n.49: (Dez. 2014) - Narrativas, retóricas, drama e história nos séculos XVI e XVII

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A chamada da revista Letras refletiu a preocupação dos organi-zadores em incluir contribuições que, sem tratar de questões diretamente relacionadas ao período, explorassem-nas em relação a obras de outros tempos. Marcus De Martini e Noeli Rossatto exploraram, como já vimos, a presença do messianismo na obra de Suassuna. Kathrin Rosenfield, por sua vez, explorou as intersecções entre o pensamento de Walter Benjamin sobre o Trauerspiels alemão, a teoria tradutória de Haroldo de Campos e a poesia dramática traduzida pelo poeta alemão Friedric Hölderlin. Rosenfield revela como a inflexão da noção de barroco, produzida e reelaborada pela modernidade em obras, traduções e teorias, é objeto de leituras transversais fundamentais para as práticas tradutórias na modernidade: eis uma quadrangulação teórica que é reconhecível até mesmo em ensaios sobre tradução, como o célebre postscriptum “Transluciferação mefistofélica” em Deus e o Diabo no Fausto de Goethe. Rosenfield finalmente se detém sobre como os desvios e as rupturas na tradução de Hölderlin, criticados em seu tempo, constituem um interessante procedimento de “desvio de fidelidade”, certamente um procedimento que pelo menos desde a década de 50 tem sido discutido no campo teórico da tradução. 

Publicado: 2014-12-29

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