Educação Geográfica como ferramenta de resiliência: enfrentando a seca e o fogo no norte do Pantanal brasileiro
DOI:
https://doi.org/10.5902/2236499489608Palavras-chave:
Educação geográfica, Crise hídrica, Incêndios florestais, Pantanal, CidadãosResumo
O trabalho avaliou o papel da Educação Geográfica aliada à Educação Ambiental na abordagem dos impactos da crise hídrica e dos incêndios no Pantanal, com foco na experiência da Escola Estadual Santa Claudina, em Mimoso, Mato Grosso. Utilizou-se uma metodologia em três fases: pesquisa bibliográfica e documental, e entrevistas semiestruturadas com pessoas da escola e da comunidade. Os resultados da análise do Projeto Político-Pedagógico (PPP) e das entrevistas revelaram que, apesar da presença da Educação Geográfica na escola, o tema da crise hídrica não é tratado com a mesma profundidade que os incêndios florestais, criando uma lacuna significativa na compreensão dos desafios ambientais. Com relação à Base Nacional Comum Curricular (BNCC), observou-se que aborda essas questões em várias habilidades ao longo do Ensino Fundamental e Médio, mas de forma fragmentada, sendo trabalhada em alguns anos na vida escolar do aluno e outros não, isso dificulta uma visão holística dos problemas ambientais. Portanto, é vital que as escolas trabalhem com teoria e prática de acordo com a sua realidade para formar cidadãos mais conscientes e resilientes.
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