https://periodicos.ufsm.br/letras/issue/feedLetras2024-04-05T09:58:49-03:00Equipe Editorialrevista.letras@ufsm.brOpen Journal Systems<p>Letras é um periódico semestral, da área de Letras, publicado desde 1991 e editado pelo Programa de Pós-Graduação em Letras, da Universidade Federal de Santa Maria. A partir do número 46, passou a integrar o Portal de Periódicos Eletrônicos da UFSM, por meio do Sistema Eletrônico de Editoração de Revistas (SEER). De periodicidade semestral, com um conselho editorial composto de acadêmicos brasileiros e estrangeiros, Letras tem priorizado a regularidade de sua publicação, a qualidade de seus textos e o apuro de sua edição, impressa e digital, sendo cada exemplar enviado para bibliotecas, programas de pós-graduação e universidades de todo o país.</p> <p><strong>eISSN 2176-1485 | Qualis/CAPES (2017-2020) = A3</strong></p>https://periodicos.ufsm.br/letras/article/view/84036Barbara Heliodora, um centenário (1913-2023):“o resumo e a crônica" do teatro no Brasil2023-10-28T14:45:59-03:00Liana de Camargo Leãolianaleao@me.com<p>É raro encontrarmos alguém tão dedicada ao teatro quanto Barbara Heliodora. Shakespeariana, tradutora, crítica, historiadora teatral, jornalista, professora e gestora no serviço público, Heliodora foi, na expressão Hamletiana, “o resumo e a crônica” do teatro no Brasil. Representou a voz feminina mais importante no cenário teatral brasileiro ao longo de cinquenta anos devido à presença regular no debate público, à excelência como crítica teatral, à expertise nos estudos teatrais e nas traduções de obras de teatro e das obras dramáticas completas de Shakespeare. No esforço de preservação da memória cultural brasileira, o presente ensaio celebra o centenário de quem foi sinônimo de teatro no Brasil.</p>2024-03-22T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Letrashttps://periodicos.ufsm.br/letras/article/view/86123Transedições: As duas lições de francês e inglês de Shakespeare2024-04-05T09:58:08-03:00Gary Taylorgtaylor@fsu.edu<p>Editions translate. Translations edit. Although these principles apply to all editions and translations, they are particularly conspicuous in some transeditions, like Jerome’s Latin Bible, or Shakespeare’s <em>Henry V</em>. Shakespeare’s play survives in two very different versions: a quarto text published in 1600 (<em>The Chronicle History of Henry the fift</em>) and the posthumous 1623 folio <em>Comedies, Histories, & Tragedies </em>(<em>The Life of Henry the Fift</em>). Both texts contain a comic scene in which a French princess, with the help of her French attendant, begins to learn English. But of the 697 words of this scene in <em>The Life, </em>only three appear together in the same order in the same speech in <em>The Chronicle History. </em>Nevertheless, in both texts the scene dramatizes translation—and mistranslation. Both Katherine and Alice make comic mistakes; but both texts also contain other mistakes that cannot be plausibly attributed to the characters, seeming instead to have been introduced by compositors in the printing house or by copyists preparing the manuscripts those compositors were given. Can we distinguish the deliberate mistranslations from the accidental ones? Abridgement from expansion? Shakespeare’s own mistakes in French from the mistakes made by those who transmitted his texts? If so, how?</p>2024-03-22T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Letrashttps://periodicos.ufsm.br/letras/article/view/84545Shakespeare & a espacialidade literária: a corte, a cidade e a floresta2024-04-05T09:58:12-03:00Régis Augustus Bars Closelregis.closel@gmail.com<p>Os Estudos Espaciais são um importante desenvolvimento crítico para o estudo especializado da Literatura. Com origem em campos das Humanidades, entre eles, filosofia, urbanismo e geografia, sua aplicação em textos, tais como romances, peças e contos, enriquece a compreensão cultural do objeto analisado. Este artigo introduz a abordagem literária da espacialidade para alunos e pesquisadores interessados em Shakespeare e/ou Crítica Literária. Partindo de um preâmbulo à concepção teórica e mantendo um direcionamento delimitado ao conceito de “espaço social” de Henri Lefebvre (1991 [1974]), exploro as diferentes concepções para o espaço no período do início da Modernidade, seguida dos locais e práticas de encenação de William Shakespeare, e concluo com uma exemplificação da diversidade espacial na comédia Sonho de uma Noite de Verão (1596), uma de suas obras mais acessíveis.</p>2024-03-22T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Letrashttps://periodicos.ufsm.br/letras/article/view/84165"De Materia Medica": médicos e enfermidades na obra de Shakespeare2024-04-05T09:58:15-03:00Aimara da Cunha Resendeaimara@terra.com.br<p>O presente artigo descreve a evolução da medicina nos séculos dezesseis e dezessete, ilustrando, com exemplos retirados das peças de Shakespeare, a presença constante tanto dos estudos então em desenvolvimento, quanto das práticas de diagnóstico e tratamento vigentes na época de vida do dramaturgo. Ao discorrer sobre o assunto, demonstra como Shakespeare se adiantou em sua visão crítica das práticas médicas, sendo, em vários momentos, precursor de demonstração de sintomas que séculos mais tarde seriam objeto de estudos de médicos e pesquisadores, levando à etiologia e à denominação de males físicos e mentais, em especial psicopatologias. Este artigo é finalizado com dois estudos de caso baseados em análise das peças “Timon de Atenas” e “Rei Lear”.</p>2024-03-22T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Letrashttps://periodicos.ufsm.br/letras/article/view/73571'Sendo forte em ambos os lados': Equivocações por heroínas shakespeareanas2024-04-05T09:58:42-03:00Ricardo Cardosorrricardo.cardoso@gmail.com<p>No século XVI, perseguições politico-religiosas levaram os católicos ingleses a desenvolver uma técnica para enfrentar inquéritos protestantes e ao mesmo tempo evitar o pecado do perjúrio. Teorizada por Henry Garnet em Tratado da Equivocação, a prática consistia na formulação de sentenças verdadeiras, mas que contém dois sentidos: um é de fácil compreensão, porém falso; o outro contém a verdade, porém de forma complexa e oculta. Este artigo investiga como algumas heroínas shakespeareanas utilizam essa técnica para responder perguntas em situações limítrofes. Como os perseguidos politico-religiosos faziam na realidade, essas heroínas angustiadas buscam proteger a si mesmas e/ou aqueles que amam.</p>2024-03-22T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Letrashttps://periodicos.ufsm.br/letras/article/view/75156Nem megera, nem boazinha: a voz desafiadora da “mulher rebelde” no drama shakespeariano2024-04-05T09:58:33-03:00Bárbara Novais de Limabarbarandelima@gmail.comFernanda Teixeira de Medeirosfemedeirosuerj@gmail.com<p>Este artigo tem como objetivo analisar três personagens femininas do cânone shakespeariano – Katherina, da comédia <em>A megera domada</em> (c. 1592-4); Paulina, do romance <em>O conto do inverno</em> (1611), e Lady Macbeth, da tragédia <em>Macbeth</em> (1605-6) – à luz do conceito de “mulher rebelde” (UNDERDOWN, 1985). Partindo do uso feito por William Shakespeare do arquétipo cômico da megera (<em>shrew</em>), bem como da personagem histórica da barraqueira (<em>scold</em>), e considerando a justaposição nem sempre exata feita pela crítica literária dessas duas figuras, sugerimos que Shakespeare cria combinações variadas entre <em>shrews</em> e <em>scolds</em>, ultrapassando, como de hábito, as fronteiras entre comédia e tragédia, esfera pública e vida privada.</p>2024-03-22T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Letrashttps://periodicos.ufsm.br/letras/article/view/73538Terá Shakespeare sido um pornógrafo? O caso de Lucrécia2024-04-05T09:58:45-03:00Leonardo Augusto de Freitas Afonsoafonso.leonardo@gmail.com<p>O poema narrativo <em>A Violação de Lucrécia</em>, de William Shakespeare, representa um estupro e suas consequências. Este artigo se propõe explorar seu teor sexual com o fim de evidenciar seu caráter erótico e possivelmente pornográfico, problematizando os conceitos envolvidos. Busca-se ainda associar o poema ao contexto da escrita erótica da protomodernidade inglesa, e para isso serão apresentadas e comentadas obras de autores como Christopher Marlowe, John Marston, Jonn Donne e Thomas Nashe.</p>2024-03-22T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Letrashttps://periodicos.ufsm.br/letras/article/view/75158Buscando um “Hamlet” espiritualizado: Mikhail Tchékhov e uma visão antroposófica da tragédia shakespeariana2024-04-05T09:58:29-03:00Graciane Borges Piresgracianebpires@gmail.com<p>Em 1923 o ator e diretor russo Mikhail Tchékhov inicia os ensaios de sua montagem da tragédia shakesperiana “Hamlet”, na qual ele interpretou o papel-título. A perspectiva de M. Tchékhov para a peça liga-se fortemente à cosmovisão espiritual científica da antroposofia, filosofia elaborada pelo filósofo austríaco Rudolf Steiner, tema dos estudos do ator desde 1919. A partir da tradução do original russo de trechos dos protocolos de ensaio da peça e de artigos dos pesquisadores italianos Malcovati e Cristini, este artigo se propõe a ampliar a gama de interpretações da tragédia acrescentando uma abordagem metafísica do texto shakespeariano.</p>2024-03-22T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Letrashttps://periodicos.ufsm.br/letras/article/view/75299Shakespeares na estrada2024-04-05T09:58:22-03:00Fernanda Medeirosfemedeirosuerj@gmail.com<p>Neste ensaio, motivado pelo filme <em>Nomadland</em> (2020) e por dois projetos educacionais envolvendo Shakespeare e crianças no interior do Brasil, proponho uma conversa sobre a transmissão de Shakespeare hoje, em tempos de profundo questionamento dos cânones estéticos e artísticos.</p>2024-03-22T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Letrashttps://periodicos.ufsm.br/letras/article/view/75179Shakespeare no palco do pós-guerra britânico: da internacionalização às releituras2024-04-05T09:58:25-03:00Jonathan Renan da Silva Souzajonathan.philia@gmail.com<p>Este artigo pretende caracterizar alguns momentos definidores do processo de canonização de Shakespeare, tendo por ponto de partida o teatro moderno britânico e as releituras do material shakespeareano realizadas a partir de meados do século XX. A internacionalização do dramaturgo, bem como sua avaliação crítica por parte de Bernard Shaw e a análise totalizante de Jan Kott são preâmbulos para o retrato da retomada de Shakespeare no contexto do pós-guerra, de constantes emparelhamentos e contradições entre o tradicional e o novo, o canônico e o moderno, momento que tornou possível um fecundo aproveitamento estético e político do material shakespeareano.</p>2024-03-22T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Letrashttps://periodicos.ufsm.br/letras/article/view/75161Virginia Woolf e o personagem Shakespeare em Orlando2024-04-05T09:58:27-03:00Nícea Helena de Almeida Nogueiranicea.nogueira@ufjf.br<p>Shakespeare está presente na escrita de Virginia Woolf nos ensaios críticos, romances, cartas e diários. A crítica woolfiana se debruça sobre as menções ao bardo para comprovar quanto a sua obra foi determinante na formação da escritora em uma infindável ausência-presença. Woolf estabeleceu o diálogo com Shakespeare a fim de atualizar e moldar o seu próprio projeto literário. O objetivo deste artigo é analisar os efeitos dessa presença em Orlando, uma das mais famosas biografias ficcionais modernistas. No romance, Shakespeare está envolto em mistério, como um fantasma invisível, um personagem do qual não se fala, ele é apenas pressentido.</p>2024-03-22T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Letrashttps://periodicos.ufsm.br/letras/article/view/74922Tradução, intertextualidade e recepção da obra shakespeareana na formação da literatura brasileira2024-04-05T09:58:38-03:00Ana Karina Borges Braunanakarinabraun@gmail.com<p>Demonstraremos, neste artigo, o aspecto político e linguístico-cultural da literatura e da tradução através do estudo da introdução e da recepção da obra de Shakespeare no Brasil no século XIX. Salientaremos o caráter de intertextualidade da prática da tradução, que contribuiu para a formação da literatura brasileira por meio do intercâmbio com as culturas francesa e britânica, por intermédio da portuguesa. Portanto, analisaremos aspectos referentes à reivindicação das línguas francesa (século XVI) e inglesa (século XVII) ao status de línguas literárias, relacionados à redescoberta e à tradução de obras literárias, tais como a shakespeareana.</p>2024-03-22T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Letrashttps://periodicos.ufsm.br/letras/article/view/73535O que está feito está (re)feito: a tradução intersemiótica de “Macbeth”2024-04-05T09:58:49-03:00Iury Aragoneziury_aragones@hotmail.comNeuda Alves do Lagoneudalago@ufg.br<p>O seguinte artigo tem por objetivo discutir a tradução intersemiótica da peça teatral Macbeth, escrita por William Shakespeare, para a sua versão televisiva, dirigida por Mark Brozel. Com base nas tipologias das traduções intersemióticas desenvolvidas por Julio Plaza (1987), discutimos as alterações produzidas na recriação de seis signos da obra literária, sendo eles: (i) o tempo, (ii) o sobrenatural, (iii) as Irmãs Sinistras, (iv) as profecias, (v) o som, e (vi) o suicídio. Entendemos que a tradução intersemiótica de Macbeth contribui para a democratização do acesso a essa obra canônica da literatura ocidental.</p>2024-03-22T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Letrashttps://periodicos.ufsm.br/letras/article/view/87210Apresentação de Estudos sobre Shakespeare2024-03-22T07:34:21-03:00Régis Augustus Bars Closelregis.closel@gmail.comLawrence Flores Pereiralawflores@gmail.com2024-03-22T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Letras