Elaboração de Unidade Didática no Ensino da Língua Portuguesa como L2 para Educandos Surdos
DOI:
https://doi.org/10.5902/1984686X75438Palavras-chave:
Unidade Didática, Ensino da Língua Portuguesa, Educandos SurdosResumo
O ensino da Língua Portuguesa (LP) como segunda língua (L2) para educandos surdos tem sido um desafio para os docentes que atuam na educação de surdos, a falta de materiais didáticos para o ensino dessa língua como L2 têm causado entraves e fracassos nessa modalidade de ensino.Há materiais didáticos comercializados nos mercados editoriais, entretanto, não contemplam estratégias de ensino voltadas para o uso da LP como L2, ficando seu uso apropriado para um nativo da língua. Nessa perspectiva, o objetivo desse artigo é enfatizar a importância da produção e elaboração de uma Unidade Didática (UD) feita pelo próprio professor, sendo destinada às especificidades, características e necessidades linguísticasdoseducandos surdos. Em contrapartida, elaborar uma UD não é uma atividade simples, é essencial um conhecimento não somente pedagógico e didático, sobretudo, que atenda as necessidades de uso da língua pelos seus discentes. Toda ação docente precisa ser planejada, por isso nosso trabalho traz a UD acompanhada de um Plano de Aula (PA), para conduzir e guiar o trabalho do professor na aplicação da unidade. Esse artigo acadêmico busca orientar e incentivar professor na produção do seu próprio material didático, destacando o protagonismo docente na elaboração. As escolhas atentas, o planejamento e concretização da Unidade Didática fazem parte do caminho para surgimento do material. Assim, a proposta é mostrar a elaboração de UD e PA voltada para educandos surdos, trazendo em forma de exemplificação, um Plano de Atividades e uma Unidade didática voltada ao 5º ano do ensino fundamental, com base no gênero textual da Tirinha e o tema Tecnologia/comunicação.
Downloads
Referências
BRASIL. Lei nº 10.436, de 24 de abril de 2002. Dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS e dá outras providências. Disponível em:http:www.planalto.gov.br. Acesso em: 07 nov. 2022.
BRASIL.Lei nº 14.191, de 03 de agosto de 2021. Dispõe sobre a modalidade de educação bilíngue de surdos. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 04 de ago. de 2021.
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. http://basenacionalcomum.mec.gov.br. Acesso em: 22 out. 2022.
CAMPELLO, Ana Regina. Pedagogia Visual; Sinal na Educação dos Surdos. IN: QUADROS, Ronice M. & PERLIN, Gladis (Org.). Estudos Surdos II. Petropolis: Editora Arara Azul. 2007.
CONSELHO DA EUROPA. Quadro comum europeu de referência para as línguas: aprendizagem, ensino, avaliação. Edição portuguesa. Porto: Edições Asa, 2001. Disponível em: http://area.dge.mec.pt/gramatica/Quadro_Europeu_total.pdf. Acesso em: 27 out. 2022.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários a prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 2009.
FREITAS JR, Roberto;SOARES, Lia Abrantes Antunes; XAVIER, Hosana Sheila da Rosa; NASCIMENTO, João Paulo da Silva.“Será um grande aprendizado”: Uma análise descritiva dos aspectos linguísticos da escrita de surdos PBL2 – interfaces entre textualidade, uso e cognição no estado de interlíngua. Pensares em Revista, n. 12, 2018. DOI: https://doi.org/10.12957/pr.2018.33200
HOFFMANN, Jussara. Avaliação: mito & desafio – uma perspectiva construtivista. Educação e Realidade, Porto Alegre, 39ª ed. 2008.KARNOPP, Lodenir Becker. Língua de sinais e língua portuguesa: em busca de um diálogo. In: CAMPOS, S. R. L. e TESKE. O. (orgs). Letramento e Minorias. Porto Alegre: Editora Mediação, 2002. cap.5,p.56-61.
LEFFA, Vilson José; COSTA, Ricardo Allan; BEVILÁQUA, André Firpo. O prazer da autoria na elaboração de materiais didáticos para o ensino de línguas. In: FINARDI, K. R.; TÍLIO, R.; BORGES, V; DELLAGNELO, A.; RAMOS FILHO, E.. (Org.). Transitando e transpondo n(a) Linguística Aplicada. 1ed. Campinas: Pontes, 2019, v. 1, p. 267-297.
LEIBOVICI, Z. Comunicação do surdo: A família e a sociedade. Em R. B de Araújo, A. Pracownik& L. S. D. Soares (Orgs.), Fonoaudiologia atual (pp. 55-62). Rio de Janeiro: Revinter, 1997.
LIBÂNEO, José Carlos. Didática. São Paulo: Cortez, 1994 (Coleção magistério
° grau. Série formação do professor).LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da aprendizagem: componente
do ato pedagógico. São Paulo: Cortez, 2011.
MORAIS, Fernanda Beatriz Caricari; CRUZ, Osilene Maria de Sá. Unidade didática e Plano de Atividades: uma prática de resistência pedagógica para o desenvolvimento de sentidos em libras e em língua portuguesa. FRAGMENTUM (ON LINE), v. 55, p. 201-223, 2020. DOI: https://doi.org/10.5902/2179219443567
MORÁN, José. Mudando a educação com metodologias ativas. In Coleção Mídias Contemporâneas. Convergências Midiáticas, Educação e Cidadania: aproximações jovens. Vol. [II] Carlos Alberto de Souza e Ofelia Elisa Torres Morales (orgs.).PG: Foca Foto-PROEX/UEPG, 2015
MORETTO, Vasco Pedro. Prova: um momento privilegiado de estudo, não um acerto de contas. 7ª ed. Rio de Janeiro: Lamparina, 2007.
PORTELA, Cláudia Paranhos de Jesus; BOMFIM, Luciane Ferreira; ANDRADE, Dídima Maria de Mello. A Formação de Professores de Língua Portuguesa como L2 para surdos: saberes-fazeres da prática docente. Pensares em revista, v. 1, p. 229-250, 2018. DOI: https://doi.org/10.12957/pr.2019.37735
QUADROS, R. M. de.; SCHMIEDT, M. L. P. Idéias para ensinar português para alunos surdos. Brasília: MEC, SEESP, 2006.
RAMOS, R. C. G. Gêneros Textuais: Uma Proposta de Aplicação em Cursos de Inglês para Fins Específicos. The Especialist, São Paulo-SP, v. 25, n.2, 2004.
ROCHA, Anna Gabrielle Amorim. A importância dos gêneros textuais no processo de ensino-aprendizagem de Língua Portuguesa. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 05, Ed. 03, Vol. 10, pp. 18-32. Março de 2020. ISSN: 2448-0959. DOI: https://doi.org/10.32749/nucleodoconhecimento.com.br/letras/importancia-dos-generos
SOARES, Lia Abrantes Antunes. A produção de materiais para ensino de português escrito por uma abordagem baseada no uso. In: Freitas Junior, Roberto; Soares, Lia Abrantes Antunes; Nascimento, João Paulo da Silva. (Org.). Aprendizes surdos e escrita em L2: reflexões teóricas e práticas. 1ed.Rio de Janeiro: Faculdade de Letras - UFRJ, 2020, v. 1, p. 137-158.
UNESCO. Declaração de Salamanca e Enquadramento da Acção na Área das Necessidades Educativas Especiais. Lisboa: Instituto de Inovação Educacional, 1994.
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Revista Educação Especial
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International (CC BY-NC 4.0)
DECLARAÇÃO DE ORIGINALIDADE E DIREITOS AUTORAIS
Declaramos o artigo a ser submetido para avaliação na Revista Educação Especial (UFSM) é original e inédito, assim como não foi enviado para qualquer outra publicação, como um todo ou uma fração.
Também reconhecemos que a submissão dos originais à Revista Educação Especial (UFSM) implica na transferência de direitos autorais para publicação digital na revista. Em caso de incumprimento, o infrator receberá sanções e penalidades previstas pela Lei Brasileira de Proteção de Direitos Autorais (n. 9610, de 19/02/98).