Chico Buarque e a construção de gênero em canções forjadas na homoafetividade: da crítica feminista à teoria queer

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5902/2176148537253

Palavras-chave:

Feminino, Homoafetividade, Gênero, Chico Buarque

Resumo

Este artigo analisa duas canções do compositor Chico Buarque (Bárbara - 1972/1973 e Mar e Lua - 1980) a partir da perspectiva de construção do gênero feminino em uma lógica não excludente. As canções em tela não apresentam a mulher através dos modelos convencionais e percebem a multiplicidade das sexualidades humanas, questionando a naturalização das identidades heteronormativas a partir da representação marginalizada e estigmatizada da homoafetividade. Além disso, em consonância com outras canções de Chico Buarque, representam uma crítica social à opressão e marginalização dos homossexuais.

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Biografia do Autor

CAMILA FONSECA DE OLIVEIRA CALDERANO, UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA

Doutora (2019) e Mestra (2014) em Estudos Literários pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Graduada em Letras, com habilitação em Língua Portuguesa, pela Universidade Federal de Juiz de Fora (2011).

Márcia Almeida, Universidade Federal de Juiz de Fora

Professora Titular (Classe E) da Universidade Federal de Juiz de Fora, possui graduação em Letras pela UFJF, mestrado e doutorado em Letras Neolatinas pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e pós-doutorados realizados em La Sapienza-Università di Roma e na UFPB. Tem experiência na área de Letras, com ênfase em Línguas/Literaturas Estrangeiras Modernas, atuando principalmente nos seguintes temas: autoria feminina, estudos de gênero, estudos pós-coloniais e literatura e língua italiana.

 

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Publicado

2020-05-20

Como Citar

CALDERANO, C. F. D. O., & Almeida, M. (2020). Chico Buarque e a construção de gênero em canções forjadas na homoafetividade: da crítica feminista à teoria queer. Letras, (59), 305–322. https://doi.org/10.5902/2176148537253