Produção curricular na Educação Infantil pós-BNCC: negociações possíveis? O movimento de reformulação curricular em Secretarias de Educação da Baixada Fluminense
DOI:
https://doi.org/10.5902/1984644485401Palavras-chave:
Currículo; Infância; Política curricularResumo
Este estudo desdobra-se de pesquisa que teve como objetivo analisar as possíveis negociações/articulações em Secretarias Municipais de Educação da Baixada Fluminense a partir do advento da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), problematizando como se dá a produção curricular para a infância nas diferentes redes municipais. A pesquisa teve a Baixada Fluminense como lócus de investigação: quatro Secretarias de Educação de municípios que se localizam ao norte da Região Metropolitana do Rio de Janeiro. Questiona-se: negociações possíveis? Como a produção curricular para a infância será pensada/articulada a partir desse movimento político? Em diálogo com os estudos de Homi Bhabha (2013), discute-se o currículo como processo de enunciação cultural. Parte-se do entendimento de que a produção curricular para a infância é campo de disputas/deslizamentos sobre os sentidos de currículo, infância, conhecimento e docência, na tensão entre demandas locais e proposições em torno de um comum universalizado. Infere-se a partir das análises que toda produção curricular é uma produção conflituosa e contingente, processo discursivo num jogo político que se quer inacabado, portanto, na (im)possibilidade de tais políticas projetarem um único sentido de infância. Defende-se que produções curriculares para a infância sejam concebidas na alteridade, como experiência com e na diferença.
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