Desterritorização e reterritorização: processos vivenciados por jovens com deficiência intelectual no contexto da inclusão escolar
DOI:
https://doi.org/10.5902/1984686X24095Palavras-chave:
Jovens com deficiência intelectual, Desterritorialização, ReterritorializaçãoResumo
Após a promulgação da Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (BRASIL, 2008), a inclusão de pessoas com deficiência na modalidade da Educação de Jovens e Adultos está ocorrendo de maneira mais acentuada. Mediante essa inclusão, o presente artigo tem por objetivo compreender os processos de desterrittorização e de reterritorização, vivenciados por jovens com deficiência intelectual no contexto da inclusão escolar. De abordagem qualitativa se utilizou como instrumento de coleta de dados a entrevista semiestruturada e, como sujeitos 3 (três) jovens com deficiência intelectual matriculados em um Centro de Educação de Jovens e Adultos (CEJA), situado no Estado de Santa Catarina. A pesquisa foi construída com concepções advindas dos estudos territoriais especialmente nos conceitos de território, desterritorialização e reterritorialização de Deleuze e Guattari, que propiciaram diálogo com a pesquisa. Constatou-se que a inclusão possibilitou aos jovens com deficiência intelectual a descoberta de novos territórios. Na descoberta de novos territórios, os jovens vivenciam processos de desterrritorização e reterritorização. Na desterrritorização, emergem as linhas de fuga, perfilhando uma relação entre o desejo e o pensamento, a terra e o território. No entanto a desterritorização do pensamento vivenciada é acompanhada pela reterritorização no CEJA. Os processos de desterritorização e reterritorização foram marcados por agenciamentos que conduziram os jovens à novas territorialidades. Por meio destes processos os jovens com deficiência intelectual, fazem parte do devir que a inclusão escolar possibilita.
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