Maio de 68 e o modelo social da deficiência: notas sobre protagonismo e ativismo social
DOI:
https://doi.org/10.5902/1984686X65328Palavras-chave:
Revolução Social, Pessoa com Deficiência, Política SocialResumo
O presente estudo teórico demarca a influência que as manifestações de Maio de 1968 exerceram na formação de movimentos sociais, dentre eles, de pessoas com deficiência, ao demarcar a expansão do campo do possível e a crítica radical a processos de institucionalização. Na senda destes lineamentos, analisa a origem e desenvolvimento do modelo social da deficiência, entendendo este como produto da exclusão social, o que engendra implicações políticas desconcertantes no que se refere a formatação de políticas públicas para a deficiência. Por fim, demarca o aparecimento do associativismo de pessoas com deficiência no Brasil como importante impulsionador de transformações nos marcos legais na sociedade mediante processo de luta política. Luta que passa pela modificação das infraestruturas existentes, mas também pela reinvenção da gramática dos costumes erigidos pela modernidade que enquadrou a diferença da deficiência como anormalidade, desvio e incapacidade. Revolucionar estas duas dimensões se compõem como principal esteio dos movimentos das pessoas com deficiência, tendo por objetivo uma crítica radical a qualquer forma de pensar segregacionista e aristocrático, de qualquer falar pelo ou no lugar do outro. É uma nova antropologia consolidada nos conceitos de reconhecimento, redistribuição e representatividade. Nada sobre nós sem nós.
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