https://periodicos.ufsm.br/refilo/issue/feed Revista Digital de Ensino de Filosofia - REFilo 2024-12-12T17:39:20-03:00 Revista Digital de Ensino de Filosofia - REFilo refilo@ufsm.br Open Journal Systems <p style="text-align: justify;">A<strong> Revista Digital de Ensino de Filosofia - REFilo</strong>, vinculada ao Programa de Pós-Graduação em Educação, da Universidade Federal de Santa Maria, tem como objetivo publicar produções científicas sobre <strong>Ensino e Aprendizagem de Filosofia</strong>, em diferentes perspectivas teóricas. A REFilo publica apenas textos originais, com relevância científica, abrangência do tema, inovação, boa estrutura teórica e metodológica e contribuição para a área. Por isso, a Revista não aceita trabalhos encaminhados simultaneamente para outro periódico ou livro. A Revista é digital e tem publicação contínua, assim como recebimento contínuo de artigos, o que possibilita o envio de texto a qualquer momento para avaliação. Não há cobrança de taxa para submissão, avaliação e nem publicação dos artigos. Os textos publicados apresentam resultados de experiências escolares e/ou não escolares, de pesquisas de mestrado e doutorado, assim como relatos de experiência com interlocução com obras e autores de referência da área, projetos de ensino e extensão e trabalhos de conclusão de curso. A Revista também publica dossiês, resenhas bibliográficas, entrevistas e traduções, com temáticas vinculadas aos objetivos da Revista.</p> <p style="text-align: justify;"><strong>eISSN 2448-0657 | Qualis/CAPES (2017-2020) = B1</strong></p> https://periodicos.ufsm.br/refilo/article/view/86621 Filosofia com crianças: por uma literatura de vozes das infâncias 2024-02-12T10:08:27-03:00 Amanda Fernandes Rosa Bueno amanda.fr.bueno@unesp.br <p>Observa-se que as crianças estão às margens da nossa sociedade. Através da Sociologia da Infância, inicia-se a observação dos lugares que elas ocupam: surge a necessidade de registrar e pesquisar quais os olhares e concepções que as crianças têm sobre ser criança na nossa sociedade. Assim, esta pesquisa configura-se uma pesquisa-ação qualitativa, que apresentou como instrumento a entrevista embasada na Filosofia com Crianças. Aconteceram seis encontros que duraram uma média de uma hora cada um, entre os anos de 2022 e 2023. Eles foram realizados com os participantes que aceitaram estar nesta pesquisa e que fazem parte do Comitê das Crianças, atividade integrante do projeto Cidade das Crianças. As conversas foram gravadas, transcritas e analisadas. A literatura que as crianças propõem é uma literatura oral, que traz como principais enredos acontecimentos da escola e conflitos de gênero. Reconhece-se a potência do encontro entre a Filosofia com Crianças e a Sociologia da Infância.</p> 2024-03-04T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Revista Digital de Ensino de Filosofia - REFilo https://periodicos.ufsm.br/refilo/article/view/85550 Um estudo decolonial sobre os livros didáticos de filosofia distribuídos pelo PNLD 2012, 2015 e 2018 2023-10-31T08:37:50-03:00 Jallys Mendes jallys_mendes@hotmail.com <p>Nas últimas décadas houve o aumento da produção de materiais didáticos destinados ao ensino de filosofia no Brasil. Um dos responsáveis por esse aumento é a oferta de livros didáticos de Filosofia pelo Programa Nacional do Livro Didático (PNLD), a partir de 2012. Diante dessa realidade, esse estudo tem por objetivos identificar nos livros didáticos de Filosofia aprovados pelo PNLD filosofias latino-americanas, analisar as representações dos cenários, paisagens e povos latino-americanos nas figuras e imagens desses livros didáticos e refletir sobre as ausências e presenças de filosofias e filósofos não europeus nos livros didáticos de Filosofia distribuídos pelo PNLD. Como problema central, coloca-se a seguinte questão: Qual a relevância dada ao pensamento filosófico latino-americano ou brasileiro nos livros didáticos de Filosofia distribuídos pelo PNLD 2012, 2015 e 2018? Quanto metodologia será realizada uma pesquisa exploratória dos materiais didáticos. Assim, recorreu-se ao referencial teórico de Aníbal Quijano (2005), Roberto Gomes (1994) e Silveira (2020). Portanto, sem esgotar a complexidade dessa temática, foi considerado à guisa de conclusão que os livros didáticos de Filosofia adquiridos e distribuídos pelo PNLD 2012, 2015 e 2018, não contemplam uma abordagem decolonial e, mesmo assim,contribuem para uma introdução aos estudos filosóficos gerais.</p> 2024-04-02T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Revista Digital de Ensino de Filosofia - REFilo https://periodicos.ufsm.br/refilo/article/view/85448 Poder, expertise acadêmica, barbárie: o Projeto Manhattan e o sentido da educação 2024-03-05T14:45:15-03:00 Bárbara Romeika Rodrigues Marques barbara.marques@cefet-rj.br <p>O que a experiência do Projeto Manhattan (1942-1946), a bilionária mobilização norte-americana para o desenvolvimento de armas nucleares, dá a pensar sobre o sentido da educação? O que um projeto de pesquisa e desenvolvimento circunscrito na razão-domínio tem a revelar da relação entre poder, saber acadêmico e barbárie? Este texto problematiza a relação entre a racionalidade instrumentalizada e a educação no mundo moderno e, para tal, discute a expertise científica e acadêmica na composição do Projeto Manhattan. Destaca as ruínas da razão-domínio com o modelo da escolarização atrelada aos parâmetros operacionais e propõe a hipótese da indissociabilidade entre a formação acadêmica e a incumbência em consolidar a reflexão crítica em cada atividade. Conclui com a defesa de que eventos como Hiroshima e Nagasaki intensificam o compromisso da educação em disputar as perspectivas do processo civilizatório em contraposição à barbárie.</p> 2024-06-14T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Revista Digital de Ensino de Filosofia - REFilo https://periodicos.ufsm.br/refilo/article/view/86504 Contornos curriculares do ensino de filosofia no ensino médio em teses doutorais defendidas após a MPV 746/2016 2024-05-13T09:21:32-03:00 Kleber Santos Chaves kleber.ksc2@gmail.com Benedito Gonçalves Eugênio benedito.eugenio@uesb.edu.br <p>Apresentamos no artigo em tela os resultados de uma Revisão Sistemática de Literatura (RSL) cujo objetivo de pesquisa foi indicar os contornos curriculares do ensino de Filosofia no ensino médio em um corpus formado por sete teses cuja investigação atravessou, simultaneamente, o campo do Currículo, do Ensino de Filosofia e do Ensino Médio e que tenham sido defendidas no Brasil após a Reforma dessa etapa da educação básica (MPV 746/2016, convertida na Lei 13.415/2017) até 2022. Para tanto, nos aportamos teoricamente na Teoria do Discurso de Ernesto Laclau e Chantal Mouffe e nas curriculistas Alice Lopes e Elizabete Macedo. Metodologicamente nos inspiramos na Análise de Conteúdo de Laurence Bardin e nos procedimentos da RSL, adaptados da indicação de Maria Cristiane Galvão, Ivan Luiz Ricarte e Chitu Okoli. Compreendemos com a pesquisa que há uma divergência entre a ambiência criada pela Reforma e pela Base Nacional Comum Curricular e as necessidades apontadas nas teses para um ensino filosófico.</p> 2024-06-14T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Revista Digital de Ensino de Filosofia - REFilo https://periodicos.ufsm.br/refilo/article/view/87809 Da filosofia própria e apropriada à didática filosófica mínima: notas introdutórias 2024-05-28T15:14:34-03:00 Alexsandro da Silva Marques amarques89@hotmail.com <p>O artigo apresenta as contribuições do pensamento filosófico de Dante Galeffi em defesa de uma didática filosófica mínima para o ensino de filosofia e o conceito de filosofia própria e apropriada, inseridos no contexto da formação humana. A metodologia utilizada é teórico-bibliográfica, de natureza qualitativa de abordagem analítico-hermenêutica. As questões mobilizadoras são: qual o significado de uma filosofia própria e apropriada e como se relaciona com o aprendizado filosófico? Como a Didática Filosófica Mínima se diferencia ou avança em relação à Didática Geral? Diante dessas questões, o texto é estruturado em três partes: inicialmente, localiza-se a perspectiva poemático-pedagógica da filosofia própria e apropriada, abordando suas influências teóricas e conceitos fundantes. Em seguida, examina-se a didática em filosofia, tratando-a como um problema filosófico. Por último, interpela-se a didática filosófica mínima, considerando-a uma via de acesso ao aprendizado filosófico em diferentes níveis de ensino. Nas considerações finais, revisita-se a problemática discutida e destaca-se a importância de uma didática que seja flexível e aberta ao acontecimento da prática filosófica. Assim, a didática filosófica mínima, fundamentada na compreensão poemático-pedagógica de uma filosofia própria e apropriada, é uma possibilidade de vivência conectiva gestada no espaço de liberdade poética, enfatizando a necessidade de promover o florescimento humano em direção a uma sustentabilidade triética: social, mental e ambiental.</p> 2024-07-10T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Revista Digital de Ensino de Filosofia - REFilo https://periodicos.ufsm.br/refilo/article/view/87058 Mobilizar, defender e justificar: a importância e os desafios da disciplina de Filosofia na educação contemporânea 2024-06-05T08:41:42-03:00 Paulo Cesar Bocalon pcbocalon@usp.br Adriano Alves da Silva adrianohistory@gmail.com Wladimir Porreca wp@unb.br Fabio Scorsolini-Comin fabio.scorsolini@usp.br <p>Este estudo tem como objetivo realizar uma análise crítica acerca da importância e dos desafios enfrentados na disciplina de Filosofia na educação básica brasileira. Por meio de uma revisão bibliográfica, propõe-se uma reflexão sobre como a Filosofia pode ser necessária para uma educação integral na contemporaneidade, bem como identificar alguns dos obstáculos que, historicamente, têm comprometido sua efetivação na educação básica. Buscou-se não somente enfatizar a indiscutível relevância da Filosofia na educação integral dos estudantes, mas expor estratégias para superar os desafios impostos pelo modelo neoliberal em vigência em nosso país. A postura crítica e reflexiva defendida pela disciplina deve orientar perenemente o trabalho docente, a seleção de conteúdos e a integração desses saberes aos de outros componentes em vigência na política educacional contemporânea. Mobilizar, defender e justificar a importância da presença da disciplina de Filosofia na educação básica apresenta-se como um desafio que deve ser assumido coletivamente.</p> 2024-09-15T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Revista Digital de Ensino de Filosofia - REFilo https://periodicos.ufsm.br/refilo/article/view/86768 O Conceito de Espanto (Thauma): Estudo filosófico e estratégia metodológicaaplicada no PIBID 2024-07-23T07:08:22-03:00 Camila Gomes Weber camilagweber@gmail.com Doralice Sabino Marques dorasabino.marques@uel.br Bruno Moretto bruno.marcos.moretto@uel.br Galileu Bernardes Malta galileumalta@gmail.com <p>O presente artigo tem como objetivo relatar um estudo filosófico a partir da experiência em sala de aula sobre o conceito de espanto (<em>thauma</em>), considerando as perspectivas de Aristóteles e de Schopenhauer. Essa atividade foi realizada no âmbito do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID), subprojeto Filosofia, da Universidade Estadual de Londrina, no Primeiro Semestre de 2023. O principal propósito das aulas foi compreender o conceito de espanto na filosofia de Aristóteles e a peculiar utilização que Schopenhauer faz desse conceito. Para atingir esse objetivo, adotou-se a metodologia de Silvio Gallo, que consiste na divisão da aula em quatro etapas, quais sejam: sensibilização, problematização, investigação e conceituação. Ao longo do texto, serão expostos tanto o passo a passo quanto os resultados da implementação em sala de aula das etapas da metodologia de Gallo. Além de obras de Aristóteles e de Schopenhauer, foram utilizados trechos de<em>A morte de Ivan Ilitch</em>, de Lev Tolstói, e <em>A Metamorfose</em>, de Franz Kafka,com o intuito de despertar o interesse dos alunos, incentivá-los a refletir sobre o espanto, expressar suas opiniões e dúvidas, explorar e sintetizar o que foi aprendido de maneira clara e objetiva. Os resultados obtidos foram satisfatórios, com os alunos demonstrando maior entendimento sobre o tema e maior capacidade de argumentação.</p> 2024-10-31T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Revista Digital de Ensino de Filosofia - REFilo https://periodicos.ufsm.br/refilo/article/view/87903 Considerações sobre o projeto de vida e o ensino de filosofia no novo ensino médio 2024-07-23T06:52:05-03:00 Mauricio Silva Alves PROF.MAURICIOALVES@GMAIL.COM <p>A proposta de um ensino de filosofia imbricado ao projeto de vida, de algum modo ser equiparado ao trabalho filosófico – como muitas vezes o trabalho em arquitetura – é antes de tudo um trabalho sobre Si-mesmo. O presente estudo manifesta o entendimento de que é preciso considerar o Ensino de Filosofia no Novo Ensino Médio como elemento fundante para a construção do projeto de vida. Essa afirmação está pautada no que direciona a competência geral número 8 da BNCC e seus desdobramentos no Documento Referencial Curricular da Bahia. Pautado do método bibliográfico,este artigo apresenta como resultado a valorização da prática pedagógica inserida no componente curricular da licenciatura em filosofia, como elemento potencializador do fazer docente do professor de filosofia no ensino médio, oferecendo-lhe substratosfilosóficos para lidar com o projeto de vida. Frente a essa empreitada do projeto de vida relacionado com o ensino de filosofia está, além de uma concepção puramente teórica, uma discussão pautada no campo prático-existencial.</p> 2024-11-13T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Revista Digital de Ensino de Filosofia - REFilo https://periodicos.ufsm.br/refilo/article/view/88353 Quando o professor sobe ao palco: contribuições da narratologia e da teoria da motivação humeana para a educação 2024-10-30T17:23:34-03:00 Matheus Cenachi cenachimatheus@gmail.com Rafaela Nunes rafaelaantunesnunes@gmail.com <p>Ensinar é motivar. Essa breve sentença condensa a ideia central do presente ensaio, a saber, que o ofício do professor se concentra sobremaneira na produção de ações nos estudantes. Uma aula bem-sucedida depende disso. De alguma forma, precisamos ser capazes de estimular a interação verbal entre os colegas, a realização de exercícios, reflexões, e assim por diante. A questão que se coloca, então, é: como fazer isso? Quais são as ferramentas e conhecimentos que devemos deter para que a nossa tarefa motivacional seja cumprida? Neste ensaio, defendendo uma perspectiva segundo a qual o professor é um ser eminentemente performático, mostraremos que a teoria da motivação humeana opera enquanto uma resposta contundente ao problema colocado. Por fim, a nossa investigação se encerra com a elaboração de um plano de aula que leva em consideração as reflexões de David Hume sobre agência e motivação, mobilizando, também, o conhecimento oriundo dos estudos narratológicos, como o Paradigma de Syd Field, enquanto ferramentas auxiliares. </p> 2024-12-20T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Revista Digital de Ensino de Filosofia - REFilo https://periodicos.ufsm.br/refilo/article/view/87202 Carta para as crianças nas escolas do Brasil 2024-09-04T18:13:13-03:00 Ana Cláudia Magnani Delle Piagge anaclmagnani@gmail.com <p>Inspirada pela carta de Glória Anzaldúa às mulheres escritoras do terceiro mundo, peço licença poética à autora para tecer uma carta direcionada às infâncias que tenho escutado pelas escolas do Brasil. Nessa escrita, irei propor um diálogo com as crianças e educadores-pesquisadores que têm buscado pensar crianças, experiências e escolas, almejando encontrar possibilidades de vida por entre os conteúdos desarmônicos e fragmentados com os quais a escola contemporânea tem alimentado as infâncias. Diante da possibilidade de escuta que tem sido generosamente oferecida pelas crianças, tenho buscado os rastros das promessas de sonhos para uma outra escola possível.</p> 2024-12-20T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Revista Digital de Ensino de Filosofia - REFilo https://periodicos.ufsm.br/refilo/article/view/90209 Apresentação do Dossiê Ensino de Filosofia sob o Impacto das Tecnologias Digitais 2024-12-12T17:39:20-03:00 Valéria Cristina Lopes Wilke valeria.wilke@unirio.br Antonio Julio Garcia Freire antoniojulio@uern.br <p>Testemunhamos hoje diferentes consequências decorrentes do modelo de negócios das Big Techs e, por conseguinte, do modo como o trânsito informacional pelas infovias é realizado. Esse último fenômeno é basicamente marcado pelos algoritmos e pelo formato mercadológico, que abrem espaço para a disseminação de conteúdos desinformativos, ou com alto teor da toxicidade das informações circulantes, que têm, por um lado, impactado o campo do ensino de Filosofia e, por outro, provocado o questionamento e também o desenvolvimento de estratégias e recursos que podem ser implementadas para promover o pensamento crítico e a prática responsável entre os e as estudantes.</p> 2024-12-23T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Revista Digital de Ensino de Filosofia - REFilo https://periodicos.ufsm.br/refilo/article/view/89285 Entre a Filosofia e a Tecnologia: reflexões sobre a formação da Consciência Crítica por meio do Currículo Paulista no Novo Ensino Médio 2024-10-09T22:16:50-03:00 Erica Cristina Frau ericafrau@gmail.com Adaor Marcos de Oliveira adaor.filosofia@hotmail.com <p>O artigo busca refletir sobre a formação da consciência crítica a partir da utilização das tecnologias digitais no ensino de Filosofia nas escolas públicas do estado de São Paulo depois das alterações do Novo Ensino Médio e da implementação do Currículo Paulista no ano de 2020. O objetivo é refletir sobre como o uso dessas tecnologias influenciam a formação da consciência crítica dos estudantes. Utilizando a análise do discurso como metodologia, o estudo está organizado em três partes: a primeira aborda o esvaziamento da Filosofia no Novo Ensino Médio explicitando as reduções na quantidade de aulas ano após ano; a segunda trata da obrigatoriedade dos Materiais Digitais elaborados e ofertados pela Secretaria da Educação do estado de São Paulo; e a última reflete sobre o papel das plataformas digitais BI Educação, Tarefa SP e Prova Paulista no ensino de Filosofia. A conclusão aponta para uma preocupação com o uso excessivo de tecnologias, que têm priorizado o desempenho e a superprodução de resultados em detrimento da formação crítica dos alunos. Embora o Material Digital seja apresentado como um recurso adaptável, o artigo questiona sua aplicabilidade e eficácia no contexto educacional, destacando a sobrecarga de conteúdo e a superficialidade nas aprendizagens propostas. A reflexão crítica, essencial para o ensino de Filosofia, está sendo comprometida pelo modelo atual de uso das tecnologias digitais nas escolas.</p> 2024-12-20T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Revista Digital de Ensino de Filosofia - REFilo https://periodicos.ufsm.br/refilo/article/view/89329 Algumas reflexões sobre os desafios para o ensino escolar de filosofia na Sociedade do Desconhecimento 2024-10-31T14:11:01-03:00 Luiz Guilherme Lucho de Araujo l.guilherme2015@gmail.com Marcelo Leandro Eichler exlerbr@gmail.com <p>O presente artigo apresenta breves reflexões sobre o ensino de filosofia e seus desafios na sociedade do desconhecimento. Levando em consideração o cenário da sociedade atual, onde cada vez mais os jovens estão conectados e cada vez menos preocupados com o tipo de conteúdo que estão recebendo pelas redes, sobretudo sobre a veracidade das informações. Uma postura de indiferença diante dos fatos que nos cercam, gera um sinal de alerta em relação a como iremos lidar com problemas complexos no futuro, uma vez que as soluções superficiais se tornam uma possibilidade mais atrativa aos jovens que utilizam as mais diversas redes. A sociedade do desconhecimento apresenta as fragilidades da atualidade, além de propor que o uso cada vez menos reflexivo dos meios de informações disponíveis e a incerteza dos seres humanos sobre o futuro, são capazes de impulsionar uma sociedade onde as plataformas nos controlam e limitam nossa busca por conhecimento. Por fim, sugerimos que o ensino de filosofia na educação básica tem potencial emancipador, por contribuir na formação da criticidade e especialmente por conduzir os jovens a não aceitação de repostas prontas e superficiais para problemas complexos, que demandam uma postura mais rigorosa na verificação dos fatos. Apesar dos desafios encontrados diante das reformas e incertezas sobre o futuro da filosofia na escola básica, a luta por sua manutenção é uma das defesas estabelecidas ao fim deste trabalho.</p> 2024-12-20T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Revista Digital de Ensino de Filosofia - REFilo https://periodicos.ufsm.br/refilo/article/view/89333 Marketing preditivo: a armadilha da personalização da informação 2024-10-13T22:27:17-03:00 Thalles Rodrigues Oliveira thalles1203@gmail.com <p>O presente texto versa sobre o <em>marketing </em>preditivo e a personalização da informação. A personalização compreende o caráter inaugurador da pós-modernidade, dado que esta ideia elabora o empreendimento de si, o torna-se a si mesmo. É concebida em um momento de flexibilidade da sociedade, alto consumo de bens e, a julgar que este consumo causa prazer, logo invoca-se a estrutura do hedonismo a partir da lógica da sedução pelo <em>marketing</em>. É importante uma leitura pragmática sobre a pós-verdade e a personalização algorítmica, com base na filosofia de Charles Sanders Peirce. Pretende-se evidenciar, a partir do pensamento do filósofo C.S. Peirce, a organização dos internautas por um método de fixação da crença. Peirce afirma que o objetivo da crença é um estado de calmaria. Em razão da procura por essa posição estável, os usuários adotam o Método da Tenacidade, segundo o qual é suficiente apenas ter uma crença, que não necessariamente deve ser fundamentada, mas que deve, sim, cumprir o objetivo de uma crença, que é a felicidade. Portanto, busca refletir como o método utilizado fortalece o surgimento da Pós-verdade e dos seus elementos <em>Fake News</em> e Negacionismo. A <em>Fake News</em> vem a ser um discurso construído com o fim da manipulação, já o negacionismo é o sentimento de ódio e a luta pelo enfraquecimento das instituições estatais e científicas que têm o intuito de estabelecer a produção de conhecimento.</p> 2024-12-20T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Revista Digital de Ensino de Filosofia - REFilo https://periodicos.ufsm.br/refilo/article/view/89435 As Tecnologias Digitais como condição habitativa e o Ensino de Filosofia 2024-10-20T13:22:12-03:00 Gilberto Miranda Junior gilberto.miranda@ufabc.edu.br <p>O presente artigo tem por objetivo refletir sobre Filosofia, Tecnologia e Ensino de Filosofia no contexto do impacto das tecnologias digitais na sociedade atual e como isso se relaciona com o ensino de filosofia na escola básica. Ele resulta da pesquisa em desenvolvimento no Mestrado Profissional em Filosofia / PROFFILO. A discussão se desenvolverá sob três interrogações: que tipo de Filosofia deveria ser mobilizada politicamente na escolarização básica para se cumprir o previsto na LDB? De que forma a Tecnologia, enquanto condição habitativa, se insere na experiência social e na formação de nossa subjetividade nos exigindo que reflitamos sobre ela para além do aspecto do ensino profissional em que está inserida? E, por fim, de que forma o Ensino da Filosofia, enquanto campo científico autônomo, pode unir o tipo de Filosofia a ser mobilizada na escola e a compreensão crítica da Tecnologia em seu papel contemporâneo? Se hoje nossa vivência está imbricada com a tecnologia de forma muito mais fundamental que em outras épocas, é papel da Filosofia mobilizar um ensino tal que capacite a sociedade a pensar-se para transformar essa vivência, caso decida, inclusive de forma rebelde, colocando em questão as estruturas que criam, desenvolvem e mantém essa relação que coisifica o ser humano a favor de quem detém o poder sobre essas mesmas estruturas. O presente artigo reflete sobre isso e procura criar condições para a criação coletiva de um consenso de classe, trazendo uma articulação entre diversos pensadores, com maior ênfase para o pensador chinês Yuk Hui.</p> 2024-12-20T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Revista Digital de Ensino de Filosofia - REFilo https://periodicos.ufsm.br/refilo/article/view/89580 Vigilância digital e o ensino de filosofia: reflexões para uma educação crítica digital 2024-10-31T13:34:39-03:00 Marcos Fernandes de Rezende Junior marcosderezendejr@gmail.com <p>Este artigo tem como objetivo explorar a temática da vigilância digital, a partir da fundamentação teórica desenvolvida por David Lyon. Através do diagnóstico referente aos desafios proporcionados pelo avanço das tecnologias digitais, a vigilância é interpretada como um fenômeno cultural dos tempos atuais. E visto que a vigilância digital pode indicar preferências, comportamentos, anseios e desejos, perguntamos: a temática não seria suficientemente significativa para ser tratada como questão educacional? Acreditamos que sim. Desta forma, compreender os sistemas de coleta, registro e classificação dos volumosos dados que circulam em enorme velocidade e variedade, pode colaborar para o processo de ressignificação das práticas digitais. Portanto, reivindica-se através da educação, a formação de uma postura crítica digital. O artigo sugere o ensino de filosofia para tal objetivo, justificado a partir da interpretação de uma reflexão ímpar, que se detém à raiz dos problemas, numa perspectiva abrangente e crítica de ruptura com o senso comum.</p> 2024-12-20T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Revista Digital de Ensino de Filosofia - REFilo https://periodicos.ufsm.br/refilo/article/view/89398 O potencial de uso da Ficção Interativa (FI) e o Twine no ensino de Filosofia 2024-10-17T16:04:39-03:00 Antonio Júlio Garcia Freire prof.antoniojulio@gmail.com <p>Este artigo discute o uso da Ficção Interativa (FI), com ênfase na ferramenta Twine®, no ensino de filosofia no Ensino Médio brasileiro. O objetivo é explorar como a FI pode ser aplicada para tornar o ensino de conceitos filosóficos mais dinâmico e envolvente. A pesquisa baseia-se na análise de metodologias imersivas e gamificadas, que promovem o engajamento dos alunos através de narrativas interativas. A utilização do Twine® permite a criação de histórias não lineares, em que os estudantes tomam decisões que influenciam o desenvolvimento da narrativa, simulando debates filosóficos e dilemas éticos. Como resultado, verificou-se que o uso da FI facilita a compreensão de conceitos abstratos e estimula o pensamento crítico. Conclui-se que a FI, ao ser integrada ao ensino de filosofia, pode promover uma aprendizagem mais ativa e participativa, contribuindo para a formação crítica dos estudantes.</p> 2024-12-20T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Revista Digital de Ensino de Filosofia - REFilo https://periodicos.ufsm.br/refilo/article/view/89268 O Ensino de Filosofia na Sociedade do Desempenho: implicações tecnológicas neoliberais na escola e a importância das emoções na aprendizagem 2024-10-08T13:20:51-03:00 Rafael Douglas Sousa de Andrade rafaeldouglassousa@hotmail.com <p>Na contemporaneidade da era digital, sujeitos são solapados pela pandemia tecnológica que emprega em suas vidas novas maneiras de agir e pensar. A sociedade do desempenho é produto desse novo período. Cobranças excessivas e excesso de positividade marcam sujeitos adoecidos com patologias psicossomáticas, tais como ansiedade e depressão. No contexto escolar, tal realidade é exponencial, devido às cobranças sobre discentes, negação de emoções que não seguem a lógica do desempenho e “irrelevância” de disciplinas que questionam esse devir social. A reflexão presente neste artigo pondera o ensino de filosofia como marco emancipatório do fenômeno supracitado e, além disso, possui o objetivo de salientar a importância de considerar as emoções dos alunos como ferramenta auxiliadora da aprendizagem, em contramão ao nexo de um corpo social dominado pelo desempenho. A metodologia guiadora da pesquisa é teórico bibliográfica crítica. O presente estudo divide-se em 3 tópicos que examinam a realidade digital na vida humana, bem como as inferências na realidade escolar e o ensino de filosofia como prática resistente sobre a acriticidade. Como resultado, concluiu-se que, a lógica neoliberal de desempenho tecnológica é um utensílio poderoso na formatação dos sujeitos e na expropriação e exploração de um indivíduo envolto do capitalismo de vigilância e capitalismo da informação. Ambos os fenômenos são oriundos desse meio tomado pela realidade digital e que afetam, diretamente, o ambiente escolar. Contudo, o ensino filosófico, respaldado na importância de ponderar a realidade e as emoções discentes, evoca-se como magistral forma de resistência e perseverança na formação da criticidade.</p> 2024-12-23T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Revista Digital de Ensino de Filosofia - REFilo https://periodicos.ufsm.br/refilo/article/view/89334 Ensinar as subjetividades digitalizadas a filosofar: pensando o ensino de Filosofia a partir de Paula Sibilia e Gerd Bornheim 2024-10-31T13:41:54-03:00 Bruno de Brito Rosa brunobrnd@hotmail.com <p>Como forma de contribuir para a discussão sobre o ensino de filosofia e as tecnologias digitais é que se buscou explorar as novas visões sobre o ensino que a filósofa Paula Sibilia promove em um de seus estudos, que versa sobre o lugar da escola nos tempos digitais. Para somar a essa reflexão, pensou-se em adicionar uma das tarefas do ensino de Filosofia, que é o filosofar, para tanto foi desbravado três atitudes referentes ao filosofar que Gerd Borheim indica em uma de suas obras. A primeira atitude seria a admiração ingênua, certo espanto diante da grandeza do mundo e que participa de um horizonte pré-crítico do filosofar. A segunda atitude se refere ao dogmatismo, uma barreira ao filosofar que pode provir de uma hipervalorização das experiências ingênuas contidas no passo anterior. O último ponto que será explorado de Bornheim é o aspecto da negatividade, que expõe uma das instâncias a serem superadas para o cultivo da prática do filosofar. A metodologia corresponde à análise qualitativa dos conceitos a partir de uma revisão bibliográfica. O estudo indica que não somente a escola, mas a relação de professor-aluno está sendo impactada com as tecnologias digitais. Nessa mudança o filosofar também se alterou, exigindo assim novos esforços que consagrem o filosofar como crítica desses novos elementos digitais que acabam colaborando na constituição da subjetividade dos alunos.</p> 2024-12-23T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Revista Digital de Ensino de Filosofia - REFilo https://periodicos.ufsm.br/refilo/article/view/85663 Relato de experiência sobre as manifestações da barbárie no ambiente escolar: o encontro entre a educação emancipatória de Theodor Adorno e a literatura transgressora de Georges Bataille como práxis filosófico-literária 2023-11-23T09:31:01-03:00 Francisco Atualpa Ribeiro Filho farf25@gmail.com <p>O presente relato de experiência visa apresentar em linhas gerais a pesquisa sobre o encontro entre a educação emancipadora de Theodor Adorno e a literatura transgressora de Georges Bataille. Busca problematizar e refletir sobre como romper os cenários de violência no ambiente escolar sem fazer uso de princípios normativos e moralizantes. Discute e evidencia sobre a importância do diálogo entre literatura e filosofia, pois esta última sozinha não consegue atingir reflexivamente os estudantes. Encontra-se em Bataille a chance à transgressão, ao erro, à emoção como oportunidade filosófico-literária de ressignificar posturas preconceituosas. As atividades emancipadoras como produção de documentários, autobiografias, performances foram desenvolvidas pelos estudantes do terceiro ano do ensino médio do Colégio Estadual Nossa Senhora Aparecida no município de Formosa do Rio Preto-BA. O norte bibliográfico da pesquisa encontra-se nos textos Educação e emancipação (2006), Dialética negativa (2009) de Adorno e A história do olho (2018) e A literatura e o mal (2015) de Bataille. A metodologia de cunho qualitativo proporciona a reflexão das narrativas dos estudantes como autores de seu próprio projeto de vida.</p> 2024-02-29T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Revista Digital de Ensino de Filosofia - REFilo https://periodicos.ufsm.br/refilo/article/view/86285 As possibilidades de pensar a educação e a formação docente pelo PIBID: experiência com as visualidades na educação 2024-04-18T08:52:23-03:00 Brunno Amâncio brunnofilo@gmail.com Carolina Romanazzi carolina.romanazzi@edu.unirio.br <p>O presente relato traz reflexões sobre como o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID) têm um papel importante na formação docente. Apresentamos dois relatos que emergem da atuação no PIBID de Filosofia da Universidade Federal do Rio de Janeiro realizado no Colégio Estadual André Maurois e da Universidade Federal Fluminense realizado no Colégio Estadual Joaquim Távora e no Colégio Estadual Aurelino Leal. Pensar o ensino da filosofia como uma experiência intermediada por filmes é o ponto fulcral deste relato. Igualmente importante é o processo formativo docente que programas como PIBID proporcionam. Usamos como referência filósofos que se debruçam sobre o ensino da filosofia como experiência do pensamento, bem como documentos que nos permitem entender os objetivos da criação do programa.</p> 2024-04-26T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Revista Digital de Ensino de Filosofia - REFilo https://periodicos.ufsm.br/refilo/article/view/85440 Uma curta introdução à escrita acadêmica e ao trabalho acadêmico 2024-05-22T10:49:09-03:00 Flavio Fontenelle Loque flavioloque@yahoo.com <p>Para os(as) estudantes de filosofia, a transição do Ensino Médio para o Ensino Superior implica deparar-se com um nível significativamente mais alto de exigência quanto à leitura e à escrita. Em especial nos períodos iniciais, umas das principais dificuldades enfrentadas pelos(as) estudantes decorre da ausência de uma compreensão clara (i) dos elementos estruturantes dos textos filosóficos, (ii) das características básicas dos gêneros de escrita acadêmica e (iii) de algumas tarefas corriqueiras do trabalho acadêmico. O presente artigo tem como objetivo elaborar uma explicação sintética desses três pontos e, ao final, fornecer uma orientação bibliográfica que permita um aprofundamento da compreensão de cada um deles.</p> 2024-06-12T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Revista Digital de Ensino de Filosofia - REFilo