Corpos-ouvidos destes tempos: implante coclear na mídia
DOI:
https://doi.org/10.5902/1984644417871Palabras clave:
Implante coclear, Mídia, Surdez/Cochlear implant, Media, Deafness.Resumen
Resumo
Este artigo apresenta uma reflexão sobre as relações entre mídia e a fabricação dos sujeitos surdos. Do conjunto de materiais, recortamos do Programa Fantástico especificamente o quadro sobre saúde, na reportagem intitulada “Crianças que nasceram surdas escutam pela primeira vez”. Tornamos a mídia um campo social a partir das ferramentas teóricas foucaultianas – discursos e sujeitos – analisando textos e imagens, extraindo deles seus enunciados e os regimes de verdade que produzem, de forma minuciosa, com regularidade e suposta legitimidade, um padrão social de referência e correção por meio do implante coclear – corpos-sujeitos-ouvidos – desejável. Ainda é possível perceber a invisibilização da língua de sinais e a produção de discursos que tratam a surdez como uma deficiência, localizada em um lugar de possível correção pelo implante coclear
Abstract
This article presents a reflection about the relations between the media and the fabrication of deaf citizens. The set of materials, we cut of the program “Fantastic” specifically the presentment of health, story titled "Children that was born deaf hear for the first time". We make the media a social field from Foucault's theoretical tools – speeches and subjects – analyzing texts and images, extracting them their statements and the truth regimes that produce, in detail, on a regular and supposed legitimacy, a social pattern and correction by means of cochlear implants – body-subject-ears – desirable. It is still possible notice the invisibilization of sign language and the production of speeches that treat deafness as a disability, located in a place of possible correction by the cochlear implant.
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