Compreensão da Conformação do Perfil das Vertentes Face aos Parâmetros Físico-Hídricos da Hobertura Pedológica em uma Vertente situada sobre Litologias da formação Santa Maria, no Município de Santa Maria, RS
DOI:
https://doi.org/10.5902/2179460X19888Resumo
As vertentes se configuram como um dos principais elementos da paisagem, quando observadas num curto espaço de tempo, mostram-se com aparência estática, entretanto estão sendo continuamente trabalhadas por processos erosivos ou deposicionais. O objetivo geral do trabalho é contribuir para o entendimento da conformação do perfil e forma das vertentes frente aos parâmetros físico-hídricos da cobertura pedológica sobre vertentes situadas sobre litologias da Formação Santa Maria, no município de Santa Maria, RS. De acordo com os objetivos do trabalho, utilizou-se como base teórico-metodológica a proposta da análise estrutural da cobertura pedológica, que permitiu a compreensão da dinâmica da cobertura pedológica e a relação com os demais elementos da paisagem. Após a analise dos resultados obteve-se o seguinte comportamento físico-hídrico dos horizontes diagnósticos do perfil do solo, aonde foi identificado o processo de translocação das argilas dos horizontes diagnósticos superficiais A, AE, E e EB para os subsuperficiais BE e B, sendo esses horizontes mais resistentes e impermeáveis contribuindo para a convexação do topo da vertente, já na base da vertente a concavização é devido a erosão remontante dos horizontes menos resistentes e pela organização dos mesmos, comandados pela circulação hídrica superficial e subsuperficial.
Downloads
Referências
AB’SABER, A. N. Um conceito de geomorfologia a serviço das pesquisas sobre o Quaternário. Geomorfologia. n. 18, IG-USP, São Paulo, 1969.
ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Solo - determinação da distribuição do tamanho de partículas: NBR 7181. Rio de Janeiro, 1984.
ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Solo - determinação do índice de vazios mínimo: NBR 6508/80. Rio de Janeiro, fev. 1991.
AYOADE, J. O. Introdução à Climatologia para os Trópicos. São Paulo: Difel, 1986.
BERTRAND, G. Paysage et géographie physique globale: Esquisse méthodologique.Revue Géographique des Pyrénéeset du Sud-Ovest. Toulouse; 39(3), 249-272, 1968.
BERTRAND, G. Paisagem e geografia física global – esboço metodológico. Cadernos de Ciências da Terra. Instituto de Geografia/USP: São Paulo; 1971.
BOULAINE, J. Projet de taxonomie pédologique. Tome I. Grignon: Multicopie, 1978.
BOULET, R. Toposéquences de sols tropicaux en Haute Volta: équilibres et deséquilibres pédobioclimatiques. Mém. ORSTOM. v.85, 1978.
CASSETI, V. Ambiente e Apropriação do Relevo. São Paulo: Contexto, 1991.
CHRISTOFOLETTI, A. Vertentes: processos e formas In: Geomorfologia. 2 ed. São Paulo: Edgard Blücher, 1980.
CRUZ, O. Estudo dos processos geomorfológicos do escoamento pluvial na área de Caraguatatuba. São Paulo. Tese de Livre Docência, FFLCH-USP, S. Paulo, 1982.
KIEHL, E. J. Manual de Edafologia: relações solo-planta. Ed Agronômica Ceres: São Paulo, 1979.
LAKATOS, Eva Maria y MARCONI, Marina de Andrade. Fundamentos de metodologia científica. 4.ed. rev. e ampl. São Paulo: Atlas, 2001.
LEMOS, R. C.; SANTOS, R. D. Manual de descrição e coleta de solos no campo. 3 ed. Campinas: Sociedade Brasileira de Ciência do Solo, 1996.
LIBARDI, P.L. Dinâmica da água no solo. 2 ed. Piracicaba: P. L. Libardi, 2000.
LIBARDI, P.L. Dinâmica da água no solo. São Paulo: EDUSP. 2005.
MACIEL FILHO, C. L. Carta Geotécnica de Santa Maria. Santa Maria: Imprensa Universitária UFSM, 1990.
MILNE, G. Some suggested units of classification and mapping, particularly for East African Soils. Soil Res., v. 4, p. 183-198, 1935.
MONTEIRO, C.A.F. Geossistemas: a história de uma procura. São Paulo: Contexto, 2000.
PELLERIN, J.; QUEIROZ NETO, J.P. (1992) Rélations entre la distribution des sols, les formes et l’évolution du relief dans la haute vallée du Rio do Peixe (état de São Paulo, Brésil). Paris, Science du Sol, v. 30, n. 3, p.133-147.
QUEIROZ NETO, J. P. Análise estrutural da cobertura pedológica no Brasil. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE CIÊNCIA DO SOLO, 21 Campinas, 1988.
QUEIROZ NETO, J. P. Geomorfologia e pedologia. Revista Brasileira de Geomorfologia.1:59-67, 2000.
QUEIROZ NETO, J. P. Análise Estrutural da Cobertura Pedológica: Uma Experiência de Ensino. Departamento de Geografia USP, 2002.
ROSS, J.L. Geografia do Brasil. São Paulo, SP: Edusp, 1996.
SANTOS, L. J. C. Contribuição da análise estrutural da cobertura pedológica ao desenvolvimento da ciência do solo. R. RA’EGA, n. 4, p. 131 – 138. Editora da UFPR, 2000.
SOTCHAVA, V. B. O estudo de geossistemas. Métodos em Questão. São Paulo; p. 27-36, 1982.
TRICART, J. Mise au point – L’évolution des versants. L’information geographique, 1957.
TRICART, J. Principes et méthodes de l geomorphologie. Paris:Masson Ed., 1965.
UHDE, L. T. Sistema pedológico em um ambiente antropizado da depressão central do RS. Tese de Doutorado, PPGCS, UFSM, Santa Maria, 2009.
VIEIRA, E.F. Rio Grande do Sul: geografia física e vegetação. Porto Alegre-RS: Sagra, 1984.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Para acessar a DECLARAÇÃO DE ORIGINALIDADE E EXCLUSIVIDADE E CESSÃO DE DIREITOS AUTORAIS clique aqui.
Diretrizes Éticas para Publicação de Revistas
A revista Ciência e Natura está empenhada em garantir a ética na publicação e na qualidade dos artigos.
A conformidade com padrões de comportamento ético é, portanto, esperada de todas as partes envolvidas: Autores, Editores e Revisores.
Em particular,
Autores: Os Autores devem apresentar uma discussão objetiva sobre a importância do trabalho de pesquisa, bem como detalhes e referências suficientes para permitir que outros reproduzam as experiências. Declarações fraudulentas ou intencionalmente incorretas constituem comportamento antiético e são inaceitáveis. Artigos de Revisão também devem ser objetivos, abrangentes e relatos precisos do estado da arte. Os Autores devem assegurar que seu trabalho é uma obra totalmente original, e se o trabalho e / ou palavras de outros têm sido utilizadas, isso tem sido devidamente reconhecido. O plágio em todas as suas formas constitui um comportamento publicitário não ético e é inaceitável. Submeter o mesmo manuscrito a mais de um jornal simultaneamente constitui um comportamento publicitário não ético e é inaceitável. Os Autores não devem submeter artigos que descrevam essencialmente a mesma pesquisa a mais de uma revista. O Autor correspondente deve garantir que haja um consenso total de todos os Co-autores na aprovação da versão final do artigo e sua submissão para publicação.
Editores: Os Editores devem avaliar manuscritos exclusivamente com base no seu mérito acadêmico. Um Editor não deve usar informações não publicadas na própria pesquisa do Editor sem o consentimento expresso por escrito do Autor. Os Editores devem tomar medidas de resposta razoável quando tiverem sido apresentadas queixas éticas relativas a um manuscrito submetido ou publicado.
Revisores: Todos os manuscritos recebidos para revisão devem ser tratados como documentos confidenciais. As informações ou ideias privilegiadas obtidas através da análise por pares devem ser mantidas confidenciais e não utilizadas para vantagens pessoais. As revisões devem ser conduzidas objetivamente e as observações devem ser formuladas claramente com argumentos de apoio, de modo que os Autores possam usá-los para melhorar o artigo. Qualquer Revisor selecionado que se sinta desqualificado para rever a pesquisa relatada em um manuscrito ou sabe que sua rápida revisão será impossível deve notificar o Editor e desculpar-se do processo de revisão. Os Revisores não devem considerar manuscritos nos quais tenham conflitos de interesse resultantes de relacionamentos ou conexões competitivas, colaborativas ou outras conexões com qualquer dos autores, empresas ou instituições conectadas aos documentos.