A educação escolar no contexto da pandemia: entre as orientações e a realidade
DOI :
https://doi.org/10.5902/1984644461347Mots-clés :
Educação, Atividades Escolares, PandemiaRésumé
Este ensaio propõe refletir sobre como tem sido desenvolvida a educação escolar frente às recentes alterações ocorridas no mundo do trabalho que trazem como características a flexibilização, a precarização e o adoecimento docente, questões que têm sido potencializadas frente à atual pandemia de COVID-19. Questiona: Como se deu o desenvolvimento da educação no período de isolamento social decorrente da pandemia? Que estratégias foram utilizadas para encaminhar as atividades pedagógicas junto aos estudantes? Trata-se de um assunto importante diante de um contexto político e econômico que já trazia características, anteriores à chegada da pandemia, de precarização das relações de trabalho, e do aprofundamento das desigualdades sociais e educacionais no país. Desenvolvido a partir de reflexões que tomam por base estudo bibliográfico e documental, destaca preocupações do “Monitoramento Mundial do Fechamento das Escolas devido à COVID 19”, desenvolvido pela UNESCO, assim como as orientações do Conselho Nacional de Educação (CNE) para a realização de tarefas escolares frente à realidade brasileira. Ressalta que as orientações do CNE indicam a mediação tecnológica para a continuidade das atividades escolares, via desenvolvimento de práticas que impossibilitam a mediação pedagógica presencial, fundamental para vivenciar a prática social. Entende que esse processo também aprofunda a precarização do trabalho docente, assim como a formação inicial e continuada. Considera que o desenvolvimento das atividades com a qualidade suposta, apesar dos esforços das escolas e dos estudantes, não será alcançado.
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