Revista Educação Especial https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial <p style="text-align: justify;"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;">A Revista </span></span><strong><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;">Educação Especial</span></span></strong><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"> tem como finalidade veicular apenas artigos inéditos na área da Educação Especial, provenientes de pesquisas e práticas articuladas no campo. </span><span style="vertical-align: inherit;">A Revista está organizada em sessões </span></span><strong><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;">de Dossiê</span></span></strong><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;">, </span></span><strong><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;">Publicação Contínua</span></span></strong><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;">, sendo que os primeiros textos de publicação contínua, volume único anual, atendem à demanda de fluxo contínuo e estão organizados na forma de Dossiê Temático. </span><span style="vertical-align: inherit;">A revista tem </span></span><strong><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;">o português (Brasil)</span></span></strong><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"> como idioma principal, mas os textos também podem ser escritos em </span></span><strong><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;">inglês</span></span></strong><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;">, </span></span><strong><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;">espanhol</span></span></strong><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"> e </span></span><strong><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;">francês</span></span></strong><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;">.</span></span></p> <p style="text-align: justify;"><strong><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;">eISSN 1984-686X | </span><span style="vertical-align: inherit;">Qualis/CAPES (2017-2020) = A2</span></span></strong></p> pt-BR <p style="color: #000000; font-family: Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 10px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: normal; orphans: auto; text-align: start; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: auto; word-spacing: 0px;"> </p> <p style="color: #000000; font-family: Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 10px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: normal; orphans: auto; text-align: start; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: auto; word-spacing: 0px;"><a href="https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0/"><img style="border-width: 0;" src="http://i.creativecommons.org/l/by-nc/3.0/88x31.png" alt="Creative Commons License" /></a><br />This work is licensed under a <a href="https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0/">Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International (CC BY-NC 4.0)</a></p> <p style="color: #000000; font-family: Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 10px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: normal; orphans: auto; text-align: start; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: auto; word-spacing: 0px;"> </p> <p><strong>DECLARAÇÃO DE ORIGINALIDADE E DIREITOS AUTORAIS</strong></p> <p> </p> <p>Declaramos o artigo a ser submetido para avaliação na Revista Educação Especial (UFSM) é original e inédito, assim como não foi enviado para qualquer outra publicação, como um todo ou uma fração.</p> <p>Também reconhecemos que a submissão dos originais à Revista Educação Especial (UFSM) implica na transferência de direitos autorais para publicação digital na revista. Em caso de incumprimento, o infrator receberá sanções e penalidades previstas pela Lei Brasileira de Proteção de Direitos Autorais (n. 9610, de 19/02/98).</p> <p><a href="https://docs.google.com/document/d/1YRcFnmMpjVKZ08kNIwxfhyDRrG4BEnWBJOdnUO2PgOM/edit?usp=sharing"> Link para a declaração.</a></p> <p style="color: #000000; font-family: Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 10px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: normal; orphans: auto; text-align: start; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: auto; word-spacing: 0px;"> </p> revistaeducacaoespecial@ufsm.br (Clenio Perlin Berni) revistaeducacaoespecial@ufsm.br (Clenio) Tue, 31 Jan 2023 15:20:11 -0300 OJS 3.3.0.10 http://blogs.law.harvard.edu/tech/rss 60 Uma reflexão sobre práticas violentas no processo de escolarização de surdos oralizados usuários de aparelho auditivo de amplificação sonora https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/66812 <p>O fenômeno <em>bullying</em> é uma subespécie de violência entre pares, complexo e multidimensional. Dentre os tipos específicos de violência, destaca-se neste estudo a violência praticada contra a pessoa deficiente, em contexto escolar, como uma das possibilidades a dificuldade da sociedade lidar com os diferentes. Assim como outros estudantes, os surdos são sujeitos passíveis de sofrerem <em>bullying</em>. Dessa forma, a presente pesquisa tem como objetivo geral verificar se o fenômeno <em>bullying</em> fez ou faz parte do cotidiano escolar de adolescentes surdos oralizados e usuários de aparelho auditivo de amplificação sonora individual, pacientes de um Serviço de Saúde Auditiva do Espírito Santo- ES. A amostra era composta de adolescentes com idades entre 12 e 18 anos. Estes responderam um formulário desenvolvido no Google Forms, composto por 40 questões, 1 aberta e 39 fechadas, organizadas em 3 sessões. Após a coleta, no que se refere aos aspectos quantitativos, os dados foram analisados por meio do <em>software Statistical Package for Social Science</em> (SPSS) versão 25 para Windows. A análise qualitativa foi encaminhada a partir dos três temas apresentados no formulário de coleta de dados. Estudos sobre a incidência de bullying indicam uma alta prevalência desse fenômeno em contexto escolar, porém, essa tendência não foi verificada no presente trabalho cuja amostra contemplou estudantes surdos. Acredita-se que a baixa incidência de bullying junto a amostra investigada pode ser devido ao número relativamente baixo de participantes surdos que aceitaram participar da pesquisa. Quando a prática de bullying foi mencionada, as formas de agressão mais frequentes foram a verbal, seguida da física e material, psicológica e o cyberbullying.</p> Débora Brizon Braga, Simone Chabudee Pylro Copyright (c) 2023 Revista Educação Especial https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/66812 Tue, 31 Jan 2023 00:00:00 -0300 Reflexões sobre práticas pedagógicas inclusivas com estudantes com deficiência intelectual https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/69440 <p>A inclusão escolar de estudantes com deficiência se tornou uma questão central no campo educacional, pois envolve a inserção do público-alvo da educação especial em escolas regulares de ensino. Este artigo é um recorte de uma dissertação de Mestrado em Educação e tem por objetivo propor reflexões sobre práticas pedagógicas inclusivas realizadas com estudantes com deficiência intelectual (DI). A metodologia envolveu técnicas da etnografia (observação participante, elaboração de diário de campo, realização de entrevistas ), análise de documentos da escola campo da investigação e de dispositivos legais nacionais e municipais que garantem os direitos das crianças com deficiência de frequentar e ter acesso ao conhecimento em escolas regulares de ensino. A geração de dados foi realizada em 2018 numa escola pública da rede municipal de Florianópolis – Santa Catarina (SC), que trabalha na perspectiva inclusiva. Os sujeitos alvo da pesquisa foram três estudantes com DI, matriculadas no 6º e no 8º ano. A análise dos dados permitiu concluir que, se a inclusão escolar dos estudantes com DI na escola pesquisada está garantida do ponto de vista legal, observações e entrevistas demonstraram que existem desafios e barreiras (pedagógicas e atitudinais) que comprometem a <em>acessibilidade</em> <em>simbólica</em> desses estudantes. Ademais, que eles conseguem aprender no seu ritmo e em condições adequadas, mas, o ideal de aluno, presente no conceito de <em>ofício de aluno</em> <em>(</em>MARCHI, 2010; PERRENOUD,1995), pode contribuir tanto para o fracasso escolar quanto para a instauração de práticas de <em>exclusão branda </em>(BOURDIEU &amp; CHAMPAGNE, 2008).</p> Janete Lopes Monteiro, Rita de Cassia Marchi Copyright (c) 2023 Revista Educação Especial https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/69440 Tue, 31 Jan 2023 00:00:00 -0300 Uso do aplicativo SpeeCH como tecnologia assistiva para uma criança com transtorno do espectro autista (TEA): um estudo de caso https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/70474 <p>A tecnologia assistiva (TA) tem se mostrado uma importante ferramenta nos processos de ensino e aprendizagem em sujeitos com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Uma vez introduzidas no contexto da educação especial, essas ferramentas podem subsidiar uma autonomia e melhor assimilação dos conteúdos abordados nos diversos contextos de ensino. Assim, o presente artigo aborda um relato de caso, no qual um sujeito em idade pré-escolar diagnosticado com TEA fez utilização do aplicativo <em>SpeeCH</em> como TA no auxílio do desenvolvimento da sua fala e posterior comunicação oral. Para isso, a criança foi apresentada a pranchas de imagens (animais e alfabeto) que o aplicativo possui, por duas semanas. Enquanto a criança fazia utilização do aplicativo, foram feitas observações e anotações das interações que a criança tinha com a TA. Os resultados demonstraram que, à medida que a criança era apresentada ao aplicativo, sua autonomia quanto à usabilidade do mesmo aumentava. Diante do exposto, o presente trabalho concluiu que o aplicativo SpeeCH possui potencial para ser utilizado como TA no auxílio do desenvolvimento da fala e oralidade em sujeitos diagnosticados com TEA.</p> Matheus Santos Costa, Vasti Ferreira Gonçalves Costa, Niltom Vieira Junior Copyright (c) 2023 Revista Educação Especial https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/70474 Tue, 31 Jan 2023 00:00:00 -0300 Atividades Pedagógicas no Ensino Fundamental para Alunos Surdos: Produção de Material Didático de Matemática para uma prática docente bilíngue https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/70193 <p>A Educação de Surdos no Brasil tem se aproximado cada vez mais das práticas bilíngues, proporcionando a construção linguística, identitária e cultural do surdo. Essa filosofia educacional é baseada nas demandas que essa comunidade apresentou historicamente. Dessa forma, o presente artigo vem abordar especificamente o ensino da Matemática, a partir de um material didático que foi construído numa perspectiva bilíngue para alunos Surdos do 1º ano do Ensino Fundamental. Apresentamos assim, algumas reflexões sobre o ensino bilíngue e o que uma prática docente pode contribuir para a formação dos estudantes Surdos. Destacamos, também, aspectos do material didático construído que, junto a uma prática docente intencional, favorece a implementação de uma proposta didática bilíngue. Nesse sentido, destacamos a importância da visualidade como artefato Surdo, que traz fundamentos para uma pedagogia Surda e, a criação de arcabouços imagéticos que fundamentam a construção e veiculação dos processos comunicacionais em língua de sinais. Matemática é uma disciplina que a maioria dos alunos tem dificuldade. Bastantes questões estão relacionadas a esse fato, contudo, destacamos a linguagem própria que envolvem símbolos e formas de expressões. Assim, a proposta apresentada nesse relato de pesquisa, busca mostrar o trabalho entre múltiplas linguagens, da Matemática, da língua de sinais, da língua portuguesa, sempre sustentada pela matriz da linguagem visual. Por fim, acreditamos que conhecer as características dos estudantes Surdos e construir materiais específicos que atendam a sua demanda, promovam didáticas de ensino, buscando alcançar as expectativas de aprendizagem da etapa de ensino e proporcionar um desenvolvimento global desse educando.</p> Willian Silva de Oliveira, Renata Barbosa Dionysio Copyright (c) 2023 Revista Educação Especial https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/70193 Fri, 28 Apr 2023 00:00:00 -0300 Discricionariedade e políticas de difusão da Libras no ensino superior federal https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/69233 <p>A decisão do agente de linha de frente sobre quando se adequar às regras do Estado ou quando rompê-las em função de percepções sobre os indivíduos atendidos, pode ser compreendida como uma prática discricionária que influencia os resultados da política pública, indicando a importância de investigar tal fenômeno em ações realizadas na prestação de serviços públicos. No presente artigo, buscamos analisar percepções e julgamentos desses agentes ao fixar as identidades dos usuários,&nbsp;as identidades profissionais entre os agentes e as formas de atendimento na implementação da política de utilização da Língua Brasileira de Sinais (Libras) em uma instituição federal de ensino superior, com base no referencial teórico sobre agentes de linha de frente (<em>Street-level bureaucrats</em>).&nbsp;Por meio da análise de documentos, observação participante e entrevistas individuais,&nbsp;identificamos categorias e atributos que caracterizam o atendimento aos usuários, percebendo que a discricionariedade dos agentes tende a tornar a política mais inclusiva frente aos regulamentos sobre&nbsp;acessibilidade linguística.</p> Aline Correia, Adalberto Mantovani Martiniano de Azevedo Copyright (c) 2023 Revista Educação Especial https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/69233 Fri, 28 Apr 2023 00:00:00 -0300 Regulamentos dos Núcleos de Atendimento às Pessoas com Necessidades Educacionais Específicas nos Institutos Federais brasileiros https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/70712 <p><em>A Rede Federal de Educação Profissional</em>, Científica e Tecnológica (EPCT) brasileira tem 38 Institutos Federais (IFs), com cerca de 640 campi distribuídos por todo país. Desde 2016, em função do dispositivo legal que assegura um sistema de cotas, tem aumentado o número de ingressantes que são estudantes do Público-Alvo da Educação Especial (PAEE). No âmbito dessas instituições, para apoiar esses estudantes, há os Núcleos de Atendimento às Pessoas com Necessidades Educacionais Específicas (NAPNEs), e o presente estudo teve como objetivo geral caracterizar as diferentes concepções sobre a função e as atribuições dos NAPNEs de todo o país, com base em suas resoluções de funcionamento. O método escolhido foi pesquisa de campo com caráter exploratório, baseado em análise documental de 36 resoluções publicados nos sites oficiais dos IFs. A análise dos documentos teve como resultado quatro eixos de discussão: terminologia dos núcleos, público-alvo assistido, composição das equipes de profissionais, e vinculação institucional dos NAPNEs. Os resultados e análises dos documentos, foram realizados em diálogos com a literatura e permitiram concluir que há ausência de uniformização no entendimento da função, composição, funcionamento do núcleo, bem como na identificação dos desafios a serem superados pelos IFs. Apesar disso, as análises constataram que os NAPNEs buscam implementar ações individuais e coletivas direcionadas aos estudantes da educação especial e à disseminação de informações relacionadas à inclusão escolar nos IFs.</p> Jéssica Rodrigues Santos, Carla Ariela Rios Vilaronga, Enicéia Gonçalves Mendes Copyright (c) 2023 Revista Educação Especial https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/70712 Fri, 28 Apr 2023 00:00:00 -0300 Desafios, adversidades e lições para o ensino de Física para alunos surdos em tempos de pandemia de Covid-19 https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/66206 <p>A pandemia de Covid-19 afetou bilhões de pessoas e ceifou a vida de milhões em todo o mundo, causando transformações profundas e dolorosas. Essa pandemia tem impactado vários setores da atividade humana, expondo inúmeras fragilidades e agravando problemas sociais e econômicos cronicamente negligenciados. Entre essas atividades, a educação foi uma das mais afetadas. Assim, neste artigo, é abordada a educação Especial, e mais especificamente a educação de surdos neste período de pandemia, a partir do relato de um professor de física de uma escola especial da rede estadual da cidade de Porto Alegre - RS. A análise dos dados foi realizada na perspectiva da Pesquisa Social Interpretativa e é apresentado neste artigo como esse professor tem vivenciado essa mudança inesperada no ensino, bem como o que ele vivenciou até agora, segundo as suas próprias perspectivas e o que considera mais relevante neste contexto. É traçado um paralelo entre essa realidade local e outros contextos educacionais disponíveis na literatura, tanto no país como no exterior. Apresentam-se também relatos sobre os desafios e adversidades encontradas, as soluções implementadas e as perspectivas desses profissionais, pais e alunos, sobre o ensino a distância de surdos. As melhores práticas, lições importantes sobre resiliência, adaptação e superação desses obstáculos e as perspectivas futuras para o ensino a distância desses alunos também são destacadas. Com este artigo, pretende-se auxiliar alunos e professores neste momento desafiador de distanciamento físico, ensino remoto e/ou híbrido.</p> Lucas Teixeira Picanço, Agostinho Serrano de Andrade Neto, Marlise Geller Copyright (c) 2023 Revista Educação Especial https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/66206 Tue, 09 May 2023 00:00:00 -0300 O Educador de Infância: Perceções e Práticas de Inclusão https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/63392 <p>Estudos recentes alertam para o período que antecede a escolarização formal por ser um tempo crítico em termos de desenvolvimento cognitivo, social e emocional. Por este motivo, a qualidade da educação pré-escolar tem sido uma prioridade para muitas organizações internacionais. Pesquisas sobre o assunto consideram que a qualidade da educação pré-escolar está diretamente dependente das conceções que os educadores de infância têm das suas práticas. Os estudos que avaliam as conceções dos educadores de infância sobre práticas inclusivas em idade pré-escolar são escassos e destes, a sua maioria enfoca a inclusão de crianças com NEE. Neste trabalho pretendemos avaliar as conceções dos educadores de infância sobre a educação pré-escolar inclusiva, à luz do novo paradigma de educação inclusiva, proclamado pela Declaração de Salamanca. Através de uma metodologia qualitativa, procurou-se dar ênfase aos pontos de vista dos educadores de infância e ao significado que têm sobre o assunto. Participaram no estudo 4 educadores de Infância de Jardins de Infância da rede pública do norte de Portugal. Foi utilizada a entrevista e o seu guião baseou-se no instrumento desenvolvido pela European Agency for Special Needs and Inclusive Education, no âmbito do projeto Inclusive Early Chilhood Education. Os dados permitem-nos refletir sobre as atitudes favoráveis à inclusão em idade pré-escolar. Permanecem, contudo, desafios à criação de ambientes inclusivos que não sejam obstáculos à educação pré-escolar de qualidade.</p> Rosa Martins, Ana Paula Pereira Copyright (c) 2023 Revista Educação Especial https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/63392 Thu, 11 May 2023 00:00:00 -0300 Ações recorrentes no processo de intermediação do conhecimento químico para surdos https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/66947 <p>Esse artigo teve por objetivo relatar e discutir as ações recorrentes durante o processo de intermediação do conhecimento químico. As ações descritas nesse artigo foram realizadas durante um curso de extensão oferecido aos surdos matriculados no ensino médio da rede pública de ensino da cidade de Anápolis. O curso de extensão aconteceu no laboratório de química do IFG e contou com a participação de uma professora de química, dois tradutores e intérpretes de Libras (TIL), um professor de Libras, três licenciandos em química e treze alunos surdos. O curso de extensão foi organizado na forma de uma sequência didática contendo oito intervenções pedagógicas (IP), nas quais foram exploradas as seguintes temáticas: 1) Como reconhecer as transformações químicas? 2) As evidências garantem que ocorreu uma transformação química? 3) Reconhecendo transformações químicas e; 4) A massa é conservada nas transformações químicas? Todas as IP foram gravadas em áudio e vídeo, posteriormente foram traduzidas e transcritas para o português e passaram por uma Análise Dialógica do Discurso. Nossos dados nos mostram que o acordo linguístico, a utilização de recursos imagéticos, a negociação de sentidos e as interrupções na cadeia discursiva a partir do diálogo entre TIL e o professor são ações recorrentes em todo o processo de intermediação do conhecimento químico que contribuem para o acesso e desenvolvimento de um pensamento químico pelos alunos surdos.</p> Lidiane de Lemos Soares Pereira, Thalita Costa Curado, Anna Maria Canavarro Benite Copyright (c) 2023 Revista Educação Especial https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/66947 Tue, 16 May 2023 00:00:00 -0300 Percepção de estudantes com altas habilidades/superdotação nas graduações em saúde https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/68321 <p>Estudo sobre a percepção de estudantes superdotados, que busca apreender as ansiedades e expectativas dos mesmos a partir do seu ingresso nas universidades, onde passam a vivenciar um universo diferente de aprendizagem. Objetivou-se apreender a experiência desses estudantes nas graduações em saúde e compreender como percebem o processo de ensino e aprendizagem neste contexto. Pesquisa exploratória e descritiva com abordagem qualitativa, por meio de entrevista semiestruturada com nove estudantes de cursos de graduação na área da saúde. As categorias encontradas foram: vivência na universidade, o desconhecimento sobre a superdotação, a interação social e sobre a autopercepção. Os resultados revelam que o ingresso dos superdotados na universidade suscitou sentimentos de angústia e surpresa. Evidenciou-se o desconhecimento de muitos docentes sobre a superdotação, o que indica que para eles, ser superdotado é ter a obrigação de saber todas as matérias e tirar ótimas notas. Notou-se que a percepção sobre a temática de superdotação se encontra na invisibilidade, e, embora a inclusão seja discutida, a superdotação nem sempre é incluída no debate. Isso ocorre porque o imaginário sobre a superdotação que advém do senso comum acaba corroborando com a ideia de gênio, o que interfere na construção de um olhar crítico sobre a questão. Conclui-se que são necessários mais estudos, com ofertas de formação para todos os colaboradores que compõem o quadro funcional das instituições de ensino, especialmente os docentes. A formação para atender as especificidades da superdotação requer o desenvolvimento de estratégias de ensino ativo que possam estimular suas habilidades.</p> Glauce Thais Bezerra Souza Barros, Patricia Maria Forte Rauli, Maria Cecilia Da Lozzo Garbelini, Denise Rocha Belfort Arantes-Brero, Leide da Conceição Sanches Copyright (c) 2023 Revista Educação Especial https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/68321 Thu, 18 May 2023 00:00:00 -0300 Vivências de universitárias com deficiência em tempos de ensino remoto em decorrência da COVID-19 https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/67940 <p>Esta pesquisa versa sobre as vivências de universitárias com deficiência em relação ao ensino remoto. Teve como objetivo analisar as vivências de universitárias com deficiência de uma universidade da Região Nordeste brasileira acerca do ensino remoto implementado em decorrência da pandemia da COVID-19, além de apreender as diferentes mediações desse processo, respaldando-se nos pressupostos da Psicologia Sócio-Histórica. Trata-se de um estudo quali-quantitativo. Para tanto, 12 universitárias com deficiência responderam a um questionário <em>on-line</em>, cujos dados foram analisados por meio da análise de conteúdo temática, e interpretados a partir do referencial teórico-metodológico adotado neste estudo. Os resultados apontaram para a falta de assistência e de acompanhamento especializado provenientes da gestão da universidade e do Núcleo de Acessibilidade (NAC), além de mostrarem as barreiras enfrentadas no acesso à tecnologia, aulas <em>on-line</em>, recursos e materiais acessíveis. Como conclusão, constatou-se que a pandemia da COVID-19 impactou na formação profissional das universitárias, agravando as desigualdades existentes e provocando ainda mais invisibilidade das mulheres com deficiência.</p> Samara Louise da Cunha Silva, Raíssa Matos Ferreira, Neiza de Lourdes Frederico Fumes Copyright (c) 2023 Revista Educação Especial (UFSM) https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/67940 Tue, 23 May 2023 00:00:00 -0300 Concepções que fundamentam os sentidos atribuídos por educadores à inclusão escolar de alunos com transtorno do espectro do autismo https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/71892 <p>Este artigo tem como foco a formação de professores e de outros profissionais da educação que atuam na escolarização de alunos com transtorno do espectro do autismo (TEA). É apresentado um estudo desenvolvido com o objetivo de identificar e analisar, no processo de formação de educadores, indícios das relações entre os sentidos atribuídos por eles à inclusão escolar de alunos com TEA e as concepções de desenvolvimento humano e de deficiência. Esse estudo integra uma pesquisa-formação, na qual as narrativas autobiográficas foram empregadas como instrumento investigativo e formativo. Durante cinco meses, foram realizados dez encontros de formação <em>on-line</em>, dos quais participaram 29 educadores de uma escola estadual de educação básica. As narrativas dos participantes e suas falas mobilizadas no processo formativo foram analisadas com base no método histórico-genético e no paradigma indiciário. A análise dos dados permitiu inferir que o modo como alguns educadores compreendem a escolarização de alunos com TEA está relacionado a concepções de desenvolvimento humano e de deficiência que valorizam apenas os aspectos biológicos, as quais têm sustentado práticas escolares homogeneizadoras. Entretanto, também foram encontrados indícios de que há educadores que têm buscado promover mudanças no processo de ensino e aprendizagem que atendam às necessidades dos alunos com TEA, pautando seu trabalho por concepções que consideram a interação entre fatores biológicos, culturais, sociais e individuais na constituição do indivíduo. Ao possibilitarem a expressão de diferentes concepções, as narrativas autobiográficas mostraram-se potencializadoras de reflexões a respeito dos sentidos atribuídos à inclusão escolar de alunos com TEA.</p> Cibele Moreira Monteiro, Ana Paula de Freitas Copyright (c) 2023 Revista Educação Especial https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/71892 Tue, 06 Jun 2023 00:00:00 -0300 Potencialidades e desafios do ensino remoto para alunos surdos em tempos de pandemia no IF Goiano - Campus Rio Verde/GO: um estudo de caso https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/68449 <p>Este trabalho objetiva identificar as potencialidades e os desafios dos surdos nas aulas remotas do IF Goiano, Campus Rio Verde – GO. Trata-se de um estudo de caso realizado com os alunos surdos na disciplina Análise de Custos e Formação de Preços, no 3º período do curso Técnico em Administração. Justifica-se a realização desta pesquisa, uma vez que a inclusão dos alunos surdos é um tema de relevância social: o acesso à educação é direito de todos os cidadãos e a pandemia trouxe novos desafios para os envolvidos na educação dos alunos surdos. O estudo de caso, fundamentado pela pesquisa bibliográfica, teve como método de coleta de dados virtual a observação direta e a entrevista semiestruturada. A análise qualitativa dos dados demonstra que a inclusão dos alunos surdos por meio da Libras, com uma abordagem de ensino-aprendizagem bilíngue, é a melhor alternativa para atender adequadamente às especificidades da educação dos surdos. As tecnologias da informação e o uso de recursos visuais também podem contribuir no processo de ensino-aprendizagem. Diante da complexidade e da importância do tema, recomenda-se que os estudos iniciados nesta pesquisa sejam continuados e ampliados para potencializar seus resultados.</p> Andreza Alves Vieira, Calixto Júnior de Souza, Adriano Aparecido da Silva Copyright (c) 2023 Revista Educação Especial https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/68449 Tue, 06 Jun 2023 00:00:00 -0300 Grupo de apoio a pais como um recurso de apoio social na Intervenção Precoce na zona norte de Portugal https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/71419 <p>Na intervenção precoce, as práticas centradas na família são preponderantes, realçando-se o impacto positivo das redes sociais de apoio na capacitação, bem-estar, melhoria da coesão da família e dos padrões de interação criança – família. Destacam-se, assim, os grupos de apoio a pais como um recurso essencial de apoio social que permitem desenvolver relações de suporte positivas com outros pais e possibilitam o apoio mútuo com grande influência na competência social e emocional da criança e sua família. Com este estudo pretende-se conhecer, compreender e explorar: 1) As expectativas dos pais, quando da entrada, no grupo de apoio a pais; 2) Os benefícios que os pais consideraram obter pelo fato de participarem no grupo de apoio a pais; 3) As barreiras que identificam, no funcionamento do grupo de apoio a pais; 4) As recomendações de melhoria identificadas pelos pais, na dinâmica de funcionamento do grupo de apoio a pais. Este é um estudo qualitativo, com recurso a entrevistas semiestruturadas realizadas com 7 pais (5 mães e 2 pais) que recebem apoio numa Equipe Local de Intervenção da Zona Norte de Portugal. A análise e tratamento dos dados baseou-se na análise de conteúdo. A participação no Grupo de Apoio a Pais contribuiu para uma maior tranquilidade e empoderamento das famílias envolvidas, conduzindo a uma maior capacitação através de um aumento de informação e normalização das suas emoções.</p> Ana Paula da Silva Pereira, Margarida Ribeiro, Elsa Marta Soares, Carla Cilene Baptista da Silva Copyright (c) 2023 Revista Educação Especial https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/71419 Tue, 06 Jun 2023 00:00:00 -0300 Comunicação e socialização da criança com Transtorno do Espectro Autista: a tecnologia como instrumento de aprendizagem https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/74166 <p>A comunicação e o processo de ensino e aprendizagem das crianças com Transtorno do Espectro Autista apontam para a necessidade de formação continuada de profissionais, tanto professores regentes quanto mediadores, tendo em vista a falta de estratégias, recursos tecnológicos e, muitas vezes, o despreparo dos profissionais para estimular os alunos desde os anos escolares iniciais. O objetivo deste trabalho é apresentar os resultados de um curso de formação continuada para professores regentes e mediadores, trazendo um recorte de uma pesquisa de mestrado com resultados da terceira unidade desenvolvida para o curso. A pesquisa apresenta uma abordagem qualitativa e investigação exploratória. Tem como procedimento a intervenção pedagógica baseada no aporte teórico sociointeracionista que traz a tecnologia como instrumento de mediação na aprendizagem e, além disso, a gamificação como uma possível estratégia de ensino e aprendizagem. Para coletar dados dessa unidade do curso foram utilizados: fórum de discussão, atividade proposta aos cursistas e aplicativo de mensagens. O resultado das interações e respostas, assim como o uso e aplicação das ferramentas e ações propostas foram suficientes para identificar aprimoramentos e construção de conhecimentos que possibilitam melhorias na prática pedagógica inclusiva dos participantes. Tais aprimoramentos podem ser aproveitados por outros profissionais de Ensino que recebam em suas escolas crianças com transtorno do espectro autista.</p> Tarcísio Figueiredo, Arilise Moraes de Almeida Lopes, Odila Maria Ferreira de Carvalho Mansur Copyright (c) 2023 Revista Educação Especial https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/74166 Thu, 13 Jul 2023 00:00:00 -0300 Vivências de surdos na Educação Básica: da dependência à autonomia https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/71509 <p>Esta pesquisa é de cunho qualitativo e, a partir da aplicação da Teoria Fundamentada nos Dados (TFD) – na perspectiva de Strauss e Corbin – teve como objetivo analisar as percepções de estudantes surdos sobre seu processo de escolarização ao narrarem suas experiências na Educação Básica. Esta investigação se justifica tendo em vista que, no Brasil, apesar de existirem leis e políticas públicas que reconhecem o direito linguístico da população surda quanto à Língua Brasileira de Sinais (Libras) e à uma educação bilíngue, ainda existem barreiras e dificuldades para os surdos terem acesso a uma educação de qualidade, como a escassez de currículo e práticas pedagógicas contextualizadas com suas necessidades educativas especiais. Foram coletados relatos de quatro pessoas surdas, com idades entre 20 e 25 anos, a partir de rodas de conversa realizadas em 2019, promovidas pelo Núcleo de Educação e Diversidade na Amazônia/NEDAM-UFRA, em Belém-PA. Como resultados, obteve-se as macros categorias ‘Escolas e perspectivas de aprendizagem’, ‘Preencher as lacunas da aprendizagem’ e ‘Da dependência à busca pela autonomia’, para explicar o fenômeno ‘Vivência de surdos na Educação Básica’. Os dados demonstraram que a escola regular foi o ambiente em que as maiores dificuldades foram experenciadas pelos estudantes surdos, no qual o tipo de acessibilidade oferecido foi determinante para a criação de estratégias. Grande parte das dificuldades afetou o contato dos estudantes com a Libras, o aprendizado da língua portuguesa assim como a autonomia e independência destes sujeitos – tendo impacto, também, na formação de suas identidades.</p> Higor Pereira de Brito, Hilda Rosa Moraes de Freitas Rosário Copyright (c) 2023 Revista Educação Especial https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/71509 Tue, 06 Jun 2023 00:00:00 -0300 Barreiras atitudinais: discutindo inclusão no cotidiano escolar através do combate ao capacitismo https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/72183 <p>Barreiras atitudinais representam o tema deste artigo. Sobre tais barreiras afirma-se: estão ligadas a atitudes e práticas preconceituosas para com pessoas com deficiência. Estas barreiras tangenciam outras barreiras e trazem, de forma subjacente, uma visão capacitista. O presente trabalho objetiva discutir barreiras atitudinais no processo de inclusão escolar das crianças com deficiência, inseridas em turma regular do Ensino Fundamental I. Para tanto, realizou-se pesquisa bibliográfica e preliminar de pesquisa, amparada nas orientações da Resolução 510/2016 do Conselho Nacional de Saúde (CNS). A preliminar materializou-se através de conversas com três professores que atuam diretamente com processo de inclusão e exercem o magistério em diferentes redes municipais de ensino do estado do Rio de Janeiro. A partir da leitura, do material da preliminar de pesquisa, evidenciaram-se cinco categorias de análise: conflito, crítica ao modelo, insegurança, limitações financeiras e conceituais, e desconhecimento. Estas categorias embasaram a análise dos dados do campo à luz dos dados bibliográficos. A partir daí, concluiu-se que a educação inclusiva, como política de educação, deve atuar em prol da construção do sujeito cultural, histórico, político e social, e organizar-se em função da reafirmação dos valores éticos, estéticos e políticos estabelecidos pela Declaração Universal dos Direitos Humanos.</p> Giselle Cristina Menezes dos Santos, Paola Portugal Barbosa dos Santos, Gizelle Abreu Marques Soares Principe, Rosa Valim, Veronica Eloi de Almeida Copyright (c) 2023 Revista Educação Especial https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/72183 Wed, 26 Jul 2023 00:00:00 -0300 Sala de aula inclusiva: de que forma os alunos sem deficiência compreendem as relações com um aluno com deficiência https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/66706 <p>Muito se tem produzido sobre o impacto da inserção de um aluno com deficiência numa escola regular, entendendo suas especificidades educacionais, as adaptações pedagógicas e de materiais necessárias, formações de professores e políticas públicas que garantam este direito. Diante deste contexto, esta pesquisa procurou investigar de que maneira os alunos sem deficiência reagem e compreendem as relações da sala de aula com um aluno com deficiência, tendo como campo de pesquisa duas salas de aula de Ensino Fundamental I de uma escola pública localizada na Grande São Paulo. A fundamentação teórica escolhida para auxiliar neste caminho é a Teoria Sócio-Histórica Cultural, desenvolvida por L. S. Vygotsky (1924-1934), tendo como metodologia a Pesquisa Crítica de Colaboração (Magalhães, 2006) que tem o intuito de organizar pesquisas que tenham atividades transformadoras e reflexivas, além de ser o pesquisador um participante ativo do processo de pesquisa. Para isso, foram usadas duas ferramentas: entrevistas semiestruturadas, e Sessões Reflexivas realizadas a partir de atividades norteadoras com os alunos de 6 a 11 anos. Os resultados da pesquisa ocorreram pela minuciosa escuta com alunos sem deficiência que apontaram os inúmeros benefícios que o convívio na diversidade oferece para todos os envolvidos, entre eles: os alunos se reconhecerem como mediadores dos processos de desenvolvimento dos colegas com deficiência, tornando-se seus pares mais experientes, colocando-os em situação de protagonismo. Fica evidente como os alunos são afetados pela convivência com a colega com deficiência, que os transforma e é transformada por eles.</p> Márcia Honora Copyright (c) 2023 Revista Educação Especial https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/66706 Wed, 09 Aug 2023 00:00:00 -0300 Necessidades de Apoio de Famílias de crianças e adolescentes com deficiência de um Centro Especializado em Reabilitação de Alagoas https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/66743 <p>Torna-se imperativo para os serviços que prestam assistência a família de pessoas com deficiência compreender as suas necessidades de apoio familiar. O objetivo deste trabalho foi analisar as necessidades de apoio dirigido a famílias de crianças e adolescentes com deficiência de um centro especializado em reabilitação do estado de Alagoas. Trata-se de um estudo transversal, descritivo, com abordagem quantitativa. Foram recrutadas 40 famílias de usuários com idade entre 0 e 17 anos, 11 meses e 29 dias. Para a coleta de dados foi utilizado o Protocolo da Escala de Avaliação das Necessidades da Família (ANF). Os dados foram tabulados em planilha eletrônica e analisados estatisticamente utilizando o Software R versão 3.6.1. Dentre os familiares participantes observou-se que a figura da mãe no cuidado era recorrente, sendo 92,5% cuidadores principais. A maioria das famílias apresentou necessidade de apoio intermediário no desempenho de tarefas básicas. Sobre o tipo de apoio que seria mais útil para as famílias os resultados mencionaram o apoio informativo como o que mais atenderia as necessidades da família. Em relação à classificação por fator da ANF, obteve-se que o maior número de itens indicando alta necessidade encontra-se entre a variável vida familiar, tempo livre e aquisição e gestão de produtos e serviços, tal como necessidade muito alta na área de educação. Os dados demonstram a necessidade de proposição de estratégias voltadas para desenvolvimento de redes de suporte para apoio as famílias das crianças e adolescentes com deficiência, na resolutividade de suas necessidades.</p> Emilly Carla Lima da Silva, Ana Célia Nunes, Flavia Calheiros da Silva, Emanuele Mariano de Souza Santos, Patricia Carla de Souza Della Barba Copyright (c) 2023 Revista Educação Especial https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/66743 Thu, 05 Oct 2023 00:00:00 -0300 A educação de surdos e o ensino de arte no contexto da escola bilíngue https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/72147 <p>O ensino de Arte, nos anos iniciais do Ensino Fundamental, apresenta as quatro linguagens (Artes Visuais, Dança, Música e Teatro) de modo integrado e na perspectiva do lúdico. O estudo tem por objetivo analisar o ensino de Arte na educação de crianças surdas na perspectiva da escola bilíngue. A pesquisa é de natureza qualitativa e interpretativa. Participaram da pesquisa uma professora e sete alunos de uma escola bilíngue de surdos localizado no Paraná. Analisou-se os dados em uma abordagem qualitativa. Os instrumentos de coleta de dados foram a observação, entrevistas e aplicação de atividades, analisados sob a ótica da análise de conteúdo. Concluiu-se que o ensino de Arte, para os estudantes deve surdos deve ocorrer desde o início da sua escolarização, e por meio do ensino de Arte, encontrar uma forma de efetivar a sua comunicação, a sua demonstração de sentimentos e a construção de significados. Destaca-se a importância do ensino de Arte dentro das salas de aula de uma escola bilingue e o quanto essa disciplina tem a contribuir no que diz respeito ao desenvolvimento educacional dos estudantes surdos.</p> Renan de Bastos Andrade; Eloiza Aparecida Silva Ávila de Matos; Renata da Silva Dessbesel Copyright (c) 2023 Revista Educação Especial https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/72147 Wed, 11 Oct 2023 00:00:00 -0300 Repertório de professores do atendimento educacional especializado sobre autismo e Análise do Comportamento https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/71273 <p>A Análise do Comportamento Aplicada (ABA) é reconhecida como uma prática baseada em evidência para tratamento e intervenção de pessoas com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) e fornece meios de apoiar pedagogicamente o processo de inclusão na escola, pois é empiricamente demonstrada como eficaz para produzir mudança de comportamento. Nesse contexto, essa pesquisa teve o objetivo de identificar e analisar o repertório dos professores que atuam no Atendimento Educacional Especializado (AEE) no Litoral Norte de São Paulo em TEA e em Análise do Comportamento Aplicada (ABA). Foram utilizadas análises quantitativa e qualitativa, a partir de dados obtidos pela aplicação de um questionário. O questionário foi composto por perguntas abertas e fechadas sobre o processo formativo e o repertório em TEA e ABA. Os participantes foram 29 responsáveis por Salas de Recursos Multifuncionais (SRM). Os resultados indicam que menos de um quarto dos participantes possui uma definição adequada do que seja o TEA e nenhum possui conhecimento sobre ABA.</p> Lucelmo Lacerda de Brito, Nassim Chamel Elias Copyright (c) 2023 Revista Educação Especial https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/71273 Wed, 11 Oct 2023 00:00:00 -0300 Inclusão de alunos público-alvo da Educação Especial em uma escola multisseriada do campo https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/74660 <p>O estudo objetiva problematizar questões que atravessam as práticas pedagógicas e os processos de inclusão de estudantes público-alvo da Educação Especial em uma escola multisseriada do campo, localizada no distrito de Aracê, município de Domingos Martins, estado do Espírito Santo. Busca fundamentação teórica em autores dedicados a constituir conhecimentos sobre a Educação do Campo e sobre Educação Especial. Adota a abordagem metodológica da pesquisa qualitativa e do estudo de caso, realizando a coleta por meio de grupos focais, com a autorização da municipalidade e da escola. Seleciona, como participantes, três professores em atuação na escola do campo analisada, que possui estudantes com deficiências matriculados em classes multisseriadas. Produz os dados no segundo semestre de 2019 e os registra em diário de campo e em gravadores. Os resultados apontam que as práticas pedagógicas de escolas do campo com classes multisseriadas sofrem atravessamentos da própria dinâmica/organização dessas classes, assim como dos modos como os currículos são planejados e praticados, da existência (ou não) de projetos político-pedagógicos e da implementação de redes de apoio à escolarização de alunos público-alvo da Educação Especial.</p> Juliano Bicker Pereira, Alexandro Braga Vieira, Renata Duarte Simões, Ricardo Tavares de Medeiros Copyright (c) 2023 Revista Educação Especial https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/74660 Wed, 01 Nov 2023 00:00:00 -0300 Perspectivas de pessoas com deficiência visual sobre a acessibilidade no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/84416 <p>As avaliações em larga escala devem considerar as características e especificidades dos avaliados, oferecendo acessibilização adequada para que sejam garantidas condições de equidade entre os participantes. O presente estudo teve como objetivo investigar as possíveis barreiras na acessibilidade relacionadas ao processo estabelecido para realização do Exame Nacional do Ensino Médio, pelas pessoas com deficiência visual. Por meio de pesquisa qualitativa, este estudo exploratório contou com a participação de 29 pessoas com deficiência visual que realizaram o exame em 10 estados distintos, além da análise de documentos oficiais. Os resultados apontaram barreiras no acesso à informação, bem como barreiras tecnológicas e atitudinais no exame. Além disso, também indicaram que as questões de acessibilidade não estavam restritas ao atendimento especializado no momento da prova, existindo barreiras em etapas anteriores e posteriores à realização do exame. Com base no diagnostico obtido, foram recomendadas ações para melhoria da equidade no Exame Nacional do Ensino Médio para pessoa com deficiência visual.</p> Lucinda de Almeida Leria, Gabrielle da Silva Alves, Priscila Benitez, Francisco José Fraga da Silva Copyright (c) 2023 Revista Educação Especial https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/84416 Thu, 16 Nov 2023 00:00:00 -0300 Elaboração de Unidade Didática no Ensino da Língua Portuguesa como L2 para Educandos Surdos https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/75438 <p>O ensino da Língua Portuguesa (LP) como segunda língua (L2) para educandos surdos tem sido um desafio para os docentes que atuam na educação de surdos, a falta de materiais didáticos para o ensino dessa língua como L2 têm causado entraves e fracassos nessa modalidade de ensino.Há materiais didáticos comercializados nos mercados editoriais, entretanto, não contemplam estratégias de ensino voltadas para o uso da LP como L2, ficando seu uso apropriado para um nativo da língua. Nessa perspectiva, o objetivo desse artigo é enfatizar a importância da produção e elaboração de uma Unidade Didática (UD) feita pelo próprio professor, sendo destinada às especificidades, características e necessidades linguísticasdoseducandos surdos. Em contrapartida, elaborar uma UD não é uma atividade simples, é essencial um conhecimento não somente pedagógico e didático, sobretudo, que atenda as necessidades de uso da língua pelos seus discentes. Toda ação docente precisa ser planejada, por isso nosso trabalho traz a UD acompanhada de um Plano de Aula (PA), para conduzir e guiar o trabalho do professor na aplicação da unidade. Esse artigo acadêmico busca orientar e incentivar professor na produção do seu próprio material didático, destacando o protagonismo docente na elaboração. As escolhas atentas, o planejamento e concretização da Unidade Didática fazem parte do caminho para surgimento do material. Assim, a proposta é mostrar a elaboração de UD e PA voltada para educandos surdos, trazendo em forma de exemplificação, um Plano de Atividades e uma Unidade didática voltada ao 5º ano do ensino fundamental, com base no gênero textual da Tirinha e o tema Tecnologia/comunicação.</p> Willian Silva de Oliveira , Fernanda Beatriz Caricari de Morais, Valéria Campos Muniz Copyright (c) 2023 Revista Educação Especial https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/75438 Thu, 16 Nov 2023 00:00:00 -0300 A inclusão educacional no Ensino Profissionalizante em uma Instituição Federal no Estado de Rondônia https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/75216 <p>A presente pesquisa tem como tema a inclusão educacional no ensino profissionalizante. O movimento mundial para a educação inclusiva exige que as instituições de ensino regular se organizem para ofertar educação de qualidade para todos, incluindo as pessoas com deficiência, em todos os níveis de ensino. Desta forma, a presente pesquisa objetivou investigar o ensino profissional ofertado às pessoas com deficiência, nos cursos técnicos integrados ao ensino médio, em uma Instituição de Educação, Ciência e Tecnologia no Estado de Rondônia, quanto ao processo formativo profissionalizante, a partir da percepção dos estudantes com deficiência, professores e coordenadores. A pesquisa adotou uma abordagem qualitativa de caráter descritivo. A técnica de coleta de dados utilizada foi a de entrevistas semiestruturadas, realizadas com cinco estudantes, três professores e seis coordenadores, bem como pesquisa documental nos principais documentos institucionais que orientam e normatizam a inclusão no Instituto. Para análise dos dados foram utilizados os procedimentos descritos pela técnica de análise de conteúdo. Como resultados foi possível identificar que a percepção dos sujeitos da pesquisa, a aprendizagem dos estudantes com deficiência, apesar de ocorrer com algumas dificuldades no processo, ela se efetiva por meio de ações institucionais com esforços variados para o fortalecimento dos NAPNEs. Todavia também se registram barreiras e desafios para efetivação de um ensino de qualidade como barreiras metodológicas, comunicacionais e principalmente atitudinais.</p> Sônia Carla Gravena Cândido Silva, Nilson Rogério Silva Copyright (c) 2023 Revista Educação Especial https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/75216 Fri, 17 Nov 2023 00:00:00 -0300 Aspectos sociodemográficos, laborais e clínicos de famílias com filhos com TEA https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/67795 <p>Este estudo objetivou investigar e caracterizar os aspectos sociodemográficos, laborais e clínicos de famílias com filhos diagnosticados com Transtorno do Espectro Autista - TEA. Trata-se de um estudo quantitativo, observacional, transversal e descritivo, realizado no território nacional, a partir da aplicação de um Questionário on-line. Participaram do estudo 91 mães e 1 pai de crianças/adolescentes diagnosticados com TEA com idades de dois a 18 anos. Os resultados apontam que a maioria dos responsáveis eram casados (79,3%) e com ensino superior (65,3%), residentes nos Estados da Região Sul (50%) e Norte (21,7%). Quanto ao estado de saúde dos pais 44,6% realizam algum acompanhamento de saúde, dos quais 29,3% de saúde física e 20,7% de saúde mental. Em relação aos filhos com TEA, 80,4% eram do gênero masculino, em Nível 1(72,8%), com TDAH como comorbidade (22,8%). Os dados acenam para relevância de uma análise do TEA sob uma visão sistêmica da família e suas necessidades, a fim de identificar as características sociodemográficas, laborais e clínicas das famílias com filhos autistas, para subsidiar os profissionais que atuam frente ao tratamento.</p> Tatiana Cavalcante Melo, Clarisse Pereira Mosmann Copyright (c) 2023 Revista Educação Especial (UFSM) https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/67795 Wed, 22 Nov 2023 00:00:00 -0300 Um olhar às narrativas dos pais de crianças com TEA: compreendendo os sentimentos e os desafios na busca por um atendimento adequado https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/71018 <p>O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um transtorno do neurodesenvolvimento, considerado um problema de saúde pública devido diagnóstico crescente mundialmente. O presente estudo buscou analisar, através das narrativas produzidas pelos pais de crianças com TEA, os sentimentos e as repercussões do diagnóstico na família, bem como as condutas tidas como adequadas em relação atendimento prestados pelos profissionais de saúde. Trata-se de uma pesquisa exploratória descritiva, de caráter qualitativo, desenvolvida em um município no interior do estado do Rio Grande do Sul, onde foram aplicadas entrevistas com 13 pais de crianças com TEA. Os dados foram coletados entre março e maio de 2022, nas residências e no local de trabalho dos entrevistados. Para a análise dos dados utilizou-se o método de Análise de Conteúdo, emergindo quatro categorias temáticas: reações e sentimentos diante de um diagnóstico, o TEA e as repercussões familiares e sociais, narrativas dos pais referentes aos atendimentos prestados pelos profissionais de saúde, condutas profissionais consideradas ideais. Os resultados indicaram que o diagnóstico impacta de diversas maneiras na vida dos familiares, despertando diferentes sentimentos, requerendo alterações na rotina e na vida social, pois a família acaba centrando suas atividades conforme as demandas da criança. Dentre as dificuldades enfrentadas, destaca-se a falta de acolhimento e apoio nos serviços de saúde, dificuldades de acesso às terapias e a escassez de profissionais especializados. Conclui-se que o cuidado efetivo a pessoa com TEA e sua família ainda possui fragilidade e os profissionais devem ser capacitados para as demandas desta condição que vem aumentando.</p> Luiza Pessi Rossetti, Leni Dias Weigelt, Micila Pires Chielle, Vera Elenei da Costa Somavilla Copyright (c) 2023 Revista Educação Especial https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/71018 Wed, 06 Dec 2023 00:00:00 -0300 Práticas Educacionais Inclusivas no contexto da formação continuada: revisão integrativa de estudos no período de 2011 a 2021 https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/70853 <p align="justify">Este artigo refere-se a uma pesquisa realizada no âmbito de um coletivo de um Programa de Pós-Graduação em Educação de uma universidade privada do Sul do Brasil e desenvolvida na disciplina de Formação de Professores, ofertada por aulas presenciais em 2022/A. Propôs-se identificar e analisar as práticas educacionais inclusivas utilizadas no campo da formação continuada, relatadas nos artigos científicos publicados em periódicos on-line na base de dados da SciELO, no período de 2011 a 2021. Para tanto, optou-se pelo método da revisão integrativa, que foi dividida em três etapas específicas visando o rigor do andamento da pesquisa: definição do tema e a pergunta de pesquisa, definição dos critérios de inclusão, exclusão e procedimentos de busca na base de dados da SciELO, incluso nesta fase a categorização dos artigos e análise e interpretação dos resultados. Os dados obtidos nos seis artigos possibilitaram a apresentação sintética dos resultados obtidos à luz das práticas educacionais e a formação continuada no contexto da inclusão e a legislação brasileira. A análise revelou a ausência de pesquisas no que se refere às práticas educacionais inclusivas e (in)exitosas do ponto de vista dos estudantes que necessitam de atendimento educacional especializado. Constata-se ainda, a partir da análise dos artigos publicados na referida base de dados, a carência de cursos de formação continuada por meio de práticas educacionais no âmbito da inclusão. Portanto, a formação colocada à disposição do professor é unidirecional na relação do educador com o educando, contribuindo moderadamente para o enriquecimento da educação inclusiva.</p> Alexssandro Cardoso Antunes, Yalin Brizola Yared Copyright (c) 2023 Revista Educação Especial https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/70853 Tue, 31 Jan 2023 00:00:00 -0300 Capacitação de parceiros de comunicação de alunos com necessidades complexas de comunicação no contexto escolar: uma revisão da literatura https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/68753 <p>Parceiros de comunicação são figuras muito importantes no processo de implementação de sistemas de Comunicação Alternativa e Ampliada (CAA), e, no contexto escolar, os professores de alunos com necessidades complexas de comunicação são seus principais interlocutores. A literatura aponta para a existência de um déficit no preparo desses professores para lidar com as demandas de comunicação apresentadas por esses alunos, o que enfatiza a necessidade de que formações iniciais e continuadas sejam ofertadas para minimizar tais problemáticas. Frente a este cenário, este estudo buscou investigar como tais capacitações têm sido propostas. Para tanto, foi adotada uma metodologia de pesquisa de revisão sistemática da literatura, com buscas avançadas de artigos no Portal de Periódicos da CAPES e no SciELO, publicados nos últimos 10 anos, nos idiomas inglês e português, obtendo-se uma amostra final de 22 artigos. Os resultados desses artigos apontam que as formações têm sido propostas principalmente no contexto internacional, com baixa recorrência no contexto nacional reportadas nessas bases de dados. Ainda, os programas de treinamento tem focado num público de parceiros de comunicação para além do professor, incluindo demais profissionais da educação, como os paraprofissionais, os pares e a família do usuário, bem como os próprios usuários de CAA. Todos os artigos relataram resultados positivos em pelo menos alguma das estratégias ensinadas, reforçando a necessidade de que estes profissionais recebam treinamento adequado e estejam preparados para lidar com as demandas de seus alunos. Conclui-se a relevância das investigações sobre formação e capacitação de interlocutores e parceiros no âmbito escolar.</p> Bianca Costa Borges, Gerusa Ferreira Lourenço Copyright (c) 2023 Revista Educação Especial https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/68753 Tue, 31 Jan 2023 00:00:00 -0300 Matemática Inclusiva no Ciclo de Alfabetização: revisão sistemática de artigos empíricos https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/66304 <p>O objetivo desta pesquisa foi investigar, na literatura científica nacional entre os anos de 2016 a 2020, o conteúdo matemático dos estudos empíricos, bem como estratégias bem-sucedidas de inclusão de estudantes com deficiência em turmas do Ciclo de Alfabetização. Considerou-se, como fonte de dados, pesquisas empíricas selecionadas junto à base de dados eletrônicos do Portal dos Periódicos CAPES do The Scientific Electronic Library Online (SciELO), do Periódicos Eletrônicos em Psicologia (PePSIC) e do Index Psi Revistas Técnico-científicas (IndexPsi), acessados em setembro de 2020. Os estudos foram agrupados em três categorias de análise, sendo: utilização de tecnologias para o ensino de matemática para estudantes com deficiência; <strong>currículo e possíveis </strong>adaptações para o ensino de matemática para estudantes com deficiência e práticas de ensino de matemática na perspectiva inclusiva em turmas do Ciclo de Alfabetização. Os resultados apontam a escassez de pesquisas com essa abordagem para turmas do Ciclo de Alfabetização. Estudos que discutem acessibilidade curricular foram a maioria e estão, ainda, ocupados na busca de um currículo adaptado ou mesmo de metodologias inovadoras, em contextos isolados, distante da realidade da sala de aula. Os estudos analisados evidenciam resultados satisfatórios quando na vivência de situações de ensino cooperativas e colaborativas, onde os estudantes tenham oportunidade de compartilhar das mesmas experiências que os demais colegas. A adequação dos desafios, as adaptações de ferramentas, bem como as intervenções intencionais do professor, foram determinantes para garantir a equidade das práticas e a vivência de uma educação inclusiva de qualidade social.</p> Edneri Pereira Cruz, Elzenita Falcão de Abreu Copyright (c) 2023 Revista Educação Especial https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/66304 Tue, 31 Jan 2023 00:00:00 -0300 Um estudo sobre as políticas públicas que dão suporte ao Ensino Colaborativo em países como Estados Unidos, Itália e Brasil https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/72108 <p>Este artigo tem como objetivo realizar uma pesquisa bibliográfica, a fim de analisar como são as políticas de inclusão em alguns países nos quais o Ensino Colaborativo ocorre, e a partir disso, verificar se os documentos oficiais da política brasileira permitem que a prática possa ser desenvolvida no país. Para isso, primeiramente, investigou-se as origens das políticas voltadas para a inclusão. Na sequência, foram identificados alguns países nos quais o Ensino Colaborativo é efetivado. Posteriormente, averiguou-se como são as políticas de inclusão nestes países e a partir disso, buscou-se verificar se os documentos oficiais da política no Brasil permitem que a prática possa ser desenvolvida no país. Por meio dessa pesquisa, identificou-se que a efetivação do Ensino Colaborativo é viável em alguns países, como nos Estados Unidos e na Itália, devido ao amparo da legislação vigente, além dos recursos disponíveis de cada país. No entanto, percebeu-se que no Brasil, as políticas públicas voltadas para a inclusão escolar não amparam o Ensino Colaborativo e não fornecem recursos suficientes para que ele seja efetivado.</p> Endhyel Erben, Kelen Berra de Mello Copyright (c) 2023 Revista Educação Especial https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/72108 Fri, 31 Mar 2023 00:00:00 -0300 Práticas curriculares no âmbito da educação inclusiva: acessibilidade curricular, adaptação curricular e terminalidade específica https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/71896 <p>As práticas curriculares que visam à inclusão de estudantes público da Educação Especial têm sido motivo de discussão no âmbito brasileiro. Assim, o presente estudo se propõe a examinar alguns dos diversos termos/conceitos, relacionados às práticas curriculares, que têm sido adotados no âmbito da Educação Inclusiva e suas repercussões para os processos de ensino e aprendizagem dos estudantes público da Educação Especial. O estudo, com aporte na sociologia crítica de currículo, possui abordagem qualitativa e foi desenvolvido pela via do estudo bibliográfico (revisão narrativa de literatura). Assim, evidencia que as adaptações curriculares e a terminalidade específica, enquanto estratégias previstas na legislação brasileira, têm assumido diferentes conotações práticas, possibilitando serem reconhecidas como recursos excludentes que precisam ser superados por propostas mais alinhadas à ideia de acessibilidade curricular. Contudo, tais propostas não demonstram ser de todo novas e harmoniosas. Assim, percebe-se que as políticas curriculares inclusivas precisam ser mais objetivas a fim de minimizarem as possibilidades de interpretação e aplicação prática equivocadas. Nesse sentido, acredita-se que seria mais vantajoso investir no esclarecimento e na complementação das políticas/orientações curriculares existentes, ao invés de propor superá-las por meio da adoção de novos termos/conceitos.</p> Wanessa Moreira de Oliveira, Cristina Maria Carvalho Delou Copyright (c) 2023 Revista Educação Especial https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/71896 Fri, 31 Mar 2023 00:00:00 -0300 Formação docente sobre inclusão escolar de alunos público da Educação Especial no Brasil: uma revisão integrativa https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/69480 <p>A pesquisa analisou a produção científica a respeito da formação docente sobre inclusão escolar de alunos público da Educação Especial, no contexto brasileiro. Para tanto, realizou-se uma revisão integrativa da literatura, no Portal de Periódicos da Capes, com os cruzamentos: Educação Inclusiva (ou Inclusão Escolar ou Inclusão Educacional ou Educação Especial) e Formação de Professores (ou Formação Docente). Obteve-se 29 artigos que compuseram este trabalho. Identificou-se um aumento de publicações na área de formação docente referente à inclusão escolar, no período de 2016 a 2020, em periódicos QUALIS A2. A maioria dos estudos foi realizada na Educação Básica, com professores de sala comum, principalmente, na Região Sudeste. Verificou-se que atuais e futuros profissionais da educação não tinham formação ou não se sentiam preparados e que as formações recebidas variavam bastante. A colaboração entre professores e demais profissionais da Educação foi apresentada como uma das possíveis soluções diante das dificuldades da inclusão escolar. Concluiu-se que há necessidade de a legislação estabelecer conteúdos e carga horária para formação docente na área de inclusão escolar do público da Educação Especial, bem como há necessidade de ampliação desses estudos na Educação Superior e de investimentos em pesquisas na Região Norte, a fim de melhorar a qualidade das formações dos professores e, consequentemente, do ensino dos alunos público da Educação Especial.</p> Raphaella Duarte Cavalcante Lopes; Débora Alfaia da Cunha; Silvany Ellen Risuenho Brasil, Karla Cristina Furtado Nina, Simone Souza da Costa Silva Copyright (c) 2023 Revista Educação Especial https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/69480 Fri, 28 Apr 2023 00:00:00 -0300 A produção científica sobre o capacitismo no ensino superior: uma revisão integrativa de literatura https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/68635 <p>Compreender como o capacitismo se reproduz no ensino superior é imprescindível para se remover barreiras de acesso ao conhecimento e para a garantia da participação social de pessoas com deficiência nesse espaço. Esta pesquisa teve como objetivo caracterizar a produção científica referente ao capacitismo no ensino superior quanto às perspectivas conceituais, as principais implicações para as pessoas com deficiência e os elementos que corroboram a construção de práticas anticapacitistas. As informações foram obtidas por meio de uma revisão integrativa da literatura que abrangeu 36 artigos disponibilizados nas bases de dados Scopus, PsycInfo, Web of Science, SciELO; One File e ERIC, publicados entre 2000 e 2020. Os achados foram analisados a partir de um protocolo de revisão elaborado pelas autoras. Os resultados foram organizados em três categorias: a) perspectivas conceituais do capacitismo; b) reprodução do capacitismo no ensino superior e; c) contribuições para a construção de práticas anticapacitistas. Identificou-se que o capacitismo é institucionalizado no ensino superior e corrobora a patologização e medicalização das pessoas com corporalidades desviantes do padrão normativo. A construção de práticas anticapacitistas demanda a análise crítica das narrativas capacitistas, a incorporação da perspectiva interseccional, e o compromisso com a eliminação das barreiras e com a participação das pessoas com deficiência. Por fim, destaca-se a relevância de se incorporar a categoria capacitismo na produção do conhecimento, formação dos profissionais que atuam no ensino superior e nas políticas educacionais brasileiras.</p> Joana Milan Lorandi, Marivete Gesser Copyright (c) 2023 Revista Educação Especial https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/68635 Tue, 23 May 2023 00:00:00 -0300 Ações voltadas a pessoas com deficiência: uma análise de publicações das revistas científicas em extensão no Brasil https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/68556 <p>A extensão na Educação Superior Brasileira é a atividade que promove a interação entre as instituições de ensino superior e os outros setores da sociedade, por meio da produção e da aplicação do conhecimento, em articulação permanente com o ensino e a pesquisa. Nesse sentido, ao longo dos anos, inúmeros projetos vêm sendo desenvolvido, dentre ele, àqueles voltados para pessoas com deficiência. O presente artigo propõe identificá-los a partir das publicações em revistas científicas de extensão do Brasil, a fim de visualizar quais projetos sobre a temática “Pessoas com deficiência” foram desenvolvidos e divulgados em publicações científicas de janeiro de 2012 até junho de 2021. Foram recuperados 82 artigos que compuseram o corpus de pesquisa final do estudo. O resultado mostrou que projetos extensionistas promovem ações mais voltadas para a deficiência sensorial (visual e auditiva), deficiências de um modo geral (que englobam diversos tipos de deficiência), deficiência física e capacitações de profissionais que atuam com Pessoas com Deficiência (PcDs). As deficiências intelectuais encontram-se menos atendidas, e, portanto, entende-se que esta é uma lacuna a ser explorada, em projetos futuros, a partir de ações de extensão.</p> Letícia Cunico; Fernanda Borges Vaz Ribeiro; Antonio Carlos Picalho, Luciane Maria Fadel Copyright (c) 2023 Revista Educação Especial https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/68556 Thu, 25 May 2023 00:00:00 -0300 Desenho Universal para Aprendizagem e a inclusão de estudantes com deficiência intelectual: uma revisão sistemática https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/67006 <p>Esta pesquisa discute aspectos para acessibilidade curricular para estudantes público-alvo da Educação Especial, e objetiva investigar a utilização do Desenho Universal para Aprendizagem (DUA) como estratégia de diferenciação curricular para inclusão escolar daqueles com deficiência intelectual (DI). Para isso, foi realizada uma revisão sistemática da literatura dos últimos cinco anos, nas bases ERIC, Redalyc, Dialnet, Portal de Periódicos da Capes e Scielo, utilizando como descritores: “universal design for learning” e “intellectual disability” em inglês, espanhol e português. A busca se deteve a estudos empíricos na educação formal e com incidência no currículo do ensino fundamental e médio que apresentam conexão entre DUA e DI. Foram identificados 128 estudos que, após triagem, resultaram em quatro artigos científicos, que foram analisados em seu desenho metodológico, temático e na correlação com a teoria do DUA. Dois estudos apresentaram apenas menção ao desenho universal para aprendizagem, um deles descreveu sua utilização dentro de um modelo estruturado de avaliação baseada em evidências, e outro estudo aplicou as diretrizes do DUA na prática curricular com o público-alvo. Foi possível notar contribuições do DUA para as estratégias pedagógicas que favoreçam o acesso ao currículo de estudantes com DI, principalmente com o uso da tecnologia e a possibilidade que ela traz das múltiplas linguagens e autorregulação. No entanto se mantém um número reduzido de pesquisas empíricas com o uso de DUA. Considera-se a necessidade de pesquisas futuras com o DUA no planejamento docente e na totalidade do desenho do currículo comum considerando a diversidade escolar.</p> Thiciane Pieczarka, Tiago Veiga Valdivieso Copyright (c) 2023 Revista Educação Especial https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/67006 Thu, 25 May 2023 00:00:00 -0300 Desenvolvimento de Audiogames acessíveis às pessoas com deficiência visual: uma revisão sistemática da literatura https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/68807 <p>Frente aos avanços na área dos jogos digitais, os <em>audiogames</em>, conhecidos por utilizarem o áudio como principal interface com o jogador, têm ganhado notoriedade não só por pessoas com deficiência visual, mas também pelo público em geral. Este nicho de mercado tem-se mostrado promissor diante ao cenário atual de desenvolvimento de jogos digitais tradicionais. Deste modo, este trabalho buscou analisar com maior profundidade, por meio de uma revisão sistemática da literatura, técnicas, modelos, métodos e/ou diretrizes que contribuíssem no processo de design e desenvolvimento de jogos digitais às pessoas com deficiência visual. Com base no método adaptado da <em>Design Science Research</em> e o PRISMA, esta revisão sistemática elegeu a partir de 4 bases de dados, um portfólio de 12 artigos em língua inglesa diretamente relacionados ao tema. Os relatos levantados demonstraram a concentração de estudos por grupos de pesquisa, com foco na área de jogos digitais acessíveis, especificamente o tipo abordado por essa revisão: “<em>audiogames</em>”. Por fim, esta revisão permitiu, além das contribuições para o referencial teórico deste trabalho, a compilação de 8 considerações de design e desenvolvimento com recorrência entre os autores investigados, um levantamento de técnicas de navegação e modelos de mecânicas utilizados em jogos digitais acessíveis.</p> Jason Scalco Scalco Piloti, Régio Pierre da Silva, Tânia Luisa Koltermann da Silva Copyright (c) 2023 Revista Educação Especial https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/68807 Tue, 30 May 2023 00:00:00 -0300 Práticas Pedagógicas na Educação Inclusiva e na Educação de Surdos: um estudo sobre o incentivo das potencialidades https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/69929 <p>O presente artigo é uma revisão teórica acerca do impacto que as práticas pedagógicas de inclusão podem trazer para o incentivo das potencialidades dos estudantes Surdos e estudantes com deficiência no Brasil. A motivação para este estudo se deu devido ao enfoque da literatura sobre o tema estar nas necessidades desses estudantes e não em suas potencialidades. Assim, este trabalho tem como objetivo verificar se há práticas pedagógicas que conduzem ao desenvolvimento das potencialidades desses educandos em cada uma das quatro categorias elencadas por Pescador e Domínguez (2001), sob as quais uma escola se constitui: a sala de aula na interação aluno/professor, o projeto curricular, a gestão escolar e a interação com a sociedade. O método deste trabalho ancora- se numa pesquisa qualitativa com revisão de literatura que utilizou como base de coleta de dados: a SciELO (<em>Scientific Electronic Library Online</em>), livros e a Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (BDTB) com a temática sobre as práticas pedagógicas de Inclusão. Evidenciou-se que, apesar da visão sobre a inserção de estudantes Surdos ou com deficiência nas salas de aula comum estar se modificando, as práticas pedagógicas de inclusão ainda estão voltadas para as necessidades e não para as potencialidades desse público</p> Sylvana Karla da Silva de Lemos Santos, Núbia Flávia Oliveira Mendes, Queila Pahim Kodama Copyright (c) 2023 Revista Educação Especial https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/69929 Wed, 31 May 2023 00:00:00 -0300 A autonomia da pessoa com deficiência intelectual: uma revisão de literatura https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/68742 <p>A autonomia da pessoa com deficiência é um assunto relevante para os campos da educação, da psicologia e dos direitos humanos. O objetivo deste artigo é caracterizar estudos teóricos e empíricos que orientam uma discussão sobre o tema da autonomia da pessoa com deficiência intelectual. Nesse sentido, apresenta-se uma revisão narrativa da literatura cobrindo 18 artigos publicados no período de 2010 a 2020. Os trabalhos analisados foram organizados em três categorias: perspectivas teóricas; público participante do estudo; e concepção de autonomia. Os resultados da revisão mostraram que dois referenciais teóricos se destacaram: os Estudos da Deficiência e a Teoria da Autodeterminação. Os artigos analisados deram relevância à perspectiva das interdependências como fundamento da discussão sobre a autonomia. Desse modo, argumenta-se que as relações de cuidado e apoio têm papel fundamental no desenvolvimento e incentivo da autonomia da pessoa com deficiência intelectual. Concluiu-se que, nos últimos anos, a perspectiva dada aos Estudos da Deficiência para as interdependências vem fomentando o debate da autonomia da pessoa com deficiência intelectual.</p> Camyla Antonioli, Zena Eisenberg Copyright (c) 2023 Revista Educação Especial https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/68742 Tue, 20 Jun 2023 00:00:00 -0300 Reflexões sobre a formação do intérprete e o desenvolvimento acadêmico do surdo brasileiro https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/83216 <p>O presente artigo foi versado sobre um tema polêmico que abarca a formação para o intérprete de Língua Brasileira de Sinais no âmbito acadêmico. Apesar da oficialização tardia da profissão, posterior até mesmo ao decreto que legitima a atuação deste profissional nas instituições de ensino, existe um movimento desde 2006, iniciado pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), em prol da formação de professores e intérpretes de Libras. Ainda que se trate de uma iniciativa recente, outras universidades começaram a trilhar o mesmo percurso, oferecendo à comunidade surda e aos intérpretes a possibilidade de uma qualificação mais ampla e específica, do ponto de vista científico. Essa medida tornou a universidade acessível para uma parte dos surdos, assim como formou tradutores-intérpretes mais habilitados a acompanhar o estudante surdo em seu percurso acadêmico, entretanto não configura ainda uma realidade no que tange a formação desses profissionais. Neste sentido, este trabalho tece breves reflexões com base na literatura a respeito da trajetória dos intérpretes na comunidade surda e como se deu sua formação até os dias atuais, considerando as demandas que surgiram após a oficialização de sua presença nas instituições públicas de ensino, mais especificamente no ensino superior. Para tal estudo foram utilizadas as plataformas Google Académico, Scientific Electronic Library Online (SciELO) e Centro de Estudos Educação e Sociedade (CEDES).</p> Mariana Cunha, Marcelo Salabert Gonzalez, Helena Carla Castro Copyright (c) 2023 Revista Educação Especial https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/83216 Thu, 13 Jul 2023 00:00:00 -0300 Sexualidade: ações e representações a partir do movimento de autogestão e autodefensoria da APAE https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/74540 <p>O presente artigo tem por finalidade realizar uma revisão integrativa dos estudos divulgados pelo movimento de Autogestão e Autodefensoria da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) Brasil, relacionados à sexualidade, identificando o tema nos diferentes registros divulgados ao longo dos anos. Foram encontradas revistas, projetos, cartilhas e documentos norteadores que abordam a temática. A questão que norteou o estudo foi compreender as discussões sobre sexualidade diante do movimento de autogestão e autodefensoria, que poderão servir à (re)construção do pensamento crítico e ao desenvolvimento de políticas, protocolos, recursos, programas e procedimentos que contribuam com a discussão e entendimento da sexualidade. A partir do levantamento de cinco categorias temáticas, foi possível identificar discussões sobre sexualidade, sexo, gênero e relação sexual, segurança, abuso, vida afetiva, namoro e casamento, direitos sexuais, masturbação e preconceito. Os estudos destacam a importância de trazer ao centro dos debates as percepções da sociedade e famílias, a educação em sexualidade e o direito da pessoa com deficiência de se expressar e vivenciar sua sexualidade, em um processo de desenvolvimento contínuo, por toda vida.</p> Patricia Monteiro Lima Chagas, Annie Gomes Redig, Renan Borges Cavalcanti Moreira Copyright (c) 2023 Revista Educação Especial https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/74540 Wed, 26 Jul 2023 00:00:00 -0300 O que nos mostra a produção científica sobre as mulheres com deficiência no Ensino Superior? https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/74162 <p>Este artigo apresenta os resultados do primeiro estudo realizado no âmbito do projeto de pesquisa em desenvolvimento no curso de Doutorado em Educação, no PPGE/Faed/Udesc, que objetiva “Compreender pela perspectiva de mulheres com deficiência, como são representados os princípios da ética do cuidado no enfrentamento ao capacitismo no Ensino Superior”. Como aporte teórico pautou-se nos Estudos Emancipatórios da Deficiência que contemplam, em toda a sua amplitude, os princípios anticapacitistas, partindo do princípio de investigar COM as mulheres com deficiência, não SOBRE elas. Este estudo de cunho qualitativo, caracterizou-se como uma revisão integrativa da literatura e objetivou analisar as produções científicas que tenham, como foco de pesquisa, as mulheres com deficiência nas Instituições de Ensino Superior, no período de 2016 a 2020. Utilizou-secomo base de dados, o Portal da Capes, a Revista de Educação Especial/UFSM e a Plataforma <em>Google</em> Acadêmico e, definiu-se,após aplicação dos critérios de inclusão, o total de 10 produções analisadas. Os resultados obtidos revelaram: a) baixa produção científica e de artigos sobre o grupo foco deste estudo; b) predominância do “capacitismo” na produção científica, ainda que não valorizado na maioria dos artigos analisados; e c) presença da interseccionalidade como epistemologia de base em algumas produções. Esses achados atestam o desafio político e ético envolvido nas pesquisas sobre e com as mulheres com deficiência nas Instituições de Ensino Superior e a necessidade de mobilizar e articular uma rede de pesquisadores para convergir esforços em favor desse grupo oprimido de forma sobreposta, tanto pelo gênero quanto pela deficiência.</p> Rose Clér Estivalete Beche, Geovana Mendonça Lunardi Mendes Copyright (c) 2023 Revista Educação Especial https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/74162 Wed, 16 Aug 2023 00:00:00 -0300 Ética na pesquisa em Educação envolvendo crianças com deficiência https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/74422 <p>Este artigo tem como objetivo contribuir para as reflexões sobre as questões éticas presentes em estudos da Educação envolvendo crianças com deficiência. O reconhecimento da criança como ator social e de sua condição de sujeito de direitos demanda novas abordagens e dilemas éticos na pesquisa educacional com esse público. A fundamentação teórica deste trabalho ancora-se na perspectiva da Sociologia da Infância e em referenciais teóricos que abordam as questões envolvendo a ética em pesquisas na área das Ciências Sociais e Humanas. A investigação em foco neste artigo toma como base uma pesquisa documental na qual foram analisadas teses e dissertações da área de Educação, realizadas em programas de pós-graduação de instituições de ensino superior públicas e privadas do RS, defendidas no período de 2016 a 2021. A análise revelou como os pesquisadores articulam a ética na pesquisa envolvendo crianças com deficiência. Conclui-se com a importância de fomentar o tema nos espaços da pesquisa educacional por meio de estudos e discussões sobre como as normas éticas poderão contribuir para administrar os dilemas da ética na pesquisa.</p> Claudia Adriana Dornelles de Araujo dos Santos, Luciana Gruppelli Loponte Copyright (c) 2023 Revista Educação Especial https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/74422 Wed, 11 Oct 2023 00:00:00 -0300 Desafios do atendimento psicológico online à comunidade surda https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/84087 <p>As pessoas que compõem a comunidade surda enfrentam dificuldades e sofrimentos psíquicos específicos, fato que requer uma atenção cuidadosa por parte dos profissionais da psicologia. Diante disso, o presente trabalho tem por objetivo discorrer sobre os desafios do atendimento psicológico <em>online</em> à comunidade surda. Para isso, inicialmente realizamos um levantamento bibliográfico, de caráter exploratório, com a finalidade de sistematizar estudos pertinentes ao tema e ao objeto desta pesquisa. No segundo momento analisamos e categorizamos entrevistas de pesquisadoras da comunidade surda, que foram difundidas em sites públicos. Diante desta pesquisa, compreendemos a necessidade de profissionais bilíngues, que sejam capazes de acessar diretamente o material simbólico durante o processo terapêutico e que compreendam os modos particulares dos surdos vivenciarem suas experiências.</p> Thiago Bagatin, Gabriele dos Santos Bonfim, Michele Cristina Xavier Copyright (c) 2023 Revista Educação Especial https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/84087 Fri, 10 Nov 2023 00:00:00 -0300 As interferências histórico-políticas e os avanços e retrocessos da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional no campo da Educação Especial https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/69178 <p>Pensando na promulgação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) em 1961, as versões subsequentes e os impactos para a área da Educação Especial, problematizou-se como as transformações políticas ocorridas entre as décadas de 1950 e 1990 influenciaram no percurso dos diferentes documentos das versões da LDB e na construção dos capítulos destinados à área da Educação Especial. Para isso, este artigo visa, a partir de uma contextualização histórica e política à época, descrever e comparar os avanços e retrocessos contidos nos capítulos destinados à Educação Especial nos três documentos promulgados da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Assim, por meio de uma pesquisa descritiva com análise documental e bibliográfica, o presente trabalho apresenta as transformações históricas, políticas e mudanças terminológicas ocorridas na LDB 4.024/61, LDB 5.692/71 e na LDB 9.394/96, no que se refere à Educação Especial. Os resultados apontam para o direcionamento e descompromisso do Estado com a educação dos alunos da Educação Especial. Conclui-se que as transformações histórico-políticas têm impacto direto no modo como a Educação Especial é vista no campo educacional, assim como nas terminologias utilizadas e nos serviços prestados ao público alvo.</p> Paula Cristina Stopa, Adrieli Camila Soares Matheus, Adriana Garcia Gonçalves, Gerusa Ferreira Lourenço Copyright (c) 2023 Revista Educação Especial https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/69178 Wed, 29 Nov 2023 00:00:00 -0300 Justiça curricular e Educação Especial no Currículo Base da Educação Infantil e do Ensino Fundamental do Território Catarinense (2019) https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/73430 <p>A Educação Especial na perspectiva da educação inclusiva orienta o desenvolvimento de políticas educacionais desde a primeira década dos anos 2000 no Brasil. No Estado de Santa Catarina, o Currículo Base do Território Catarinense da Educação Infantil e do Ensino Fundamental, publicado em 2019, reafirma o caráter inclusivo da Educação Especial e destaca a justiça curricular como um de seus princípios. Este artigo tem por objetivo discutir a noção de justiça curricular e sua interlocução com a Educação Especial, no âmbito do Currículo Base do Território Catarinense (2019). A pesquisa, de abordagem qualitativa, teve como instrumento de produção de dados a pesquisa bibliográfica e documental. Os resultados mostram que a justiça curricular é um tema recente, havendo poucas pesquisas na área da educação, sobretudo da Educação Especial. A análise do Currículo Base do Território Catarinense evidenciou que a justiça curricular, mencionada apenas na seção voltada à Educação Especial do documento, aborda, para além da ideia de flexibilização curricular, uma perspectiva de currículo que se assenta em pressupostos de equidade, democracia e justiça social que podem contribuir para novas formas de pensar a Educação Especial.</p> Juliane Bonin, Andrea Soares Wuo, Cassia Ferri Copyright (c) 2023 Revista Educação Especial https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/73430 Wed, 06 Dec 2023 00:00:00 -0300 Subjetivações surdas: Discursos sobre a (in)existência da Libras no espaço escolar https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/65929 <p>Esse artigo problematiza a educação de surdos e a aquisição da linguagem como um processo de constituição de sujeitos da vida relacional e como indutora das condições de: aprendizagens, desenvolvimento cognitivo e das interações. Como corpus de análise escolhemos um vídeo bilíngue sobre a surdez e a Libras, publicado em 2020, no Youtube e no Instagram para destacar os enfrentamentos de uma criança surda no processo de escolarização e o pedido de comunicação digna. Diante disso, por meio da análise discursiva, o objetivo deste artigo é elucidar quais são os discursos desse vídeo sobre a surdez. Que discursos dele emergem? Destacamos, a partir do movimento de análise: quem é o sujeito do discurso e as posições que este ocupa; o apelo que a menina refere sobre as crianças surdas nas escolas comuns junto as ouvintes, indicando o desejo pela prática de inclusão escolar de um modo distinto daquele que vem sendo vivenciado por ela no momento atual; as discussões sobre o problema central, o (não) acesso à comunicação, já que são necessárias intervenções diversas (comunicação com os pares, com os professores, tradução simultânea, apoio de intérprete, entre outros), que nem sempre tornam acessíveis os conteúdos escolares; e, a reivindicação de uma cultura de comunicação entre surdos e ouvintes em uma tentativa de modificar suas experiências escolares.</p> Franciele Fernandes da Silva, Daniela Medeiros, Maria Simone Vione Schwengber Copyright (c) 2023 Revista Educação Especial https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/65929 Tue, 31 Jan 2023 00:00:00 -0300 Relatos de professoras de Sala de Recursos Multifuncional sobre as condições de trabalho na escola https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/70929 <p>Em 2008, foi criado pelo MEC o Programa de Implantação das Salas de Recursos Multifuncionais (SRM) para garantir o Atendimento Educacional Especializado (AEE) ao público da Educação Especial. Frente ao exposto, foram realizadas entrevistas gravadas com 18 professoras dessas Salas com o propósito de descrever como as professoras das SRM relatam a percepção das professoras de salas regulares acerca do trabalho realizado nessas SRM; a interação dessas professoras especialistas com as professoras das salas comuns, com os estagiários e com as famílias, e as atribuições das professoras das SRM. Uma análise temática das transcrições mostrou que tanto as professoras das salas regulares quanto os gestores não têm clareza acerca das funções dessas Salas e possuem expectativas equivocadas com relação ao trabalho lá desenvolvido; a frequência e duração das reuniões dos professores de SRM com as docentes das salas de aula regulares, bem como os locais onde tais reuniões ocorreram, não eram adequados; a interação das docentes das SRM com as famílias e com os estagiários foi considerada proveitosa; dentre as atribuições dessas professoras destacam-se: fazer adaptações de materiais e atividades pedagógicos para os alunos com deficiência, organizar o Plano Educacional Individualizado, demonstrar outras maneiras de apresentar determinados conteúdos programáticos, trazendo materiais e jogos como recursos, promover curso de formação acerca de Tecnologia Assistiva e Comunicação Alternativa, realizar a adaptação de provas empregando frequentemente recursos de Comunicação Alternativa. Além disso, as professoras de SRM revelaram que o professor de sala comum e as famílias desconhecem as funções do professor de AEE.</p> Carolina Rizzotto Schirmer, Leila Regina d’Oliveira de Paula Nunes, Stefhanny Paulimineytrick Nascimento Silva, Maria Gabriela Lopes Araújo Copyright (c) 2023 Revista Educação Especial https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/70929 Tue, 31 Jan 2023 00:00:00 -0300 Acessibilidade no Polo de Atendimento Presencial dos cursos EaD do Consórcio Cederj https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/67409 <p>O número de matrículas de alunos com necessidades educacionais especiais no Consórcio Cederj vem crescendo a cada ano. Consequentemente surge a necessidade de planejamento e adequações curriculares e de atendimento, promovendo o acesso e rompendo barreiras. Nos Polos de atendimento presencial essas barreiras podem ser físicas, arquitetônicas, comunicacionais ou mesmo atitudinais. O objetivo do estudo foi analisar o espaço do Polo Cederj de Niterói, que, como escola municipal, já foi considerado referência em acessibilidade. Verificou-se que esse Polo ainda é uma referência no atendimento educacional especializado da educação básica, com salas específicas para esse público no andar térreo. Porém, para os alunos do Cederj que ocupam os andares superiores, ainda é necessário promover ajustamentos como recolocação de barras de segurança na rampa e no elevador, colocação de piso podo tátil para atender pessoas com deficiência visual, bem como de vaso sanitário, pia e mobiliário adequado às pessoas com deficiência física, possibilitado o acesso geral do público que busca de formação em instituições do ensino superior.</p> Luciana Tavares Perdigão, Neusa Rejane Wille Lima, Ediclea Mascarenhas Fernandes Copyright (c) 2023 Revista Educação Especial https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/67409 Fri, 31 Mar 2023 00:00:00 -0300 Entre Portas Fechadas: frestas e brechas para pensar processos inclusivos na Educação https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/71150 <p>Neste trabalho é tensionado o direito à educação para as crianças com deficiências, garantido nos documentos legais, com as narrativas das mães de crianças com diagnóstico do espectro autista e suas lutas para matricular as crianças na escola. Foi percebido que as interpretações que existem na lei, como “preferencialmente na rede regular de ensino”, deixam a responsabilidade também para outras instituições educativas, que muitas vezes, criam barreiras para matricular as crianças. Nas narrativas das mães, são recorrentes as portas fechadas, mas elas insistem, encontram frestas e brechas para habitar a escola. Mães que tem suas histórias de vida invisibilizadas, enfrentam lutas (a) morosas por uma educação inclusiva. Narrativas são utilizadas como recurso metodológico, inspiradas em Benjamin, Portelli e Certeau, e a dimensão do acontecimento a partir de Deleuze, para a produção de novas maquinações. A Educação Especial no Brasil é marcada pela medicalização, e os efeitos mais devastadores dessa cultura medicalizante são percebidos nos discursos de docentes que se apresentam como incapazes de ensinar crianças com deficiência. Urge que a escola desse tempo de agora considere as diferenças como condição de existência de cada um.</p> Maria Goretti Andrade Rodrigues, Cristiana Callai de Souza, Edna Rodrigues da Silva Copyright (c) 2023 Revista Educação Especial https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/71150 Fri, 31 Mar 2023 00:00:00 -0300 Proposta de sinais-termo em Libras para áreas de saúde e biossegurança https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/71042 <p>A Língua Brasileira de Sinais (Libras) conta com poucos termos específicos nos campos da Ciências da Saúde e Biotecnologia. Além disso, verificam-se barreiras de comunicação e disseminação de grande parte dos sinais-termo nas áreas de saúde e biossegurança, bem como os novos sinais-termo surgidos durante a Pandemia de Covid-19. Neste contexto, o presente trabalho tem como objetivo apresentar um dos produtos de destaque da tese de doutorado de FRANCISCO – <em>Glossário multilíngue ilustrado 2D</em> –, material de grande relevância para a Comunidade Surda. A metodologia empregada foi realizada com base em uma pesquisa exploratória inicial sobre os materiais existentes em Libras e na área da Terminologia. Assim, a partir dos estudos e levantamentos realizados para identificar os sinais-termo mais utilizados nos ambientes de laboratórios da área de saúde, foram selecionados 98 (noventa e oito) sinais-termo como etapa fundamental para elaboração das fichas terminológicas que compõem o referido glossário multilíngue. A ferramenta terminológica elaborada nesta pesquisa demonstra grande relevância para o meio científico e acadêmico, principalmente para a Comunidade Surda, contribuindo na disseminação de conteúdos atuais com potenciais riscos à saúde e à segurança das pessoas, presentes cada vez mais no cotidiano da sociedade. FRANCISCO, Gildete da S. Amorim Mendes. Glossário multilíngue de sinais-termo: materiais e recursos na área de biossegurança. Tese de Doutorado apresentada ao Departamento de Ciências e Biotecnologia da Universidade Federal Fluminense (UFF). Niterói/RJ, 2022.</p> Gildete da Silva Amorim Mendes Francisco, Gláucio de Castro Júnior, Ana Regina e Souza Campello, Saulo Cabral Bourguignon, Fernanda Serpa Cardoso Copyright (c) 2023 Revista Educação Especial https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/71042 Fri, 31 Mar 2023 00:00:00 -0300 O que revelam as políticas e os indicadores sobre a escolarização de alunos com deficiência múltipla no Brasil (1974-2021)? https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/70980 <p>A escolarização da população com deficiência múltipla ainda enfrenta inúmeros desafios no contexto brasileiro. Nesse sentido, este artigo analisa os indicadores de matrículas de alunos com deficiência múltipla entre 1974 e 2021 e as orientações políticas para a educação dessa parcela da população. Em termos metodológicos, foram analisados documentos normativos e orientadores sobre o público da Educação Especial e levantamentos estatísticos do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). As análises mostraram, entre outros aspectos, aumento das matrículas de pessoas com deficiência múltipla em escolas comuns de ensino, falta de consenso sobre quem e quantos seriam esses alunos nos documentos oficiais, fragilidades nas diretrizes políticas sobre ações intersetoriais e estratégias educativas, sobretudo daqueles que demandam intervenções pedagógicas mais específicas, como o uso da comunicação alternativa, por exemplo, o caso das crianças acometidas pela Síndrome Congênita do Zika Vírus.</p> Andressa Santos Rebelo, Márcia Denise Pletsch Copyright (c) 2023 Revista Educação Especial https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/70980 Fri, 31 Mar 2023 00:00:00 -0300 Cadê a inclusão das pessoas com deficiência na BNCC? A exclusão comeu! https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/70910 <p>Em pesquisa na Base Nacional Comum Curricular (2018), BNCC, investigamos mediações com o público da Educação Especial, as pessoas com deficiência, em uma perspectiva histórico-cultural. Os dados foram escassos e, portanto, buscamos nos descritores de inclusão e diversidade possibilidades de reflexões, instrumentos e estratégias que favorecessem a discussão das particularidades das pessoas com deficiência no documento orientador mais recente da educação básica brasileira. No processo metodológico, categorizamos esses descritores para a análise documental voltada à educação das infâncias. Identificamos que o documento não apresentou posicionamento nem orientações sobre a inclusão escolar das deficiências, ou a interseccionalidade com outras singularidades marginalizadas. A BNCC foi moldada à formação do desenvolvimento psicofisiológico típico e hegemônico. Para uma perspectiva diversa, pode-se inferir, que os(as) profissionais da educação não devem se orientar exclusivamente pelo documento em função das ausências assinaladas. Sendo assim, o trabalho pedagógico precisa colocar em tela discussões e práticas que contemplem a inclusão das pessoas com deficiência com vias à emancipação humana.</p> Joanna de Paoli, Loyane Guedes Santos Lima, Maria de Lourdes Dias Rodrigues, Patrícia Fernandes Lootens Machado Copyright (c) 2023 Revista Educação Especial https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/70910 Fri, 28 Apr 2023 00:00:00 -0300 A Educação Especial nos cursos de Licenciatura em Química das Instituições Federais de Educação Superior do Ceará https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/70144 <p>Este estudo analisa a formação inicial docente em cursos de Licenciatura em Química das Instituições Federais de Educação Superior do Ceará quanto à Educação Especial. Trata-se de uma pesquisa documental, tendo como material de análise os Projetos Pedagógicos dos 10 cursos ofertados pelas referidas instituições. É inexistente, nesses cursos, a oferta de disciplinas obrigatórias relacionadas à Educação Especial, embora 5 cursos ofertem, como optativa, a disciplina de Educação Inclusiva, que apresenta carga horária inferior aos componentes curriculares das outras áreas. A realidade investigada evidencia que os cursos de Licenciatura em Química não têm acompanhado o crescimento do número de matrículas de alunos da Educação Especial nas escolas comuns de Educação Básica, demandando mudanças no currículo das licenciaturas para formar professores de Química promotores de uma educação inclusiva. Como modalidade transversal do sistema educacional brasileiro desde 1996, a Educação Especial tem tido pouca visibilidade nos cursos investigados, cujos seus egressos poderão ter dificuldades em incluir o referido público nas aulas de Química.</p> Wanderson Diogo Andrade da Silva, Suzana dos Santos Gomes Copyright (c) 2023 Revista Educação Especial https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/70144 Fri, 28 Apr 2023 00:00:00 -0300 Formação de professores de creche e Transtorno do Espectro Autista: resultados de um curso presencial e a distância https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/70212 <p>As leis brasileiras ao longo da história educacional apresentam a inclusão de pessoas com deficiências como desafio a ser superado na educação de qualidade para todos. No entanto, apontamentos na literatura indicam que a formação dos professores e as condições existentes nas práticas escolares não estão adequadas para tal movimento, especialmente em Creches. Sendo assim, essa pesquisa teve como objetivo elaborar, desenvolver e avaliar os resultados de um curso de formação para professores de creche voltado para alunos com Transtorno do Espectro Autista nas modalidades presencial e a Distância. Apresenta-se como hipótese que um modelo didático individualizado, que incorpore aspectos fundamentais para formação de professores para educação inclusiva seja possível de replicação em modelos educacionais diferenciados e eficazes para uso por/para professores. Para tal, foi conduzida uma pesquisa de abordagem qualitativa, de natureza aplicada e com objetivos exploratórios presencialmente e, em seguida, em modelo EaD. Em ambas formações foi utilizado o Sistema Personalizado de Instrução (PSI) como modelo didático. Os resultados indicaram que o modelo se mostrou eficaz para formação de professores de creches nas duas modalidades. Portanto, a elaboração de um curso que tem como base o conhecimento da demanda dos professores, o uso de recursos multimídias, a divisão dos conteúdos em pequenas etapas e avaliações progressivas do repertório dos alunos-professores representa um recurso importante para formação de professores para inclusão de crianças com TEA, tanto no curso presencial, quanto no modelo EaD.</p> Rafael Vilas Boas Garcia; Fatima Elisabeth Denari Copyright (c) 2023 Revista Educação Especial https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/70212 Fri, 28 Apr 2023 00:00:00 -0300 Gestão escolar na educação inclusiva: a produção acadêmica stricto sensu paulista e uma realidade escolar https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/69202 <p>A inclusão escolar de alunos com deficiência condiz com o processo de reconstrução da gestão enquanto atuação democrática, participativa e reflexiva. Os gestores vivenciam as mudanças em vigor e são exigidos de atuar auxiliando na construção de uma comunidade inclusiva. Isto posto, esse estudo objetivou identificar o estado da arte do tema da gestão escolar com foco no viés inclusivo, associando a produção acadêmica sobre essa questão à atuação do gestor escolar. Para isso, desenvolveu-se uma pesquisa qualitativa em duas fases. Na Fase 1, realizou-se uma revisão sistemática com a análise das produções acadêmicas dos programas de pós-graduação stricto sensu paulistas públicos sobre o tema da gestão escolar em interface com a inclusão educacional. Na Fase 2, delineou-se um estudo de caso aplicando questionário a um gestor de uma escola particular de uma cidade de São Paulo, Brasil, com acompanhamento de sua rotina durante 2 dias semanais, por 1 mês, para observação de aspectos referentes à atuação no processo de inclusão escolar. A análise dos dados ocorreu por categorização associada ao <em>software</em> Iramutec. As pesquisas acadêmicas mostraram-se uma área de recente investigação, focada predominantemente em avaliar qualitativamente entrevistas por análise de conteúdo. Já as ações gestoriais permaneceram direcionadas para a solução de conflitos e ações burocráticas, com fragilidades na formação inicial e continuada, não acessando pesquisas acadêmicas sobre o tema e apresentando ações insuficientes. Imprescinde a continuidade de estudos que orientem a intervenção gestorial, bem como uma autonomia docente para a busca dos mesmos.</p> Camila Lopes de Carvalho, Carolina Matteussi Lino Copyright (c) 2023 Revista Educação Especial https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/69202 Fri, 28 Apr 2023 00:00:00 -0300 Um panorama dos cursos de graduação no Brasil anterior à Lei de reserva de vagas: as matrículas de estudantes da educação especial https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/65959 <p>A presente pesquisa objetiva descrever os estudantes público-alvo da educação especial (PAEE) na educação superior brasileira antes da Lei de Reserva de vagas, que é de 2016, traçando um perfil e inaugurando uma forma pormenorizada de análise, que pode ser o ponto inicial para futuras pesquisas comparativas envolvendo séries históricas. A fim de alcançar os objetivos delineados para a presente pesquisa, utilizamos uma abordagem quanti-qualitativa, descritiva e exploratória. Com os resultados encontrados, foi possível verificar que, em sua maioria, as matrículas de estudantes PAEE, proporcionalmente, seguem as mesmas tendências das matrículas dos estudantes no geral nos cursos de graduação, exceto no tocante ao turno acadêmico. Quando analisados os dados por estados e regiões, as diferenças se sobressaem, mais do que quando a análise é realizada nacionalmente, ou seja, quanto mais micro a análise, mais diferenças em relação à média nacional encontramos. Esperamos que a presente pesquisa possa subsidiar avaliações futuras sobre o PAEE na educação superior e, com isso, embasar políticas públicas para a efetivação do ingresso e permanência desse público nesse nível de ensino.</p> Luiz Renato Martins Rocha, Cristina Broglia Feitosa de Lacerda, Elisângela Aparecida da Silva Lizzi Copyright (c) 2023 Revista Educação Especial https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/65959 Thu, 04 May 2023 00:00:00 -0300 Análise e correlação do suporte social e da satisfação parental de famílias de crianças com síndrome de Down https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/67399 <p>A família é o primeiro ambiente social da criança e a base para seu desenvolvimento. Famílias de crianças com deficiência possuem necessidades específicas, advindas das demandas e das próprias características da deficiência em si. Conhecer essas famílias possibilita criar programas para auxiliá-las. Dessa forma, os objetivos da pesquisa foram: (a) identificar e analisar a satisfação parental e o suporte social de famílias de crianças com síndrome de Down e (b) relacionar a satisfação parental e o suporte social com os dados sociodemográficos das famílias. Participaram da pesquisa 15 responsáveis de crianças com síndrome de Down. As medidas avaliativas foram: Questionário Critério Brasil, Questionário de suporte social e Questionário de satisfação parental. Os dados obtidos foram quantitativos. Para correlacionar as variáveis foi utilizado o teste de correlação de Spearman. Os resultados indicaram que os pais sentiam prazer em ficar com o filho com deficiência, visto que os itens que obtiveram maiores médias de satisfação parental estavam relacionados às situações que valorizavam esses momentos. Com relação ao suporte social, a pessoa suportiva mais mencionada foi o/a cônjuge. Sobre a correlação entre variáveis, a idade dos participantes apresentou correlação positiva com o grau de satisfação em ser pai/mãe e com o suporte social recebido em momentos que necessitavam de ajuda emocional. Alguns itens da escala de Suporte Social também estavam positivamente correlacionados com itens da Escala de Satisfação Parental. Conclui-se que, conforme os pais ficam mais velhos aumenta o suporte social e sua satisfação parental e que tais variáveis estão correlacionadas entre si.</p> Kananda Fernanda Montes, Fabiana Cia, Cariza de Cássia Spinazola Copyright (c) 2023 Revista Educação Especial https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/67399 Tue, 23 May 2023 00:00:00 -0300 Concepções de adultos com deficiência acerca das condições de trabalho no contexto de pandemia da COVID-19 https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/69766 <p>O objetivo deste estudo é analisar o relato de adultos com deficiência acerca da rotina trabalhista vivida no contexto de pandemia da COVID-19 e descrever a dinâmica de trabalho. Trata-se de uma pesquisa de cunho qualitativo, com enfoque interpretativista e descritivo-exploratório. Participaram 11 adultos com deficiência, inseridos no mercado de trabalho. Para a coleta de dados, utilizou-se um roteiro semiestruturado de entrevista. As entrevistas ocorreram via utilização do aplicativo <em>Google Meet</em> e foram gravadas, transcritas e revisitadas pelas pesquisadoras. As análises das informações tiveram por base a análise de conteúdo. Como resultados, verificou-se que a rotina trabalhista durante a pandemia foi majoritariamente baseada no trabalho remoto, afastamento, demissão, redução e/ou flexibilização do horário de serviço, bem como mudança do vínculo empregatício. Os aspectos positivos considerados durante a pandemia em relação ao trabalho foram a flexibilização de tempo, dedicação a outras tarefas, autonomia e independência. Como aspectos negativos foram apontados plataformas digitais, dificuldade de comunicação, medo de demissão, aumento ou diminuição da demanda de serviço e a falta de interação social. Conclui-se que há questões que atravessam ações excludentes, tendo como alvo as pessoas com deficiência. Por outro lado, algumas situações relatadas, como o desemprego, representam uma realidade enfrentada por muitos trabalhadores brasileiros com e sem deficiência no contexto da pandemia da COVID-19, que refletem a lógica capitalista no mercado de trabalho.</p> Michelle Roberta Pavão, Walquiria Pereira da Silva Dias, Márcia Duarte Galvani Copyright (c) 2023 Revista Educação Especial https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/69766 Wed, 31 May 2023 00:00:00 -0300 Características do Desenvolvimento Motor em Crianças com Transtorno do Espectro Autista: Uma Revisão Sistemática https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/71662 <p>O presente estudo objetivou sintetizar e analisar a produção científica sobre as características do desenvolvimento motor (DM) em crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA), por meio de revisão sistemática de literatura. Neste sentido, foram selecionadas as bases de dados Eric/Thesaurus, Web of Science, SciELO, Scopus, ASP/EBsco e Redalyc. Para a identificação dos artigos nas bases de dados, foram elencados os descritores “Child Development”; “Autism Spectrum Disorder”; “Motor Skills Disorder”; “Motor Development” bem como seus termos em português. Por abranger áreas de saúde e educação, estes descritores foram identificados entre os Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) da BVS e Thesaurus (Eric). A amostra final foi composta por cinco estudos que apresentaram dados de diferentes baterias de avaliação motora. Os resultados caracterizaram o DM em crianças com TEA como atípico, apresentando déficits significativos em todas às áreas motoras, sendo a coordenação fina, o equilíbrio e o esquema corporal, os mais pronunciados.</p> <p> </p> Márcia Franciele Spies, Guilherme da Silva Gasparotto, Cielle Amanda de Sousa e Silva Copyright (c) 2023 Revista Educação Especial https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/71662 Thu, 15 Jun 2023 00:00:00 -0300 A pessoa com deficiência e a educação especial no Brasil nos últimos 200 anos: sujeitos, conceitos e interpretações https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/73415 <p>O artigo analisa as diferentes conceituações de aluno e educação especial no Brasil desde 1822, objetivando entender a evolução conceitual dos termos através dos séculos XIX, XX e XXI, nos caminhos da segregação, integração e inclusão, analisando os impactos do momento histórico e das ideologias dominantes na construção de conceitos relativos ao aluno especial e à educação especial. O método utilizado no estudo assume o estudo teórico-documental de obras que tratam da temática da história da educação especial e da deficiência, além da análise de atos legais que complementam nossas interpretações. A partir do estudo realizado, evidenciamos que os conceitos de aluno especial e educação especial evoluíram de acordo com os pontos de vista predominantes em cada época: de uma interpretação médico-mística-religiosa, para uma psicologicista e, após, pedagógica. Além disso, concluímos que os processos históricos guiaram a educação especial no caminho da segregação para a integração e, finalmente, para a inclusão, de acordo com o ideal de nação pretendido em cada época.</p> Rogério Drago, Emilio Gabriel Copyright (c) 2023 Revista Educação Especial https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/73415 Wed, 26 Jul 2023 00:00:00 -0300 Atendimento Educacional Especializado: articulação entre professor do AEE, da sala comum e família do aluno PAEE em duas Escolas Públicas do Munícipio de Parintins (AM) https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/71940 <p>A educação Inclusiva é um movimento social e educacional reconhecido mundialmente, fundamenta suas bases no respeito às diferenças e na valorização da diversidade humana. O artigo objetiva conhecer como ocorre o funcionamento do Atendimento Educacional Especializado, realizado nas SRM para o atendimento dos alunos público-alvo da educação especial no município de Parintins (AM). Partindo dessas premissas, foi analisado a participação de professores, considerando duas categorias: articulação entre professor do AEE e sala comum e articulação entre professores (AEE e sala comum) com a família do aluno PAEE. Pesquisa de cunho descritivo, com abordagem qualitativa e conta com entrevista semiestruturada para os professores participantes. Nessa senda, os resultados apontam que apesar dos professores reconhecerem a importância e necessidade da parceria, a articulação acontece, mas de maneira pouco satisfatória, porém eles tentam se reajustar com os horários, há o projeto político pedagógico da escola, mas precisa ser feito um planejamento coletivo que se adeque a realidade do contexto escolar. Foi constatado também que às vezes há falta de interatividade entre professores com a família do aluno PAEE, que de alguma forma não elucida o aprendizado do aluno. Portanto, a forma como está organizado o AEE nas SRM, apresenta um trabalho que precisa ainda ser moldado para se chegar num bom desenvolvimento. Entendemos que esta garantia da efetivação dessa articulação, não perpassa apenas pelo papel docente e da família, e sim necessita de um apoio e de uma atuação mais efetiva e perspicaz de todos os atores responsáveis pela inclusão, principalmente os gestores, estabelecendo um trabalho colaborativo e articulado entre os professores e a comunidade escolar e garantindo que a inclusão realmente se consolide no sistema de ensino.</p> Merianne da Silva Lima, João Otacílio Libardoni dos Santos Copyright (c) 2023 Revista Educação Especial https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/71940 Wed, 26 Jul 2023 00:00:00 -0300 Vivências de pessoas com autismo que concluíram o Ensino Superior: uma investigação em Porto Velho/RO https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/70200 <p>Este artigo é fruto de uma pesquisa que investigou as vivências de um grupo de pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) que concluiu o Ensino Superior, identificando fatores associados a essa conclusão. O trabalho se justifica pela necessidade de mais pesquisas relacionadas ao sucesso escolar de pessoas com autismo na Educação brasileira, em especial, no Ensino Superior. A presente investigação se baseou na Teoria Histórico-Cultural, especialmente, nos postulados de Vigotski acerca da Defectologia. A pesquisa foi realizada em Porto Velho, capital de Rondônia, e os critérios adotados para a seleção dos participantes foram: serem pessoas diagnosticadas com autismo, serem egressas do Ensino Superior e aceitarem participar do estudo. O instrumento utilizado para coletar os dados foi a entrevista semiestruturada e os dados coletados foram organizados e analisados via abordagem dialética, mediante a unidade de análise <em>Relação entre vivências e seus processos de escolarização</em>, composta por dois eixos de análise: i. <em>Contexto histórico-cultural das vivências da pessoa com TEA</em> e ii. <em>O desenvolvimento da pessoa com TEA e seus processos de escolarização</em>. A unidade de análise, com base nos achados revelados e nas contradições percebidas, indica que as relações com os familiares se constituíram no fator mais determinante para que as três pessoas com autismo participantes da pesquisa obtivessem sucesso escolar e conseguissem concluir o Ensino Superior. O acompanhamento de profissionais e a medicação adequada também foram fatores preponderantes. Mas é necessária a ressalva de que nem todas as pessoas dispõem de um meio social propício a esse tipo de apoio.</p> Kétila Batista da Silva Teixeira, Rafael Fonseca de Castro Copyright (c) 2023 Revista Educação Especial https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/70200 Wed, 16 Aug 2023 00:00:00 -0300 Interações do aluno surdo no processo de inclusão https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/67808 <p>Este artigo analisa o processo de inclusão de alunos surdos em escolas públicas e suas interações com outros alunos, intérpretes e professores. A metodologia utilizada na pesquisa foi o estudo de caso com a observação de campo de 4 estudantes surdos dentro de suas salas de aula e também nos momentos de intervalo em duas escolas públicas de Campinas. A partir da observação foi realizada uma análise quantitativa das interações destes alunos com as demais pessoas do contexto escolar. A pesquisa concluiu que, por ser único aluno surdo em sua sala de aula, o número de interações deste estudante é nitidamente maior com o intérprete, seguido das interações com alunos ouvintes, em terceiro lugar com os professores. Por fim, as interações em menor número foram realizadas com outros colegas surdos da escola, fora da sala de aula. Os resultados revelaram que o processo de inclusão dos alunos surdos nas escolas observadas restringe as possibilidades de interação no contexto escolar, o que pode dificultar a constituição de uma autoimagem positiva destes estudantes.</p> Mariana Nicioli Pereira, Lilian Cristine Ribeiro Nascimento, Vanessa Regina de Oliveira Martins Copyright (c) 2023 Revista Educação Especial (UFSM) https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/67808 Thu, 05 Oct 2023 00:00:00 -0300 A realidade da educação inclusiva em um município da Fronteira Oeste do RS: identificando estratégias, ações e conteúdos para a formação de professores https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/43073 <p>Este estudo buscou compreender a realidade e as possíveis dificuldades encontradas pelas professoras do Atendimento Educacional Especializado (AEE), em relação ao processo inclusivo nas escolas da rede pública municipal de uma cidade da Fronteira Oeste do RS, visando identificar estratégias, ações e conteúdos para a formação profissional docente, na perspectiva da educação inclusiva. Trata-se de uma pesquisa exploratória e descritiva com abordagem qualitativa na análise e discussão de seus resultados. A amostra do estudo foi composta por dezessete professoras do AEE e pela Coordenadora da Educação Especial da Secretaria Municipal de Educação local. Para coleta dos dados, as professoras do AEE responderam um questionário que teve como proposta identificar a realidade e as possíveis dificuldades relacionadas à sua prática docente. Foi realizado um encontro para preenchimento do questionário, e posteriormente, um encontro para devolutiva das informações às participantes. Como principais resultados, destacam-se a dificuldade de articulação com os serviços da área da saúde, e com os professores das salas regulares, a falta de recursos materiais e estruturais para o AEE, e a dificuldade de participação das famílias na vida escolar dos estudantes público da Educação Especial. A partir do exposto, ressalta-se a necessidade das redes de apoio na escola regular como uma possível estratégia para superação das fragilidades existentes no processo de escolarização desses estudantes. Além disso, os dados apresentados neste estudo serão válidos para o planejamento de futura proposta de formação profissional docente para professores da rede pública municipal.</p> Amanda Machado Teixeira, Elisabeth Rossetto, Vanderlei Folmer, Jaqueline Copetti Copyright (c) 2023 Revista Educação Especial https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/43073 Fri, 17 Nov 2023 00:00:00 -0300 Infância medicalizada: o que a escola tem a dizer? https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/71676 <p>O que a escola tem a dizer sobre a infância medicalizada? A inflação diagnóstica nesse espaço fortalece classificações patologizantes de crianças e jovens que resistem enquadrar-se a um padrão que deslegitima suas singularidades. A “necessidade do diagnóstico médico” indica uma fragilidade do campo pedagógico em analisar e resolver os desafios do cotidiano escolar a partir de seu campo de saber. Considerando esse contexto, este artigo objetiva analisar a produção científica sobre a maneira como o processo de medicalização da vida escolar se atualiza e se fortalece no Brasil. Para tanto, deu-se uma pesquisa em busca de revisão Integrativa da Literatura sobre tema em foco entre os anos de 2015 a 2021 tomando como referência a plataforma SCIELO. O recorte temporal justifica-se por considerar a publicação do DSM-5 no Brasil um marco no processo de inflação diagnóstica de escolares. Há uma dinâmica comum entre as escolas seguindo certa ordem: queixa escolar, encaminhamento do estudante aos serviços da saúde, retorno dos especialistas - geralmente com diagnóstico, prescrição de fármacos e silenciamento da escola em relação ao debate pedagógico de solução dos desafios cotidianos. Criança medicada, via de regra, é criança esquecida, expropriada de sua infância, invisibilizada na sua potência de ser. Há uma tendência em buscar soluções na área da saúde para o que se apresenta como problema no ambiente escolar, seja referente às questões comportamentais, seja em relação aos processos de aprendizagem. As pesquisas denunciam uma prática escolar que busca apoio nos recursos medicamentosos com a perspectiva de uma solução rápida para os desafios apresentados.</p> Ana Carolina Christofari, Claudia Rodrigues de Freitas Copyright (c) 2023 Revista Educação Especial https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/71676 Thu, 07 Dec 2023 00:00:00 -0300