https://periodicos.ufsm.br/letras/issue/feedLetras2023-07-11T09:30:57-03:00Equipe Editorialrevista.letras@ufsm.brOpen Journal Systems<p>Letras é um periódico semestral, da área de Letras, publicado desde 1991 e editado pelo Programa de Pós-Graduação em Letras, da Universidade Federal de Santa Maria. A partir do número 46, passou a integrar o Portal de Periódicos Eletrônicos da UFSM, por meio do Sistema Eletrônico de Editoração de Revistas (SEER). De periodicidade semestral, com um conselho editorial composto de acadêmicos brasileiros e estrangeiros, Letras tem priorizado a regularidade de sua publicação, a qualidade de seus textos e o apuro de sua edição, impressa e digital, sendo cada exemplar enviado para bibliotecas, programas de pós-graduação e universidades de todo o país.</p> <p><strong>eISSN 2176-1485 | Qualis/CAPES (2017-2020) = A3</strong></p>https://periodicos.ufsm.br/letras/article/view/75271Apresentação2023-04-10T15:56:58-03:00Marcus De Martinimarcusdemartini@gmail.comLeni Ribeiro Leiteleni.ribeiro@gmail.com2023-07-11T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Letrashttps://periodicos.ufsm.br/letras/article/view/69781Retratos dos três primeiros infantes da Ínclita Geração, segundo Zurara e Rui de Pina (séculos XV-XVI)2023-02-27T16:07:19-03:00Jerry Santos Guimarãesjerryguima@gmail.com<p>Discutimos a maneira como os cronistas-mores Gomes Eanes de Zurara e Rui de Pina descreveram os corpos e as virtudes dos três primeiros infantes avisinos: D. Duarte, D. Pedro e D. Henrique. Para tanto, buscamos demonstrar quais topoi ecfrásticos, preceituados pela instituição retórica, foram atualizados pelos cronistas com o objetivo de oferecerem retratos vívidos e verossímeis desses príncipes. Concomitantemente, analisamos em que medida, no Portugal dos séculos XV e XVI, a descriptio e a evidentia foram utilizadas na escrita da história como meios de persuasão e garantias da verdade.</p>2023-07-11T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Letrashttps://periodicos.ufsm.br/letras/article/view/69335Nem maiores, nem menores. Do tamanho do Império: representações discursivas alegóricas de Sebastião da Rocha Pita2023-02-24T10:00:35-03:00Eduardo Sinkevisqueesinkevisque@hotmail.com<p>Demonstra-se como, na primeira metade do século XVIII, Sebastião da Rocha Pita (1660-1738) em variados textos constrói formulações alegóricas para seus argumentos. Analisam-se excertos de escritas de vários gêneros compostos por ele. Nomeadamente, Breve compêndio e narração do fúnebre espetáculo (...); Sumário da vida e morte da exma. senhora D. Leonor Josefa de Vilhena (...); Oração do Acadêmico Vago Sebastião da Rocha Pita (...); História da América Portuguesa (...); Tratado Político. A hipótese de trabalho é a de que as analogias retórico-poéticas mobilizadas formam alegorias, porque metáforas continuadas, metáforas narrativas. Com elas, o letrado representa o tamanho do Império à proporção de heróis, varões, senhoras, mecenas, entre outras <br />“pessoas de representação”.</p>2023-07-11T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Letrashttps://periodicos.ufsm.br/letras/article/view/70634Teodoro de Almeida e a “história” do terremoto de 17552023-02-24T10:03:30-03:00Cleber Vinicius do Amaral Felipecleber.ufu@gmail.com<p>O ensaio trata do poema Lisboa Destruída (1803), epopeia voltada para o terremoto de 1755 e escrita por Teodoro de Almeida, antigo membro da Congregação do Oratório e professor de Filosofia Natural. Busca-se compreender alguns preceitos e a maneira como o poeta mobilizou topoi historiográficos e outros recursos capazes de emprestar verossimilhança à trama a ponto de denominá-la “história”.</p>2023-07-11T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Letrashttps://periodicos.ufsm.br/letras/article/view/71045Uma "conversa entre ausentes": a epistolografia de Antônio Vieira e a tradição retórica da Ars Dictaminis2023-02-15T15:37:06-03:00Ana Lúcia Machado de Oliveiraanaluciamachado54@terra.com.br<p>Centrado no exame da correspondência do jesuíta Antônio Vieira, tendo em vista sua relação com a tradição retórica do gênero epistolar, este artigo parte da consideração do lugar da escrita de cartas no âmbito da Sociedade de Jesus desde sua origem, considerando o papel de destaque que lhe foi atribuído pelo fundador dessa Ordem, Inácio de Loyola. Em seguida, será examinada a relação da correspondência jesuítica com a longa tradição da ars dictaminis, enfatizando a codificação retórica específica do gênero epistolar. Por fim, na análise da epistolografia vieiriana, evidenciar-se-á como o inaciano aplica os modelos de composição escrita prescritos por Loyola, segundo as partes e os estilos tradicionais da correspondência que foram adaptados às necessidades de comunicação da Ordem jesuítica.</p>2023-07-11T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Letrashttps://periodicos.ufsm.br/letras/article/view/71346“Entre la discreción y la locura”: uma breve análise da categoria histórica da discrição em Dom Quixote de la Mancha, de Miguel de Cervantes2023-02-15T15:33:02-03:00Lavinia Silvareslpsilvares@gmail.com<p>Neste artigo, propõe-se explorar a categoria histórica do “discreto” em Dom Quixote de la Mancha (Parte I, 1605; Parte II, 1615), a fim de fazer ouvir as vozes seiscentistas inscritas nos discursos que constituem um primeiro destinatário textual do livro. Para tanto, serão analisados episódios selecionados da obra cervantina em cotejo com enunciados que formulam os sentidos e as funções da “discrição” na época de Cervantes, como dicionários, preceptivas e tratados retórico-poéticos coetâneos, sobretudo o Tesoro de la lengua castellana o española (1611), de Sebastián Covarrubias. Almeja-se, assim, evitar interpretações anacrônicas que impedem a aproximação com o campo semântico e conceitual que as obras de ficção seiscentistas mobilizam e amplificam, tanto em sua dimensão inventiva quanto na elocutiva.</p>2023-07-11T00:00:00-03:00Copyright (c) 2022 Letrashttps://periodicos.ufsm.br/letras/article/view/70832O conceito de "proporção" em El Criticón de Gracián2023-02-15T15:29:57-03:00Lucas Bento Pugliesilbentopugliesi@gmail.com<p>Este artigo intenta explorar a partir de uma breve passagem da novela alegórica <em>El Criticón</em> o sentido do conceito de “proporção” e as consequências epistemológicas de seu uso para Baltasar Gracián. À luz das práticas retórico-poéticas em voga no período de elaboração da obra (1651), espera-se pormenorizar o sentido técnico que o conceito pode apresentar, desnudando uma radical crise epistêmica que implicou uma reavaliação crítica da possibilidade de se conhecer ao longo do século XVII. Assim, o percurso arqueológico visa recolocar o central conceito de “proporção” em seus vínculos como uma teoria do conhecimento, conforme se apresenta na Crisi II do volume 1 do Criticón, partindo de tratados de arte retórica coevos e então refletir sobre a viragem que a obra parece operar sobre a categoria.</p>2023-07-11T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Letrashttps://periodicos.ufsm.br/letras/article/view/69994Introdução à comedia nueva de Lope de Vega2023-02-17T17:55:31-03:00Gabriel Furine Contatorifurine.contatori@unifesp.br<p>Este artigo pretende discutir, de maneira introdutória, as convenções poético-retóricas do gênero comedia nueva, tal como apresentadas no Arte nuevo de hacer comedias en este tiempo (1609), de Lope de Vega. Assim, busca-se analisar como o Fénix de los Ingenios propõe a mescla dos gêneros e dos estilos na comédia; qual a mimesis desse gênero, bem como sua finalidade. Além disso, procuramos situar a comedia nueva dentro do debate que se desenvolveu, na Espanha, entre fins do século XVI e durante o século XVII, sobre a licitude das artes dramáticas, notadamente o gênero cômico.</p>2023-07-11T00:00:00-03:00Copyright (c) 2022 Letrashttps://periodicos.ufsm.br/letras/article/view/70757Ornamentar a oratória: A educação retórica de Shakespeare e A Violação de Lucrécia2023-02-15T15:26:32-03:00Leonardo Augusto de Freitas Afonsoafonso.leonardo@gmail.com<p>É comum a crítica literária apontar que o poeta e dramaturgo inglês William Shakespeare incorporou em sua obra sua educação retórica. A eloquência de seus versos se deve, em grande medida, à aplicação de recursos originalmente desenvolvidos na Antiguidade para amparar o ofício do orador. Este artigo se propõe mostrar como seu poema narrativo A Violação de Lucrécia (1594), relativamente negligenciado dentro de seu cânone, não só ilustra bem tais recursos retóricos, como também exibe tantos elos com a educação do poeta na grammar school que parece sugerir uma homenagem deliberada.</p>2023-07-11T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Letrashttps://periodicos.ufsm.br/letras/article/view/71175A construção do caráter de Cristo em Paradise Regained, de John Milton2023-02-15T15:34:31-03:00Fernanda Teixeira Bragançafnanda.tb@hotmail.comLeni Ribeiro Leiteleni.ribeiro@gmail.com<p>Investigaremos a relação de Paradise Regained com a épica clássica via análise de mecanismos do gênero epidítico na construção do caráter heroico de Cristo. Consideraremos a recepção da épica bélica pela tradição letrada cristã e a mescla de elementos bíblicos a estruturas retóricas de organização textual oriundas da Antiguidade. Observaremos como essa construção comenta elementos formais de representação do heroísmo, mas também discussões teológicas sobre virtudes e livre arbítrio. Argumentaremos que o caráter de Cristo se dá com elementos formais das épicas clássica e escritural, e de pressupostos renascentistas de construção de personagem, amparados pelo uso antigo do epidítico.</p>2023-07-11T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Letrashttps://periodicos.ufsm.br/letras/article/view/70704A imitatio Camoniana, uma tipologia2023-02-24T10:01:21-03:00Matheus Barbosa Morais de Britotheosdebrito@gmail.com<p>Este artigo sugere uma breve tipologia ad hoc de usos a partir dos quais pensar a problemática da imitação na obra <em>Rimas</em> de Luís de Camões, passível de extensão a demais poemas construídos sob esse princípio retórico-poético. São três as formas aqui consideradas: a imitação ou emulação de modelos textuais; a citação e a alusão; e, por fim, o recurso aos lugares-comuns. Trata-se de técnicas de uma prática discursiva que estabelece uma continuidade histórica através da reformulação do texto-modelo prévio ou inflexão de um tópico da tradição, e que igualmente engendra uma expectativa de futura elaboração.</p>2023-07-11T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Letrashttps://periodicos.ufsm.br/letras/article/view/71145A cinegética suína na poesia ibérica seiscentista2023-02-15T15:35:53-03:00Leonardo Zuccaroleonardo.zuccaro@usp.br<p>Neste artigo, pretendemos demonstrar a prática da caça de javalis em poesia seiscentista, utilizando como exemplos privilegiados poemas de autores portugueses e espanhóis. Para tal, apresentamos o texto organizado no seguinte modo: na introdução, explanamos o estatuto da caça ao menos desde o século XV até o século XVII, e mais especificamente da caça de javalis. Em seguida, apresentamos alguns casos da presença desse estatuto operado em poesia lírica, sobretudo na de louvor. Por fim, apontamos a mesma presença em poesia narrativa, utilizando fábulas mitológicas compostas por autores portugueses e espanhóis seiscentistas, evidenciando a importância dessa prática.</p>2023-07-11T00:00:00-03:00Copyright (c) 2022 Letrashttps://periodicos.ufsm.br/letras/article/view/71158Oralidade e retórica: a presença da voz na poesia atribuída a Gregório de Matos Guerra2023-02-15T15:35:13-03:00Patrícia Bastospatriciauerj79@gmail.com<p>Considerando o exercício da oralidade presente em boa parte da produção relativa às letras seiscentistas durante o Brasil colônia, o objetivo deste texto é investigar os fatores que contribuíram para o expressivo uso da voz no interior dessa organização social a partir da poesia atribuída a Gregório de Matos. Com a finalidade de manter um recorte que caiba neste estudo e atendendo a possíveis influências no que diz respeito às artes retórico-poéticas vigentes na sociedade luso-brasileira, esse artigo abordará a utilização das práticas discursivas relacionadas ao período na elaboração da matéria poética aqui tratada.</p>2023-07-11T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Letrashttps://periodicos.ufsm.br/letras/article/view/69218Outra Marília2023-02-24T10:02:30-03:00Jean Pierre Chauvintupiano@usp.br<p>Neste ensaio, discute-se o modo como Marília é representada nos poemas líricos de Pedro Joaquim Antônio Correia Garção e nas liras de Tomás Antônio Gonzaga. Essa personagem nos convida a repensar as múltiplas acepções de seu nome, em diálogo com a poesia antiga, e reforça a hipótese de que a obra de Correia Garção demanda estudos de maior fôlego e precisão, evitando-se leituras anacrônicas.</p>2023-07-11T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Letrashttps://periodicos.ufsm.br/letras/article/view/71193Os retratos poéticos de Alvarenga Peixoto2023-02-15T15:33:47-03:00Caio Cesar Esteves de Souzacaioestevesdesouza@g.harvard.edu<p>Em 2017, localizamos seis retratos até então inéditos atribuídos ao poeta setecentista Inácio José de Alvarenga Peixoto. Neste artigo, propomos uma primeira interpretação desses poemas, ao lado de um outro retrato que já era conhecido em seu corpus. O método empregado se resume a elencar os principais lugares-comuns empregados nos poemas, e colocá-los em diálogo com doutrinas poético-retóricas sobre a prosopografia.</p>2023-07-11T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Letrashttps://periodicos.ufsm.br/letras/article/view/70881Caramuru: permanência e mutação da poesia épica clássica na epopeia cristã de Santa Rita Durão2023-02-15T15:37:42-03:00Vitor Bourguignon Vogasvbvogas@gmail.com<p>Neste artigo, discorreremos sobre as permanências e descontinuidades do gênero épico antigo na obra <em>Caramuru</em> – Poema Épico do Descobrimento da Bahia, publicada pelo Frei José de Santa Rita Durão em 1781. Procuraremos analisar como os modelos da poesia épica da Antiguidade Clássica são tomados como base e permanecem nessa epopeia brasileira do fim do século XVIII, com a Modernidade batendo às portas da História, mas, ao mesmo tempo, são renovados (ou atualizados) de acordo com os propósitos específicos do autor em conformidade com o contexto político e religioso no qual ele se situa.</p>2023-07-11T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Letras