La escritura del sujeto Sordo: lenguaje, experiencia y representación simbólica
DOI:
https://doi.org/10.5902/1984686X93522Palabras clave:
Modalidad escrita, Segunda lengua, ConceptoResumen
Este artículo analiza la producción escrita de los sujetos sordos desde una perspectiva que integra lenguaje, cognición, cultura y experiencia. Considerando las barreras comunicacionales y simbólicas enfrentadas por las personas sordas, se discute cómo estas condiciones moldean formas específicas de representación del mundo, frecuentemente distintas de la lógica secuencial y normativa de la escritura alfabética. Fundamentado en autores como Vygotski, Barthes, Lyons y Langacker, el texto sostiene que la sordera debe ser comprendida como una diferencia lingüístico-cultural. La escritura del sordo, en consecuencia, expresa una lógica visual, multimodal y relacional, anclada en la lengua de señas y en las experiencias comunitarias. La memoria colectiva de la comunidad sorda, la identidad cultural y la resistencia simbólica emergen como elementos centrales en la constitución de sentidos y en la organización del pensamiento. A partir de ello, el artículo propone una reconfiguración de las prácticas pedagógicas, que reconozca la singularidad del sujeto sordo y valore sus formas legítimas de significar. La escritura sorda, lejos de representar un desvío, revela posibilidades epistemológicas propias que desafían los paradigmas de la oralidad y de la linealidad textual. La escuela, por lo tanto, debe acoger tales manifestaciones como legítimas y promotoras de una educación inclusiva, centrada en la escucha de la diferencia y en la valorización de las múltiples formas de cognición y expresión.
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