n. 59: (Dez. 2019) - Corpo, trauma e memória: desfazendo gêneros na literatura e nas artes das Américas
Corpo, trauma e memória: desfazendo gêneros na literatura e nas artes das Américas foi o tema proposto pelos professores Wanderlan Alves (Univer-sidade Estadual da Paraíba), Divanize Carbonieri (Universidade Federal do Mato Grosso) e Anselmo Peres Alós (Universidade Federal de Santa Maria) para o número 59 da revista Letras, mantida pelo Programa de Pós-Gra-duação em Letras da UFSM. Já de início, conseguiu-se orquestrar um coro de vozes representativo da heterogeneidade da pesquisa na Universidade brasileira, ao representarmos as regiões Nordeste, Centro-Oeste e Sul já nas instituições de atuação dos organizadores do presente número.Na década de 1970, o advento da crítica feminista foi considerado pela academia como algo nefasto, uma onda de militância ideológica que veio para destruir as artes e a literatura, menosprezando a realiza-ção estética dos textos e reduzindo sua importância e valor à política. Contudo, já nos anos 1980, a crítica feminista foi reconhecida por teóri-cos do calibre de Jonathan Culler e Terry Eagleton como uma das mais poderosas forças de renovação da crítica contemporânea. Desde então, a crítica feminista tem transformado, do Ocidente ao Oriente, a forma como lemos e pensamos as artes e a literatura.