descrevem detalhadamente esses recursos, é preconizada a participação dos diversos servidores e setores relacionados à escolarização dos estudantes com NEE. Mas a participação do próprio estudante e seus responsáveis legais não é prevista para a maioria das instituições e precisa ser fortalecida. Por fim, entende-se que IFs necessitam regulamentar e detalhar os procedimentos adotados para a concessão da CD, na perspectiva do Parecer CNE/CEB nº 5, de 2019.</p> 2025-02-11T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2025 Revista Educação Especial https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/88143 Narrativas de professores de surdos sobre ensino e currículo de Libras nas escolas bilíngues 2025-03-24T19:36:50-03:00 Fernando Fogaça fernando.fogaca@ufrgs.br <p>O presente trabalho mostra os resultados de uma pesquisa cujo objetivo foi analisar as narrativas de professores de surdos a respeito do ensino da Língua Brasileira de Sinais (Libras) e do currículo dessa língua no Brasil. As teorizações que embasam a investigação se encontram nos campos dos Estudos Surdos e dos Estudos Culturais em Educação. Utilizou-se uma abordagem qualitativa, inspirada nas metodologias pós-críticas em educação e currículo. O corpus da pesquisa consistiu em um conjunto de narrativas produzidas durante os encontros do Fórum das Escolas de Surdos do Rio Grande do Sul (Fesurs), extraídos de videogravações de domínio público. A partir das falas dos participantes, foi possível constatar a compreensão de que as práticas pedagógicas que envolvem a estrutura gramatical da língua de sinais são insuficientes, havendo a indicação da necessidade de mudança na disciplina de Libras. Segundo os relatos, há uma valorização de elementos culturais e identitários em detrimento do arcabouço linguístico, de forma que o ensino da Libras na escola básica permanece baseado na interação e no uso espontâneo da língua. Dessa forma, foi possível identificar a relevância de se realizar um debate maior a respeito dos aspectos estruturais da língua e da reformulação dos currículos da Libras no país, apoiados por políticas públicas e formação continuada de professores.</p> 2025-02-28T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2025 Revista Educação Especial https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/88562 Teoria da mente, compreensão e experiência de bullying em adolescentes com autismo: um estudo qualitativo 2025-03-24T19:36:47-03:00 Kátia Carvalho Amaral Faro katia.c.psi@gmail.com Felipe Coelho Cardozo felipecoelho.ap@gmail.com Cleonice Alves Bosa cleonicebosa@gmail.com <p>Pessoas dentro do espectro autista podem estar mais vulneráveis às experiências de bullying no ambiente escolar devido às próprias características do transtorno, especialmente aquelas relacionadas aos déficits sociais. Esta pesquisa teve por objetivo investigar qualitativamente através de estudo de casos múltiplos a compreensão e a experiência de bullying e suas relações com as habilidades de Teoria da Mente em cinco adolescentes com transtorno de espectro autista. Os adolescentes responderam tarefas de Teoria da Mente e de percepção e experiência de bullying, enquanto seus responsáveis preencheram um questionário sociodemográfico e de Levantamento de Características Clínicas. Os resultados demonstraram que os participantes distinguiram a maioria dos comportamentos considerados bullying ou de não-bullying, com exceção de alguns que não diferenciaram bullying de agressão e não reconheceram intimidação ou cyberbullying. O tipo de bullying mais experienciado foi o de exclusão social, seguido de verbal e físico. A conclusão é a de que parece haver relação entre os construtos, porém é necessária uma investigação mais ampla, incluindo outras variáveis que parecem ser importantes nesta relação, tal como idade, escolaridade e demais funções cognitivas.</p> 2025-03-12T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2025 Revista Educação Especial https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/74749 "Nada sobre nós, sem nós": tutorial bilíngue (Libras-Português) para acessibilidade de pessoas surdas aos portais de ingresso do IFC 2025-03-24T19:36:44-03:00 Marimar da Silva marimar.silva@ifsc.edu.br Daiana Henrique Maria daiana.maria@ifc.edu.br <p>Este estudo na e para a Educação Profissional e Tecnológica (EPT) tem como objetivo contribuir para qualificar a acessibilidade do público surdo aos portais de ingresso do Instituto Federal Catarinense (IFC), tendo em vista que estes têm se mostrado uma barreira para essa população. Assim, foi elaborado, implementado e avaliado um produto educacional instrucional, na tipologia tutorial bilíngue (Libras-Português), respeitando a língua e cultura surda. A pesquisa, de natureza aplicada com análise qualitativa dos dados, foi realizada com uma estudante surda, quatro técnicos administrativos em educação (TAEs), uma docente surda e um especialista em audiovisual. Os instrumentos de geração de dados incluíram questionários e entrevistas com os participantes antes, durante e após a aplicação do produto. O estudo demonstrou que os recursos de acessibilidade desenvolvidos para o tutorial viabilizaram a compreensão e a realização da inscrição de forma autônoma e exitosa pela estudante surda participante do estudo, além de estimular processos cognitivos que levam a diferentes aprendizagens e potencializam processos de ingresso mais inclusivos e equitativos. Porém, o estudo alerta para a ampliação da população surda em estudos futuros.</p> 2025-03-18T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2025 Revista Educação Especial https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/87651 Unidade didática bilíngue (Libras/Português): meios de transporte para crianças do fundamental I 2025-03-24T19:37:45-03:00 Giovane dos Santos Brito giovanebrito8@gmail.com Fernanda Beatriz Caricari de Morais fernandacaricari@gmail.com <p>O objetivo deste trabalho concentra-se em apresentar uma proposta de Unidade Didática (UD) para ensino dos meios de transportes às crianças surdas do 3º ano do ensino fundamental I, em especial, àquelas matriculadas nos espaços bilíngues de aprendizagem, onde a Libras se faz presente como língua de instrução e a língua portuguesa como segunda língua. Para a elaboração do material, considerou-se as reflexões realizadas tanto por Leffa (2007), como as que se podem encontrar nas pesquisas de Morais e Cruz (2020), Fernandes (2008), Pereira (2014) sobre o tema, para além de outras que versam sobre esse processo voltado para tal grupo de aprendizes. A proposta elaborada constitui-se em um recurso composto por 8 atividades e 2 jogos didático-pedagógicos virtuais. Tendo por base os comentários discorridos sobre cada parte da UD produzida, espera-se que a aplicação dela, no contexto descrito, possa oportunizar aprendizagens significativas aos aprendizes presentes no referido espaço, bem como novos interesses por parte dos alunos, além de novas possibilidades do trabalho docente, frente às demandas linguístico-discursivas que o público-alvo da UD apresenta, em ampla escala, dentro das múltiplas salas de aula do Brasil.</p> 2025-03-19T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2025 Revista Educação Especial https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/85811 O que me diz seu olhar: rastreamento ocular de crianças com e sem autismo em jogos educacionais digitais de matemática 2025-03-24T19:37:48-03:00 Andiara Cristina de Souza ancrisou@gmail.com João dos Santos Carmo joaocarmo.dpsi@gmail.com Priscila Benitez priscila.benitez@ufabc.edu.br Jasson Carvalho da Silva jassonjcs11@gmail.com <p>Este artigo teve como objetivo comparar o comportamento ocular de crianças com e sem autismo na realização de tarefas de adição simples em Jogos Educacionais Digitais (JEDs) disponibilizadas na <em>web</em>, a fim de verificar se existe diferenças na fixação ocular dos elementos relevantes e irrelevantes das tarefas. Buscamos responder ao seguinte questionamento: Ao realizar atividades de adição simples em JEDs de matemática, crianças com e sem autismo apresentam maior número de fixação ocular nos elementos gráficos da tarefa ou nos elementos secundários? Para atender ao objetivo proposto, realizamos uma análise do rastreamento ocular de 8 (oito) crianças durante a realização de tarefas de adição simples. Os dados obtidos por meio do rastreamento ocular geraram métricas relativas ao tempo e número de fixações dos participantes em cada uma das atividades, o que possibilitou analisar quantidade de vezes e o tempo que os participantes olharam para os elementos relevantes e irrelevantes da tarefa. Os resultados obtidos trouxeram indícios de que crianças com e sem autismo com idade e repertório de entrada matemático semelhantes, expostas às mesmas condições de ensino, não apresentam diferenças significativas de desempenho em JEDs. Interfaces gráficas do usuário com baixa acessibilidade interferem no tempo de execução das tarefas para todas as crianças participantes do estudo, uma vez que fazem com que elas passem mais tempo olhando para os elementos irrelevantes da tarefa. Para que os JEDs possam ensinar adição, é necessário que possuam interfaces amigáveis, instruções curtas, consequências diferenciais imediatas e favoreçam a personalização.</p> 2025-03-19T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2025 Revista Educação Especial https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/87276 A filantropia das patronesses na assistência social de uma escola especializada na cidade de Pelotas, RS (1950-1969) 2024-07-08T15:08:35-03:00 Fernando Ripe fernandoripe@yahoo.com.br Rafael Santos da Rosa rafaelsantosdarosa948@gmail.com <p>Considerando que na cidade de Pelotas, no Rio Grande do Sul, a preocupação com a educação especializada para deficientes encontrou suas raízes nas práticas assistenciais da filantropia desenvolvidas por patronesses, apresentamos uma análise das participações e contribuições no auxílio social prestado a Escola Professor Alfredo Dub no período entre 1950 e 1969. A partir de uma abordagem histórica e cultural, possibilitada pela análise de notícias divulgadas nos impressos locais à época, concluímos se tratar da existência de uma rede de sociabilidade que, com a ajuda de patrocínios, publicidades e eventos de caridade, sustentava o trabalho especializado realizado pela fundadora da instituição, Maria de Lourdes Magalhães, com a contribuição da benemerente Carmen Gastal Osório. Por conseguinte, consideramos nas categorias filantropia e mito fundador elementos-chave para a leitura e interpretação histórica das instituições especializadas, uma vez que a noção de mito fundador confere uma narrativa que ajuda a estabelecer uma ligação emocional entre a comunidade surda e a instituição, criando um senso de pertencimento e união.</p> 2025-03-26T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2025 Revista Educação Especial https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/84200 Reflexões sobre as políticas de acesso dos alunos cotistas ao Ensino Médio Integrado do Instituto Federal de Cabo Frio 2024-04-30T09:19:34-03:00 Marcos da Silveira Pugirá mpugira.mestrado@gmail.com Rosa Lidice de Moraes Valim rosa_valim@outlook.com Veronica Eloi de Almeida veronicaeloi@hotmail.com <p>Objetiva-se aqui apresentar dados de uma pesquisa de campo, realizada (através de questionário semiestruturado), com vias a reflexões sobre a percepção de 18 professores do nono ano do ensino fundamental (de escolas que se situam próximo ao IFF Campus Cabo Frio - nos municípios de Armação dos Búzios e Cabo Frio), a respeito do grau de conhecimento de seus alunos sobre as políticas de acesso ao Ensino Médio Integrado do Instituto Federal de Cabo Frio – particularmente políticas de acesso ligadas às cotas destinadas às cotas sociais (aos que se encontram em situação de vulnerabilidade financeira), raciais (ligadas a grupos étnicos) ou às pessoas com deficiências. Os dados do campo foram analisados da seguinte forma: (i) as informações do campo foram tabuladas e apresentadas em forma de texto narrativo, (ii) tais informações, conforme apresentadas, foram analisadas à luz de material bibliográfico pertinente e (iii) inferências foram, então, realizadas. A cada bloco de informações este processo se repetiu, até que todos os dados do campo foram discutidos. Dentre os achados, evidencia-se que todas as unidades escolares analisadas possuem internet banda larga, mas nem todas disponibilizam acesso à internet para os alunos e que as informações sobre o processo seletivo para ingresso no Ensino Médio Integrado do Instituto Federal Fluminense Campus Cabo Frio chegam aos alunos, mas nem sempre chegam na íntegra.</p> 2025-04-01T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2025 Revista Educação Especial https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/85193 De escola especializada à escola de educação básica na modalidade de educação especial: o caso da escola Novo Horizonte, em Corbélia (Pr) 2024-11-27T13:48:28-03:00 Lilian Késia Muniz de Souza lilian.munizks@gmail.com Lucia Terezinha Zanato Tureck lucia.tureck@unioeste.br <p>A educação especial brasileira tem seu desenvolvimento<span style="text-decoration: line-through;">,</span> influenciado por contextos históricos e regulamentada por legislações infraconstitucionais específicas. Este artigo tem por objetivo analisar a trajetória da educação especial no Brasil, os desdobramentos no estado do Paraná e o caso da Escola Novo Horizonte – Educação Infantil e Ensino Fundamental, na Modalidade Educação Especial, mantida pela Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais – APAE, do município de Corbélia (Pr), em investigação com ênfase nos aspectos políticos, sociais e econômicos que culminaram na atual oferta de ensino. A metodologia contempla pesquisa documental, especialmente de atos legais e documentos da escola; ainda, revisão bibliográfica, com autores como Jannuzzi e Caiado (2013), Mazzotta (2011), Saviani (2013; 2021).Os eventos históricos da escola foram compilados da sua fundação à atualidade, destacando sua relevância social ao município. Os resultados possibilitaram identificar contradições relativas à instituição mantenedora, pois, embora tenha surgido de lutas pelos direitos das pessoas com deficiência e tenha alcançado avanços sociais relevantes, mantém a escola para pessoas com deficiência em uma articulação política como instituição privada filantrópica, com acesso a verbas públicas, em movimento que favorece a omissão do Estado quanto a assumir a educação especial pública, em escola inclusiva. Considera-se importante a realização estudos que avaliem de forma abrangente a eficácia das reformulações propostas nessa modalidade escolar.</p> 2025-04-03T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2025 Revista Educação Especial https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/83882 Características socioemocionais de crianças com altas habilidades/superdotação: um estudo exploratório 2023-11-06T14:26:18-03:00 Júlia Reis Negreiros junegreiros1@gmail.com Solange Muglia Wechsler wechsler@lexxa.com.br Tatiana de Cássia Nakano tatiananakano@hotmail.com Angela Mágda Rodrigues Virgolim angela.virgolim@gmail.com <p>As altas habilidades/superdotação se marcam pela presença de um potencial elevado em qualquer área do desenvolvimento humano, comparado com pares da mesma idade. Dentre outros aspectos, as características socioemocionais dessas crianças têm sido foco de interesse de pesquisadores, não havendo, até o momento, consenso sobre a questão. Ora tais características são consideradas fatores de proteção, ora fonte de vulnerabilidade. Assim, o presente estudo buscou avaliar características socioemocionais em 37 participantes, com idades entre 9 e 12 anos, de ambos os sexos, divididos em dois grupos: participantes identificados com AH/SD (<em>n = </em>15) e sem identificação (<em>n </em>= 22). A amostra respondeu ao Inventário de Habilidades Sociais, Problemas de Comportamento, e Competências Acadêmicas para crianças (SSRS) e a Bateria Online de Inteligência Emocional (BOLIE). A comparação do desempenho dos grupos, por meio do teste Mann-Whitney indicou a existência de diferenças significativas entre os grupos (p ≤ 0,05), em todas as medidas e fatores avaliados, com exceção de um fator do SSRS e um fator da BOLIE, evidenciando um melhor desempenho das crianças superdotadas nos construtos avaliados. Tal resultado reforça a necessidade de atenção aos aspectos socioemocionais dessa população específica, dadas as diferenças encontradas em relação às crianças sem esse quadro.</p> 2025-04-08T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2025 Revista Educação Especial https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/86961 Desafios para a inclusão de crianças com Transtorno do Espectro Autista no ensino regular 2024-11-11T16:43:02-03:00 Thaynara Maria Pontes Bulhões enf.thaynarabulhoes@gmail.com Ivanise Gomes de Souza Bittencourt ivanise.gomes@eenf.ufal.br Maria Eduarda Alves Porto maria.porto@eenf.ufal.br Maria Cicera dos Santos de Albuquerque cicera.albuquerque@eenf.ufal.br <p>Esta pesquisa teve como objetivo relatar os desafios de uma mãe para a inclusão no ensino regular dos seus três filhos diagnosticados com Transtorno do Espectro Autista. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, exploratória do tipo narrativa de vida que ocorreu na Associação de Equoterapia, localizada em um município do nordeste do Brasil. As entrevistas com a mãe participante foram realizadas nos meses de junho e julho de 2022. Os relatos evidenciaram as dificuldades desde o início do processo de busca pela inclusão dos filhos no ensino regular, a falta de recursos no sistema de ensino, além da discriminação e do preconceito vivenciados no espaço escolar. Constatou-se a não efetivação dos direitos de escolarização previstos na legislação, com impactos na saúde física e mental da mãe participante devido ao processo desgastante e entristecedor desencadeados pelos enfrentamentos para a inclusão e desenvolvimento dos seus filhos. Dessa forma, esta pesquisa demonstrou, através das falas da mãe participante, o despreparo das instituições de ensino regular para acolher e incluir as crianças atípicas, não se efetivando a mínima medida correspondente aos seus direitos. </p> 2025-04-08T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2025 Revista Educação Especial https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/88738 Alfabetização de adolescentes com síndrome de Down 2025-06-12T14:53:32-03:00 Cristiano Pedroso crispedroso06@gmail.com Rose Dantas Nunes Sandes rose.dantas@adid.com.br Bruna Biazoli de Oliveira brunabiazoli@adid.com.br Elizete Sinesia Leal Pereira elizeteleal19@gmail.com <p>A síndrome de Down (SD) é a anomalia genética mais comum, ocorrendo em aproximadamente 1 a cada 800 nascimentos vivos, com uma incidência que aumenta conforme a idade materna. Como principal causa de deficiência intelectual, a SD está frequentemente associada a dificuldades no aprendizado e no desenvolvimento de habilidades adaptativas. Este estudo documental analisou dados de prontuários de uma instituição filantrópica em São Paulo, examinando o desempenho em leitura, escrita e matemática de 39 adolescentes e adultos com SD, com idades entre 13 e 19 anos. Utilizou-se o método de tarefas Match-to-Sample (MTS) para avaliar o progresso dos participantes ao longo de dois anos. A análise estatística, incluindo o teste de Friedman, revelou uma melhora significativa nas habilidades escolares, com diferenças significativas observadas para português (χ²(2) = 19,414, p &lt; 0,001) e para matemática (χ²(2) = 12,903, p = 0,002). Os modelos MTS se mostraram ferramentas eficazes na mensuração quantitativa do desempenho em análises de medidas repetidas, fornecendo uma base sólida para futuras intervenções educacionais.</p> 2025-06-26T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2025 Revista Educação Especial https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/88396 Desenho Universal para a Aprendizagem e diversidade de repertórios verbais entre alunos da Educação Infantil: intervenção individualizada com professores 2025-03-14T19:18:58-03:00 Claudia Daiane Batista Bettio claudia.bettio@usp.br Andréia Schmidt aschmidt@ffclrp.usp.br <p>A diversidade nos repertórios verbais de alunos da Educação Infantil tem desafiado os professores a arranjar contingências inclusivas de ensino. O Desenho Universal para a Aprendizagem (DUA) tem se mostrado uma ferramenta útil, embora ainda pouco explorada no Brasil. Intervenções com professores que empregam consultorias colaborativas ou que versam sobre o DUA têm documentado bons resultados, mas a partir de medidas indiretas sobre as mudanças dos professores. O objetivo deste trabalho foi avaliar, por meio de uma medida observacional e de dados quantitativos, os efeitos de uma intervenção individualizada com professores de Educação Infantil sobre seus desempenhos em sala de aula na aplicação dos princípios do DUA para favorecer o desenvolvimento de repertórios verbais dos alunos de forma inclusiva. Utilizou-se um delineamento de sujeito único de múltiplas sondagens entre comportamentos com quatro professoras, que participaram de um workshop e nove consultorias individuais. Foram realizadas 15 sondagens dos resultados, em 15 sessões de filmagens, analisadas com a categorização dos comportamentos das professoras e cálculo das taxas de comportamentos por minuto. O programa de desenvolvimento profissional proposto teve um efeito bastante discreto sobre o desempenho das professoras, cada qual com indicativo de melhora em um dos princípios do DUA. São discutidas implicações para aplicação e análise de futuras intervenções, elencando as vantagens de descrições pormenorizadas dos comportamentos dos professores em oposição a medidas gerais e indiretas. Destaca-se a necessidade de cautela com fórmulas prontas para intervenção com professores, uma vez que nessa área ainda há grande carência de evidências empíricas de eficácia.</p> 2025-06-26T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2025 Revista Educação Especial https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/88836 A identificação de estudantes com altas habilidades/superdotação na educação básica: um estudo sobre a relação de fatores socioeconômicos e educacionais 2025-02-11T11:50:02-03:00 Alessandra de Oliveira oliveira.alessandra@sou.unifal-mg.edu.br Aline Juliane do Lago aline.lago@sou.unifal-mg.edu.br Gabriel Rodrigo Gomes Pessanha gabriel.pessanha@unifal-mg.edu.br <p>Com o objetivo de compreender os fatores que influenciam a identificação de estudantes com altas habilidades/superdotação (AH/SD) na educação básica, realizou-se uma pesquisa quantitativa a partir de dados públicos disponibilizados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira - INEP e pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – IPEA. Foram conduzidas análises relacionadas aos estados da região sudeste do Brasil, contemplando os anos de 2012 a 2021, empregando técnicas inferenciais e utilizando como base um modelo de regressão linear múltipla. Os resultados indicam que o investimento em educação, a presença de professores sem licenciatura, o tipo de rede escolar (privada ou pública), o Índice de Gini e a renda per capita influenciam na identificação de alunos com AH/SD. Os resultados encontrados, bem como as hipóteses rejeitadas, contribuem ainda para a desmistificação de deduções baseadas no senso comum de que as altas habilidades/superdotação estão relacionadas a um ambiente escolar privilegiado. Ainda que a renda exerça notória influência no processo de identificação, o sistema de ensino público ainda abarca a maioria dos estudantes brasileiros, e necessita de ações sólidas para identificação, inclusão e permanência destes alunos. Conclui-se que para trabalhos sob este viés, é recomendável a utilização de variáveis relacionadas à estrutura do ambiente escolar, disponibilidade dos professores para atendimento aos alunos AH/SD, uso de avaliações psicométricas entre outras, que podem se tornar relevantes na variação dos coeficientes estimados.</p> 2025-06-26T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2025 Revista Educação Especial https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/87567 O papel da comunicação familiar no desenvolvimento socioemocional de adolescentes surdos. 2024-07-08T14:26:06-03:00 Gabriel Pereira Mendes mendesgabriel.psi@gmail.com Edi Cristina Manfroi edicristinam@gmail.com Mayra Ribeiro mayra.ribeiro@hotmail.com Isadora Pinheiro Neves doraisa15@hotmail.com Emille Macedo Braga emillebragam@gmail.com <p>Na psicologia, a literatura sobre a família e sua relação com desenvolvimento de adolescentes surdos é escassa e se torna incipiente quando considerado o aspecto emocional nessa fase. Este estudo tem como objetivo caracterizar a percepção de adolescentes surdos sobre o papel das interações familiares em seu desenvolvimento socioemocional. Foram entrevistados quatro adolescentes surdos entre 12 e 18 anos, com perda profunda ou severa e usuários da Língua Brasileira de Sinais (Libras) no período de março a abril de 2023. As entrevistas foram registradas em áudio, vídeo e posteriormente transcritas e analisadas. O conteúdo foi analisado a partir da análise de Bardin (2011). Identificou-se quatro categorias e cinco subcategorias: 1. Modos de comunicação e 2. Competências emocionais. Como subtópicos decorrentes das dimensões das competências emocionais, foram identificadas dimensões como: 2.1. Identificação das emoções; 2.2. Expressão emocional e 2.3 Regulação emocional. A língua media as interações que possibilitam o desenvolvimento de habilidades que repercutem ao longo de toda a vida. Os resultados indicaram que para pessoas surdas usuárias da Libras, a característica gesto visual da língua de sinais favorece a identificação precisa das emoções a partir do reconhecimento de expressões faciais e pistas contextuais. Evidenciou-se que, o aprendizado tardio da língua e o contato restrito com referenciais surdos, prejudica o desenvolvimento de um vocabulário adequado para a diferenciação e expressão satisfatória das emoções. Como consequência, a regulação emocional da pessoa surda pode ser prejudicada.</p> 2025-06-10T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2025 Revista Educação Especial https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/85305 O ensino das fases da Lua por meio da literatura para alu-nos com deficiência visual nos anos iniciais 2025-10-07T13:06:15-03:00 Juliana Ferreira Bêta Coutinho Coutinho juliana.coutinho@ibc.gov.br Naiara Miranda Rust naiararust@ibc.gov.br <p>Esta pesquisa investigou o ensino das fases da Lua a estudantes com deficiência visual nos anos iniciais do Ensino Fundamental por meio de uma sequência didática que integrou conteúdos de Ciências da Natureza com a literatura infantil. O estudo foi realizado em uma turma do 4º ano do Instituto Benjamin Constant, no Rio de Janeiro, instituição especializada no atendimento a pessoas com deficiência visual. A abordagem metodológica foi qualitativa, utilizando observação participante, entrevistas semiestruturadas, registros em áudio, vídeo e caderno de campo. A proposta pedagógica articulou diferentes gêneros textuais e recursos acessíveis, possibilitando que os alunos construíssem conceitos científicos a partir de seus conhecimentos prévios e experiências sensoriais. Os resultados demonstram que a sequência didática contribuiu significativamente para o engajamento dos estudantes, promovendo curiosidade, questionamentos e maior interesse pelo conteúdo. Evidenciou-se, ainda, a importância do papel mediador do professor na condução do processo de aprendizagem científica, considerando as especificidades dos alunos com deficiência visual e garantindo o direito ao acesso à cultura científica desde os primeiros anos escolares.</p> 2025-06-30T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2025 Revista Educação Especial https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/90873 Trajetórias de egressos do curso de mestrado em Educação Especial no George Peabody College for Teachers 2025-10-07T13:05:57-03:00 Getsemane de Freitas Batista getsemanedoutorado@gmail.com Jefferson da Costa Soares jefics@puc-rio.br <p>No artigo, analisamos as trajetórias de egressos do mestrado em Educação Especial, realizado nos anos 1970, no George Peabody College for Teachers, nos Estados Unidos. A metodologia da pesquisa consistiu na análise documental de fontes como a legislação da época e dos Currículos Lattes dos egressos, com vistas a identificá-los, compreender a construção de suas trajetórias, bem como os desdobramentos dessa formação em suas atuações profissionais. Foram realizadas, também, entrevistas com os egressos, com a finalidade de cruzar as fontes e estabelecer um diálogo com autores do campo da Educação Especial brasileira. Dentre os principais resultados, mostramos que os egressos contribuíram significativamente para o campo da Educação Especial no Brasil, não apenas atuando no ensino e na pesquisa na área, mas fundando espaços importantes para o campo, como o GT-15 da ANPEd, a Associação Brasileira de Pesquisadores em Educação Especial e a Revista Brasileira de Educação Especial.</p> 2025-08-07T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2025 Revista Educação Especial https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/89758 Crianças com Deficiência Múltipla na Educação Infantil: da Invisibilidade à (Re)Significação das Relações de Cuidado e Educação 2025-03-18T16:01:45-03:00 Fabiana Silva Zuttin Cavalcante fabianazuttin@yahoo.com.br Isabel de Oliveira e Silva isabel.os@uol.com.br Mônica Maria Farid Rahme monicarahme@ufmg.br <p>Este artigo analisa as experiências de cuidado e educação de uma criança com deficiência múltipla e de suas professoras e auxiliar de apoio, articulando referenciais da Educação Infantil e da Educação Especial. É resultado de pesquisa de abordagem qualitativa, que realizou estudo de caso em uma turma de crianças de 4 e 5 anos de uma escola pública de Educação Infantil que contava com a participação de crianças com deficiência. Foram utilizadas as técnicas de observação participante, entrevistas semiestruturadas e análise documental. O artigo sustenta-se nos referenciais teóricos da Educação Especial e da Educação Infantil. Da área da Educação Especial, foram discutidas as concepções de deficiência e de educação inclusiva, e da Educação Infantil, mobilizou-se especialmente a concepção de cuidado e educação de crianças em contextos educativos. Dentre os resultados, destacam-se as evidências da importância da articulação dos referenciais das áreas da Educação Infantil e da Educação Especial, do trabalho docente colaborativo sustentado por formação inicial, continuada e em serviço consistentes e do papel dos elementos organizacionais e da materialidade institucionais para favorecer o atendimento dos direitos de todas as crianças.</p> 2025-07-21T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2025 Revista Educação Especial https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/89151 Educação Especial e Inclusão Escolar: estudo comparado sobre Minas Gerais e Paraná 2025-10-07T13:06:06-03:00 Bruna Caroline Morato Israel brunamoratoisrael@gmail.com Adriana Araújo Pereira Borges adriana.fha@gmail.com <p>A Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (PNEEPEI) surgiu para promover a inclusão de alunos com deficiência nas escolas regulares. Nesse cenário, as Associações de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAEs), que tiveram um papel fundamental na história da Educação Especial no Brasil, foram provocadas a rever seu papel frente ao cenário atual. Isso acarretou o fechamento ou reestruturação das escolas especiais existentes e fomentou debates acirrados sobre o papel das APAEs no atendimento aos alunos com deficiência. O objetivo deste artigo, portanto, é discutir a organização da Educação Especial Inclusiva em Minas Gerais e Paraná a partir da apropriação da PNEEPEI pelas APAEs em ambos estados, apontando a organização de suas escolas e evidenciando as semelhanças e diferenças encontradas. Os resultados indicam que a forma como cada estado se apropriou da PNEEPEI impactou diretamente na organização das escolas das APAEs e posicionou-as de maneira distinta frente à PNEEPEI. Conclui-se que as APAEs em Minas Gerais se reestruturaram a partir da implementação da PNEEPEI, ao passo que, no Paraná, as APAEs permaneceram distantes dos avanços propostos pela PNEEPEI.</p> 2025-07-21T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2025 Revista Educação Especial https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/91940 Trabalho pedagógico surdo: responsabilidades didático-pedagógicas na escolarização de estudantes surdas(os) na escola regular 2025-10-07T13:06:03-03:00 Lucas Romário lucasromario@ufpr.br <p>Resultado de uma pesquisa de tese de doutorado em Educação, o recorte apresentado neste artigo problematiza as responsabilidades pedagógicas de educadoras surdas e ouvintes na escolarização de estudantes surdas(os) em escolas regulares de João Pessoa – PB. A pesquisa qualitativa ancorou-se no escopo teórico dos Estudos Surdos em articulação com o campo dos Estudos Culturais da Educação e foi desenvolvida com profissionais surdas e ouvintes. Os dados foram coletados por meio de entrevistas semiestruturadas, utilizando um roteiro com perguntas abertas que focavam questões relacionadas ao trabalho pedagógico surdo na escola regular. As análises das entrevistas apontaram que as educadoras surdas assumiam as responsabilidades didático-pedagógicas na escolarização de estudantes surdas(os) em sala de aula, mesmo sendo estas oficialmente prerrogativas das professoras ouvintes regentes. Essas funções, portanto, eram delegadas às educadoras surdas pela ausência de ferramentas pedagógicas, didáticas, linguísticas e culturais para trabalhar com as(os) estudantes surdas(os), desnudando a fragilidade curricular da escola para lidar com as diferenças.</p> 2025-07-21T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2025 Revista Educação Especial https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/88268 Planejamento e aplicação de atividades nas aulas de Educação Física Escolar pautadas no Desenho Universal para Aprendizagem 2025-05-04T22:27:12-03:00 Amália Rebouças de Paiva e Oliveira amaliareboucas@gmail.com Adriana Garcia Gonçalves adrigarcia@ufscar.br <p>O Desenho Universal para Aprendizagem (DUA) é uma abordagem teórica que visa oferecer subsídios aos professores para promoção de um ensino acessível a todos por meio dos princípios do engajamento, representação, ação e expressão. Esse estudo objetivou planejar, aplicar, e descrever atividades nas aulas de Educação Física escolar pautadas no DUA por professores para todos os estudantes do ensino fundamental ciclo I, independente da condição física, intelectual, sensorial, socioeconômica e acadêmica. Foi realizada uma pesquisa colaborativa com cinco professores de Educação Física atuantes no fundamental ciclo I que participaram de um encontro teórico, seguido de quatro grupos focais. Cada professor elaborou uma atividade de Educação Física baseada nos princípios do DUA. As atividades foram aplicadas e posteriormente compartilhadas com os demais professores. Os grupos focais foram gravados, e os encontros foram analisados por meio da análise temática da informação. Foram aplicadas cinco atividades: preparação para campeonato de queimada; colheita da laranja; pebolim humano; rouba bandeira; atletismo (lançamento de discos). As principais estratégias baseadas no DUA compreenderam: apresentar o conteúdo de diversas maneiras; apresentar a tarefa em formato de desafio; utilizar desenhos e ferramentas tecnológicas como estratégia complementar, realizar rodas de conversas; e disseminar o aprendido por meio de exposições na escola da atividade trabalhada. As atividades de Educação Física pautadas no DUA estão em consonância com a Base Nacional Curricular Comum e a incorporação delas no dia a dia do professor pode favorecer a oferta de uma disciplina de educação física escolar acessível a todos os estudantes.</p> 2025-08-13T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2025 Revista Educação Especial https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/91376 Estudo de Caso, TEA e a formação inicial docente: construção de propostas didáticas inclusivas para a educação básica 2025-10-07T13:05:56-03:00 Luiz Felipe da Silva Monteiro luizfelipedasilvamonteiro@yahoo.com Fernanda Luiza de Faria fernandafaria@ufsj.edu.br <p>O estudo investigou como a Estratégia de Ensino por Estudo de Caso (EEEC) pode contribuir para discussões sobre a formação inicial de professores e como licenciandos constroem propostas didáticas inclusivas no contexto do ensino de química. Para isso, foram elaborados e aplicados casos que traziam situações de ensino, que se aproximam da realidade, em que os licenciandos deveriam construir uma proposta didática inclusiva a um aluno com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Os licenciandos responderam ainda um questionário sobre a atividade. Os participantes apresentaram soluções com propostas efetivamente inclusivas e que associavam o hiperfoco do estudante com TEA. Além disso, eles reconhecem que a resolução dos casos auxiliaram a aproximar a teoria da prática, o desenvolvimento de competências e habilidades importantes instigadas pela EEEC e uma compreensão maior sobre inclusão. O estudo destaca que propostas como essa devem ocorrer ao longo da formação inicial de professores, trazendo mais debates que permeiam a Educação Especial sobretudo acerca do TEA.</p> 2025-08-25T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2025 Revista Educação Especial https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/91333 Avaliação do Desempenho de Estudantes com Deficiência Visual no Enem 2022 durante a Pandemia de Covid-19 2025-10-07T13:05:54-03:00 Claudio Henrique Medaber Jambo claudiojambo@gmail.com Regina Serrão Lanzillotti reginalanzillotti@ime.uerj.br <p>O objetivo deste estudo foi identificar as variáveis que possam influenciar nas notas dos candidatos com deficiência visual no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) do ano de 2022, com ênfase no desempenho na prova de redação, para propiciar intervenções mais eficazes e inclusivas por parte das autoridades competentes e políticas públicas. O trabalho identificou os padrões e as tendências relacionadas a variáveis socioeconômicas, como acesso à tecnologia, renda familiar, infraestrutura escolar e características regionais. A metodologia utilizou a padronização das notas em unidades do Desvio Padrão, a Análise de Correspondência Múltipla (MCA), o agrupamento via método <em>K-Means</em> e a Análise Discriminante Linear (LDA). Os resultados obtidos pelos métodos estatísticos destacaram variações significativas nas notas de redação, relacionadas a fatores geográficos, socioeconômicos e às desigualdades no acesso à educação remota. O isolamento social, enfrentado no período da pandemia mundial, também impactou diretamente o desempenho desses estudantes. O estudo sugere à implantação de políticas públicas direcionadas a esse grupo específico com perda total ou parcial da capacidade visual para minimizar as desigualdades e promover um maior equilíbrio no processo de aprendizagem.</p> 2025-09-05T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2025 Revista Educação Especial https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/92475 Reflexões sobre Capacitismo de Surdos e suas implicações: um estudo a partir da análise das práticas discriminatórias no Edital do Processo Seletivo de Professores Temporários em Santa Catarina 2025-08-04T10:17:32-03:00 Crisiane Nunes Bez Batti crisianebezbatti@gmail.com Marianne Rossi Stumpf stumpfmarianne@gmail.com Marcos Luchi marcosluchi@gmail.com <p>O artigo tem como objetivo apresentar reflexões sobre o Capacitismo de Surdos e suas implicações, a partir da análise das práticas discriminatórias no Edital2.362/2023 do Processo Seletivo de Professores Temporários no estado de Santa Catarina. Para tanto, buscou-se a) investigar manifestações e práticas do Capacitismo de Surdos no Edital analisado e; b) explorar as percepções da pesquisadora Surda do Capacitismo sofrido como candidata participante do Processo Seletivo do referido Edital. Quanto a abordagem utilizada, a pesquisa é qualitativa. Quanto aos meios e procedimentos adotados é uma pesquisa do tipo descritiva, caracterizando-se também como documental e bibliográfica. Para a análise dos dados adotou-se uma abordagem temática reflexiva crítica nos eventos relacionados ao Edital analisado, considerando as diretrizes legais e normativas nacionais e internacionais de direitos das pessoas com deficiência e as percepções da pesquisadora Surda como candidata participante do Processo Seletivo. Os resultados da análise realizada identificaram manifestações claras do Capacitismo de Surdos no Edital analisado, com a presença nítida de práticas discriminatórias que podem impactar a participação e a inclusão de candidatos Surdos e talvez até a possível aprovação destes no referido Processo. Os resultados obtidos também apresentam as percepções da pesquisadora Surda do Capacitismo sofrido como candidata participante do Edital, demonstrando o claro preconceito e desrespeito dos direitos dos Surdos no Edital analisado.</p> 2025-09-12T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2025 Revista Educação Especial https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/90824 Atendimento psicoeducacional a estudantes com dupla excepcionalidade: Vozes dos psicólogos escolares 2025-10-07T13:05:49-03:00 Denise de Souza Fleith fleith@unb.br <p>O objetivo deste estudo foi analisar práticas psicoeducacionais implementadas junto a estudantes com dupla excepcionalidade em um atendimento educacional especializado a superdotados, a partir da perspectiva de psicólogos escolares. Sete profissionais atuantes no atendimento foram entrevistados. Os dados foram analisados por meio de análise temática. Os participantes informaram realizar avaliação dos indicadores de superdotação, apoio socioemocional aos estudantes, bem como orientação e acolhimento às famílias. A avaliação da outra condição é feita por um profissional externo ao atendimento. Como benefícios do atendimento ao estudante com dupla excepcionalidade, foram destacados sentimento de pertencimento a um grupo, interação com colegas com interesses semelhantes e melhor rendimento escolar. Entre os desafios mencionados pelos participantes, salientaram-se as oportunidades limitadas de compartilhamento de experiências profissionais, os estereótipos e as barreiras institucionais. Os resultados chamam atenção para a necessidade de se implementar práticas que considerem os pontos fortes e interesses dos estudantes com dupla excepcionalidade, desconstruindo estereótipos e criando oportunidades de desenvolvimento e aprendizagem.</p> 2025-09-22T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2025 Revista Educação Especial https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/91014 Análise do uso do dispositivo gerador de fala: abrindo caminhos na comunicação de crianças com autismo 2025-10-07T13:05:47-03:00 Fabiana Fereira do Nascimento fabifnascimento@yahoo.com.br Mara Monteiro mara.mcz@gmail.com Catia Crivelenti de Figueiredo Walter catiawalter@gmail.com <p>Este estudo teve como objetivo analisar o uso do dispositivo gerador de fala, enquanto recurso de comunicação alternativa, mostrando os efeitos do seu uso no comportamento comunicativo de três crianças com diagnóstico de autismo e necessidades complexas de comunicação, sendo cada uma acompanhado em um tipo de ambiente: escolar, familiar e terapêutico. Esta investigação adotou um delineamento quase-experimental do tipo A-B (A: linha de base; B: intervenção) onde foram proporcionadas 20 sessões de atendimento a cada um dos participantes. Os resultados revelaram que duas crianças começaram a se expressar verbalmente combinando símbolos concretos e abstratos; e outra potencializou suas habilidades comunicativas para além de gestos simples e vocalizações. O estudo sugere também que o movimento exploratório nesse tipo de recurso pode ser um precursor para o desenvolvimento da linguagem funcional, um exercício de balbucio se comparado a crianças com desenvolvimento neurotípico sem dificuldade em sua comunicação. Conclui-se que o uso do dispositivo é bastante promissor quando pensamos em um recurso que possa apoiar a comunicação de pessoas que apresentem dificuldades nessa área.</p> 2025-09-24T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2025 Revista Educação Especial https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/87403 Transtorno do Espectro Autista e a família: desafios e possibilidades a partir da Ética da Alteridade 2025-06-20T09:52:44-03:00 Lívia Helena Nicolau da Silva livia.helena@aluno.ifsp.edu.br Genivaldo de Souza Santos genivaldo@ifsp.edu.br Michele Oliveira Silva micheleoliveira@ifsp.edu.br <p>O presente texto visa apresentar os resultados de uma pesquisa cujo objetivo foi o de investigar os impactos éticos gerados com a chegada de um membro com Transtorno do Espectro Autista (TEA) no contexto familiar. A perspectiva de análise está sustentada na ética da alteridade de Emmanuel Levinas, em seu convite para pensar o encontro com o Outro a partir da sensibilidade e da responsabilidade. Metodologicamente, o trabalho partiu de uma revisão bibliográfica narrativa sobre o TEA e a ética da alteridade, seguida da coleta de dados através de entrevistas e questionários, que foram analisados e sistematizados. Os resultados demonstram que a experiência do diagnóstico provoca uma profunda “metamorfose ética” na família, exigindo uma reconfiguração do Eu diante da irredutível alteridade do Outro. A pesquisa contribuiu para ampliar o debate sobre a inclusão, ao demonstrar que a figura do Outro com TEA é o ponto de partida para a construção de uma relação de responsabilidade, que pode, enfim, servir na construção de políticas públicas que atendam efetivamente às demandas desta população.</p> 2025-09-29T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2025 Revista Educação Especial https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/91916 Validação de conteúdo da Escala para Identificação do(a) Estudante Duplamente Excepcional –EIDEAH/TDAH: uma perspectiva docente 2025-10-07T13:05:45-03:00 Clarissa Maria Marques Ogeda clarissaogeda@gmail.com Sadao Omote s.omote@unesp.br <p>A Dupla Excepcionalidade caracteriza-se pela presença de alta performance, habilidade, talento ou potencial, concomitante a uma desordem psiquiátrica, neurológica, comportamental, sensorial, física ou educacional. Considerando a possibilidade do duplo diagnóstico entre Superdotação e Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH), esta pesquisa, de natureza metodológica, transversal e exploratória, investigou a validade de itens da Escala para a Identificação do(a) Estudante Duplamente Excepcional – Altas Habilidades com TDAH (EIDEAH/TDAH), adaptada transculturalmente da Escala de Identificación de Estudiantes Doblemente Excepcionales – versão para professores, para o contexto brasileiro.A versão inicial da escala continha 39 itens, distribuídos em quatro dimensões: acadêmica, cognitiva, emocional/comportamental e social. Aplicou-se a escala a 30 professores da Educação Básica (1º ao 9º ano) de uma escola pública estadual da Diretoria de Ensino Regional de Marília (SP), visando verificar a adequação das instruções, itens e alternativas, bem como o nível de compreensão e a equivalência cognitiva da adaptação. Também buscou-se identificar inconsistências conceituais e problemas de interpretação não resolvidos anteriormente.Os participantes avaliaram clareza, compreensão e adequação dos itens, e calculou-se o Índice de Validade de Conteúdo (IVC), no qual todos os itens atingiram o valor mínimo aceitável, não havendo necessidade de alterações. Os resultados indicam que a adaptação transcultural foi efetiva, com evidências de validade de conteúdo e boa compreensão pela população-alvo. A escala mostra potencial como ferramenta de triagem em contextos escolares, integrada a outros instrumentos e avaliações clínicas, podendo subsidiar ações pedagógicas e interdisciplinares mais assertivas no atendimento a estudantes com Dupla Excepcionalidade.</p> 2025-09-29T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2025 Revista Educação Especial https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/92102 Tecnologia Assistiva e Comunicação Aumentativa e Alternativa na perspectiva da formação de professores do Ensino Médio Gaúcho 2025-10-07T13:05:42-03:00 Cimone Barbosa Gonzales Halberstadt cimonebarbosag@gmail.com Franceli Brizolla francelibrizolla@unipampa.edu.br Lisete Funari Dias lisetedias@unipampa.edu.br <p>A Lei Brasileira de Inclusão traz em seu texto a garantia de acesso à Tecnologia Assistiva (TA) e à Comunicação Aumentativa e Alternativa (CAA) sendo ela essencial para que todos tenham acesso de acordo com suas necessidades. Este artigo apresenta resultados de uma pesquisa desenvolvida em um mestrado, cujo objetivo foi investigar como TA e CAA estão sendo utilizadas para superar barreiras de aprendizagem de estudantes com comunicação não verbal no Ensino Médio do Rio Grande do Sul<strong>.</strong> A pesquisa com abordagem qualitativa tem seus dados construídos pela técnica de pesquisa Intervenção Pedagógica por meio de um curso de formação para professores (40 horas), que incluiu diagnóstico recebido no formulário de inscrição, planejamento do curso pelo Google Meet com o apoio da FADERS e da ABADEF, encontros formativos e avaliação do curso com apresentação de pranchas para CAA construídas pelos cursistas. A análise de conteúdo foi o método utilizado para organizar e interpretar os dados qualitativos. Os resultados revelaram a realidade enfrentada pelos professores, bem como a necessidade crescente do uso dessas estratégias para garantir a inclusão desses estudantes. O <em>feedback</em> dos professores indicou alta satisfação com a formação, sendo que a maioria afirmou estar realizando formação nessa área pela primeira vez e concordam com as possibilidades de melhorias na comunicação e na tomada de decisões pedagógicas. A pesquisa reforça a importância da formação docente em TA e CAA, da oferta de materiais pedagógicos acessíveis e da urgência na implementação dessas práticas para inclusão efetiva.</p> 2025-10-03T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2025 Revista Educação Especial https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/93030 Panorama sobre a Política Nacional de Educação Especial Inclusiva no Rio Grande do Norte: análise descritiva dos microdados do Censo Escolar da Educação Básica (2008-2023) 2025-08-08T18:33:54-03:00 José Paulo Dantas Azevedo josepaulo.cb.ufrn@gmail.com Carla Giovana Cabral carla.cabral@ufrn.br <p>Este artigo analisa os efeitos da Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (PNEEPEI/2008) nos contextos do Rio Grande do Norte e da sua capital Natal. Inicialmente, foram feitas revisões bibliográfica e documental e levantamento e análise dos microdados do Censo Escolar da Educação Básica (2008-2023), com foco nas matrículas de estudantes público-alvo da Educação Especial (PAEE) e na oferta do Atendimento Educacional Especializado (AEE). Fundamentada no materialismo histórico-dialético, a análise compreende o Estado como expressão das contradições de classe e das disputas pela hegemonia, mediadas pela sociedade civil, que opera como espaço de difusão ideológica e conformação das políticas públicas.Constatou-se crescimento nas matrículas de estudantes PAEE no ensino regular, bem como ampliação da oferta de AEE em escolas comuns e exclusivas. Contudo, esses avanços não superam o caráter seletivo e excludente do sistema, marcado pela insuficiência de instituições com AEE e pela permanência de um modelo educacional paralelo. A presença marcante de instituições privadas, tanto na manutenção de escolas especiais quanto na execução do AEE, revela a persistência de uma lógica dual, contraditória ao princípio da inclusão plena. Diante disso, torna-se urgente problematizar a efetividade da política em curso e seus limites estruturais, exigindo do Estado um compromisso real com a universalização do direito à educação, sob a perspectiva da justiça social e da superação das desigualdades que atravessam historicamente o campo da Educação Especial.</p> 2025-10-10T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2025 Revista Educação Especial https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/93898 Educação Especial no Ifes: diagnóstico das restrições financeiras à luz do marco legal e da execução orçamentária 2025-09-30T13:22:52-03:00 Marcos Roberto da Silva marcos.roberto@ifes.edu.br Ediu Carlos Lopes Lemos ediulemos@gmail.com Urânia Auxiliadora Santos Maia de Oliveira uraniamaia@gmail.com <p>A pesquisa analisa os limites do financiamento da Educação Especial no Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes), à luz das diretrizes legais e da realidade orçamentária da instituição observada entre 2014 e 2025. A partir de dados documentais, tabelas institucionais e gráficos financeiros, discute-se a dissonância entre o avanço normativo da política inclusiva e a insuficiência dos mecanismos financeiros que sustentam sua execução. A investigação revela que, embora as matrículas de estudantes com deficiência tenham aumentado significativamente ao longo do tempo, esse crescimento não foi acompanhado por aportes financeiros específicos compatíveis com as exigências pedagógicas, estruturais e humanas da Educação Especial. Destaca-se que os repasses orçamentários direcionados ao atendimento especializado foram inseridos apenas recentemente na ação genérica de assistência ao educando (2994), o que limita o planejamento institucional e compromete a efetividade da política. Conclui-se que se torna urgente uma política de financiamento autônoma e específica para a Educação Especial nos institutos federais, de forma a garantir não apenas o acesso, mas também a permanência e o êxito dos estudantes com deficiência, à luz dos princípios constitucionais de equidade e justiça social.</p> 2025-10-31T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2025 Revista Educação Especial https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/91912 Educação inclusiva e a pessoa idosa com deficiência: Uma análise por scoping review 2025-07-16T16:08:46-03:00 Margaret da Conceição Silva marga07silva@gmail.com.br Isabelle Patriciá Freitas Soares Chariglione ichariglione@gmail.com <p>A educação inclusiva assegura que toda pessoa tenha o direito de acesso à educação. O envelhecimento é uma realidade relativamente recente no contexto brasileiro, e traz novas demandas de estudos sobre educação inclusiva e o acesso das pessoas idosas comdeficiência à educação. O objetivo deste estudo foi mapear as produções nacionais sobre educação inclusiva e o acesso da pessoa idosa. Para tanto, realizou-se uma <em>scoping review</em> pelo método PRISMA-ScR. A coleta de dados ocorreu nas bases BDTD e CAPES. Os 13 documentos selecionados foram analisados pelo IRaMuTeQ. Os resultados indicaram que o corpus foi dividido em 95 segmentos de texto, 80,39% desses dados foram avaliados, sendo 3.383 elementos diferentes. A classificação hierárquica descendente separou o corpus em cinco classes de elementos textuais que sinalizam adeficiência interseccionada ao envelhecimento como perspectiva negativa e ainda pouco discutida na literatura nacional. Destaca-se a importância dessas publicações para umpanorama nacional e futuras análises do desenvolvimento deste tema em nossasociedade.</p> 2025-11-10T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2025 Revista Educação Especial https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/86849 Docência na escola de surdos: narrativas sobre a experiência com alunos surdos com implante coclear 2025-08-26T09:30:43-03:00 Bianca Ribeiro Pontin biancapontin@gmail.com <p>O presente artigo tem como objetivo analisar como as experiências educacionais com alunos surdos usuários de implante coclear (IC) são narradas pelos docentes de escolas de surdos. Para tanto, assume-se o compromisso ético e político com as comunidades surdas produzindo as análises a partir da articulação entre o campo dos Estudos Culturais em Educação e os Estudos Surdos. A materialidade da pesquisa constitui-se de entrevistas narrativas, produzidas em língua de sinais, com docentes que atuam em escolas de surdos do estado do Rio Grande do Sul. A partir das recorrências narrativas, foram organizados dois eixos analíticos: 1) modos como os alunos surdos usuários de IC são categorizados e a produção da noção de surdez pós-moderna; 2) experiências educacionais com alunos surdos usuários de IC. Conclui-se que, na contemporaneidade, existem diversas formas de ser surdo, possíveis de serem descritas como surdez pós-moderna. As narrativas apontam que esses sujeitos são produzidos por experiências diversas e singulares. Essa diversidade é uma característica do nosso tempo, definida por relações fluidas e conexões digitais, o que impossibilita uma única resposta ou identificação sobre a representação dos alunos surdos usuários do IC. Tais questões colocam-se como um desafio para inclusão escolar desses sujeitos considerando os múltiplos modos de se constituírem, como surdos, na contemporaneidade.</p> 2025-11-10T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2025 Revista Educação Especial https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/91807 A educação especial e a nova filantropia: princípio constituinte da desigualdade 2025-05-26T11:45:45-03:00 Márcia de Souza Lehmkuhl lehmkuhlms@gmail.com <p>O texto objetiva analisar a constituição da nova filantropia empresarial, suas configurações na sociedade capitalista e como ela se estabeleceu no campo da educação especial. É um estudo de caráter bibliográfico, que buscou como fundamento o materialismo histórico e dialético, especificamente as contribuições de Gramsci, compreendendo que a categoria Estado Integral é essencial para o debate sobre a relação entre público e privado e a filantropia. Como procedimento metodológico, buscou-se investigar a produção acadêmica em quatro bancos de dados e a constituição do campo da educação especial. A busca se deu no Catálogo de Teses e Dissertações da Capes, na Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD), na Livraria Online da Scientific Eletronic no Brasil (Scielo) e na Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação (Anped), a partir dos verbetes: filantropia, filantropia empresarial, nova filantropia e filantropização. O estudo constatou que a filantropia e a caridade vêm acompanhando o campo da educação especial no Brasil desde os seus primórdios até hoje, mesmo revestidas do discurso de política de educação especial na perspectiva da educação inclusiva. Dessa forma, a filantropia é uma proposta política, econômica e ideológica de dissipar a luta de classe, de harmonização da sociedade e de manutenção do capital.</p> 2025-11-28T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2025 Revista Educação Especial https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/92329 Efeitos da meditação nas funções executivas em escolares com alteração de aprendizagem 2025-07-26T08:44:19-03:00 Áurea Alves Guimarães aurea.ag@outlook.com Carolina Lisbôa Mezzomo carolis75@gmail.com Denis Altieri Oliveira Moraes denis.moraes@ufsm.br Xasmênia Silva Neco xasmenianeco@gmail.com <p>As funções executivas, que incluem atenção, memória de trabalho, controle inibitório e flexibilidade cognitiva, são essenciais para desenvolvimento educacional e socioemocional de todo e qualquer indivíduo, principalmente, crianças e adolescentes em processo de desenvolvimento da aprendizagem. Estudantes com alterações de aprendizagem frequentemente apresentam déficits nessas áreas, o que pode dificultar seu desempenho escolar e afetar sua autoestima. Com o intuito de auxiliar nesse processo, as práticas holísticas, mais especificamente a meditação, tem sido usada como auxiliar para o manejo dessas funções, proporcionando benefícios positivos para os indivíduos. Com o objetivo de analisar os possíveis efeitos da meditação nas funções executivas de indivíduos com alterações de aprendizagem, foi realizada a comparação de dois grupos, estudo e controle, com atividades psicopedagógicas incluindo a prática meditativa em um dos grupos. Observaram-se resultados significativos do Escore B no GTE (p = 0,046), bem como, uma tendência para a diferença (p &lt; 0,20; alfa = 0,05) no Escore A no mesmo grupo. Enquanto isso, o GTC não apresentou tendência de diferenças entre os períodos. Assim, observa-se que houve uma melhora nos escores do GTE, resultando na diferença significativa entre os grupos, pelo menos, para o Escore B e, ainda, indicou manter estudos na área da educação utilizando práticas integrativas como ferramenta de apoio para a aprendizagem.</p> 2025-11-28T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2025 Revista Educação Especial https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/91889 Deficiência e coletividades bivalentes: análise da Psicologia Escolar Crítica dos editais da UnB 2025-11-04T13:37:43-03:00 Ícaro Pedraça Freitas icaropedraca@gmail.com Fauston Negreiros fnegreiros@unb.br <p>Esta pesquisa busca compreender como a deficiência é representada e seus efeitos na inclusão de pessoas com deficiência (PcD) na pós-graduação da Universidade de Brasília (UnB). Diante da escassez de estudos na área, foram analisados 73 editais de programas da UnB, publicados entre 2020 e 2024. A investigação adota análise documental, ancorada na Psicologia Escolar Crítica e na teoria das coletividades bivalentes de Nancy Fraser. O foco está nos avanços institucionais após a Resolução CPP nº 5/2020 e a Lei nº 14.723/2023, avaliando políticas afirmativas voltadas às PcDs. Observa-se progresso na inclusão de definições de deficiência com base no modelo biopsicossocial da Lei Brasileira de Inclusão. No entanto, ainda se identificam termos inadequados como “portador de deficiência” e “deficiente”, refletindo visões capacitistas. Também há ausência de interseccionalidades, como raça, classe e gênero, nos dados coletados e nas políticas formuladas. Conclui-se ser urgente adotar uma abordagem crítica de justiça social que integre redistribuição e reconhecimento, tratando a deficiência como categoria política atravessada por múltiplas opressões. Isso permitirá práticas inclusivas e anticapacitistas que considerem o sujeito em sua totalidade social, econômica e cultural.</p> 2025-11-28T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2025 Revista Educação Especial https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/93675 Análise de um processo tradutório de Libras nas aulas de matemática à luz da teoria de Vygotsky 2025-09-13T19:43:43-03:00 Sabrina Cosendey Dutra da Silva sabrinacosendey@gmail.com Karly Barbosa Alvarenga karly@ufg.br Débora Danielle Alves Moraes Priebe deboradanielle@ufg.br <p>Este artigo apresenta os resultados de um estudo com uma intérprete de Libras em aulas de matemática para uma pessoa surda. O objetivo principal é detectar e compreender os desafios que a mediadora tem enfrentado e como eles podem afetar a interpretação do conteúdo. A investigação é qualitativa, do tipo estudo de caso, sendo utilizada a Análise Textual Discursiva à luz da teoria de Vygotsky sobre mediação, funções mentais superiores e internalização para examinar os dados obtidos de uma entrevista e das gravações das aulas interpretadas. As análises apontaram para três categorias e aqui se destaca, em particular, a análise da mais abrangente: Trabalho do Intérprete. Os resultados indicaram que a interpretação em Libras em ambientes educacionais é uma atividade complexa, devido à variação linguística; limitações do léxico; necessidade de colaboração educacional; entre outros fatores. Observou-se também que o processo tradutório é permeado por subjetividades e que demanda uma combinação de competências linguísticas, cognitivas e culturais.</p> 2025-12-08T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2025 Revista Educação Especial https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/89699 Política de Educação Inclusiva nas Escolas na Visão do Gestor Escolar 2025-11-17T18:40:02-03:00 Simone Munhoz Soares Martinho smartinho.email@gmail.com Cibelle Albuquerque de La Higuera Amato cibelle.amato@mackenzie.br <p>A educação inclusiva tem sido um grande desafio para o sistema educacional brasileiro. O gestor escolar exerce um papel de liderança para a superação dos desafios encontrados durante a construção de um ambiente escolar inclusivo. O objetivo do estudo foi identificar a visão do gestor sobre a política de educação inclusiva nas escolas. Durante a pesquisa, foram coletados dados de 132 gestores de escolas de ensino regular do país, sendo 66 de escola pública e 66 de escola privada. O instrumento de coleta foi um questionário desenvolvido para mapear a política de educação inclusiva da escola. O questionário foi submetido à análise de 6 juízes, obtendo-se o Índice de Validade de Conteúdo do instrumento de 88%. Os resultados da pesquisa demonstraram que a elaboração das diretrizes de educação inclusiva está mais centralizada na equipe pedagógica com participação inferior da família. O gestor da escola privada identificou a falta de apoio da família como a sua maior dificuldade para a implementação de uma educação inclusiva e o gestor da escola pública citou a falta de professores especializados, rede apoio e de atendimento adequado. A pesquisa apontou ainda que a maioria dos gestores afirmou cumprir as políticas públicas que tratam sobre educação inclusiva, mas não acredita que estas contribuem para a concretização da inclusão na instituição. Por fim, propõe-se ao gestor uma reflexão quanto à existência da gestão democrática e participativa e ao seu papel como mobilizador de práticas inclusivas para a implementação de uma política educacional inclusiva na escola.</p> 2025-12-08T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2025 Revista Educação Especial https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/93568 O professor e as práticas de ensino da língua portuguesa escrita como segunda língua para estudantes surdos 2025-11-19T10:55:57-03:00 Aldeci Fernandes da Cunha fernandescunha@uern.br <p>As discussões em torno da educação de surdos no Brasil têm se intensificado, sobretudo após a institucionalização da modalidade de educação bilíngue pela Lei nº 14.191/2021. Nesse contexto, este artigo tem como objetivo analisar como as práticas de produção escrita desenvolvidas por professores de Língua Portuguesa influenciam o processo de aprendizagem da escrita por estudantes surdos. Para sustentar a análise, fundamentamo-nos na Linguística Sistêmico-Funcional de Halliday (1960), na Teoria da Subjetividade de González Rey (1997), em estudos da área da educação de surdos como, Jannuzzi, (2012) e em documentos oficiais, como a Lei nº 9.394/1996, dentre outros. A metodologia adotada ancora-se nos princípios da Epistemologia Qualitativa e na abordagem construtivo-interpretativa como forma de análise e interpretação das informações. O estudo foi realizado com dois professores de Língua Portuguesa do Ensino Médio, um professor dos anos iniciais do Ensino Fundamental, um professor dos anos finais do Ensino Fundamental, um professor de Língua Portuguesa da Educação de Jovens e Adultos e um profissional atuante no Núcleo de Atendimento Educacional a Estudantes Surdos. Para a construção das informações, utilizamos entrevistas e análise das atividades desenvolvidas por esses docentes e profissionais. Os resultados evidenciam desafios no ensino da língua escrita para estudantes surdos, marcados por práticas de caráter técnico, centradas em uma gramática descontextualizada, que desconsidera a cultura e a identidade surda. Conclui-se que o professor desempenha papel essencial no ensino da Língua Portuguesa escrita como segunda língua, atuando como mediador de sentidos e de processos de inclusão.</p> 2025-12-08T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2025 Revista Educação Especial https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/91608 Concepções de ensino e aprendizagem de crianças com microcefalia na educação infantil da região metropolitana de Natal 2025-07-10T09:28:48-03:00 Janaína Karla Gomes Santos janainakarlapedagoga@gmail.com Ana Teresa da Silva Dantas ana.silva.073@ufrn.br Géssica Fabiely Fonseca gessica.fonseca@ufrn.br José Jailson de Almeida Júnior jailson.junior@ufrn.br <p>Há muito tempo se discute sobre a inclusão de crianças com deficiência ou múltiplas deficiências nas escolas brasileiras. Isso representa um desafio significativo para as práticas de ensino, onde diversos obstáculos são encontrados no cotidiano da sala de aula. Portanto, a pesquisa apresentada tem como objetivo analisar as trajetórias escolares e as concepções de ensino e aprendizagem de crianças com microcefalia na Rede Municipal de Educação Infantil da Região Metropolitana de Natal. As poucas publicações existentes na área educacional sobre o tema destacam a problemática da recepção e permanência dessas crianças na rede pública de ensino e as dificuldades na gestão de sua trajetória educacional. Trata-se de um estudo qualitativo, descritivo e exploratório, baseado em depoimentos coletados por meio de entrevistas semiestruturadas com quatro mães e cinco docentes de crianças com microcefalia na educação infantil. O estudo destaca as experiências singulares e revela que tanto docentes quanto mães vivenciaram medo devido aos desafios pedagógicos, mas a inclusão dessas crianças em salas de aula proporcionou experiências pedagógicas de envolvimento, aceitação, apoio dos pares e desenvolvimento infantil. Portanto, as escolas devem acolher crianças com microcefalia, mas isso requer conhecimento aplicado, técnica, investimento e planejamento.</p> 2025-12-10T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2025 Revista Educação Especial https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/89444 Repercussões da dança folclórica alemã sob a perspectiva de pessoas com deficiência e demais participantes 2025-09-16T09:54:40-03:00 Bruna Poliana Silva brunapolianasilva@hotmail.com Mey de Abreu Van Munster mey@ufscar.br <p>A dança folclórica alemã é caracterizada por ser praticada em grupo, com formações variadas, como círculos, linhas, quadrilhas, trios ou pares. As coreografias representam diferentes aspectos da cultura alemã, resgatando e preservando suas tradições por meio da dança. Entre os participantes, encontram-se pessoas com deficiência e sem deficiência. O objetivo deste estudo foi investigar as repercussões da dança folclórica alemã a partir das perspectivas de pessoas com deficiência, seus familiares, coordenadores e colegas. A pesquisa foi conduzida com uma abordagem qualitativa e exploratória, configurando-se como um estudo de caso. Para a coleta de dados, foram utilizados questionários e entrevistas semiestruturadas. A análise dos resultados foi realizada por meio de análise temática, subdividida em três seções: a) o significado da dança folclórica alemã para as pessoas com deficiência; b) impressões dos colegas e familiares; c) possibilidades do ensino sob a perspectiva dos coordenadores. Conclui-se que a dança folclórica alemã permite a inclusão de pessoas com e sem deficiência, preservando as tradições populares e promovendo um sentimento de pertencimento entre todos os participantes, influenciando positivamente a vida dos envolvidos.</p> 2025-12-10T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2025 Revista Educação Especial https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/87339 Percepção de estudantes com deficiência, seus pais ou responsáveis, e educadores sobre o processo de inclusão escolar: uma revisão de escopo 2025-01-15T11:13:57-03:00 Cristiane Paiva Alves paiva.alves@unesp.br Aniéli Gil anieligil2014@gmail.com Maewa Martina Gomes da Silva e Souza maewa.martina@unesp.br <p>Este estudo teve por objetivo analisar qual a percepção do processo de inclusão escolar do ponto de vista de estudantes, educadores e familiares, de alunos que frequentam o Ensino Infantil, Fundamental I e II e Médio. Foi realizada uma revisão de escopo de teses e dissertações, no período de 2010 a 2020, nas bases de dados da CAPES e BDTD, os descritores utilizados foram: “processo de inclusão escolar” <em>AND</em> “percepção estudantes”; 2) “inclusão educacional” <em>AND </em>“percepção estudante”. Foram selecionadas 12 teses e dissertações, com prevalência das dissertações de mestrado. Notou-se que de 2011 a 2014 concentrou-se a maior produção de trabalhos; desses, a maioria tratava da contribuição dos profissionais da educação sobre suas percepções no processo de inclusão, na sequência, sobre o total de percepções de familiares e responsáveis, seguindo após sobre a percepção dos estudantes a respeito da inclusão escolar e apenas um autor trouxe a visão de educadores e familiares num mesmo estudo. Em geral, observou-se discursos similares em relação aos aspectos negativos do processo de inclusão escolar, na visão de todos os atores investigados, tais como: o estigma, a falta de formação dos educadores e a dificuldade em incluir o aluno com deficiência nas atividades educacionais. A escassez de investigações sobre a percepção do próprio aluno com deficiência, nos revela a hegemonia dos discursos sobre inclusão e a necessidade de considerar o lugar de fala desses sujeitos.</p> 2025-01-10T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2025 Revista Educação Especial https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/89913 Contribuições das tecnologias assistivas para a inclusão educacional de pessoas surdas: uma revisão narrativa 2025-03-24T19:36:54-03:00 Ana Beatriz Ferrari dos Santos anabeatrizferrari@gmail.com Neuza Siqueira de Souza neuza.midias@gmail.com Mariza Sueli de Oliveira Sodré msodre@unicarioca.edu.br Gabriel Mello dos Santos Abreu Mol bielmellomol@gmail.com <p>Este artigo investiga as contribuições das tecnologias assistivas para a inclusão educacional de pessoas surdas, destacando os benefícios para o desenvolvimento acadêmico e social dos alunos. A pesquisa, desenvolvida no âmbito do Programa de Doutorado em Novas Tecnologias Digitais na Educação da UniCarioca, utiliza uma metodologia descritiva com abordagem qualitativa, baseada em uma revisão narrativa da literatura. O estudo busca entender como as tecnologias assistivas contribuem para a inclusão e o desenvolvimento de alunos surdos em ambientes educacionais. Foram analisadas publicações dos últimos cinco anos, abordando o impacto dessas tecnologias na comunicação, no progresso acadêmico e na inclusão social. Entre as tecnologias discutidas estão <em>softwares</em> de tradução de texto para língua de sinais, legendagem em tempo real, ferramentas de tradução de fala para língua de sinais utilizando inteligência artificial e tecnologias auditivas. Além dos benefícios, o artigo examina desafios como a falta de políticas públicas e a formação insuficiente de professores, e propõe recomendações para melhorar a implementação das TA na educação inclusiva.</p> 2025-02-17T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2025 Revista Educação Especial https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/84477 Atividades escolares e o uso da tecnologia assistiva: uma revisão sistemática 2025-03-24T19:36:41-03:00 Thalita Caroline de Oliveira Soares Campos Araújo thalita.caroline@ufpe.br Juliana Fonsêca de Queiroz Marcelino juliana.marcelino@ufpe.br Laura Bezerra Martins laura.martins@ufpe.br <p>Crianças com Paralisia Cerebral (PC) no contexto escolar podem apresentar limitações de participação durante determinadas atividades, desta forma, os recursos de Tecnologia assistiva (TA) possibilitam e facilitam a participação dessas crianças em suas tarefas. O presente estudo tem como objetivo apresentar a revisão sistemática da literatura realizada sobre o uso dos recursos de TA em sala de aula durante as atividades relacionadas à educação, escrita e comunicação, por crianças com paralisia cerebral. Trata-se de uma revisão sistemática da literatura utilizando o método PRISMA. Após a aplicação de critérios de inclusão e exclusão, 18 artigos foram incluídos para análise. Os resultados foram apresentados em 3 grupos de atividades, são eles: a) Atividades educacionais e lazer; b)Escrita; c) Comunicação. Cada uma das atividades utiliza majoritariamente um tipo de recurso assistivo. A Tecnologia de Acesso ao Computador foi utilizada na atividade de escrita e o computador controlado pelo olhar na atividade de comunicação. O estudo ressalta a importância de uma equipe multidisciplinar para prestação de serviços em tecnologia assistiva, de forma a atender as necessidades específicas de crianças em salas de aula durante suas diversas atividades.</p> 2025-03-18T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2025 Revista Educação Especial https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/88481 Estudo da Discalculia nos Cursos de Pedagogia das Instituições de Ensino Superior Públicas no Brasil 2025-03-24T19:36:37-03:00 Iraci Sant'ana Lima Torquato iraci.torquato@unemat.br Kilwangy Kya Kapitango-a-Samba kapitango.samba@gmail.com <p>Nosso objetivo foi pesquisar a inclusão do estudo da Discalculia nos Projetos Pedagógicos dos Cursos das Licenciaturas em Pedagogia das Instituições de Ensino Superior Públicas no Brasil. A discalculia é um transtorno de neurodesenvolvimento que afeta a aprendizagem específica de matemática, diante disso buscamos saber: como estão inclusos e configurados os estudos da Discalculia nos currículos das Licenciaturas em Pedagogia das Instituições de Ensino Superior Públicas no Brasil? Adotamos a Pesquisa Documental com Análise de Conteúdo e como referencial conceitual a APA-Associação Americana de Psiquiatria (2014), Organização Mundial da Saúde (1993/2011), Rotta; Ohlweiler; Riesgo (2016), Kosc (1974) e Hudson (2019). O <em>corpus</em> da pesquisa foi constituído de 260 Projetos Pedagógicos dos Cursos de Pedagogia. A análise dos dados nos permitiu constatar que os estudos da Discalculia estão inclusos somente em 16 do total de 260 Projetos Pedagógicos dos Cursos, distribuídos em: 3 Componentes Curricular obrigatórios, 11 optativos e 2 eletivos, apresentados em 15 diferentes nomenclaturas. Assim, podemos concluir que há uma lacuna discrepante do estudo da discalculia, cuja insuficiência representa um déficit no processo de aprendizagem profissional de futuros pedagogos no Brasil. O que requer a reformulação curricular para inclusão dos estudos da discalculia na formação inicial de professores.</p> 2025-03-21T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2025 Revista Educação Especial https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/85686 Ensino de Ciências para Surdos: uma revisão bibliográfica a partir de periódicos científicos 2023-11-11T21:41:04-03:00 Vanessa da Silva Santos vanessa.educ25@gmail.com Pedro Miranda Júnior pedro.mjr@ifsp.edu.br <p>O Ensino de Ciências, em que o estudante participa de forma ativa na resolução de problemas, promove o desenvolvimento de habilidades e o entendimento da ciência. Levando em consideração o estudante surdo, o Ensino de Ciências deve ocorrer a partir de uma abordagem que considere os aspectos linguísticos e culturais deste grupo. Tendo em vista as possibilidades e os desafios no que tange à temática “Ensino de Ciências para Surdos”, este estudo tem por objetivo mapear as publicações de cunho acadêmico em periódicos científicos no período de 2012 a 2022, a partir de uma pesquisa bibliográfica, tipo estado da arte. A coleta por trabalhos com a temática foi feita em seis periódicos nacionais relevantes para a área de Ensino de Ciências e, após utilizar critérios de exclusão e inclusão definidos, resultou em 30 artigos selecionados para análise. Os dados coletados foram categorizados com base nos pressupostos teóricos da análise de conteúdo de Bardin. A partir da análise das produções, reconhece-se que o Ensino de Ciências para Surdos é um tema de pesquisa relevante nos periódicos nacionais e de crescente interesse por pesquisadores da área. Entretanto, as pesquisas apontam problemáticas para reflexão, tais como: a necessidade de ampliação de pesquisas na área; lacunas na formação inicial e continuada de profissionais que atuam na educação inclusiva, desde o entendimento sobre abordagens que potencializam a aprendizagem dos Surdos até a não fluência em Libras; e ausência de estrutura adequada das instituições educacionais para promover inclusão e permanência do Surdo nesses ambientes.</p> 2025-03-26T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2025 Revista Educação Especial https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/88938 Inclusão no ensino superior privado: do discurso à realidade 2024-09-09T18:03:48-03:00 Gisele Soncini Rodrigues gisele.rodrigues@unicesumar.edu.br Eliane Rose Maio ermaio@uem.br Fabiane Freire França fffranca@uem.br Maria Luisa Furlan Costa luisafurlancosta@gmail.com <p>O presente artigo é resultado de uma pesquisa bibliográfica, descritiva e de caráter documental, além de um questionário que foi encaminhado para a coordenadora do Programa de acessibilidade da instituição escolhida. Objetivamos apontar os aspectos legais da inclusão e identificar as ações afirmativas de acesso e permanência dos alunos da Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva de uma Instituição Privada do Ensino Superior no Estado do Paraná. O momento atual suscitou o tema que traz à tona o debate sobre a inclusão de alunos público-alvo da Educação Especial nesse nível de ensino marcada por avanços e retrocessos. Para tanto, é urgente a implementação de ações afirmativas nas instituições para que esse público seja atendido e respeitado de acordo com as suas necessidades, a fim de oferecer o acesso e permanência a todos os estudantes. Verificamos, ainda, que novas pesquisas são necessárias para o aprofundamento do tema, para que estratégias e acessibilidades sejam utilizadas para auxiliar no processo de aprendizagem dos discentes.</p> 2025-04-01T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2025 Revista Educação Especial https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/86681 Desenho universal para a aprendizagem: uma proposta de sequência didática para o ensino cartográfico inclusivo 2024-07-01T14:57:22-03:00 Louise Christine Rodrigues Ramos louiser@id.uff.br Ricardo Abrate Luigi Junior ricardoluigi@id.uff.br Liamar Bonatti Zorzanello liamar.zorzanello@ifsc.edu.br <p>A presente pesquisa visa propor a elaboração de uma sequência didática com o conteúdo de cartografia, nas aulas de geografia do 1º ano do Ensino Médio, na perspectiva do Desenho Universal para a Aprendizagem (DUA). A partir disso, foram elaborados os materiais didáticos para a execução de tal proposta, sendo as projeções tátil, mapa tátil e régua sinalizada. Os materiais possuem legendas em Libras, Braille e Português, visando abarcar a diversidade de uma sala de aula. A fundamentação teórica é composta por três seções: a primeira, apresenta o conceito do DUA e seus princípios, ressaltando como podem ser aplicados no ambiente escolar; a segunda, apresenta informações e orientações sobre transtornos de aprendizagem e deficiências, com ênfase nas práticas inclusivas na educação; e, a terceira, revela a importância da cartografia para a geografia escolar. No tópico resultados e discussões, apresenta-se a proposta da sequência didática e os materiais didáticos desenvolvidos de acordo com os princípios do DUA. Por fim, observa-se que as práticas pedagógicas baseadas na perspectiva do DUA, especialmente no tocante ao ensino da cartografia, potencializam a aprendizagem, despertando o interesse dos discentes ao transpor o conteúdo abstrato em tátil, garantindo o acesso ao currículo mínimo aos alunos com deficiência, em especial a visual e a auditiva.</p> 2025-04-08T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2025 Revista Educação Especial https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/90276 Formação docente: desafios frente a escolarização dos estudantes com TEA 2024-12-19T08:20:03-03:00 Viviane Teles Vidal Dalanesi viviane.vidal@unesp.br Jair Lopes Junior jair.lopes-junior@unesp.br <p>O movimento mundial pela educação inclusiva impulsionou o aumento das matrículas dos estudantes com Transtorno do Espectro Autista (TEA) na rede regular, trazendo dificuldades quanto à sua escolarização, muitas vezes, relacionadas às especificidades do transtorno. Admite-se que os entraves relativos à efetivação da aprendizagem desses estudantes podem estar relacionadas, entre outros fatores, ao desconhecimento dos professores sobre as características do transtorno, em identificar as potencialidades destes estudantes, com a relativa carência de pesquisas relacionadas com a formação docente sobre o TEA, à limitada disseminação dos resultados de pesquisas já realizadas e ao relato da dificuldade na aplicabilidade das evidências existentes para a formulação de práticas inclusivas. Diante disso, essa pesquisa objetivou ampliar a visibilidade acerca dos conhecimentos que vinculam a formação docente e a atuação com estudantes com diagnóstico de TEA, com ênfase nas dificuldades expressas pelos professores. Para tanto, foi realizada uma revisão bibliográfica, onde estabeleceu-se como critério de elegibilidade do material bibliográfico pesquisas nacionais que relacionassem a formação docente e o TEA, e o levantamento das principais dificuldades docentes frente à atuação com estes estudantes. Foram selecionados oito artigos científicos no banco de dados do portal da Capes para o período de 2013 a 2023. A partir dos resultados pôde-se verificar que embora as pesquisas sustentem convergência em ressaltar a importância da formação de professores e de abordagens pedagógicas específicas, constata-se restrições no alcance instrutivo, tanto quanto na apresentação de evidências, sobre como tais formações poderiam ser efetivadas conciliando tais orientações pedagógicas, em especial no contexto da aprendizagem de estudantes diagnosticados com TEA.</p> 2025-04-09T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2025 Revista Educação Especial https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/87293 Acessibilidade Atitudinal: obstáculos a serem superados na Educação Profissional e Tecnológica 2024-10-10T09:26:24-03:00 Adriana Brito Garona abgarona@gmail.com Bianca Isabela Acampora e Silva Ferreira bia.acampora@gmail.com <p>Os sistemas de educação inclusiva vem ampliando seus marcos teóricos e normativos, visando atender a uma determinada demanda da população, isto é, as pessoas com deficiência ou transtorno do neurodesenvolvimento. A acessibilidade atitudinal é uma dimensão relevante do processo de inclusão. Dessa forma, este artigo tem por objetivo investigar de que forma a acessibilidade atitudinal vem se ampliando, por meio de publicações de artigos, teses e dissertações, na base de dados da CAPES, Conservatório do ProfEPT e Google Acadêmico, dentro de um recorte temporal compreendido entre 2019 a 2023. Este estudo consiste em um trabalho de investigação de abordagem qualitativa, por meio de pesquisa bibliográfica feita com autores que dialogam com a educação inclusiva e estudo de caso. Considera-se que a inclusão e a Acessibilidade Atitudinal dos estudantes com deficiência na Educação Profissional e Tecnológica se apresenta como um direito à emancipação, estando pautada na promoção da inclusão, da acessibilidade e de igualdade de condições com as demais pessoas.</p> 2025-04-23T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2025 Revista Educação Especial https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/89526 Judicialização da educação especial no Brasil: revisão sistemática da produção científica 2025-02-26T10:41:59-03:00 Ana Cláudia dos Santos Rocha ana.c.rocha@ufms.br Washington Cesar Shoiti Nozu wcsn1984@yahoo.com.br <p>Nos últimos anos, sobretudo em razão da política de inclusão escolar, o Poder Judiciário brasileiro tem sido acionado para a garantia do direito à educação especial. Assim, este estudo objetiva analisar os sujeitos, as demandas, os instrumentos probatórios, as decisões e os posicionamentos que têm constituído o fenômeno da judicialização da educação especial brasileira. Para tanto, foi realizada uma pesquisa bibliográfica do tipo revisão sistemática. A materialidade foi delimitada a artigos científicos selecionados no Portal de Periódicos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior. A síntese e a interpretação dos dados foram organizadas em dois eixos analíticos, a saber: a) Caracterização geral dos artigos sobre judicialização da educação especial; b) Judicialização da educação especial brasileira: o que revelam os artigos científicos? Espera-se que o trabalho contribua para sistematizar a produção científica nacional sobre a judicialização da educação especial, de modo a possibilitar uma síntese das motivações, prevalências e tendências do acionamento do Poder Judiciário relacionadas aos estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação</p> 2025-05-08T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2025 Revista Educação Especial https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/91032 Pesquisas no ensino de ciências da natureza para es-tudantes com Transtorno do Espectro Autista: um ma-peamento de pesquisas Stricto Sensu 2025-03-08T15:57:23-03:00 Amanda Bobbio Pontara amandabobbiopontara@gmail.com Carmem Lúcia Costa Amaral carmem.amaral@cruzeirodosul.edu.br <p>O artigo apresenta um mapeamento de pesquisas <em>Stricto Sensu</em> defendidas entre 2013 e 2023 sobre o ensino de Ciências da Natureza (CN) para estudantes com Transtorno do Espectro Autista (TEA) da Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD) do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (IBICT). O objetivo foi identificar lacunas e temas recorrentes nas pesquisas acadêmicas sobre o assunto. Trata-se de uma pesquisa qualitativa do tipo revisão bibliográfica, com análise de conteúdo baseada em Bardin (2016). Foram identificadas 17 dissertações, classificadas em seis categorias temáticas: Percepções de Professores e Formação Continuada, Avaliação, Inclusão Escolar, Estratégias Metodológicas e Recursos Didáticos, Trabalho Colaborativo entre Professores e Tecnologias Digitais. Os resultados apontam uma predominância de estudos sobre estratégias metodológicas e recursos didáticos adaptados, evidenciando a necessidade de formação docente para práticas inclusivas e maior suporte institucional. O estudo destacou a carência de pesquisas sobre avaliação e impacto a longo prazo das intervenções pedagógicas, bem como a exploração de tecnologias emergentes. Concluiu-se que o ensino de CN para estudantes com TEA é um campo em crescimento, necessitando de pesquisas mais amplas e aprofundadas para promover a inclusão efetiva.</p> 2025-06-10T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2025 Revista Educação Especial https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/90381 Envolvimento Parental em Intervenção para Estimulação das Funções Executivas e Autorregulação Emocional em Crianças e Adolescentes: Uma Revisão de Escopo 2025-10-07T13:06:17-03:00 Raissa Lara Barros Cordeiro raissalarab@gmail.com Amanda Lima Rubim amandalrubim@gmail.com Natália Beatriz Matos nataliabeatrizmatoss@gmail.com Amanda Rodrigues Amorim achristine074@gmail.com Chrissie Ferreira de Carvalho chrissieca@gmail.com <p>Intervenções cognitivas para crianças e adolescentes, amplamente aplicadas no contexto clínico e escolar para prevenir dificuldades ou remediar déficits em funções executivas, autorregulação emocional e habilidades socioemocionais, têm sido exploradas de forma mais aprofundada quanto ao papel dos pais e cuidadores na estimulação dessas habilidades, sobretudo quando estes estão envolvidos nas intervenções. Este estudo objetivou mapear os principais achados da literatura sobre o envolvimento parental em intervenções neuropsicológicas na infância e adolescência, por meio de uma revisão de escopo, utilizando o protocolo PRISMA-ScR. A estratégia de busca foi elaborada com o suporte de um bibliotecário especializado, seguindo o acrônimo PICOS, com ênfase em estudos experimentais e quase-experimentais. A busca foi realizada em seis bases de dados indexadas, sem restrições de ano ou idioma. Foram encontrados 153 artigos, dos quais, após a exclusão de duplicatas, leitura de títulos, resumos e artigos completos, sete foram selecionados para análise final. Dos estudos incluídos, apenas um foi direcionado ao público adolescente, enquanto os demais focaram em intervenções com crianças, dividindo-se entre desenvolvimento típico e atípico. Os resultados evidenciaram divergências significativas nos objetivos dos estudos, no formato das intervenções, no público-alvo e, principalmente, nos diferentes modos de envolvimento de pais e cuidadores na estimulação cognitiva. Essas inconsistências sinalizam uma complexidade e dificuldade na definição de parâmetros robustos para pesquisa e intervenção, evidenciando lacunas importantes na compreensão do papel do envolvimento parental em intervenções neuropsicológicas e na sua integração efetiva ao tratamento de crianças e adolescentes.</p> 2025-06-26T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2025 Revista Educação Especial https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/90789 Interfaces da educação de jovens e adultos com a educação inclusiva: reflexões sobre os sentidos e conceitos propostos pelas atuais legislações 2025-10-07T13:06:13-03:00 Kerén Talita Silva Miron keren_talita@hotmail.com Chris Royes Schardosim chris.schardosim@ifc.edu.br <p>Este trabalho tem como objetivo refletir sobre como alguns marcos históricos e legais apontam ou não para a dialogicidade da Educação de Jovens e Adultos (EJA) na perspectiva da Educação Inclusiva. Nesse sentido, a compreensão dos dados fundamenta-se nos pressupostos da abordagem qualitativa, de caráter descritivo-reflexivo (Chizzotti, 2011) e na utilização técnico-metodológico da revisão bibliográfica (Severino, 2007; Gil, 2002). A base teórica-reflexiva conta com autores como Haddad e Di Pierro (2000), Jardilino e Araújo (2014), Freitas (2010) e Silva (2018). As reflexões e diálogos apontam que: durante um grande período as formulações de documentos legais estavam sob o viés de ações assistencialista; a partir dos anos 2000 a EJA passa a ser estruturada dentro de uma perspectiva democrática, emancipatória, inclusiva e reflexiva/crítica; na atualidade, especificamente, com a aprovação do Parecer n.º 06/2020 a modalidade tem sido ameaçada por muitos retrocessos pela implementação de suas diretrizes operacionais articuladas a Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Por isso, a relevância de entendermos os processos que culminaram na atual estruturação da EJA, a partir dos documentos legais incorporados na modalidade.</p> 2025-06-30T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2025 Revista Educação Especial https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/91372 O que é autismo? Reflexões críticas a partir da neurodiversidade e dos estudos da deficiência 2025-10-07T13:06:12-03:00 Giovanna Nicolau gcon99@outlook.com Marivete Gesser marivete.gesser@ufsc.br Solange Cristina da Silva profsolangeudesc@gmail.com Pablo de Assis pablo@deassis.net.br <p>O artigo investiga o autismo sob uma perspectiva decolonial, criticando o modelo médico que o define como uma doença a ser corrigida. O objetivo é compreender o autismo como uma neurodivergência, valorizando as singularidades dos corpos autistas em vez de tratá-los como desvios. Utilizada a revisão narrativa como metodologia, a escrita do artigo foi fundamentada em teorias da deficiência, neurodiversidade, estudos feministas e na perspectiva neuroqueer, a pesquisa utiliza uma abordagem de revisão narrativa para dar voz às experiências autistas. O resultado foi promover a emancipação dessas identidades, desafiando as exclusões e violências impostas por um contexto social normativo. Além disso, o artigo enfatizou a necessidade de transformar as narrativas e práticas que envolvem pessoas autistas, contribuindo para uma compreensão mais ampla das diversidades neurológicas. Por fim, concluiu-se que ao destacar a importância do acolhimento e da inclusão social, a obra incentiva mudanças que respeitem e valorizem as identidades neurodivergentes.</p> 2025-07-01T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2025 Revista Educação Especial https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/89169 A Educação Profissional de pessoas com deficiência a partir da produção acadêmica brasileira 2025-10-07T13:06:10-03:00 Carla Biancha Angelucci b.angelucci@usp.br Sandra Rodrigues da Silva Chang sandra.chang@usp.br <p>Apesar de a educação profissional estar presente em nosso país desde sua colonização, ainda são escassas as discussões acadêmicas sobre alguns aspectos dessa modalidade educacional, entre os quais o atendimento a estudantes com deficiência. O presente artigo tem por objetivo analisar a produção acadêmica sobre educação profissional de pessoas com deficiência, a fim de identificar os principais desafios à garantia da escolarização de tais sujeitos nessa modalidade educacional, segundo as pesquisas, bem como a presença de pessoas com deficiência entre os participantes das pesquisas empíricas. Para isso, realizou-se levantamento bibliográfico em dois repositórios - a Biblioteca Digital de Teses e Dissertações (BDTD), da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) e a Scientific Electronic Library Online (SciELO), buscando identificar trabalhos que tivessem como foco o percurso escolar de estudantes com deficiência na educação profissional, e que considerassem de alguma forma as pessoas com deficiência como interlocutoras na investigação. Como resultado, obteve-se dezoito produções acadêmicas para análise, a partir dos critérios estabelecidos, sendo todas oriundas de instituições de ensino públicas. Ressalte-se que a maior parte das pesquisas recuperadas se volta a cursos técnicos de nível médio. A análise das produções permite concluir que o principal tema de estudo é o acesso ao trabalho, em detrimento da investigação de aspectos educacionais envolvendo essa modalidade, seja no que se refere às normativas, ao currículo e/ou à acessibilidade do processo formativo a estudantes com deficiência. Destaque-se também a escassa presença de produções que contem com a participação de estudantes com deficiência.</p> 2025-07-08T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2025 Revista Educação Especial https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/87407 Transtorno do Espectro Autista (TEA) e família: uma revisão de literatura 2025-10-07T13:06:09-03:00 Mateus Vitor dos Reis mateusreisufjf@gmail.com Nara Liana Pereira-Silva naraliana.silva@ufjf.br <p>A descoberta do diagnóstico ou chegada de um membro com Transtorno do Espectro Autista (TEA) na família implica o reajuste do funcionamento do grupo e de suas relações. Nesse sentido, o objetivo deste trabalho é apresentar um panorama geral da produção científica na área de família/relações familiares de pessoas com TEA. Foi realizada uma pesquisa bibliográfica através do sistema Periódicos CAPES com recorte temporal de 2013 a 2023. Foram recuperados 27 trabalhos que atendiam aos seguintes critérios: textos publicados em Português, Inglês e Espanhol, que continham no título ou no resumo os termos “relações familiares de pessoas com TEA”. Os resultados evidenciaram 81,5% de artigos empíricos e 70,4% estrangeiros, com maior concentração de publicações no ano de 2019 (29,6%). A partir das análises realizadas, verifica-se a necessidade de maior investimento em pesquisas nesta área de estudos, sobretudo no Brasil. É possível concluir que os impactos do diagnóstico de TEA na família e em suas relações podem ser atenuados por meio do cuidado compartilhado, do suporte social e familiar adequados, além da construção de uma rede de apoio e da oferta de educação tanto para a pessoa com TEA quanto para seus familiares.</p> 2025-07-16T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2025 Revista Educação Especial https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/89838 Educação inclusiva e a formação inicial de professores: o imperativo da inclusão e as (im)possibilidades na constituição dos modos de ser professor 2025-10-07T13:06:08-03:00 Patrícia de Oliveira Luz patricia-luz@uergs.edu.br Helena Venites Sardagna helena-sardagna@uergs.edu.br <p>Este artigo refere-se a uma revisão de literatura que teve como objetivo investigar produções sobre a temática da formação inicial de professores numa perspectiva da educação inclusiva. Para isso, tendo como balizadores os estudos pós-críticos, foram realizadas buscas em repositórios digitais a partir dos seguintes descritores, em diferentes arranjos: “educação”, “artesania”, “inclusão”, “formação de professores” e “Michel Foucault”. Foram considerados trabalhos a partir de 2008, ano da publicação da Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva. Contudo, após análise dos trabalhos, conforme critérios de inclusão, foram selecionados estudos de 2013 a 2022, em um total de dez produções. Com a análise dos trabalhos, foi possível identificar que o fio condutor entre eles é a formação inicial de professores. O exercício analítico permitiu ainda observar dois eixos entre as investigações: a legitimidade do discurso da inclusão como imperativo; e os processos formativos que constituem modos de ser professor. Conclui-se que, embora se observe a inclusão operando como imperativo, com os riscos de engessamento que isso traz, tem sido possível forjar diferentes modos de se constituir professor, numa perspectiva inclusiva, a partir de diferentes experiências na formação inicial.</p> 2025-07-16T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2025 Revista Educação Especial https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/91436 Intervenção Psicomotora e Transtorno do Espectro Autista (TEA): uma revisão da produção científica brasileira 2025-10-07T13:06:04-03:00 Lorenna Walesca de Lima Silva lorennalima1995@gmail.com Lucia Maria Andreis lucia.andreis@hotmail.com Sany Fernandes sanyfisio@hotmail.com Francisco Rosa Neto franciscorosaneto@terra.com.br <p>O Transtorno do Espectro Autista (TEA) se caracteriza por prejuízos na comunicação social e padrões restritos e repetitivos de comportamentos, interesses ou atividades. No Brasil, a Psicomotricidade tem-se destacado como uma abordagem de intervenção para crianças com TEA, uma vez que pode contribuir para a adaptação motora, cognitiva, emocional e social. O objetivo do presente estudo foi revisar e sintetizar a produção científica sobre intervenções psicomotoras aplicadas em crianças brasileiras com TEA (02 e 12 anos). Para tanto, realizou-se uma busca eletrônica nas bases LILACS, Scielo e Google Acadêmico. No total, 07 (sete) estudos foram elegíveis para a síntese de evidências. As pesquisas foram publicadas entre 2015-2022 e variaram quanto às amostras, características das intervenções e desfechos de interesse (foco em variáveis motoras). De modo geral, a análise da produção científica sugere que as intervenções psicomotoras beneficiam o desenvolvimento motor e psicossocial de crianças com TEA, embora possam variar em termos de eficácia, duração, contexto e abordagem. Como sugestões, faz-se pertinente que futuras pesquisas investiguem os efeitos dessas intervenções a longo prazo, em amostras maiores, possibilitando uma visão mais abrangente sobre os fatores que influenciam o desenvolvimento motor, cognitivo e socioemocional em crianças brasileiras com TEA.</p> 2025-07-21T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2025 Revista Educação Especial https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/92396 A influência da Perturbação do Espectro do Autismo (PEA) nas relações entre irmãos: Uma revisão integrativa da literatura 2025-10-07T13:06:01-03:00 Alícia Rodriguez aliciarodriguez.ed@gmail.com Ana Paula da Silva Pereira appereira@ie.uminho.pt Elsa Marta Soares elsamartasoares@gmail.com <p>A família, especialmente os pais e irmãos, constitui o núcleo onde se formam as primeiras relações interpessoais, proporcionando apoio e segurança. Quando um irmão é diagnosticado com Perturbação do Espectro do Autismo (PEA), ocorrem alterações significadas nas dinâmicas familiares para um ajuste às necessidades específicas da criança com PEA. Essas mudanças, que afetam rotinas e o tempo de qualidade em família, podem influenciar o comportamento, as competências socioemocionais e as relações entre irmãos. Propõe-se analisar, através de uma revisão integrativa da literatura, a influência da PEA nas relações entre irmãos. Deste modo, foram identificados 18 estudos publicados entre 2015 e 2024, cujas abordagens metodológicas se centram em pesquisas qualitativas, quantitativas e mistas. As bases de dados utilizadas foram: <em>Web of Science, Scopus </em>e <em>Scielo</em>. A pesquisa foi conduzida com recurso a palavras-chave em português europeu e do brasil e inglês, nomeadamente, português: PEA OU autismo E irmãos E relações; irmãos E PEA; inglês: ASD OR <em>autism spectrum disorder</em> <em>AND siblings</em>; <em>siblings AND ASD.</em> O estudo conclui que, embora as relações entre irmãos com e sem PEA sejam desafiadoras, elas também promovem o desenvolvimento de competências sociais e emocionais. Ressalta-se a importância do suporte familiar e comunitário para minimizar os impactos negativos e fortalecer os vínculos familiares.</p> 2025-07-21T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2025 Revista Educação Especial https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/90819 Políticas para Pessoas com Deficiência na Educação Profissional: um estudo nos anais do colóquio “a produção do conhecimento em educação profissional” (2013-2023) 2025-10-07T13:05:59-03:00 Rodrigo Luiz Silva Pessoa rodrigo.pessoa@escolar.ifrn.edu.br Renato Marinho Brandão Santos renato.marinho@ifrn.edu.br Glícia de Souza Pereira glicia10_@hotmail.com Anny Heloisa Palhano de Oliveira Bezerra palhanoanny@gmail.com <p>Este artigo visa analisar estudos acerca de políticas para as pessoas com deficiência na Educação Profissional e Tecnológica (EPT), tendo como fonte os anais de seis edições do Colóquio “A produção do conhecimento em Educação Profissional”, promovido pelo Programa de Pós-graduação em Educação Profissional do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte, escolhido pela sua representatividade no campo da EPT no Brasil. Para atingir esse objetivo, recorreu-se à metodologia para uma produção do estado de conhecimento postulada por Morosini et al. (2021), baseada em bibliografia sobre a temática de políticas para pessoas com deficiência (Martins, 1999; Mantoan, 2003; Piovesan, 2013), especialmente na EPT, por meio de leis como a nº 13146/2015 e a nº 10.098/2000, além da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei nº 9394/1996). A pesquisa demonstra uma incipiência da temática dentro deste evento representativo da Educação Profissional e Tecnológica, quando comparadas a quantidade de trabalhos publicados relacionados ao tema deste artigo (4) com o total de trabalhos já publicados no evento (765).</p> 2025-07-23T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2025 Revista Educação Especial https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/91680 Educação física escolar e desenho universal para a aprendizagem: uma revisão de literatura 2025-10-07T13:05:53-03:00 Aline Basso Braz alinebasso04@hotmail.com Mey de Abreu van Munster mey@ufscar.br <p>Para que os professores de Educação Física possam implementar práticas pedagógicas baseadas nos princípios da acessibilidade, é essencial proporcionar suporte e oferecer conhecimentos sobre estratégias que garantam a participação efetiva de todos os estudantes. Assim, foi realizada uma revisão sistemática da literatura com o objetivo de analisar a produção científica envolvendo a interface entre Educação Física Escolar e Desenho Universal para a Aprendizagem, de forma a verificar se tal abordagem pode favorecer a inclusão de estudantes com deficiências nesse contexto. Utilizando as palavras-chave "<em>Physical Education</em>” e “<em>Universal design for learning</em>” foi realizada uma busca no portal de Periódicos da CAPES, sendo identificados 229 estudos. Com base nas diretrizes do PRISMA, aplicados os critérios de inclusão e exclusão, e adicionados quatro por meio de busca manual foram obtidos nove estudos. A análise de conteúdo deu origem a duas categorias: recomendações/concepções sobre as possibilidades do DUA nas aulas de EF e aplicação dos princípios do DUA nas aulas de EF. Os resultados evidenciam a necessidade de investimento em pesquisas internacionais e nacionais sobre as possibilidades de aplicação do DUA nas aulas de EF, visando maximizar as oportunidades de aprendizagem para todos os estudantes.</p> 2025-09-19T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2025 Revista Educação Especial https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/87148 Altas Habilidades/Superdotação Artística: Revisão Sistemática 2025-10-07T13:05:51-03:00 Marco Antonio Brandini Argento marco.aba@yahoo.com Tatiana de Cassia Nakano tatiananakano@hotmail.com <p>Diversos estudos têm sido desenvolvidos com o objetivo de compreender o fenômeno das altas habilidades/superdotação, apesar de uma ênfase na superdotação associada à inteligência elevada se faça presente historicamente. Nesse contexto, o estudo buscou identificar e analisar produções científicas nacionais e internacionais sobre um tipo específico de altas habilidades/superdotação, ainda pouco explorado: a artística. As bases de dados eletrônicas Periódicos CAPES e PsycInfo foram consultadas, de modo a incluir estudos publicados até o ano de 2023. Após aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, 44 estudos foram selecionados. Os resultados indicaram que o tema é investigado por pesquisadores de diversas nacionalidades desde o início do século XX, sendo a amostra mais investigada composta por crianças e adolescentes. Além disso, a área artística com maior número de pesquisas foi Artes Visuais, notando-se ainda predominância de estudos que fizeram uso de entrevistas, questionários e testes psicológicos. Os achados indicaram tendências e lacunas na área, de modo que seus resultados podem ser usados para ampliar os conhecimentos na área.</p> 2025-09-22T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2025 Revista Educação Especial https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/90963 Estado da arte sobre indicação e identificação de altas habilidades ou superdotação em Ciências da Natureza 2025-07-10T10:40:17-03:00 Ana Paula Amaral de Freitas Machado apaula.af@gmail.com Lorrana Nara Naves Nóbrega nobregalnn@gmail.com Claudio Roberto Machado Benite claudiobenite@ufg.br <p>O objetivo deste artigo é analisar o estado da arte sobre teses e dissertações a respeito da identificação e indicação de altas habilidades ou superdotação em Ciências da Natureza, com o intuito de mapear os procedimentos adotados, investigando os tipos de instrumentos indicadores vêm sendo utilizados para tal, bem como identificar lacunas na literatura que possam orientar futuras pesquisas e práticas educacionais. Para tanto, consultamos pesquisas publicadas no Banco de Dissertações e Teses da Capes, de 2005 a 2024. Os dados foram analisados a partir das seguintes categorias: produções por ano, identificação de altas habilidades ou superdotação, área de Ciências da Natureza e instrumento de identificação/indicação. Os resultados revelaram 36 pesquisas focadas na identificação ou indicação de estudantes com altas habilidades ou superdotação. Especificamente na área de Ciências da Natureza, 9 estudos abordam o tema de altas habilidades ou superdotação, dos quais apenas 2 se dedicam à investigação relacionada à identificação ou indicação de estudantes com características de altas habilidades ou superdotação em Ciências da Natureza. Esse cenário evidencia que o tema ainda é pouco discutido, apontando a relevância de trazê-lo para o debate científico.</p> 2025-10-13T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2025 Revista Educação Especial https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/83958 Educação Científica para Sexualidade: Análise Bibliográfica de Aspectos de Ensino Destinado aos Estudantes Surdos do Brasil 2025-10-07T10:43:07-03:00 Danley Greg Bezerra da Silva danley-ppta@hotmail.com Irinéa de Lourdes Batista irinea@uel.br <p>No ensino de Ciências, a sexualidade é um tema que deve ser amplamente abordado, principalmente entre adolescentes que, com a puberdade, passam por mudanças físicas e emocionais geradoras de diversos questionamentos. No/a adolescente surdo/a, isto não é diferente, haja vista que a puberdade também aflora o seu desenvolvimento emocional e sexual. Conforme evidencia a literatura, é baixa a quantidade de pesquisas que buscam articular as temáticas da sexualidade e da surdez. É nesse sentido que buscamos contribuir, analisando e sistematizando elementos relativos ao ensino da sexualidade destinados aos estudantes surdos brasileiros do Ensino Fundamental. O principal objetivo que guiou essa pesquisa foi identificar, analisar e problematizar aspectos de ensino interligados à sexualidade do estudante surdo presentes na literatura. Como abordagem metodológica, adotou-se um levantamento bibliográfico em função de sua pertinência e adequação às intencionalidades estabelecidas na pesquisa. A obtenção e análise dos dados subsidiou-se no referencial teórico metodológico da análise de conteúdo. Dentre as inferências é possível destacar a confirmação da hipótese de que as investigações que interligam as temáticas sexualidade e surdez continuam em escassez, contribuindo para entraves epistemológicos. Logo, é preciso que as pesquisas brasileiras busquem colocar em prática a interdisciplinaridade científica, articulando temáticas relevantes ao contexto do/a estudante surdo/a, que segundo as evidências são considerados vulneráveis em diversos aspectos, entres eles a Educação Sexual (ES).</p> 2025-10-16T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2025 Revista Educação Especial https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/93522 A escrita do sujeito Surdo: linguagem, experiência e representação simbólica 2025-09-17T09:34:13-03:00 Ramon Ferreira Damasceno ramonfdamasceno@gmail.com Alan José Corrêa Manso alanjcmjcm@gmail.com Luiz Antônio Gomes Senna senna@uerj.br <p>Este artigo analisa a produção escrita do sujeito surdo a partir de uma perspectiva que integra linguagem, cognição, cultura e experiência. Considerando as barreiras comunicacionais e simbólicas enfrentadas pelos surdos, discute-se como essas condições moldam formas específicas de representação do mundo, frequentemente distintas da lógica sequencial e normativa da escrita alfabética. Fundamentado em autores como Vygotski, Barthes, Lyons e Langacker, o texto defende que a surdez deve ser compreendida como uma diferença linguístico-cultural. A escrita do surdo, por consequência, expressa uma lógica visual, multimodal e relacional, ancorada na língua de sinais e nas experiências comunitárias. A memória coletiva da comunidade surda, a identidade cultural e a resistência simbólica emergem como elementos centrais na constituição de sentidos e na organização do pensamento. A partir disso, o artigo propõe uma reconfiguração das práticas pedagógicas, que reconheça a singularidade do sujeito surdo e valorize suas formas legítimas de significar. A escrita surda, longe de representar um desvio, revela possibilidades epistemológicas próprias que desafiam os paradigmas da oralidade e da linearidade textual. A escola, portanto, deve acolher tais manifestações como legítimas e promotoras de uma educação inclusiva, centrada na escuta da diferença e na valorização das múltiplas formas de cognição e expressão.</p> 2025-11-03T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2025 Revista Educação Especial https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/93567 Dupla excepcionalidade: revisão da produção científica nacional e internacional 2025-11-04T15:28:08-03:00 Luana Hillary Fusaro luanahfusaro@gmail.com Tatiana de Cassia Nakano tatiananakano@hotmail.com Julia Reis Negreiros junegreiros1@gmail.com Janaina Chnaider jana_chnaider@hotmail.com <p>A dupla excepcionalidade se refere à combinação de um potencial elevado (altas habilidades/superdotação – AH/SD) com algum déficit, transtorno ou deficiência. Dadas as diferentes combinações possíveis entre forças e fraquezas, trata-se de um grupo heterogêneo, de modo que o reconhecimento das particularidades dessas crianças exige um olhar que considere tanto as fragilidades quanto os potenciais. Nesse contexto, uma revisão da literatura nacional e internacional foi realizada, nas bases de dados eletrônicas CAPES, Scielo, Pepsic e Psycinfo, considerando-se o período entre 2014 e 2025. Um total de 52 artigos empíricos foram selecionados. A revisão seguiu a metodologia PRISMA-P. Os resultados indicam que a maioria dos estudos foi realizada nos Estados Unidos (36,54%) e, principalmente, no ambiente educacional (88,46%). As combinações mais frequentemente investigadas foram AH/SD com transtorno do espectro autista (26,74%) e transtorno de aprendizagem (20,93%). Conclui-se que, embora o tema tenha ganhado interesse, ainda há escassez de pesquisas empíricas acerca da temática.</p> 2025-11-28T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2025 Revista Educação Especial https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/93021 Ensino de leitura e escrita para pessoas com TDAH: um estado da arte sobre estratégias educacionais inclusivas 2025-10-21T14:58:55-03:00 Carlos Eduardo de Paula Santos carloseduardodepaulasantos@gmail.com José Ribamar Lopes Batista Júnior ribas@labproducaotextual.com Ana Patrícia Sá Martins Costa anapsm23@hotmail.com Conceição de Maria Ferreira de Macêdo conceicaomacedo@frn.uespi.br Dayara Coelho Ferreira dayaracfer@gmail.com <p>Este estudo objetiva investigar as estratégias educacionais inclusivas apresentadas na literatura científica voltadas ao ensino de leitura e escrita de pessoas com Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), considerando sua eficácia e aplicabilidade em contextos educacionais diversos. Metodologicamente a pesquisa se caracteriza como descritiva quanto aos objetivos, bibliográfica quanto aos procedimentos e qualitativa quanto à abordagem. A coleta de dados foi realizada nas plataformas Google Acadêmico e SciELO, com a seleção de artigos publicados no último decênio, compondo um estado da arte sobre o tema. Os resultados indicam a existência de uma variedade de estratégias educacionais inclusivas, tais como remediação fonológica, contextualização e motivação, leitura lenta, esquemas-guia de leitura e escrita, divisão de tarefas longas, uso de agendas e organizadores, delimitação de objetivos, ativação de conhecimentos prévios e uso de tecnologias e recursos lúdicos. Contudo, embora tais estratégias sejam promissoras, ainda carecem de aprofundamento quanto à sua aplicabilidade na prática escolar.</p> 2025-11-28T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2025 Revista Educação Especial https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/94137 Ensino Superior, Tecnologia Assistiva e Inclusão de PcDs: Um Estudo Bibliométrico 2025-11-17T13:11:01-03:00 Estela Maris Giordani estela.giordani@ufsm.br Gabriel Banqueri Casemiro gabcasemiro@gmail.com Ieda Ferreira Banqueri Casemiro iedabanqueri@gmail.com Rafaela Butzke Geloch rafageloch@gmail.com <p>Este artigo investiga o estado da arte construído em torno de estudos a respeito de processos de ensino-aprendizagem inclusivos voltados para a Educação Superior. Estuda, por meio de uma análise bibliométrica, relações estabelecidas entre Tecnologia Assistiva, Inclusão e Permanência de Pessoas com Deficiência (PcDs) na Educação, tal como aparecem em artigos armazenados no repositório <em>Web of Science </em>(<em>WoS</em>), entre os anos de 1993 e 2022. Neste estudo, foi considerada uma amostra composta por 89 documentos catalogados pelo repositório <em>WoS </em>no campo de saberes da Educação e que foram tratados, sistematizados, visualizados e analisados com o uso da ferramenta <em>Biblioshiny </em>– interface gráfica do Pacote <em>R </em>– <em>R Studio </em>– e do Pacote <em>Bibliometrix</em>. O estudo revelou que as publicações em torno do tema Tecnologia Assistiva aplicada à Educação Superior, ou, em outras palavras, Tecnologia Assistiva como mecanismo de inclusão e permanência de discentes PcDs na Educação Superior, configuram um campo de estudos multidisciplinar, mas ainda em fase inicial de construção de suas teorias, de suas metodologias e de suas possíveis aplicações como recurso didático no Ensino Superior; mostram, portanto, que esta nova área de saberes acha-se, ainda, em fase de delimitação e de definição de seu próprio objeto, sob os pressupostos de saberes multidisciplinares, como uma condição <em>sine qua non </em>para o seu desenvolvimento efetivo e sua autodefinição como conjunto de saberes, de ferramentas, de práticas, de métodos e de recursos didáticos voltados para a inclusão de PcDs e para a democratização e ampliação do processo de ensino-aprendizagem na Educação Superior.</p> 2025-12-08T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2025 Revista Educação Especial https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/92137 Panorama bibliométrico das abordagens metodológicas no ensino de Ciências para alunos com deficiência visual 2025-08-28T15:32:41-03:00 Thalyta Nogueira de Araujo thalyta_na@hotmail.com Bianka Pires Andre biankapires@gmail.com Maria Eugênia Ferreira Totti meftotti@gmail.com Mariana Monteiro Soares Crespo de Alvarenga mmmmonteiro6@gmail.com <p>A deficiência visual, a qual engloba três condições principais – cegueira, baixa visão e visão monocular –, apresenta desafios no contexto educacional, em especial no ensino de Ciências, que depende com frequência de materiais visuais. Dessa forma, este estudo objetiva analisar as implicações da pessoa com deficiência visual no ensino de Ciências. Para tanto, adota como metodologia uma revisão bibliométrica das abordagens metodológicas utilizadas entre 2015 e 2019. A revisão da literatura destaca o papel das tecnologias assistivas, como <em>softwares</em> de leitura de tela, e materiais táteis para promover a inclusão desses alunos. A análise bibliométrica, baseada em publicações na revista <em>Benjamin Constant</em> e na base de dados <em>Scopus</em>, identificou uma tendência crescente na utilização dessas tecnologias e na adaptação de materiais didáticos. Os resultados apontam para a necessidade de formação continuada dos professores e o desenvolvimento de políticas públicas que incentivem a criação e a distribuição de materiais adaptados. A colaboração entre professores regentes e especialistas em deficiência visual é, pois, essencial para a implementação de práticas inclusivas. Sendo assim, este estudo reforça a prática de uma educação inclusiva, bem como a necessidade de investimentos em recursos didáticos adaptados e a capacitação de educadores.</p> 2025-12-08T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2025 Revista Educação Especial https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/94198 Criança ribeirinha com deficiência na escola e a participação da família 2025-10-23T18:15:43-03:00 Lucelia de Moraes Braga Bassalo lucelia.bassalo@uepa.br Narciza Valéria dos Santos Carvalho Neves narciza.neves@aluno.uepa.br <p>Este artigo resulta de uma investigação que teve como tema central a família e a escolarização da criança ribeirinha com deficiência. Metodologicamente trata-se de um estudo bibliográfico do tipo Estado da Arte que intencionou responder a seguinte questão: como a participação da família na escolarização de crianças ribeirinhas com deficiência é discutida na produção acadêmica publicada em Programas de Pós-Graduação na área de educação, em artigos e eventos da área educacional? A pesquisa intencionou examinar a relação família escola, da criança ribeirinha com deficiência, conforme abordado em estudos acadêmicos, no período entre 2008 e 2021. A análise indicou que as pesquisas apontam para a interação entre a família da criança com deficiência e a escola, de forma positiva e satisfatória. Revelou também que é um tema pouco estudado na área de educação e são poucas as produções que abordam temas voltados para a população de territórios ribeirinhos. Assim, o artigo aponta para a necessidade de maiores investigações in loco da vivência das famílias de crianças com deficiência que habitam os territórios ribeirinhos e seu processo de escolarização.</p> 2025-12-10T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2025 Revista Educação Especial https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/88781 Ver para se fazer ouvir: Libras como segunda língua obrigatória para estudantes do ensino médio 2025-03-24T19:37:51-03:00 Tássio Acosta tassiogde@gmail.com Marcel de Assis Roque marcel.libras@gmail.com Daniel Ramos de Souza Daniel.psi26@gmail.com <p>Analisa-se a implementação da Língua Brasileira de Sinais como disciplina obrigatória para todos os alunos ingressantes no ensino médio técnico no Instituto Federal de São Paulo, campus Capivari. Parte-se do arcabouço legal existente à educação inclusiva para a valorização desta implementação e sustenta-se a existência de uma governamentalidade democrática na inserção dessa parcela populacional dentro dos regimentos educacionais do colégio. Esta hipótese é sustentada a partir da inclusão do ensino de Libras dentro da Comissão de Atividade Docente de Linguagens, em consonância com as demandas da população local. Identificou-se que sua obrigatoriedade tem potencialidades diversas de rupturas aos padrões estabelecidos e pode, como consequência, permitir socializações outras. Conclui-se, nesse sentido, que a importância de democratizar o conhecimento acerca da Libras para a justa inclusão da população surda nos espaços de ensino-aprendizagens é de fundamental importância para que a escola se torne não apenas propício espaço de acolhimento e proteção às infâncias e juventudes, como também que os afetos sejam agenciados para a as mudanças sociais tão urgentes na contemporaneidade.</p> 2025-03-12T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2025 Revista Educação Especial