Redimensionamento dos anos iniciais do ensino fundamental nas redes públicas de educação em Mato Grosso: a autoridade mística fundadora no contexto da política de BNCC
DOI:
https://doi.org/10.5902/1984644485306Palavras-chave:
Redimensionamento da educação em Mato Grosso, Política curricular para a infância, DesconstruçãoResumo
Apoiadas no pós-estruturalismo derridiano e em sua discussão na teoria curricular, focalizamos a retórica injuntiva no que se denomina de Redimensionamento na educação de Mato Grosso. Tencionamos interpretar a prática discursiva na política para a infância, realçando as tentativas de fixar sentidos sobre o sintagma Regime de Colaboração. Defendemos que a aprovação da Base Nacional Comum Curricular no Brasil autoriza significar educação de qualidade como ensino de conhecimentos comuns avaliáveis, dando impulso a ações baseadas na autoridade mística violenta que tende a tomar tal significação como dada. Nesse sentido, o Redimensionamento tanto parece buscar assegurar que a responsabilidade dos entes federados em responder pelos desempenhos se veja delineada com a transferência compulsória das matrículas para os municípios quanto se arroja como o não saber que bloqueia a articulação e a reatividade, obliterando a democracia. Para expor a discussão, discorrermos sobre a desconstrução derridiana na investigação das políticas de currículo, destacando o gesto a ser operado no texto e, após, apresentamos quatro seções que dão vulto a uma problematização encadeada: as estratégias retóricas que impactam a infância escolarizada em Mato Grosso, o (não) saber que circula sobre o Redimensionamento, as creches estaduais: uma narrativa pouco conhecida em MT e os anos iniciais: desafios à municipalização.
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