A produção de sujeitos inclusivos na contemporaneidade: um olhar para a história (recente) das práticas escolares
DOI:
https://doi.org/10.5902/1984686X18686Palavras-chave:
inclusão, subjetivação, governamento.Resumo
A discussão aqui proposta busca conhecer práticas escolares postas em operação para a produção de sujeitos úteis a uma sociedade que se pretende inclusiva. Produzido na esteira das discussões pós-estruturalistas e, ancorado metodologicamente em duas ferramentas advindas das teorizações foucaultianas – governamentalidade e subjetivação, o texto analisa registros de práticas escolares (de diferentes décadas) arquivados em um acervo de uma escola pública que possui mais de um século de existência. Ao trabalhar nos materiais foi possível perceber recorrências discursivas implicadas na produção de relações de governamento de si e dos outros − a defesa gradativamente crescente da necessidade de desenvolvimento da autonomia escolar e dos sujeitos escolares; o estímulo à centralização das práticas não apenas nos conteúdos a serem aprendidos, mas também nas competências e habilidades a serem desenvolvidas; a necessidade de autogestão para a conquista de melhores condições de vida, entre outras coisas − para a fabricação de determinadas subjetividades, cujos efeitos entende-se que sejam de mobilização para a inclusão nos dias de hoje. Tais questões foram lidas como deslocamentos que anunciam a emergência da governamentalidade neoliberal, a partir da qual o significado do termo inclusão ganha novos contornos, podendo ser lido como um princípio de Estado mobilizado para a organização da vida da população na contemporaneidade.
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