O professor e as práticas de ensino da língua portuguesa escrita como segunda língua para estudantes surdos
DOI:
https://doi.org/10.5902/1984686X93568Palavras-chave:
Educação de surdos, Língua portuguesa escrita, Práticas pedagógicasResumo
As discussões em torno da educação de surdos no Brasil têm se intensificado, sobretudo após a institucionalização da modalidade de educação bilíngue pela Lei nº 14.191/2021. Nesse contexto, este artigo tem como objetivo analisar como as práticas de produção escrita desenvolvidas por professores de Língua Portuguesa influenciam o processo de aprendizagem da escrita por estudantes surdos. Para sustentar a análise, fundamentamo-nos na Linguística Sistêmico-Funcional de Halliday (1960), na Teoria da Subjetividade de González Rey (1997), em estudos da área da educação de surdos como, Jannuzzi, (2012) e em documentos oficiais, como a Lei nº 9.394/1996, dentre outros. A metodologia adotada ancora-se nos princípios da Epistemologia Qualitativa e na abordagem construtivo-interpretativa como forma de análise e interpretação das informações. O estudo foi realizado com dois professores de Língua Portuguesa do Ensino Médio, um professor dos anos iniciais do Ensino Fundamental, um professor dos anos finais do Ensino Fundamental, um professor de Língua Portuguesa da Educação de Jovens e Adultos e um profissional atuante no Núcleo de Atendimento Educacional a Estudantes Surdos. Para a construção das informações, utilizamos entrevistas e análise das atividades desenvolvidas por esses docentes e profissionais. Os resultados evidenciam desafios no ensino da língua escrita para estudantes surdos, marcados por práticas de caráter técnico, centradas em uma gramática descontextualizada, que desconsidera a cultura e a identidade surda. Conclui-se que o professor desempenha papel essencial no ensino da Língua Portuguesa escrita como segunda língua, atuando como mediador de sentidos e de processos de inclusão.
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Referências
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