https://periodicos.ufsm.br/revislav/issue/feedRevista Digital do LAV2024-10-21T14:18:08-03:00Revista Digital do Laboratório de Artes Visuaisrevistadigitaldolav@ufsm.brOpen Journal Systems<div style="text-align: justify;"> <p>A <strong>Revista Digital do Laboratório de Artes Visuais (UFSM)</strong> destina-se à publicação de trabalhos inéditos e originais na área de Educação com entrecruzamento com as Artes, resultantes de pesquisas e experiências educativas problematizadas teoricamente. A Revista é organizada em sessões de<strong> Demanda Contínua e Dossiê. </strong>A revista tem o <strong>Português (Brasil) </strong>como idioma principal e o <strong>Espanhol e o inglês</strong> como idiomas secundários.</p> <p><strong>eISSN 1983-7348 | Qualis/CAPES (2017-2020) = A3</strong></p> </div>https://periodicos.ufsm.br/revislav/article/view/86302Artes Integradas: reflexões iniciais de uma tese acerca das percepções do fazer docente em Arte no Brasil2024-08-29T09:43:56-03:00Michael Santos Silvamichaelsjc.silva5@gmail.comJuliana Marcondes Bussolottijulianabussolotti@gmail.comMirian Celeste Ferreira Dias Martinsmirian.martins@mackenzie.brIsabel Orestes Silveiraisabel.silveira@mackenzie.br<p>Este estudo circunscreve uma reflexão sobre o conceito proposto pela Base Nacional Comum Curricular – BNCC no que se refere às Artes Integradas a partir das percepções de Licenciandos de Artes Visuais e Música na modalidade de Educação a Distância – EaD e semipresencial de uma Universidade Municipal e Professores de Arte de uma Rede Municipal de Ensino, ambas situadas na Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte – SP. O presente artigo originou-se do extrato de uma dissertação que pesquisou o contexto e as inquietações da polivalência das linguagens artísticas no ensino de Arte e da problematização de uma tese que tem como escopo investigar o percurso de sistematização das Artes Integradas como unidade temática a partir das referências de professores da educação básica e expoentes da Arte Educação do Brasil. A metodologia da pesquisa foi de natureza qualitativa com base nos registros oficiais da BNCC e de referências bibliográficas e se complementa com uma pesquisa de campo para coleta sobre a percepção de licenciandos de Artes Visuais e Música e professores de Arte sobre a interpretação das Artes Integradas por meio de questionário. A análise qualitativa das informações ocorreu a partir de gráficos gerados pela plataforma Google <em>Forms</em> e do <em>software </em>Excel, assim como pelas nuvens de palavras produzidas pelo site <em>Jason Davies</em>. A reflexão revelou que os participantes concebem as Artes Integradas com uma abstração, assim como a própria BNCC.</p>2024-03-19T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Revista Digital do LAVhttps://periodicos.ufsm.br/revislav/article/view/87417Vídeo Educativo como ferramenta acessível e inclusiva para auxiliar os professores na seleção de filmes nas escolas2024-08-29T09:43:54-03:00Augustho da Costa Soaresaugustho.cs@gmail.comCristiano Corrêa Ferreiracristiano.ferreira@unipampa.edu.br<p>O uso de recursos audiovisuais, para fins educativos, tem chamado a atenção de pesquisadores que buscam meios de manter o interesse dos alunos durante atividades pedagógicas. Este artigo tem como objetivo apresentar os resultados de uma pesquisa que investigou a avaliação de um grupo de pós-graduandos de um curso de mestrado em educação, por meio de um vídeo com recursos inclusivos e com ênfase nos princípios do Desenho Universal para a Aprendizagem (DUA). O vídeo em questão foi desenvolvido com a intenção de auxiliar professores no processo de seleção de filmes a serem utilizados como recurso pedagógico em sala de aula. Para isso, foi realizada uma pesquisa exploratória de abordagem qualitativa, no período de setembro de 2022 a fevereiro de 2023. Para a produção do conteúdo do vídeo, também foi realizada uma pesquisa bibliográfica sobre os passos para a seleção de filmes. O recurso inclusivo foi avaliado por meio de um questionário online com auxílio da ferramenta <em>Google Forms.</em> Participaram nove pós-graduandos que foram os sujeitos de pesquisa. Ao final, detectou-se que o recurso (vídeo educativo) conseguiu atender aos seus propósitos, apresentando e disseminando informações e os conceitos de uma forma didática, inclusiva e objetiva.</p>2024-04-30T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Revista Digital do LAVhttps://periodicos.ufsm.br/revislav/article/view/86839Mundos diferentes: una propuesta de difusión de la cultura popular mexicana a través de talleres artísticos dirigidos a migrantes japoneses en México2024-08-29T09:43:47-03:00Valeria Estefania Meza Aguirreve.mezaaguirre@ugto.mxJaqueline Alexandra Miramontes Lópezja.miramontelopez@ugto.mxNicole Padilla Alfaron.padilaalfaro@ugto.mxVanessa Freitagvfreitag@ugto.mx<p>Os processos migratórios se caracterizam por ser fenômenos sociais complexos que implicam muito mais que a mudança de residência e o cruze de algum limite geográfico e administrativo específico, mas que traz consigo, profundas transformaçoes na vida sociocultural e emocional para quem imigra. Este artigo é um recorte de um projeto mais amplo intitulado como “Descubriendo a México”, cujo objetivo foi socializar aspectos da cultura mexicana para setores de distintas comunidades de imigrantes, mas que para este caso, se centrou em imigrantes japoneses que residem na cidade de Guanajuato, México. Portanto, nosso objetivo foi construir saberes, conhecimentos e desconstruir possíveis ideias preconcebidas sobre a cultura mexicana através de oficinas de arte. Gerando assim, um processo de diálogo, integração e encontro intercultural mediado por saberes artísticos.</p>2024-05-09T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Revista Digital do LAVhttps://periodicos.ufsm.br/revislav/article/view/86354A multissensorialidade nos museus: um percurso histórico2024-08-29T09:43:50-03:00Nicole Palucci Marzialenicolepmarziale@gmail.com<p>Este artigo considera a predominância da visualidade na sociedade ocidental contemporânea, que se estende para os campos das artes e da museologia. Aborda-se o tema da multissensorialidade na museologia a partir de uma perspectiva histórica, localizando propostas que buscaram romper com o paradigma da visualidade nesses contextos. Também são discutidas as relações entre a multissensorialidade e a acessibilidade no âmbito museológico.</p>2024-05-09T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Revista Digital do LAVhttps://periodicos.ufsm.br/revislav/article/view/84637A Barbie ‘cai na real’: ressonância cultural e performatividade no filme Barbie2024-08-29T09:43:45-03:00Odailso Sinvaldo Berteodailso.berte@ufsm.br<p>O presente texto busca interrogar acerca da ressonância cultural e do poder performativo da boneca Barbie, tendo como objeto de estudo o filme <em>Barbie</em> (2023). Entre seus objetivos estão: tecer relações entre Barbie e as questões de gênero; especular sobre o poder performativo da Barbie como imagem; refletir sobre pedagogia cultural a partir dos investimentos afetivos em práticas de uso de artefatos culturais populares. No referencial teórico encontram-se autoras(es) da cultura visual, como Mitchell (2015) e Martins e Tourinho (2011); da filosofia, Butler (2017); dos estudos culturais, Giroux (2003; 1999); do patrimônio cultural, Gonçalves (2019), e da comunicação, Bentes (2023). A abordagem metodológica utilizada é a bricolagem (KINCHELOE, 2007) em seu caráter especulativo e interpretativo, possibilitando o uso de descrições do objeto, imagens e referências teóricas de diferentes áreas como as mencionadas, para produzir análises multidirecionais e interdisciplinares. A reflexão chega a instigantes considerações sobre o poder e o querer da imagem-Barbie, as projeções humanas sobre ela, e aventa o desenvolvimento de processos criativos e pedagógicos a partir das práticas de uso da Barbie e outros artefatos culturais populares que incitam investimentos afetivos.</p>2024-06-26T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Revista Digital do LAVhttps://periodicos.ufsm.br/revislav/article/view/87872Ateliê de mundos: políticas do tempo e sentidos da escola2024-08-29T09:43:42-03:00Priscilla Menezes de Fariapriscilla.menezes@unirio.brAmanda de Faria Sánchezamanda.sanchez.as21@gmail.com<p>Os gregos antigos entendiam escola como uma qualidade temporal: <em>scholé</em> é o tempo livre, não porconvite à inação, mas por abertura à indeterminação. No mundo Clássico, escola é o tempo-espaço não determinado pelo tempo da produtividade e, por isso mesmo, propício ao pensamento criador. Com a formação da modernidade, os tempos da produtividade e da aprendizagem foram se tornando cada vez mais indistintos, a ponto de coincidirem: a escola passa a ser, em grande medida, o espaço que prepara e antecipa o trabalho produtivo. No presente artigo, essa realidade é analisada, investigando-se a categoria tempo e suas implicações políticas, traçando conexões com os sentidos da escola. Sustenta-se a possibilidade de a escola recuperar sua afinidade com a indeterminação, recusando ser pautada pelo tempo da produção e afirmando sua conexão com o tempo da criação. São abordados os conceitos de desencantamento e reencantamento do mundo, bem como com a pluralidade de conceitos de tempo próprios a distintas culturas, investigando a complexidade político-social desses fenômenos. Dialoga-se com o conceito de pensamento poético e evoca-se, por fim, uma educação com arte, compreendendo que,para além de uma fábrica de trabalhadores, há a urgência política de pensar a escola como um grande espaço de criação: um ininterrupto ateliê de mundos.</p>2024-06-26T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Revista Digital do LAVhttps://periodicos.ufsm.br/revislav/article/view/85885Olindas Inventadas: analisando um filme realizado por crianças2024-08-29T09:43:38-03:00Ana Julia Lacerda Meira Menezesanalacerdamusica@gmail.comPatrícia Maria Uchôa Simõespusimoes@gmail.com<p>Este artigo investiga a invenção de paisagens em Olinda por meio do filme "Praça do Terror", produzido por crianças de 8 anos em uma escola pública na periferia da cidade, as quais desenvolvem narrativas que exploram a cidade de Olinda sem recorrer a estereótipos. O filme aborda questões como restrições à mobilidade urbana e busca por autonomia. O referencial teórico adotado fundamenta-se na noção de devir-criança de Deleuze e Guattari, assim como nas contribuições de Walter Kohan. Explora-se também a perspectiva cinematográfica de Deleuze, juntamente com as contribuições de Migliorin e Pipano no campo do cinema-educação. A metodologia adotada foi nomeada experiência “cartográfica-artística-educativa". Ao final, sugere-se que Olinda, tradicionalmente conhecida em escala global pelo olhar do colonizador, emerge aqui como um território de invenção a partir das imagens, desdobrando-se em histórias de emancipação ancoradas nas experiências das crianças. Assim, a cidade é apresentada não apenas como um patrimônio histórico, mas como um espaço permeado por afetos diversos.</p>2024-07-15T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Revista Digital do LAVhttps://periodicos.ufsm.br/revislav/article/view/87516A formação docente e o ensino das artes visuais na perspectiva da arte indígena contemporânea2024-08-29T09:43:36-03:00Mariluci Ramos De Quadros Brasilmarilucirqb@gmail.comValéria Metroski Alvarengavaleriametroski@hotmail.com<p>O presente artigo é resultante de uma dissertação do Mestrado Profissional em Artes da Universidade do Estado de Santa Catarina (PROF-ARTES-UDESC) defendida em 2023. O foco temático foi a formação de professores e o ensino de arte na comunidade indígena Kaingang do Paraná. O problema da pesquisa consistiu em analisar “como ocorre a formação continuada dos professores em Arte ofertada pela Secretaria Estadual de Educação do Paraná (SEED-PR) na comunidade Indígena Kaingang, da Terra Indígena Mangueirinha (PR)?”. O objetivo geral foi: Investigar a formação continuada do professor de arte e suas consequências no ensino de arte ofertado na Educação Indígena, da Terra Indígena Mangueirinha, no Paraná, relacionando-a com a produção artística contemporânea indígena nacional. Utilizou-se uma metodologia de cunho qualitativo, a qual incluiu revisão bibliográfica e entrevistas. Como aporte teórico, contou-se com o apoio dos seguintes autores: Saviani (2009, 2021), Lagrou (2013), Helm (2007, 2012), Mota (1994), entre outros, assim como documentos curriculares da área. Foram obtidos os seguintes resultados: a formação continuada para professores de Arte ofertada pela SEED-PR, que também atinge a comunidade analisada, não contempla as especificidades do contexto indígena Kaingang, já que, quando há formação, esta ocorre de modo acelerado, padronizado, no formato de Educação a Distância (EaD) e se encontra alinhada aos interesses do neoliberalismo.</p> <p> </p>2024-08-28T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Revista Digital do LAVhttps://periodicos.ufsm.br/revislav/article/view/89028Por uma docência em arte pela diferença2024-10-21T14:17:43-03:00Marilda Oliveira de Oliveiramarilda.oliveira@ufsm.brCarin Cristina Dahmercarindahmer@gmail.comCláudia Aparecida dos Santosclaudia.santos@ifpr.edu.brFrancieli Regina Garletgarletfran@gmail.comVivien Kelling Cardonettivicardonetti@gmail.com<p>O objetivo deste ensaio é pensar o ensino de arte em espaços educativos formais, como a escola e a universidade. Para levar a termo tal investida, anuncia-se como problemática a seguinte questão: enquanto docentes, de que modo temos criado espaços para encetar uma textualidade e geografia junto ao que habita a multiplicidade viva de uma aula, potencializando a cada vez um corpo-pensamento coletivo que não se sabe antes do encontro? O conceito de ‘docente da diferença’ é, assim, operado neste texto a partir de Sandra Corazza (2013) como uma tentativa em pensar a figura da professora e do professor por outras vias, as quais apostam na criação de um ambiente educacional que afirme a potência da multiplicidade e, consequentemente, da singularidade das e dos estudantes, atentando também para os próprios processos, fragilidades, encantos, encontros e afetos vivenciados em meio a essa complexidade.</p>2024-09-25T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Revista Digital do LAVhttps://periodicos.ufsm.br/revislav/article/view/88319Deslocamentos e apostas para pensar à docência em arte na atualidade2024-08-29T09:43:20-03:00Daniel Bruno Momolidaniel.momoli@ufpel.edu.br<p>As abordagens utilizadas no campo da formação inicial de docentes de artes visuais têm sido debatidas há algum tempo. Nos últimos anos, em especial após a pandemia da COVID-19, a questão ganhou outros contornos. O retorno para as salas de aula, colocou em visibilidade a necessidade de repensar as estratégias utilizadas no campo da formação para a docência em arte/artes visuais. A partir da prática de sistematização de experiências é feita a descrição de um conjunto de situações vividas nos últimos anos em cursos de Licenciatura em Artes Visuais da região sul do Brasil, com o intuito de oferecer elementos que permitam pensar nas relações que temos estabelecido entre arte e educação, docência e escola, seja nas salas de aula com estudantes em formação para a docência em arte/artes visuais ou nas escolas durante práticas de estágio ou ainda em atividades de curricularização da extensão. A partir do entrecruzamento das práticas de iniciação à docência em arte/artes visuais com as discussões sobre as abordagens didático-pedagógicas para o ensino da arte no contexto escolar, são apontadas algumas pistas baseadas na ideia de imprevisibilidade, errância e não-saber. O intuito é que se possa pensar em práticas de formação que sejam menos previsíveis e mais inventivas no campo da docência em arte na/da atualidade.</p>2024-08-28T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Revista Digital do LAVhttps://periodicos.ufsm.br/revislav/article/view/88289Branquitude na docência em arte: decolonialidade e antirracismo2024-08-29T09:43:24-03:00Lobna Essabaalessabaa@gmail.comLuciana Gruppelli Loponteluciana.loponte@ufrgs.br<p style="margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 10.0pt; font-family: 'Arial',sans-serif; color: black;">Este artigo defende a necessidade da discussão sobre branquitude para a formação docente em Arte a partir de uma perspectiva decolonial, premissa que parte dos desdobramentos de uma investigação e de experiências com estudantes de estágio de Licenciatura em Artes Visuais. Para tal defesa, a branquitude é considerada de forma múltipla a partir de Cardoso (2010) e analisada enquanto obediência colonial na docência em Artes Visuais, a partir dos pactos narcísicos da branquitude (Bento, 2022) e do discurso essencialista de lugar de fala (Ribeiro, 2017), que, repetidas vezes, sustentam o silêncio branco de professores e professoras. Junto a discussões de Quijano (2005) e Walsh (2008; 2009), são estabelecidas relações entre docência e decolonialidade, a fim de construir-se um olhar que desconfia da pálida história das artes visuais no Brasil (Santos, 2019). Apresentam-se práticas docentes e artísticas que impulsionam o debate sobre letramento racial, autodeclaração étnico-racial e branquitude. Junto a bell hooks (2020; 2021), e deslocando-se a branquitude como dimensão de análise para a pesquisa em educação, traçam-se caminhos para encarar o conflito racial na docência em Artes Visuais. Na contramão das demandas que reforçam a ideia de superioridade racial, afirma-se que a formação docente inicial é um espaço para exercício da desobediência ao padrão de poder hegemônico e colonial, abrindo caminhos para, assim, nomear a branquitude na docência e inventarem-se modos outros de ser docente.</span></p>2024-08-28T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Revista Digital do LAVhttps://periodicos.ufsm.br/revislav/article/view/88267Lápis cor de pele: cor de pele de quem? Uma experiência com professoras e professores do ensino superior2024-08-29T09:43:27-03:00Marcelo Feldhausmarceloartesvisuais@gmail.com<p class="Corporesumoexpandido">Este texto reverbera gestos de uma pesquisa mais ampla e inscreve-se nas problematizações sobre a docência universitária, educação antirracista e algumas produções de arte contemporânea para pensar em uma dimensão estética na docência no ensino superior. Estabelece diálogo com os estudos de Michel Foucault, Grada Kilomba, Nicolas Bourriaud, Luciana Gruppelli Loponte, Nadja Hermann, dentre outros. Nesse interim, propõe como objetivo problematizar uma experiência realizada com professoras e professores de uma universidade comunitária localizada no estado de Santa Catarina, Brasil, durante um encontro de formação permanente, envolvendo docentes de diferentes áreas do conhecimento. O método para a produção de dados está ligado às formas artísticas de investigação no intuito de auxiliarem a colocar em suspenso o que sabemos sobre a formação do/a profissional que atua no ensino superior, menos vinculada a prescrições, certezas e soluções. Os resultados apontam para outros modos de operar a docência ligados à abertura de práticas contaminadas pela experiência, constituindo, assim, uma dimensão estética para/na a formação, disparada por alguns artistas contemporâneos e suas produções, de modo a mobilizar o estranhamento e colocar em jogo o que acreditamos sobre a docência, a arte e a vida.</p>2024-08-28T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Revista Digital do LAVhttps://periodicos.ufsm.br/revislav/article/view/88184Imagens da arte e antirracismo na sala de aula2024-08-29T09:43:29-03:00Luísa Guazzelli Sirangeloluisasirangelo@gmail.comKarine Storckkarinestorck@gmail.comTaís Ritter Diastais.ritter@gmail.com<p>Este texto tem por objetivo refletir sobre as imagens da arte utilizadas em contexto escolar, especialmente nas aulas de Artes Visuais, e sobre seu papel na propagação do racismo ou, na contramão desse, em atuação na luta antirracista. Para tanto, inicia-se a reflexão a partir da obra "A Redenção de Cam" (1895), de Modesto Brocos y Gómez, pintura pertencente ao acervo do Museu Nacional de Belas Artes (MNBA) e símbolo da tese do branqueamento no Brasil. São referenciais para a problematização dessa imagem os estudos de Lotierzo (2013; 2017), acerca do racismo na pintura brasileira entre 1850-1940; a ideia de olhar opositor/oposicional, de bell hooks (2019); e o conceito de imagens de controle, de Patrícia Hill Collins (2019). Ao final, são apresentadas produções das artistas Aline Motta, Renata Sampaio e Renata Felinto dos Santos, como imagens que podem provocar modos de se compreenderem as relações raciais no Brasil e, talvez, contribuir para o exercício de uma docência mais reflexiva e comprometida com a luta antirracista no que se refere ao trabalho com imagens da arte na escola.</p>2024-08-28T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Revista Digital do LAVhttps://periodicos.ufsm.br/revislav/article/view/88086Por uma Educação Física antirracista: estratégias de ensino para o conteúdo de danças afro na formação docente2024-08-29T09:43:32-03:00Rodrigo Lemos Soaresrodrigosoaresfurg@gmail.comMarta Íris Camargo Messias da Silveiramartasilveira@unipampa.edu.brPaulo Roberto Cardoso da Silveirapaulosilveira@unipampa.edu.br<p>O texto que segue narra uma experiência na formação docente, a partir do componente curricular Introdução à Educação Física (IEF), no momento de ingresso dos discentes no curso em questão. O cenário dos acontecimentos foi definido por rodas de conversas orientadas pela Lei 10.639/03, a qual possibilita pensar uma formação antirracista e suas relações com os campos da Arte, destacam-se aqui: materiais imagéticos, sons, itãns (mitos e lendas) e as danças, propriamente ditas. O objetivo é o de narrar e refletir sobre uma experimentação em danças afro-brasileiras com discentes da turma de IEF, do primeiro semestre do Curso de Educação Física - Licenciatura, no que tange suas compreensões, aproximações e distanciamentos de saberes que envolvem o ensino de elementos das culturas africanas e afro diaspóricas. Esse foco está balizado pelos campos dos Estudos Culturais em Educação e Decolonialistas ancorados em múltiplas linguagens, na intenção de circundar o assunto danças afro e antirracismo por um viés formativo que agenciará modos de ensinar no curso da formação docente. Conclui-se que ao propor desvios do tradicional formato acadêmico de leitura textual (como fonte única ou centralizadora) para produzir estratégias de ensino, possibilita-se uma ampliação acerca de um fazer docente, pois ao propor esse desvio se conseguiu acessar outros campos sensíveis aos discentes em processo formativo, como por exemplo: acessar memórias, ancestralidades e afetividades de cunho familiar, potencializando as aprendizagens desses estudantes.</p>2024-08-28T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Revista Digital do LAVhttps://periodicos.ufsm.br/revislav/article/view/88041“Pra quê fazer teatro na escola?”: perspectivas do ensino de teatro na educação formal2024-10-21T14:18:08-03:00Jailton Ferreira de Oliveira Júniorjailtonferreirajunior5@gmail.comMauricio Antunes Tavaresmauricio.antunes@fundaj.gov.br<p>O presente artigo busca compreender o desenvolvimento das práticas teatrais nas escolas de ensino básico regular, por meio de um levantamento das principais produções acadêmicas brasileiras em nível de mestrado e doutorado. Utilizando a Biblioteca Digital de Teses e Dissertações (BDTD) como principal fonte de dados, a pesquisa abrangeu produções de 2018 a 2023, utilizando o descritor "Ensino de Teatro para Adolescentes". Foram encontrados 63 trabalhos, dos quais 33 atenderam ao critério de incluir o teatro como processo de desenvolvimento artístico e pedagógico com adolescentes. Focando na prática artístico-pedagógica do teatro no ambiente escolar, a análise delimitou-se aos trabalhos desenvolvidos no contexto da educação formal, resultando em 13 produções relevantes. Este levantamento oferece uma visão abrangente das abordagens e práticas teatrais nas escolas, destacando seu potencial estético e pedagógico no desenvolvimento de adolescentes.</p>2024-09-10T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Revista Digital do LAVhttps://periodicos.ufsm.br/revislav/article/view/88071Experimentações de uma docência com arte nos Anos Iniciais da Educação Básica2024-10-21T14:18:04-03:00Emanuele Dias Lopesmanudlopes@hotmail.comAlberto D'Avila Coelhoalbertocoelho@ifsul.edu.br<p>Neste artigo à docência envolvida com arte indaga acerca dos resultados que um currículo não prevê: quando estes podem ser responsáveis por uma educação que atenda questões para além da assimilação dos conteúdos programáticos? E: como a arte pode participar destes momentos? Questiona-se os modos de atuar com o currículo frente às infinitas possibilidades presentes nas forças criadoras da arte, que venham a ser traduzidas para a educação na sensibilidade de uma professora que inventa didáticas que excedem as linhas duras do currículo, com estudos fundamentados em Gilles Deleuze, Félix Guattari e Sandra Corazza. A escrita discorre sobre a elaboração e execução das OficinArtes, encontros com crianças do primeiro ano dos Anos Iniciais de uma escola da rede pública municipal. Seguimos algumas suspeitas quanto às garantias para que as crianças conquistem habilidades em sua aprendizagem. Nosso objetivo foi o de definir algumas linhas que convocam a arte como um conjunto de forças ativas. A pesquisa de doutorado, de onde se extrai este artigo, utilizou o método cartográfico que tem como característica o acompanhamento dos processos por um pesquisar atento às pistas que chegam. Problematizou-se o desdobrar de um currículo por didáticas mais potentes que capturem as crianças, é nesse aspecto que uma sala de aula pode ser uma usina de práticas responsáveis por atividades inventivas. As práticas escolares engessadas em modelos prontos exigem de uma professora que vá ao encontro de forças que alimentam uma necessidade criadora, com a arte ela poderá colocar o currículo, e tudo com o que está implicado, em movimento.</p>2024-09-10T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Revista Digital do LAVhttps://periodicos.ufsm.br/revislav/article/view/88308Memórias para uma educação digital sensível2024-10-21T14:18:02-03:00Inara Novaes Macedoinaranovaes@gmail.comRodrigo Hipólitoobjetoquadrado@gmail.comFabiana Pedroninuvemtrincada@gmail.com<p>Este artigo compara duas experiências educacionais separadas por quinze anos. Na primeira parte do texto, relata-se o desenvolvimento de uma oficina de artes digitais realizada no projeto Caminhando Juntos (CAJUN), no bairro Bela Vista, em Vitória, ES, entre 2008 e 2009. Essa oficina teve como um dos objetivos centrais o fortalecimento de vínculos socioafetivos de crianças e adolescentes, com vistas ao desenvolvimento da autoestima, da identidade e do senso de pertença. Na segunda parte, comentam-se as práticas de ateliê de fotografia para o curso de Cinema e Audiovisual da Universidade Federal do Espírito Santo, no ano de 2023. Através desse processo de rememoração, do uso de conceitos operatórios desenvolvidos durante os processos de ensino-aprendizagem e do comparativo entre essas duas experiências, compreende-se a importância da memória educacional para a formulação de metodologias de trabalho eficientes e sensíveis.</p>2024-09-10T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Revista Digital do LAVhttps://periodicos.ufsm.br/revislav/article/view/88059Artistas aliados(as) para a docência em dança: a experiência do Danse à l'École na França2024-10-21T14:18:06-03:00Silvia Camara Soter da Silveirassotersilvia@gmail.comMarcia Strazzacappamarciastrazzacappa@gmail.com<p>O artigo apresenta resultados parciais de uma pesquisa de pós-doutorado cujo objetivo era estudar o modelo francês de ensino de dança nas escolas e investigar a relação entre saberes pedagógicos (TARDIF, 2012) e saberes da dança, naquele contexto, para se pensar outras possibilidades de docência em dança. O estudo concluiu que o ensino da dança nas escolas francesas ocorre pela ação de artistas da dança em parceria com professores(as) das escolas em projetos como o Dança na Escola (<em>Danse à l`École</em>), aqui detalhado, sustentados por políticas públicas de dois Ministérios (Cultura e Educação) há mais de cinco décadas.</p>2024-09-10T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Revista Digital do LAVhttps://periodicos.ufsm.br/revislav/article/view/87930Uso de abordagens para o ensino das artes visuais como posicionamento docente: considerações sobre a Artografia e a Decolonialidade2024-06-13T18:06:17-03:00Sonia Tramujas Vasconcellossoniatvasconcellos@gmail.com<p>Este texto apresenta reflexões sobre abordagens de ensino discutidas e exercitadas em um curso de Licenciatura em Artes Visuais de uma universidade pública estadual. Considera-se que essas ações pedagógicas são práticas sociais que expressam concepções e posturas sobre educação e aprendizagem que afetam e transformam as aulas de arte e as relações com os sujeitos, com os conhecimentos e processos de apropriação. Entre as propostas estudadas, aborda-se neste artigo o enfoque Artográfico e o Decolonial, subsidiados por autores como Irwin (2004, 2013, 2024), Capra; Momoli; Loponte (2016), Diederichsen (2018), Sasso (2023), Quijano (2005), Moura (2016), Adichie (2019), Mignolo (2020) e Krenak (2022), entre outros. O objetivo é situar autores, conceitos e pensamentos no campo das abordagens de ensino e evidenciar suas contribuições para a revisão e reinvenção da prática docente em arte. A metodologia é exploratória, focada na apresentação de abordagens que se propõem a mobilizar diferenças e romper com centramentos do saber, do pensar e do ser. Ainda é pouco expressivo o uso dessas abordagens pelos estudantes em seus estágios supervisionados, com maior repercussão nos trabalhos de conclusão de curso. Contudo, e em uma perspectiva mais ampla, espera-se que a discussão sobre as abordagens para o ensino das artes visuais colabore – em diferentes graus e momentos – para uma maior compreensão da ação docente e das escolhas epistemológicas que permeiam a prática educativa em arte.</p>2023-09-13T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Revista Digital do LAVhttps://periodicos.ufsm.br/revislav/article/view/88322Habitar a escola no Ensino de Artes Visuais: Reflexões a partir da memória2024-10-21T14:17:54-03:00Valéria de Oliveira Freitasvaleria.oliveirafreitas01@gmail.com.brFlávia Maria de Brito Pedrosa Vasconcelosflavia.p.vasconcelos@ufsm.br<p>A pesquisa aborda os conceitos e contextos de habitar a escola no Ensino de Artes Visuais, por meio das práticas pedagógicas no cenário escolar. A autora, com base em narrativas (auto)biográficas, explora experiências vivenciadas durante os Estágios Curriculares Obrigatórios de Graduação e a participação no Programa Residência Pedagógica, realizados entre 2022 e 2024 na Escola de Ensino Fundamental Padre Nóbrega, na cidade de Santa Maria, Rio Grande do Sul. A problemática central gira em torno da possibilidade de a disciplina de Artes habitar a escola. O objetivo principal do trabalho é problematizar a falta de espaço para as Artes Visuais na escola, relembrando as diversas formas de ocupação desses espaços e promovendo uma reflexão crítica. A pesquisa utiliza registros do Diário Visual da autora, bem como fotografias capturadas durante esse período. Autores(as) como Loponte e Mossi contribuíram para a discussão sobre o habitar a escola, enquanto Tedesco trouxe insights relevantes ao considerar a memória como um disparador metodológico. Conclui-se que as inseguranças enfrentadas no cotidiano escolar e durante a pesquisa fazem parte do crescimento pessoal e profissional. A reflexão sobre experiências passadas proporcionou uma compreensão mais serena das frustrações anteriores. Embora os desafios persistam, é essencial abordá-los com calma e buscar soluções alternativas, sem deixar de advogar por mudanças.</p>2024-09-13T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Revista Digital do LAVhttps://periodicos.ufsm.br/revislav/article/view/88063O espaço expositivo como laboratório de conhecimento em arte fundamentado na Abordagem Triangular2024-10-21T14:17:51-03:00Thais Rosa dos Reisth.dosreis@hotmail.comLaura Marcela Ribero Ruedalaurarueda@feevale.brDenise Blanco Sant'Annadenise@feevale.br<p>As contribuições da sistematização da Abordagem Triangular para o ensino da Arte no Brasil resultaram da eclosão dos discursos pós-modernos do final do século XX e das correntes de pensamento do ensino da arte, influenciando a estruturação dos três eixos que a fundamentam, a contextualização, o fazer e a leitura de imagem. Considerando a Abordagem Triangular proposta por Ana Mae Barbosa, a presente pesquisa tem como objetivo discutir a sua aplicação enquanto estratégia de mediação artística, cultural e social, compreendendo o espaço expositivo como Laboratório de Conhecimento. Deste modo, a metodologia empregada caracteriza-se como uma pesquisa de abordagem qualitativa de cunho exploratório. Conclui-se que ao tratar a Abordagem Triangular enquanto estratégia para a mediação cultural social e artística, possibilita-se o contato dos sujeitos com a arte a partir da experiência, da valorização do repertório cultural, e a reflexão sobre aspectos culturais e sociais.</p>2024-09-14T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Revista Digital do LAVhttps://periodicos.ufsm.br/revislav/article/view/88080Corporealidade, corporalidade, corporeidade e corporalização em Artes Performativas2024-10-21T14:17:41-03:00Vagner de Souza Vargasvagnervarg@gmail.com<p>Os conceitos de corporealidade, corporalidade, corporeidade e corporificação podem ser mal compreendidos e sobrepostos nas pesquisas da área das artes cênicas, quando suas diferenças, especificidades e pontos de encontro não ficam claros para quem decide desenvolver investigações que tratem desses assuntos. Essa abordagem pode fomentar um campo de pesquisa plural nas questões relacionadas às artes performativas em geral, centralizando também as reflexões a partir da perspectiva dos sujeitos que estão sentindo, vivenciando e se entregando aos processos criativos. Ao abordar a corporealidade, a corporeidade, a corporalidade e a corporificação como pontos de vista reflexivos, os artistas cênicos podem potencializar descobertas singulares, dinamizadas a partir de experiências despertadas pelo corpo-voz. Nesse sentido, o trabalho corporal e vocal pode assumir outros caminhos como interesse de pesquisa. Os aspectos relacionados à subjetividade não desvinculada do corpo-voz como potencializador das experiências abrem a oportunidade de compreender como as vivências vocais-corporais experimentadas durante o processo criativo podem gerar processos singulares de aprendizagem/conhecimento/compreensão, caracteristicamente potencializados pelos artistas performáticos que conduzem seus trabalhos dessa forma.</p>2024-09-26T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Revista Digital do LAVhttps://periodicos.ufsm.br/revislav/article/view/88077Planejar, recortar e compor: os movimentos de uma docência em formação2024-10-21T14:17:50-03:00Vinícius Steinvstein@uem.brBeatriz da Silva Pintora125195@uem.brCarol Eduarda Schavaren de Limara119075@uem.brEmanuelle Dalécio da Costara123828@uem.br<p>O texto analisa experiências do Estágio Supervisionado em Artes Visuais realizado em um espaço de ensino não-escolar durante a graduação em uma universidade pública. O objetivo é refletir sobre as particularidades do fazer docente e a formação de professores/as em Artes Visuais, a partir do planejamento e a realização da oficina 'O processo criativo na formação identitária por meio do <em>moodboard'</em>. A metodologia, de inspiração cartográfica, envolveu o planejamento colaborativo, a execução das aulas e a reflexão contínua sobre a prática, com ênfase no registro e avaliação das ações. Os resultados indicam que a experiência criou um ambiente de acolhimento e expressão para os/as participantes, além de estimular nas estagiárias uma postura investigativa fundamental para a formação docente. Conclui ressaltando a importância da integração entre teoria e prática na formação de professores/as de Artes Visuais, bem como a necessidade de uma docência atenta às demandas emergentes dos diversos contextos educativos.</p>2024-09-17T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Revista Digital do LAVhttps://periodicos.ufsm.br/revislav/article/view/88290Por um olhar de ave: arte e infância entre linhas amarelo cumbuca amazônica2024-10-21T14:17:45-03:00Juverlande Nogueira Pintojuverlandepinto@gmail.comVanderleia de Lourdes Rodrigues Lopes de Oliveiraleiaeduc.infantil@gmail.comBianca Santos Chistébianca@unir.br<p>Um emaranhado entre arte produzida por crianças no espaço da educação infantil, docentes em formação e acadêmicos se preparando para a docência, disparam a escrita e expressam um movimento de composição para pensarmos a criança, a arte e a formação. Partimos das inquietações: De que modo as produções de crianças no espaço da educação infantil, na formação docente e na formação acadêmica, nos colocam a pensar a arte como linha que entrelaça, que lança, emaranha, para movimentar outras coisas nesses espaços. Assim, o primeiro bloco apresenta notas folha-borboleta, em uma aula no espaço da educação infantil, crianças encontram a arte como intensidade para inventar o seu mundo. O segundo bloco apresenta notas amarelo cumbuca, movimenta o corpo-formação com professoras de crianças pequenas, a artistar em encontros formativos, conectando arte, docência e crianças. O terceiro bloco apresenta notas verde verão, traz a arte para uma sala de aula, onde se forma pessoas para o exercício da docência com crianças na tentativa de tornar visível o invisível, onde a arte emerge junto à constituição de uma composição de traços, cores e sons. Por quais lentes queremos olhar a arte nesses espaços de vivências, experiências e formações? O que pode artistar, um espaço habitado por crianças, docente e acadêmicas? Esses movimentos nos permitem adentrar espacialidades contagiantes que mobilizam experiências sensíveis de pensamentos para outras formas de estar no mundo, criando outros sentidos e sensações nesses espaços.</p>2024-09-19T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Revista Digital do LAVhttps://periodicos.ufsm.br/revislav/article/view/88275Docências descafetinadas: movimentos de criação no ensino das artes2024-10-21T14:17:46-03:00Marcela Bautista Nuñezmarcelachemy@gmail.comCristian Poletti Mossicristianmossi@gmail.com<p>Este artigo explora o entrelaçamento teórico, filosófico, artístico e experimental de um projeto de doutorado em Educação e Artes que investiga os movimentos e afetos surgidos no fazer investigativo e na docência, sob a ótica das filosofias da diferença. Aliado às obras de Suely Rolnik, Sandra M. Corazza, Gilles Deleuze e Félix Guattari, o cerne deste estudo reside na desconstrução da figura convencional do “ser-docente-pesquisador” para um “estar-docente-pesquisador”, talvez mais fluído e criativo, capaz de criar novos caminhos e experiências educacionais. Para isso, é preciso resistir às forças que cafetinam (Rolnik, 2018) a potência criativa das/dos docentes e pesquisadores em diversos processos, o que acarreta uma despotencialização e um constrangimento, afastando-nos da nossa essência germinativa (Rolnik, 2018). Afirma-se, assim, a necessidade de uma docência-pesquisa da diferença (Corazza, 2009) que questione a si mesma em seu fazer-se e que permita explorar outras possibilidades, com uma atitude <em>paseandeira</em> em seus percursos inventivos.</p>2024-09-19T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Revista Digital do LAVhttps://periodicos.ufsm.br/revislav/article/view/88287O ensino das artes na cultura contemporânea: enfrentamentos e recriação das práticas docentes para re-existir no currículo em tempos de “reformas”2024-10-21T14:17:40-03:00Marcos Antônio Bessa-Oliveiramarcosbessa2001@gmail.com<p>O ensino de Arte sempre foi reformulado por meio de documentos de órgãos da educação – municipal, estadual ou federal. Recentemente o ensino de Arte enfrenta reformulações que parecem não se valer, na realidade, das práticas docentes nas escolas nas disciplinas de Arte. Desta vez a BNCC (2017) está promovendo reformas como um desmonte da Área de Arte no currículo. Logo, devemos promover enfrentamentos e recriar alternativas que resistam às proposições de documentos “reformadores” que interferem nas práticas docentes sem “tomar conhecimento” da realidade escolar brasileira: onde falta quase tudo e sobram leis que não representam a realidade da Educação, dos Corpos e dos Movimentos das instituições escolares no Brasil. A partir de discussões epistemológicas descoloniais fronteiriças que tratam da prática docente, da formação de professores e do ensino de Arte atuais, pretende-se apontar estratégias de atuação e de consciência epistêmica que resistam às imposições dos sistemas que (de)formam a realidade sociocultural, econômica e educacional brasileiras. Para, com isso, enquanto professores de Arte, evidenciar que é preciso re-existir para continuarmos existindo no currículo da Educação no Brasil.</p>2024-09-28T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Revista Digital do LAVhttps://periodicos.ufsm.br/revislav/article/view/88095Artistar a Educação… proposições e ensaios com experiências de um professor de arte2024-10-21T14:17:36-03:00Tárcio Gustavo Silvatarcio.gustavo@unesp.brCésar Leitecesar.leite@unesp.br<p>O presente trabalho apresenta em relatos menores, possibilidades do que acontece na relação professor/professora e alunos/alunas, atravessamentos de acontecimentos e reflexões dos processos de docência em artes, sendo costurado com literaturas, onde a escrita deste trabalho se fez em conjunto com a leitura da obra ‘Artistagens’ de Sandra Mara Corazza. Na tentativa de uma escrita de proposições metodológicas do ensino da arte, percebe-se o problema das limitações linguísticas: durante o processo de escrita percebe-se cortes e atravessamentos por ocorrências cotidianas, o mesmo acontece com os processos que ocorrem dentro da sala de aula, no qual os atravessamentos se expandem no espaço e tempo, reverberando reflexões para além da escola, no qual possibilitam novas formas de pensar. As reflexões contidas permeiam questionamentos da pedagogização, onde tem impulsionado a busca por novas possibilidades de docência, pensando num incentivo à diferença, um devaneio que propõe criançar os educadores e artistar a educação.</p>2024-10-03T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Revista Digital do LAVhttps://periodicos.ufsm.br/revislav/article/view/88291Da problemática da Arte à Educação de hoje: similitudes e distanciamentos2024-10-21T14:17:35-03:00Victor Jungervictorjunger@gmail.comAldo Victorio Filhoavictorio@gmail.com<p>O presente artigo procura abordar as similitudes e os distanciamentos entre as áreas de Arte e de Educação como pertencentes a imaginários que, por vezes, se opõe de forma mútua e inconciliável, indício de uma impossibilidade problemática difícil de ser respondida na contemporaneidade e resultante de uma série de equívocos principalmente quanto ao ensino da Arte Contemporânea. Para tanto, procura traçar os processos históricos em que tais áreas são elaboradas com suas incompatibilidades e, enfrentando o registro da Arte Contemporânea, podem eventualmente encontrar possibilidades de diálogo, sendo cruciais a inserção no Ensino da Arte as estratégias artísticas contemporâneas como os hibridismos, os perspectivismos, as destruições e as centralidades destinadas ao texto.</p>2024-10-03T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Revista Digital do LAVhttps://periodicos.ufsm.br/revislav/article/view/88909Como venho aprendendo a ensinar Artes Visuais: a experiência do Colégio Lyceu de Goiânia2024-10-21T14:17:33-03:00Henrique Lima Assishenriquelima2008@gmail.com<p>Esta narrativa partilha experiências singulares do processo de aprender a ensinar Artes Visuais vivido por mim, o autor. Apoiada nos princípios filosóficos e metodológicos das narrativas (Barthes, 2009; Bosi, 2003; Souza, 2006), foi tecida tramando aspectos importantes de uma experiência artística/educativa experenciada na educação básica, que também colaborou com o processo de transformação do professor que sou, ou melhor, que estou, visto que esse processo formativo e transformativo é inacabável. A narrativa aqui exposta tornou-se complexa porque acolheu, em sua tessitura, as implicações de ser reflexiva e poética, buscando a compreensão do cotidiano das aulas vividas com as/os estudantes do Ensino Médio, do Colégio de Ensino em Período Integral (CEPI) Lyceu de Goiânia, em sua multiplicidade e simultaneidade de sentidos e significados. Inspirados no Projeto de Trabalho (Hernández, 2000) denominado <em>Expedições fotográficas: conhecendo a art déco a partir do Colégio Lyceu de Goiânia</em>, as/os estudantes que optaram por cursar a disciplina eletiva de Arte ampliaram seus saberes e fazeres fotográficos, bem como entenderam melhor os movimentos <em>Art Déco</em> e Colonial que, política e estrategicamente, foram escolhidos para desenhar a escola ondem estudavam.</p>2024-10-03T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Revista Digital do LAVhttps://periodicos.ufsm.br/revislav/article/view/87995Arte e estética da existência: algumas considerações para a docência2024-10-21T14:17:38-03:00Kelly Sabinokellysabino@gmail.com<p>Durante o seu último curso <em>A coragem da verdade</em> (1984), Michel Foucault analisa o franco falar (parresía) que, na vida dos cínicos na Antiguidade Clássica, adquire sua melhor representação - a vida verdadeira. Foucault aponta para a emergência da "vida de artista" localizada no século XIX, como um dos possíveis ecos da verdade entendida como vida – <em>bíos</em> como aleturgia – na arte e sua manifestação como uma estética da existência. Como é sabido, o cinismo interessou Foucault, por um lado, por ter sido marginalizado na história da filosofia antiga, e por outro, pela escassez de textos atribuídos a ele e, ainda, por se tratar de um modo de vida que não distingue ação e pensamento. O cinismo aqui é tomado como uma aleturgia, em outras palavras, um imbricamento direto entre fala franca e modo de vida, aproximando arte e vida, para ir ao encontro da noção de estética da existência, desenvolvida por Foucault nos seus últimos textos. Ao fim e ao cabo, o que a manifestação da verdade e de uma vida como obra de arte podem interessar à docência? Seria possível pensarmos uma ‘estética da docência’ baseada na vida como obra de arte, tal como propõe Foucault?</p>2024-10-03T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Revista Digital do LAVhttps://periodicos.ufsm.br/revislav/article/view/88321Entretelones, teatralidades críticas: diálogos entre pedagogías, cultura visual y artes2024-10-21T14:17:48-03:00Arianna Fasanelloariannafasanello@gmail.com<p>Este artículo presenta la narración, indagación y análisis de una experiencia de mediación artístico-pedagógica en un abordaje que propone intercambios entre niños y niñas de una escuela pública de Montevideo - Uruguay, un elenco de jóvenes que trabaja en artes escénicas y una pieza que arriesga a desplegarse en los recreos escolares y en el teatro, para construir significados y sentidos abiertos entre quienes participan de la experiencia. El abordaje de mediación comprende: la visita a la escuela por parte de un elenco que va a su encuentro y el visionado de la pieza que se lleva a escena poniendo el juego sus entretelones, entendidos como a) los diálogos entre niños y niñas con el elenco luego de ver la pieza, b) el juego y aproximación a la comprensión de los efectos esceno-técnicos que la componen y c) una trayectoria por dentro del teatro, que permite el acceso a los espacios invisibilizados de un edificio teatral considerado patrimonio histórico nacional. Este análisis pretende constituir una aportación para la revisión de las relaciones que se pueden establecer entre instituciones escolares y teatrales, desde un enfoque decolonial y poshumanista.</p>2024-09-17T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Revista Digital do LAVhttps://periodicos.ufsm.br/revislav/article/view/88089A formação docente como obra de arte: criações, poéticas e experimentações na licenciatura em Ciências Biológicas2024-10-21T14:17:31-03:00Tiago Amaral Salestiagoamaralsales@gmail.com<p>E se a formação docente fosse levada a sério como um processo que pode ser tecido ao modo de uma obra de arte? Objetiva-se, neste texto, reconhecer a docência como trabalho coletivo, poético, experimental e visceral, como tarefa artística e permeada pela força dos atos criativos, como resistência. Para tal, investe-se na percepção de que a educação e a formação acontecem nos encontros em movimentos intensivos e que podem ser experimentadas – também nos cursos de licenciatura – com e como arte. Em escritas vivas que acontecem em fluxos, são narradas e sentidas as criações, poéticas e experimentações que se fizeram presentes em duas disciplinas ministradas em um curso de licenciatura em Ciências Biológicas, atuando na formação inicial de professores e professoras de ciências e biologia. Apresentam-se as cartas-resenhas, as produções artístico-culturais e os ensaios, propostas empregadas em aulas pelo autor-professor-pesquisador, elencando-as e reconhecendo-as como possíveis caminhos capazes de disparar potências poéticas e criativas ao investir em uma formação docente como obra de arte.</p>2024-10-10T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Revista Digital do LAVhttps://periodicos.ufsm.br/revislav/article/view/88088Uma Educação através da Dança: perspectivas antirracistas2024-10-21T14:17:29-03:00Alexsander Barbozza da Silvaabarbozza@outlook.com<p>Este escrito dançante/educativo tem como objetivo propor reflexões acerca de uma educação através da dança que viabilize políticas de enfrentamentos às violências sociais atreladas ao racismo, especificamente as direcionadas ao âmbito escolar. Deste modo, o ensaio traz reflexões recentes que estamos desenvolvendo em diálogo com experiências como estudante e artista/educador. Posto isso, organizamos o referido estudo em duas umbigadas intituladas como: (1) <em>Concepções sócio-filosóficas do Ensino da Dança e as invisibilidades das políticas raciais</em> e (2) <em>Possíveis caminhos para uma Educação através da Dança antirracista.</em> Com a efetivação deste trabalho, constatamos a urgência de elaborarmos práticas de Ensino da Dança fundadas na justiça social, na transgressão do imperialismo branco e das outras violências sociais atreladas a ele. Contudo, seria necessária uma autoavaliação nos processos pedagógicos em Dança, para localizarmos caminhos de enfrentamento e questionamento das lógicas racistas na Educação Básica.</p>2024-10-19T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Revista Digital do LAV