Tempo, arte e educação: suspensões e fraturas na linearidade temporal

Auteurs-es

DOI :

https://doi.org/10.5902/1983734872111

Mots-clés :

Tempo; Arte; Educação.

Résumé

O presente artigo apresenta algumas passagens pelos labirintos do tempo, da arte e da educação. De modo inicial, aborda as concepções que geriram a definição do tempo, desde o pensamento primitivo e seus desdobramentos no pensamento moderno. Assim como, procura ampliar a discussão com relação às demarcações temporais que organizam a vida, e consequentemente a educação e a arte, sendo relevante sua problematização visto que durante a pandemia da Covid-19 nossa percepção temporal sofreu alguns efeitos e modificações. Estas variações temporais tornam-se potentes ao introduzir no campo educativo um momento de suspensão, intervalo em que a cronologia não mais organiza a existência, ao menos em alguns momentos, para então fraturar sua linearidade, propiciando que a criação e a arte adentrem territórios outros. Embora tenhamos criado uma medida de tempo para tudo, que nos traz uma mínima organização social, quando nos desordenamos e raspamos qualquer número que meça a temporalidade, o tempo na sua nudez é um instante de vida, duração de um dia, afirmação singular, inscrevendo sulcos e rastros em superfícies.

Téléchargements

Les données relatives au téléchargement ne sont pas encore disponibles.

Bibliographies de l'auteur-e

Carin Cristina Dahmer, Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, RS

Professora doutora da Universidade Federal de Santa Maria, Rio Grande do Sul.

Angélica Neuscharank, Instituto Federal Sul-rio-grandense, Sapiranga, RS

Doutorado em Educação pela Universidade Federal de Santa Maria, Brasil (2019). Professora de Artes no Instituto Federal Sul-rio-grandense, Campus Sapiranga.

Références

ANTUNES, Ricardo. Os Sentidos do Trabalho: ensaio sobre a afirmação e a negação do trabalho. São Paulo: Boitempo, 2009.

BERSGON, Henri. A evolução criadora. São Paulo: Martins Fontes, 2005.

BERGSON, Henri. Matéria e memória: ensaio sobre a relação do corpo com o espírito. São Paulo: Editora WMF Martins Fontes, 2010.

BÍBLIA, A. T. Eclesiastes. In: BÍBLIA. Português. Bíblia sagrada: contendo o antigo e o novo testamento. Rio de Janeiro: Sociedade Bíblica do Brasil, 1966.

DELEUZE, Gilles. Lógica do sentido. São Paulo: Perspectiva, Editora da Universidade de São Paulo, 1974.

DELEUZE, Gilles. A imagem-tempo. Cinema II. Tradução de Eloisa de Araújo Ribeiro. São Paulo: Brasiliense, 2013a.

DELEUZE, Gilles. Conversações. Tradução de Peter Pál Pelbart. 3. ed. São Paulo: Editora 34, 2013b.

DELEUZE, Gilles. Dois regimes de loucos: textos e entrevistas. Tradução de Guilherme Ivo. São Paulo: Editora 34, 2016.

DELEUZE, Gilles; GUATTARI, Félix. O que é a filosofia? Tradução de Bento Prado Jr. e Alberto Alonso Muñoz. São Paulo: Editora 34, 2010.

DIDI-HUBERMAN, Georges. Diante da imagem: questão colocada aos fins de uma história da arte. Tradução de Paulo Neves. São Paulo: Editora 34, 2013.

DIDI-HUBERMAN, Georges. Sobrevivência dos vaga-lumes. Tradução de Márcia Arbex e Vera Casa Nova. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2014.

DIDI-HUBERMAN, Georges. Diante do tempo: história da arte e anacronismo das imagens. Tradução Márcia Arbex e Vera Casa Nova. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2015.

DIDI-HUBERMAN, Georges. Remontagens do tempo sofrido. Tradução de Márcia Arbex e Vera Casa Nova. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2018.

LAPOUJADE, David. Potências do tempo. Tradução de Hortencia Santos Lencastre. 2 ed. São Paulo: n-1 edições, 2017.

LACOMBE, Milly. Vou te salvar, mas antes vou te matar. Disponível em: <https://revistatrip.uol.com.br/trip/milly-lacombe-vou-te-salvar-mas-antes-vou-te-matar?utm_source=facebook&utm_medium=site-share-icon&fbclid=IwAR1 FPM-obXpDxOS7nAmIPdmje1pOQVTPBc92v-SJAJCcpccVSoFul1hvC4E>. Acesso em: 29 de março de 2020.

LIGHTMAN, Alan. Sonhos de Einstein. São Paulo: Companhia de Bolso, 2014.

MASSCHELEIN, Jan. Em defesa da escola: uma questão pública. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2014.

NIETZSCHE, Friedrich. Segunda consideração intempestiva. Da utilidade e desvantagem da história para a vida. Tradução de Marco Antônio Casanova. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 2003.

NIETZSCHE, Friedrich. A gaia ciência: texto integral. São Paulo, SP: Martin Claret, 2004.

NIETZSCHE, Friedrich. Assim falou Zaratustra. Petrópolis: Ed. Vozes, 2011.

PELBART, Peter Pál. O tempo não-reconciliado. In: ALLIEZ, É. (Org.). Gilles Deleuze: uma vida filosófica. São Paulo: Ed. 34, 2000, p. 85-97.

PELBART, Peter Pál. O tempo não-reconciliado. São Paulo: Perspectiva, 2015.

ROVELLI, Carlo. A ordem do tempo. Rio de Janeiro: Objetiva, 2018.

VEIGA-NETO, Alfredo. Currículo, cultura e sociedade. Educação Unisinos. São Leopoldo, v.5, n.9, p. 157-17, jul./dez., 2004.

ZOURABICHVILI, François. O vocabulário de Deleuze. Tradução de André Telles. Rio de Janeiro: Relume Dumará; Sinergia; Ediouro, 2009.

ZOURABICHVILI, François. Deleuze: uma filosofia do acontecimento. Tradução de Luiz B. L. Orlandi. São Paulo: Editora 34, 2016.

Publié-e

2022-11-18

Comment citer

Dahmer, C. C., & Neuscharank, A. (2022). Tempo, arte e educação: suspensões e fraturas na linearidade temporal. Revista Digital Do LAV, 15, e22/1–26. https://doi.org/10.5902/1983734872111

Articles les plus lus du,de la,des même-s auteur-e-s

Articles similaires

1 2 3 4 5 6 > >> 

Vous pouvez également Lancer une recherche avancée d’articles similaires à cet article.