Reflexões sobre a Filosofia como componente curricular da educação básica
DOI:
https://doi.org/10.5902/2448065732968Palavras-chave:
Educação, Ensino da Filosofia, Teoria CríticaResumo
Este artigo se propõe refletir sobre a filosofia na educação escolar, sua metodologia se baseando na Teórica Crítica de Theodor Adorno e M. Horkheimer, que é usada na construção de uma tecedura expositiva em que os endereços históricos do ensino da filosofia são trazidos como pontos de apoio para fazer emergir as fissuras de contradição envolvendo a relação entre o conhecimento de filosofia e o espaço dado à mesma na educação formal brasileira. Seu objetivo é problematizar o horizonte desse ensino de filosofia fazendo uso de sua historicidade no exercício do pensar elucidativo. Por isso, os pontos de contradição trazidos pela análise histórica endereçadora da relação tempo-espaço e modelação dos elementos identificativos do ensino da filosofia nos servem como fios condutores que tornam razoável a visibilização desse horizonte em suas lacunas potenciais. A conclusão desse artigo, coerente com seu ponto de apoio metodológico, não preconiza uma fórmula de salvação, pelo contrário, ela pressupõe tornar audível uma voz encarnada de várias vozes sobre o tema ensino da filosofia como componente curricular, acreditando que o diálogo aberto já faz parte do próprio exercício filosófico de pensar a si mesmo como conteúdo escolar necessário para um projeto coletivo de sociedade democrática.
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