A educação do garoto selvagem de Aveyron e a proposta contemporânea de escolarização de alunos com transtorno do espectro autista: possibilidades de leitura
DOI:
https://doi.org/10.5902/1984686X23725Palavras-chave:
Garoto Selvagem de Aveyron, Transtorno do Espectro Autista, Educação Inclusiva.Resumo
Neste artigo, temos como objetivo analisar a experiência pedagógica de Jean Itard com o menino selvagem, refletindo sobre a presença do ideário desse médico-pedagogo na proposta contemporânea de escolarização de alunos com transtorno do espectro autista. Itard, ao contrário de outros médicos, apostou na educabilidade de Victor, supondo que suas dificuldades eram decorrentes do longo abandono vivenciado. A proposta de Itard era de caráter eminentemente educativo, tendo como premissas orientadoras que o conhecimento e as ideias advêm das sensações e que cada sentido deveria ser estimulado isoladamente. Com base na análise empreendida sobre essa experiência pedagógica, refletimos sobre a presença desse ideário na educação de alunos com autismo. Para tanto, propomos a discussão a partir de um ponto central: a primazia do método de ensino na proposta pedagógica de Itard. Na contemporaneidade, a inclusão escolar de alunos com transtorno do espectro autista impele os professores a demandar um método de ensino, que garanta como resultado a aprendizagem dos conhecimentos escolares. Atentamos para a possibilidade dessa demanda repetir o cerne da proposta de Itard, que era o método. Tendo este como foco central, as manifestações singulares poderão ser apagadas ou tomadas como um entrave a ser superado na educação desses sujeitos.
Downloads
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International (CC BY-NC 4.0)
DECLARAÇÃO DE ORIGINALIDADE E DIREITOS AUTORAIS
Declaramos o artigo a ser submetido para avaliação na Revista Educação Especial (UFSM) é original e inédito, assim como não foi enviado para qualquer outra publicação, como um todo ou uma fração.
Também reconhecemos que a submissão dos originais à Revista Educação Especial (UFSM) implica na transferência de direitos autorais para publicação digital na revista. Em caso de incumprimento, o infrator receberá sanções e penalidades previstas pela Lei Brasileira de Proteção de Direitos Autorais (n. 9610, de 19/02/98).