Das cinzas à purpurina: bichas que cintilam em leitura e escrita biografemática
DOI:
https://doi.org/10.5902/2176148537310Palavras-chave:
Espaço biográfico, Homoerotismo, Manuel PuigResumo
Pela perspectiva biografemática, conforme proposição de Roland Barthes (1990), propomos uma leitura homoerótica da narrativa jornalística de cunho biográfico “Manuel nunca dijo adiós”, de Tomás Eloy Martínez, e do roteiro cinematográfico La tajada, de Manuel Puig, a fim de flagrar vestígios e pormenores de identidades e subjetividades homoeroticamente inclinadas. Dessa forma, os biografemas revelados, em cenas de flertes, paqueras, flashs da infância e memórias de grandes ícones, constituem-se enquanto espaço de discussão das representações da dissidência sexual e da multiplicidade de agenciamentos, modos de ler, ser, viver e interpretar o mundo.
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- 2022-07-29 (2)
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