Educação e arte: a consolidação de um campo interminável
DOI:
https://doi.org/10.5902/198373482205Palabras clave:
Educação e arte, Educação estética, Ensino de arteResumen
O objetivo deste artigo é explorar algumas considerações acerca da educação, da arte e da relação entre elas, de modo a mostrar a condição interminável desse campo de estudo e investigação. Tomando como horizonte a formação de professores, reitero uma remessa ao entrecruzamento dos processos de subjetivação e o entendimento estético: a estética da existência como tema clássico na história da humanidade e a formação como um complexo e multifacetado processo de produção de subjetividade – formar os outros e formar a si mesmo como uma intrincada arte de existir. O lugar da arte na educação, a relação entre arte e educação, o lugar da arte na vida, o sentido da educação, as implicações entre a vida, a arte e a educação, quem vem antes, quem vem depois, quem depende de quem, quem se serve de quem: não tanto o conteúdo dessa problematização, não tanto as respostas, mas é o próprio movimento de perguntar que interessa ser problematizado. Como corpus de problematização, serão tomados quatro textos da importante arte-educadora brasileira Noêmia Varela, professora da Escolinha de Arte do Recife: “Criatividade na escola e formação do professor”, de 1972; “Movimento Escolinhas de Arte: imagens e idéias”, de 1973; “O desafio da formação de recursos humanos para a educação através da arte”, de 1977; e “A formação do arte educador no Brasil”, de 1984. O material será confrontado com categorias contemporâneas do campo da educação e da arte, buscando-se especular seu potencial infinito de investigação.
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