Validação de conteúdo da Escala para Identificação do(a) Estudante Duplamente Excepcional –EIDEAH/TDAH: uma perspectiva docente
DOI:
https://doi.org/10.5902/1984686X91916Palavras-chave:
Superdotação, Dupla excepcionalidade, Estudos de validaçãoResumo
A Dupla Excepcionalidade caracteriza-se pela presença de alta performance, habilidade, talento ou potencial, concomitante a uma desordem psiquiátrica, neurológica, comportamental, sensorial, física ou educacional. Considerando a possibilidade do duplo diagnóstico entre Superdotação e Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH), esta pesquisa, de natureza metodológica, transversal e exploratória, investigou a validade de itens da Escala para a Identificação do(a) Estudante Duplamente Excepcional – Altas Habilidades com TDAH (EIDEAH/TDAH), adaptada transculturalmente da Escala de Identificación de Estudiantes Doblemente Excepcionales – versão para professores, para o contexto brasileiro.A versão inicial da escala continha 39 itens, distribuídos em quatro dimensões: acadêmica, cognitiva, emocional/comportamental e social. Aplicou-se a escala a 30 professores da Educação Básica (1º ao 9º ano) de uma escola pública estadual da Diretoria de Ensino Regional de Marília (SP), visando verificar a adequação das instruções, itens e alternativas, bem como o nível de compreensão e a equivalência cognitiva da adaptação. Também buscou-se identificar inconsistências conceituais e problemas de interpretação não resolvidos anteriormente.Os participantes avaliaram clareza, compreensão e adequação dos itens, e calculou-se o Índice de Validade de Conteúdo (IVC), no qual todos os itens atingiram o valor mínimo aceitável, não havendo necessidade de alterações. Os resultados indicam que a adaptação transcultural foi efetiva, com evidências de validade de conteúdo e boa compreensão pela população-alvo. A escala mostra potencial como ferramenta de triagem em contextos escolares, integrada a outros instrumentos e avaliações clínicas, podendo subsidiar ações pedagógicas e interdisciplinares mais assertivas no atendimento a estudantes com Dupla Excepcionalidade.
Downloads
Referências
OGEDA, C. M. M. Superdotação e TDAH: adaptação transcultural e validação de um instrumento de identificação da dupla excepcionalidade. 2025. Tese (Doutorado em Educação) — Faculdade de Filosofia e Ciências, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (UNESP), Marília, 2025.
BARRIOS, M.; FRÍAS, M. Factores que influyeneneldesarrollo y rendimiento escolar de los jóvenes de bachillerato. Revista Colombiana de Psicología, v. 25, n.1, p. 63-82. 2016. Disponível em: https://psycnet.apa.org/record/2016-15054-004. Acessoem: 10 abr. 2024. DOI: https://doi.org/10.15446/rcp.v25n1.46921
BEATON, D. E. et al. Guidelines for the Process of Cross-Cultural Adaptation of Self-Report Measures. SPINE, v. 25, n. 24, p. 3186-3191. 2000. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/11124735/. Acesso em: 02 maio 2024. DOI: https://doi.org/10.1097/00007632-200012150-00014
BERNINGER, V. W.; ABBOTT, R. D. Differences between children with dyslexia who are and are not gifted in verbal reasoning. GiftedChildQuarterly, v. 57, n. 4, p. 223- 233. 2013. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3829472/. Acesso em: 05 jan. 2024. DOI: https://doi.org/10.1177/0016986213500342
BISQUERRA, R.; PÉREZ, N. Las competências emocionales. EducaciónXXI, v. 10, p. 61-82. 2007. Disponível em: https://bienestaryproteccioninfantil.es/las-competencias-emocionales-emotional-competencies/. Acesso em: 18 abr. 2024. DOI: https://doi.org/10.5944/educxx1.1.10.297
BLANCO, M. C. Guía para laidentificación y seguimiento de alumnos superdotados. Educación primaria. Madrid: Cisspraxis. 2001. Disponível em: https://sid-inico.usal.es/documentacion/guia-para-la-identificacion-y-seguimiento-de-alumnos-superdotados-educacion-primaria/. Acesso em: 01 jun. 2022.
CONEJEROS-SOLAR, M. L. C. et al. Doble Excepcionalidad: Manual de identificación y orientaciones psicoeducativas. Escuela de Pedagogía. 2018. Pontifícia Universidade Católica de Valparaíso. Comisión Nacional de Investigación Científica e Tecnológica. 2018. Disponível em: https://www.2e.cl/publicaciones/. Acesso em: 18 abr. 2024.
DIAS, N. M.; BUSATTO, L. M.; TREVISAN, B. T. Dupla Excepcionalidade no Transtorno de déficit de atenção/hiperatividade. In: ALVES, R. J.; NAKANO, T. C. (Orgs.). Dupla excepcionalidade:Altas Habilidades/Superdotação nos transtornos neuropsiquiátricos e deficiências. 1 ed. São Paulo: Vetor Editora. 2021. p. 69-83.
FOLEY-NICPON, M.; ASSOLUINE, S. G. Counseling considerations for the twice-exceptional client. Counseling the Gifted Individual: Theory & practice, v. 39, n. 2, p. 202-211, 2015. Disponível em: Counseling Considerations for the Twice-Exceptional Client | Request PDF. Acesso em: 28 fev. 2024. DOI: https://doi.org/10.1002/j.1556-6676.2015.00196.x
GOLEMAN, D.; BOYATZIS, R.; MCKEE, A. Primal Leadership: Realizing the Power of Emotional Intelligence. Boston: Harvard Business. 2002.
GÓMEZ-ARIZAGA, M. P. et al. Doble excepcionalidad: análisis exploratorio de experiencias y auto imagenen estudiantes chilenos. Revista de Psicología, Lima, v. 34, n. 1, p. 5-37, 2016. Disponível em: http://www.scielo.org.pe/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S025492472016000100002&lng=es&nrm=iso. Acessoem: 28 dez. 2023. DOI: https://doi.org/10.18800/psico.201601.001
GUILLEMIN, F.; BOMBARDIER, C.; BEATON, D. Cross-cultural adaptation of health-related quality of life measures: literature review and proposed guidelines. Jounalof Clinical Epidemiology, v. 46, n. 12, p. 1417-1432, 1993. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/8263569/. Acessoem: 02 jun. 2022. DOI: https://doi.org/10.1016/0895-4356(93)90142-N
HUTCHINSON, A.; BENTZEN, N.; KONIG-ZANHN, C. Cross cultural health outcome assessment: a user’s guide. The Netherlands: ERGHO; 1996.
LANDAU, E. El valor de ser superdotado. Nueva Librería: Buenos Aires. 2008.
MARTÍNEZ, M.; CASTELLÓ, A. Los perfiles de la excepcionalidad intelectual. In: CASTAÑEDA, S (Ed.). Educación, aprendizaje y cognición. Teoría em la práctica. México: Manual Moderno, 2004, p. 251-266.
NAKANO, T. C.; OLIVEIRA, K. S. Triagem de indicadores de Altas Habilidades/Superdotação: estrutura fatorial. Avaliação Psicológica, v. 18, n. 4, p. 448-456, 2019. Disponível em: https://dialnet.unirioja.es/descarga/articulo/7267105.pdf. Acesso em: 13 nov. 2024. DOI: https://doi.org/10.15689/ap.2019.1804.18478.13
OYARZÚN, G.; GOIC, C.; ASTETE, E. P. Habilidades sociales y rendimiento académico: una mirada desde el género. Acta Colombiana de Psicología, v. 15, n. 2, p. 21-28, 2012. Disponível em: http://www.scielo.org.co/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0123-91552012000200003. Acesso em: 20 fev. 2024.
PASQUALI, L. Princípios de Elaboração de Escalas. In: GORENSTEIN, C.; WANG, Y. HUNGERBÜHLER, I. (Orgs.) Instrumentos de Avaliação em Saúde Mental. Porto Alegre: Artmed, 2016. p. 4-11.
PFEIFFER, S. I. Gifted students with a coexisting disability: The twice exceptional. Florida State University, Department of Educational Psychology and Learning Systems, v. 32, n. 4, p. 717-727, 2015. Disponível em: https://www.scielo.br/j/estpsi/a/vKwb6g6bLjVF4NGNjMK57ww/.Acessoem: 18 abr. 2024. DOI: https://doi.org/10.1590/0103-166X2015000400015
PFEIFFER, S. I. Serving the gifted: evidence-based clinical and psychoeducational pratice. New York, NY: Routledge. 2013.
POLIT, D. F.; BECK, C. T. The content validity index: are you sure you know what's being reported? Critique and recomendationas. Research Nursing Health, v. 29, p. 489-497, 2006. Disponívelem: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/16977646/. Acessoem: 01 fev. 2024. DOI: https://doi.org/10.1002/nur.20147
PRIOR, S. Transition and students with Twice-Exceptionality. Australian Journal of Special Education, v. 37, n. 1, p. 19-27. 2013. Disponível em: https://www.researchgate.net/publication/259433964_Transition_and_Students_With_Twice_Exceptionality. Acessoem: 18 abr. 2024. DOI: https://doi.org/10.1017/jse.2013.3
REIS, S. M.; BAUM, S. M.; BURKE, E. An Operational Definition of Twice-Exceptional Learners: Implications and Applications. Gifted Child Quarterly, v. 58, n. 3, p. 217-230, 2014. Disponívelem: https://journals.sagepub.com/doi/10.1177/0016986214534976. Acessoem: 18 abr. 2024. DOI: https://doi.org/10.1177/0016986214534976
WILD, D. et al. Principles of good practice for the translation and cultural adaptation process for patient-reported outcomes (PRO) measures: Report of the ISPOR Task Force for Translation and Cultural Adaptation. Value in Health, v. 8, n. 2, p. 94-104, 2005. Disponívelem: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/15804318/. Acessoem: 05 maio 2024. DOI: https://doi.org/10.1111/j.1524-4733.2005.04054.x
YUSOFF, M. S. B. ABC of content validation and content validity index calculation. Educational. Resource, v. 11, n. 2, p. 49-54, 2019. Disponível em: https://eduimed.usm.my/EIMJ20191102/EIMJ20191102_06.pdf. Acesso em: 02 maio 2023. DOI: https://doi.org/10.21315/eimj2019.11.2.6
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Revista Educação Especial

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.

This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International (CC BY-NC 4.0)
DECLARAÇÃO DE ORIGINALIDADE E DIREITOS AUTORAIS
Declaramos o artigo a ser submetido para avaliação na Revista Educação Especial (UFSM) é original e inédito, assim como não foi enviado para qualquer outra publicação, como um todo ou uma fração.
Também reconhecemos que a submissão dos originais à Revista Educação Especial (UFSM) implica na transferência de direitos autorais para publicação digital na revista. Em caso de incumprimento, o infrator receberá sanções e penalidades previstas pela Lei Brasileira de Proteção de Direitos Autorais (n. 9610, de 19/02/98).


