Por uma escola territorialmente situada: contribuições geográficas em uma experiência extensionista de Educação do Campo no Oeste de Santa Catarina
DOI:
https://doi.org/10.5902/2236499453271Palabras clave:
Geografia e Educação do Campo, Escola do Campo, Educação de Tempo Integral,Resumen
O presente artigo objetiva socializar estudos e resultados oriundos de uma experiência extensionista que vem ocorrendo desde o ano de 2018 junto a uma escola do campo localizada no espaço rural do município de Nova Itaberaba, Região Geográfica Imediata de Chapecó, Oeste de Santa Catarina. Ancora-se em uma perspectiva dialógica de trabalho extensionista e interdisciplinar de produção do conhecimento em que contribuições teórico-conceituais da Geografia se fazem presentes e estão entrelaçadas a referenciais do campo intelectual da Educação do Campo. A situação geográfica em questão, neste artigo, tem como ponto de partida a vontade comunitária de manter a referida escola no espaço rural do município supramencionado. Desafio este que resultou em um processo de reformulação curricular e sua transformação em uma escola do campo de tempo integral, por isso entendemos ser uma experiência emblemática a ser socializada. Argumentaremos ao longo do texto que a experiência em andamento tem possibilitado construir uma proposta de escola territorialmente situada, cujo processo de escolarização se propõe a ser mais articulado e compromissado com os sujeitos do campo, seus territórios de vida e suas territorialidades específicas.
Palavras-chave: Geografia e Educação do Campo; escola do campo; escola de tempo integral; territórios educativos.
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