Revista Educação Especial https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial <p style="text-align: justify;"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;">A Revista </span></span><strong><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;">Educação Especial</span></span></strong><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"> tem como finalidade veicular apenas artigos inéditos na área da Educação Especial, provenientes de pesquisas e práticas articuladas no campo. </span><span style="vertical-align: inherit;">A Revista está organizada em sessões </span></span><strong><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;">de Dossiê</span></span></strong><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;">, </span></span><strong><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;">Publicação Contínua</span></span></strong><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;">, sendo que os primeiros textos de publicação contínua, volume único anual, atendem à demanda de fluxo contínuo e estão organizados na forma de Dossiê Temático. </span><span style="vertical-align: inherit;">A revista tem </span></span><strong><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;">o português (Brasil)</span></span></strong><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"> como idioma principal, mas os textos também podem ser escritos em </span></span><strong><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;">inglês</span></span></strong><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;">, </span></span><strong><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;">espanhol</span></span></strong><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"> e </span></span><strong><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;">francês</span></span></strong><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;">.</span></span></p> <p style="text-align: justify;"><strong><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;">eISSN 1984-686X | </span><span style="vertical-align: inherit;">Qualis/CAPES (2017-2020) = A2</span></span></strong></p> Universidade Federal de Santa Maria pt-BR Revista Educação Especial 1984-686X <p style="color: #000000; font-family: Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 10px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: normal; orphans: auto; text-align: start; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: auto; word-spacing: 0px;"> </p> <p style="color: #000000; font-family: Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 10px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: normal; orphans: auto; text-align: start; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: auto; word-spacing: 0px;"><a href="https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0/"><img style="border-width: 0;" src="http://i.creativecommons.org/l/by-nc/3.0/88x31.png" alt="Creative Commons License" /></a><br />This work is licensed under a <a href="https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0/">Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International (CC BY-NC 4.0)</a></p> <p style="color: #000000; font-family: Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 10px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: normal; orphans: auto; text-align: start; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: auto; word-spacing: 0px;"> </p> <p><strong>DECLARAÇÃO DE ORIGINALIDADE E DIREITOS AUTORAIS</strong></p> <p> </p> <p>Declaramos o artigo a ser submetido para avaliação na Revista Educação Especial (UFSM) é original e inédito, assim como não foi enviado para qualquer outra publicação, como um todo ou uma fração.</p> <p>Também reconhecemos que a submissão dos originais à Revista Educação Especial (UFSM) implica na transferência de direitos autorais para publicação digital na revista. Em caso de incumprimento, o infrator receberá sanções e penalidades previstas pela Lei Brasileira de Proteção de Direitos Autorais (n. 9610, de 19/02/98).</p> <p><a href="https://docs.google.com/document/d/1YRcFnmMpjVKZ08kNIwxfhyDRrG4BEnWBJOdnUO2PgOM/edit?usp=sharing"> Link para a declaração.</a></p> <p style="color: #000000; font-family: Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 10px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: normal; orphans: auto; text-align: start; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: auto; word-spacing: 0px;"> </p> Teoria da mente, compreensão e experiência de bullying em adolescentes com autismo: Um estudo qualitativo https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/88562 <p>Pessoas dentro do espectro autista podem estar mais vulneráveis às experiências de bullying no ambiente escolar devido às próprias características do transtorno, especialmente aquelas relacionadas aos déficits sociais. Esta pesquisa teve por objetivo investigar qualitativamente através de estudo de casos múltiplos a compreensão e a experiência de bullying e suas relações com as habilidades de Teoria da Mente em cinco adolescentes com transtorno de espectro autista. Os adolescentes responderam tarefas de Teoria da Mente e de percepção e experiência de bullying, enquanto seus responsáveis preencheram um questionário sociodemográfico e de Levantamento de Características Clínicas. Os resultados demonstraram que os participantes distinguiram a maioria dos comportamentos considerados bullying ou de não-bullying, com exceção de alguns que não diferenciaram bullying de agressão e não reconheceram intimidação ou cyberbullying. O tipo de bullying mais experienciado foi o de exclusão social, seguido de verbal e físico. A conclusão é a de que parece haver relação entre os construtos, porém é necessária uma investigação mais ampla, incluindo outras variáveis que parecem ser importantes nesta relação, tal como idade, escolaridade e demais funções cognitivas.</p> Kátia Carvalho Amaral Faro Felipe Coelho Cardozo Cleonice Alves Bosa Copyright (c) 2025 Revista Educação Especial https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 2025-03-12 2025-03-12 e16/1 24 10.5902/1984686X88562 Significações da coordenação de curso sobre o processo formativo de professores em Educação Especial https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/87690 <p>Este estudo aborda a formação inicial em cursos de Licenciatura em Educação Especial. Trata-se da apresentação crítico-reflexiva de alguns resultados da tese de doutorado da primeira autora deste estudo. Teve como objetivo principal apreender as significações da coordenação de curso sobre o processo formativo de professores em Educação Especial. Esta pesquisa contou com a participação voluntária de uma coordenadora de um curso de Licenciatura em Educação Especial vinculado à uma Instituição de Ensino Superior (IES) federal na modalidade presencial. Para tanto, a entrevista semiestruturada foi o instrumento de pesquisa utilizado. A aplicação deu-se através de gravação de áudio e imagem, via plataforma do <em>Google Meet</em>. No que se refere à produção de dados, utilizamos os Núcleos de Significação. Pontuamos que, na etapa de produção dos dados, estávamos vivenciando o período pandêmico da COVID-19. Acerca disso, tornou-se um recorte analítico envolvendo as implicações desse período na formação dos professores. Quanto à interpretação dos dados, utilizamos algumas categorias do Materialismo Histórico-Dialético e da Psicologia Sócio-Histórica. As categorias utilizadas nesta análise foram: trabalho, totalidade e historicidade, mediação e contradição, sentido e significado. Os principais resultados apontam que, possivelmente, as disciplinas didático-metodológicas são mais priorizadas, enquanto as disciplinas teórico-políticas são secundarizadas durante o processo de ensino-aprendizagem de licenciandos, com base na formação por competências. Concluímos que a atuação do Núcleo Docente Estruturante (NDE) é fundamental na formação de professores, pois pode potencializar a transversalidade, perpassando o conceito de interseccionalidade no decorrer da produção de ações pedagógicas inclusivas dentro do curso ao longo da formação de professores.</p> Raíssa Matos Ferreira Neiza de Lourdes Frederico Fumes Copyright (c) 2025 Revista Educação Especial https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 2025-01-12 2025-01-12 e2/1 23 10.5902/1984686X87690 Avaliação de alunos com autismo na Educação Inclusiva: Estado da arte https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/89678 <p>O crescente número de matrículas de alunos com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) nas escolas de ensino comum se constitui como um desafio para a prática inclusiva do atendimento educacional especializado (AEE). Isso porque, dentre as atribuições do AEE está previsto o conhecimento dos alunos com TEA através do processo avaliativo educacional com vistas à identificação de barreiras à plena participação e aprendizagem. Considerando a heterogeneidade no perfil de aprendizagem de alunos com TEA, a identificação dessas especificidades exige um criterioso processo avaliativo. Sendo assim, o objetivo deste estudo é apresentar o estado da arte sobre instrumentos educacionais para avaliação de alunos com transtorno do espectro autista. O percurso metodológico se deu através de revisão narrativa sobre instrumentos avaliativos sobre TEA numa pesquisa realizada nas bases de dados Scielo, Portal de Periódicos da Capes, Biblioteca Digital de Teses e Dissertações, Educ@, Google Acadêmico e pesquisa documental. Os resultados mostram que há uma escassez de instrumentos avaliativos para alunos com TEA no contexto da educação, configurando uma lacuna, que contrasta com a diversidade destes no campo da saúde. Considerando a incompatibilidade de utilização de avaliações clínicas para o contexto escolar, entende-se que os professores de AEE encontram-se desabastecidos de subsídios para a identificação de barreiras para a participação e aprendizagem, e com isso ameaçando a qualidade das informações necessárias para a elaboração dos planos de ensino para alunos com TEA.</p> Ana Amália Oliveira Roveda Carlo Schmidt Copyright (c) 2025 Revista Educação Especial https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 2025-01-20 2025-01-20 e3/1 16 10.5902/1984686X89678 Editais de ingresso na Educação Superior: legitimação do direito à acessibilidade informacional e comunicacional https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/89199 <p>As Instituições de Educação Superior (IES) são um importante espaço de desenvolvimento sócio-histórico e cultural. No entanto, estudos da área de Educação Especial indicam que as pessoas com deficiência se deparam com barreiras para o acesso a informações que garantam a materialização dos seus direitos formais para o ingresso, a permanência e a titulação neste nível de ensino. Nesse cenário, o objetivo do presente artigo foi identificar aspectos facilitadores e dificultadores comunicacionais, informacionais e tecnológicos presentes no edital de ingresso da graduação. Trata-se de um estudo de caso de cunho qualitativo. Para a coleta de dados, foram realizadas entrevistas na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), <em>online</em> e presencial. O estudo considerou a participação de três pessoas vinculadas à universidade: um estudante da graduação com deficiência, um servidor com deficiência envolvido nas bancas de verificação do ingresso e uma pessoa servidora responsável pela elaboração, revisão e difusão do edital Sisu/Enem. Com abordagem da Análise Institucional, os resultados indicaram aspectos da acessibilidade que são dificultadores culturais, administrativos, informacionais e estruturais do edital de ingresso e subsidiaram a proposição científica de práticas facilitadoras nesse contexto.</p> Luana Alves de Abreu Braseliano Leonardo Santos Amâncio Cabral Copyright (c) 2025 Revista Educação Especial https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 2025-01-16 2025-01-16 e4/1 24 10.5902/1984686X89199 Entre balões, sarjetas e requadros: a nona arte na educação inclusiva, revisão de 2014 a 2024 https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/89029 <p>O presente artigo tem por objetivo descrever qualitativamente a última década de produções científicas que se utilizaram de Histórias em Quadrinhos (HQs) na educação inclusiva, e analisar os desdobramentos das temáticas dessas produções. Esta revisão fundamentou-se na busca sistemática em bancos de dissertações, teses e periódicos, e utilizou-se metodologicamente de enfoque fenomenológico, obtendo unidades significativas das produções. O trabalho está organizado em duas etapas: 1) comparação quantitativa da genealogia das produções; e 2) descrição e análise das unidades significativas. As produções científicas mostraram o uso das HQs na educação inclusiva nas seguintes unidades significativas: recursos didático e pedagógico, de acessibilidade, produto pedagógico, recurso mediador de relações e recurso para apreensão de representação social. Nesse sentido, concluiu-se admitindo que existe validação epistemológica no uso das HQs na educação inclusiva, e potencialidade pedagógica ao admiti-las como sistema de linguagem facilitador dos processos de aprendizagem e desenvolvimento, na formação de professores e na escolarização dos estudantes.</p> Adonis da Silva Tomé Ida Carneiro Martins Roberto Gimenez Copyright (c) 2025 Revista Educação Especial https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 2025-01-16 2025-01-16 e5/1 25 10.5902/1984686X89029 Percepção de professores de Ensino Superior sobre as repercussões de uma formação sobre inclusão em suas práticas docentes https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/88285 <p>A pesquisa teve o objetivo de identificar as mudanças percebidas pelos professores da Universidade Federal do Pará – Campus de Castanhal em suas práticas docentes após participarem de uma formação sobre inclusão de alunos público-alvo da Educação Especial no Ensino Superior. Participaram 29 professores, do referido campus, que frequentaram a formação e responderam individualmente ao questionário de Formação Docente para Inclusão de Alunos da Educação Especial II (FDIAEE-II). Verificou-se que houve mudanças na percepção dos docentes sobre as suas práticas com os graduandos, nas práticas pedagógicas dos professores (interação professor-aluno público-alvo da Educação Especial, metodologia, conteúdos e avaliação) e nas interações institucionais. Identificou-se que houve repercussões que extrapolaram aqueles que participaram da formação, como os professores que não fizeram parte do processo formativo. Concluiu-se que, a formação contribuiu com a construção de uma cultura institucional inclusiva e que há a necessidade de institucionalização da formação pedagógica sobre inclusão como uma estratégia importante para que se garanta um processo contínuo, que colabore para permanência, participação e progressão dos graduandos público-alvo da Educação Especial.</p> Raphaella Lopes Simone Souza da Costa Silva Copyright (c) 2025 Revista Educação Especial https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 2025-01-20 2025-01-20 e6/1 20 10.5902/1984686X88285 Diretrizes para o uso de aplicativos de leitura e escrita para alunos com Deficiência Intelectual https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/86242 <p>Este estudo tem como objetivo apresentar diretrizes para o uso de aplicativos, considerando o nível de leitura e escrita dos sujeitos com deficiência intelectual. A pesquisa tem abordagem qualitativa, objetivo exploratório e procedimentos de pesquisa participante. Os sujeitos são doze alunos que frequentam o atendimento educacional especializado e apresentam diagnostico de deficiência intelectual. O instrumento utilizado constituiu-se do diário de campo, por meio da observação participante, sendo a análise dos resultados teórica reflexiva. Os resultados apresentam a análise de doze aplicativos, sendo três de cada nível de leitura e escrita, tendo sido observados aspectos pedagógicos e técnicos dos aplicativos, considerando requisitos de cada nível. A análise resultou nas Diretrizes para o uso de aplicativos de leitura e escrita. Concluiu-se que as Diretrizes podem contribuir para a escolha e utilização de aplicativos não só para esse público, mas para qualquer sujeito que esteja em processo de alfabetização.</p> Karolina Waechter Simon Ana Cláudia Oliveira Pavão Copyright (c) 2025 Revista Educação Especial https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 2025-01-21 2025-01-21 e7/1 6 10.5902/1984686X86242 A percepção de professores de uma escola da rede pública de ensino de Lauro de Freitas-BA sobre a aprendizagem do estudante com deficiência intelectual https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/85638 <p>Para que haja a inclusão do estudante com deficiência intelectual, compete ao professor o reconhecimento de suas potencialidades, quer seja, o entendimento de que a sua condição não o impede de aprender. Para tanto, se faz necessário o delineamento de práticas pedagógicas que o contemplem. Isto porque, há a necessidade de um olhar diferenciado sobre o aprendizado do estudante para favorecimento do processo de ensino-aprendizagem. Dessa forma, esse artigo analisou a percepção de docentes sobre a condição de aprendizagem do estudante com deficiência intelectual. Trata-se de um estudo de caso de abordagem qualitativa; participaram seis professores da rede pública de ensino de Lauro de Freitas (BA) e foi realizada a aplicação de entrevista semiestruturada. Os dados evidenciaram a visão limitadora atribuída ao estudante com deficiência intelectual. Os participantes consideram as potencialidades desses estudantes, porém ainda não conseguem direcionar estratégias às singularidades dos sujeitos e destacam, em função disso, a necessidade de formação para a inclusão. Os resultados indicam a valorização das experiências docentes alinhadas à reformulação de Políticas Públicas de formação que contemplem práticas pedagógicas inclusivas.</p> Vanilda Santos Fonseca Cláudia Paranhos de Jesus Portela Copyright (c) 2025 Revista Educação Especial https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 2025-01-25 2025-01-25 e9/1 18 10.5902/1984686X85638 O intérprete educacional de Português/Libras e suas escolhas tradutório-interpretativas em aulas de Química https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/74372 <p>O Tradutor e Intérprete Educacional de Português/Língua Brasileira de Sinais possui um papel fundamental em espaços que buscam ser inclusivos a surdos. No contexto da educação química, sua atuação nos processos de ensino e aprendizagem é cercada de desafios que ainda carecem de pesquisas científicas que os abordem, dentre esses, o uso dos recursos tradutório/interpretativos aplicados a construção de conceitos químicos. Assim sendo, esse estudo tenciona articular um espaço de diálogo, envolvendo questões que dizem respeito às escolhas linguísticas de um profissional Intérprete em uma aula de Química e os recursos utilizados durante o discurso. Para isso, partiu-se da análise de uma aula gravada em uma sala de aula do 1º ano do ensino médio, na qual havia um discente surdo. O foco da pesquisa centrou-se nas ações da Intérprete Educacional enquanto a professora regente abordava o tema ‘regra do octeto’. As análises efetuaram-se a partir da divisão em sequências discursivas e uma posterior observação fundamentada em aportes teóricos da gramática da Língua Brasileira de Sinais. Identificou-se que em sua ação a Intérprete faz uso majoritário de sinais para dar sentido a estrutura sintática da frase, porém, utiliza classificadores na expressão dos conceitos específicos e fenômenos que já possuem, ou não, um sinal. Por fim, o uso da datilologia se voltou a expressão nominal de terminologias, e os gestos, para apontamentos.</p> <p> </p> Kevin Lopes Pereira Ivoni Freitas Reis Marcelo Giordan Copyright (c) 2025 Revista Educação Especial https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 2025-02-07 2025-02-07 e10/1 27 10.5902/1984686X74372 Análise de intervenções naturalistas baseadas na rotina da família para jovens com deficiência intelectual e/ou autismo https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/87672 <p>Intervenções naturalistas baseadas na rotina familiar proporcionam uma abordagem contextualizada e centrada na vida cotidiana, promovendo habilidades funcionais e a inclusão social de forma eficaz para pessoas com autismo e deficiência intelectual. Contudo, a maioria dos estudos associados à temática é direcionada à primeira infância, sendo escassos os trabalhos dedicados a jovens pertencentes a esses grupos. Desta forma, neste estudo, os objetivos foram analisar intervenções naturalistas baseadas na rotina da família de jovens com deficiência intelectual e/ou autismo, em quatro bases de dados (PsycInfo, PePSIC, Scielo e BDTD), utilizando palavras-chave <em>Routines-Based Model; Family-Centered Practices; Working with Families + Special Education; Routines-Based Interview; Natural Environments + Family; Naturalistic Intervention Programme + Family</em> em bancos de dados reconhecidos na área de psicologia e educação, os resultados revelaram uma notável carência de dados específicos sobre intervenções naturalistas direcionadas a essa parcela específica da população jovem. De um total de 2.596 estudos recuperados com o sistema de busca por palavra-chave, 27 atenderam os critérios de inclusão para análise. Dos 27, 25 estudos discutiam sobre algum aspecto relacionado à primeira infância e somente 2 tratavam da temática da juventude, o que mostra uma disparidade entre o número de publicações nessa área. Discute-se sobre procedimentos utilizados na Educação Especial na primeira infância, como é caso das intervenções centradas nas famílias e sua aplicabilidade no contexto da juventude, de modo a refletir sobre adequações necessárias para inclusão social do jovem com autismo e/ou DI.</p> Giovanna Lins Priscila Benítez Gessica Fonseca Kate Mamhy Oliveira Kumada Copyright (c) 2025 Revista Educação Especial https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 2025-02-11 2025-02-11 e11/1 28 10.5902/1984686X87672 Terminalidade Específica nos Institutos Federais: o que dizem os documentos institucionais https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/87352 <p>A Terminalidade Específica – TE – e a Certificação Diferenciada – CD – são recursos garantidos a estudantes que, em virtude de suas necessidades educacionais específicas – NEE –, não alcancem o nível exigido para conclusão de determinada etapa de ensino. Nos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia – IFs –, o respaldo para sua aplicação é recente e tem origem em pareceres do Conselho Nacional de Educação – CNE – e Câmara de Educação Básica – CEB –, elaborados em 2013 e 2019. Assim, objetivou-se: a) identificar documentos normativos que abordam a TE ou CD, elaborados pelos IFs após a publicação do Parecer CNE/CEB nº 5, de 06 de junho de 2019; e b) analisar os procedimentos descritos nessas normativas para aplicação desses recursos. Realizou-se uma pesquisa documental nas páginas eletrônicas institucionais para posterior análise de instruções normativas, resoluções e demais documentos orientadores dos serviços e medidas para apoio à escolarização de estudantes com NEE dos 38 IFs brasileiros. Percebeu-se um aumento de documentos que abordam TE ou CD – 24 documentos –, mas muitos IFs ainda não prevêem esses recursos em seus documentos institucionais. Para os oito IFs que descrevem detalhadamente esses recursos, é preconizada a participação dos diversos servidores e setores relacionados à escolarização dos estudantes com NEE. Mas a participação do próprio estudante e seus responsáveis legais não é prevista para a maioria das instituições e precisa ser fortalecida. Por fim, entende-se que IFs necessitam regulamentar e detalhar os procedimentos adotados para a concessão da CD, na perspectiva do Parecer CNE/CEB nº 5, de 2019.</p> Lívia Maria Reis Pereira Ticiana Couto Roquejani Daniele Pinheiro Volante Carla Ariela Rios Vilaronga Maria da Piedade Resende da Costa Copyright (c) 2025 Revista Educação Especial https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 2025-02-11 2025-02-11 e12/1 28 10.5902/1984686X87352 Narrativas de professores de surdos sobre ensino e currículo de Libras nas escolas bilíngues https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/88143 <p>O presente trabalho mostra os resultados de uma pesquisa cujo objetivo foi analisar as narrativas de professores de surdos a respeito do ensino da Língua Brasileira de Sinais (Libras) e do currículo dessa língua no Brasil. As teorizações que embasam a investigação se encontram nos campos dos Estudos Surdos e dos Estudos Culturais em Educação. Utilizou-se uma abordagem qualitativa, inspirada nas metodologias pós-críticas em educação e currículo. O corpus da pesquisa consistiu em um conjunto de narrativas produzidas durante os encontros do Fórum das Escolas de Surdos do Rio Grande do Sul (Fesurs), extraídos de videogravações de domínio público. A partir das falas dos participantes, foi possível constatar a compreensão de que as práticas pedagógicas que envolvem a estrutura gramatical da língua de sinais são insuficientes, havendo a indicação da necessidade de mudança na disciplina de Libras. Segundo os relatos, há uma valorização de elementos culturais e identitários em detrimento do arcabouço linguístico, de forma que o ensino da Libras na escola básica permanece baseado na interação e no uso espontâneo da língua. Dessa forma, foi possível identificar a relevância de se realizar um debate maior a respeito dos aspectos estruturais da língua e da reformulação dos currículos da Libras no país, apoiados por políticas públicas e formação continuada de professores.</p> Fernando Fogaça Copyright (c) 2025 Revista Educação Especial https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 2025-02-28 2025-02-28 e14/1 23 10.5902/1984686X88143 Ver para se fazer ouvir: Libras como segunda língua obrigatória para estudantes do ensino médio https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/88781 <p>Analisa-se a implementação da Língua Brasileira de Sinais como disciplina obrigatória para todos os alunos ingressantes no ensino médio técnico no Instituto Federal de São Paulo, campus Capivari. Parte-se do arcabouço legal existente à educação inclusiva para a valorização desta implementação e sustenta-se a existência de uma governamentalidade democrática na inserção dessa parcela populacional dentro dos regimentos educacionais do colégio. Esta hipótese é sustentada a partir da inclusão do ensino de Libras dentro da Comissão de Atividade Docente de Linguagens, em consonância com as demandas da população local. Identificou-se que sua obrigatoriedade tem potencialidades diversas de rupturas aos padrões estabelecidos e pode, como consequência, permitir socializações outras. Conclui-se, nesse sentido, que a importância de democratizar o conhecimento acerca da Libras para a justa inclusão da população surda nos espaços de ensino-aprendizagens é de fundamental importância para que a escola se torne não apenas propício espaço de acolhimento e proteção às infâncias e juventudes, como também que os afetos sejam agenciados para a as mudanças sociais tão urgentes na contemporaneidade.</p> Tássio Acosta Marcel de Assis Roque Daniel Ramos de Souza Copyright (c) 2025 Revista Educação Especial https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 2025-03-12 2025-03-12 e15/1 14 10.5902/1984686X88781 Percepção de estudantes com deficiência, seus pais ou responsáveis, e educadores sobre o processo de inclusão escolar: uma revisão de escopo https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/87339 <p>Este estudo teve por objetivo analisar qual a percepção do processo de inclusão escolar do ponto de vista de estudantes, educadores e familiares, de alunos que frequentam o Ensino Infantil, Fundamental I e II e Médio. Foi realizada uma revisão de escopo de teses e dissertações, no período de 2010 a 2020, nas bases de dados da CAPES e BDTD, os descritores utilizados foram: “processo de inclusão escolar” <em>AND</em> “percepção estudantes”; 2) “inclusão educacional” <em>AND </em>“percepção estudante”. Foram selecionadas 12 teses e dissertações, com prevalência das dissertações de mestrado. Notou-se que de 2011 a 2014 concentrou-se a maior produção de trabalhos; desses, a maioria tratava da contribuição dos profissionais da educação sobre suas percepções no processo de inclusão, na sequência, sobre o total de percepções de familiares e responsáveis, seguindo após sobre a percepção dos estudantes a respeito da inclusão escolar e apenas um autor trouxe a visão de educadores e familiares num mesmo estudo. Em geral, observou-se discursos similares em relação aos aspectos negativos do processo de inclusão escolar, na visão de todos os atores investigados, tais como: o estigma, a falta de formação dos educadores e a dificuldade em incluir o aluno com deficiência nas atividades educacionais. A escassez de investigações sobre a percepção do próprio aluno com deficiência, nos revela a hegemonia dos discursos sobre inclusão e a necessidade de considerar o lugar de fala desses sujeitos.</p> Cristiane Paiva Alves Aniéli Gil Maewa Martina Gomes da Silva e Souza Copyright (c) 2025 Revista Educação Especial https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 2025-01-10 2025-01-10 e1/1 21 10.5902/1984686X87339 Contribuições das tecnologias assistivas para a inclusão educacional de pessoas surdas: uma revisão narrativa https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/89913 <p>Este artigo investiga as contribuições das tecnologias assistivas para a inclusão educacional de pessoas surdas, destacando os benefícios para o desenvolvimento acadêmico e social dos alunos. A pesquisa, desenvolvida no âmbito do Programa de Doutorado em Novas Tecnologias Digitais na Educação da UniCarioca, utiliza uma metodologia descritiva com abordagem qualitativa, baseada em uma revisão narrativa da literatura. O estudo busca entender como as tecnologias assistivas contribuem para a inclusão e o desenvolvimento de alunos surdos em ambientes educacionais. Foram analisadas publicações dos últimos cinco anos, abordando o impacto dessas tecnologias na comunicação, no progresso acadêmico e na inclusão social. Entre as tecnologias discutidas estão <em>softwares</em> de tradução de texto para língua de sinais, legendagem em tempo real, ferramentas de tradução de fala para língua de sinais utilizando inteligência artificial e tecnologias auditivas. Além dos benefícios, o artigo examina desafios como a falta de políticas públicas e a formação insuficiente de professores, e propõe recomendações para melhorar a implementação das TA na educação inclusiva.</p> Ana Beatriz Ferrari dos Santos Neuza Siqueira de Souza Mariza Sueli de Oliveira Sodré Gabriel Mello dos Santos Abreu Mol Copyright (c) 2025 Revista Educação Especial https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 2025-02-17 2025-02-17 e13/1 17 10.5902/1984686X89913