Docências descafetinadas: movimentos de criação no ensino das artes
DOI:
https://doi.org/10.5902/1983734888275Schlagworte:
Docência em artes, Pesquisa, Cafetinagem, Pasearse, CriaçãoAbstract
Este artigo explora o entrelaçamento teórico, filosófico, artístico e experimental de um projeto de doutorado em Educação e Artes que investiga os movimentos e afetos surgidos no fazer investigativo e na docência, sob a ótica das filosofias da diferença. Aliado às obras de Suely Rolnik, Sandra M. Corazza, Gilles Deleuze e Félix Guattari, o cerne deste estudo reside na desconstrução da figura convencional do “ser-docente-pesquisador” para um “estar-docente-pesquisador”, talvez mais fluído e criativo, capaz de criar novos caminhos e experiências educacionais. Para isso, é preciso resistir às forças que cafetinam (Rolnik, 2018) a potência criativa das/dos docentes e pesquisadores em diversos processos, o que acarreta uma despotencialização e um constrangimento, afastando-nos da nossa essência germinativa (Rolnik, 2018). Afirma-se, assim, a necessidade de uma docência-pesquisa da diferença (Corazza, 2009) que questione a si mesma em seu fazer-se e que permita explorar outras possibilidades, com uma atitude paseandeira em seus percursos inventivos.
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