Epistemologia feminista: problematizar a memória da tradição na literatura, na crítica e na cultura

Auteurs-es

DOI :

https://doi.org/10.5902/2176148591477

Mots-clés :

Teoria feminista, Crítica feminista, Filosofia feminista, Epistemologia feminista

Résumé

Para a epistemologia feminista, o sujeito do conhecimento deve ser considerado como efeito das determinações culturais, inserido em um campo complexo de relações sociais, sexuais e étnicas. Os critérios de objetividade e neutralidade que garantiram a veracidade do conhecimento caem por terra no momento em que se incorpora um modo feminista de pensar, assumindo as dimensões subjetiva, emotiva e intuitiva do conhecimento e dos respectivos processos de sua produção. Essa ruptura nos instiga a explorar outras trilhas conceituais e metodológicas, cujas reflexões possam contribuir para evidenciar o interesse e a eficácia de aportes pluridisciplinares que favoreçam novas condições equitativas de gênero à produção do conhecimento científico, integrando as diversas reflexões e experiências femininas com vistas a produzir um conhecimento mais compartilhado em relação às alteridades e a realidade social.

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Anselmo Peres Alós, Universidade Federal de Santa Maria

Possui Graduação em Letras (2002) e Doutorado em Letras (2007) pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). É Professor Adjunto IV na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), na cidade de Santa Maria/RS. Foi Professor-Visitante na Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA), em Foz do Iguaçu/PR, onde ministrou as disciplinas Epistemes da Literatura, Língua Portuguesa Adicional I e Língua Portuguesa Adicional II. Foi Professor-Leitor junto ao Instituto Superior de Ciência e Tecnologia de Moçambique (ISCTEM), e Professor-Colaborador do Centro Cultural Brasil-Moçambique (CCBM) e do Instituto Superior de Comunicação e Imagem de Moçambique (ISCIM), em Maputo, no período de 2009 a 2011. Tem experiência na área de Letras, com ênfase em Literatura Comparada e Teoria Literária, atuando principalmente nos seguintes temas: teoria literária, literatura comparada, literatura brasileira, literaturas latino-americanas, literaturas africanas de língua portuguesa, crítica feminista, estudos de gênero e teoria queer. É líder do grupo de pesquisa “Trânsitos teóricos e deslocamentos epistêmicos: feminismos, estudos de gênero e teoria queer”, criado em 2013 e cadastrado junto ao Diretório dos Grupos de Pesquisa do Brasil do CNPq. Participa como pesquisador do grupo de pesquisa “Construções sócio-culturais da Tríplice Fronteira: Brasil - Paraguai – Argentina”, liderado pela Profª. Dra. Diana Araujo Pereira e cadastrado no Diretório dos Grupos de Pesquisa do Brasil do CNPq. Membro associado da ANPOLL desde 2017, junto ao Grupo de Trabalho Homocultura e Linguagens. Autor do livro A letra, o corpo e o desejo: masculinidades subversivas no romance latino-americano (Florianópolis: Editora Mulheres, 2013) e do livro Leituras a contrapelo da narrativa brasileira: redes intertextuais de gênero, raça e sexualidade. Organizador dos livros Poéticas da masculinidade em ruínas: o amor em tempos de AIDS (Santa Maria: PPG-L Editores/CNPq, 2017) e Configurações do imaginário cinematográfico na contemporaneidade (em parceria com Renata Farias de Felippe e Andrea do Roccio Souto - Santa Maria: PPG-L Editores / CNPq, 2017). Membro do Comitê Assessor de Ciências Humanas e Sociais (incluindo Letras e Artes) da Fundação de Amparo à Ciência do Rio Grande do Sul (FAPERGS), Gestão 2017-2019.

Dileane Fagundes de Oliveira, Secretaria de Educação do Rio Grande do Sul

Professora da Rede Estadual de Educação do Rio Grande do Sul.

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Publié-e

2025-11-28

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Alós, A. P., & Oliveira, D. F. de. (2025). Epistemologia feminista: problematizar a memória da tradição na literatura, na crítica e na cultura. Letras, 70, e91477. https://doi.org/10.5902/2176148591477