Análise econômica dos sistemas de produção com acácia-negra (<i>Acacia mearnsii </i>de Wild.) no Rio Grande do Sul.
DOI:
https://doi.org/10.5902/19805098294Palavras-chave:
Economic analyses, silviagropasturing, agroforestry, Acacia mearnsii.Resumo
Neste trabalho foi feita a análise econômica de dez sistemas de produção de acácia-negra, amostradas em 23 propriedades rurais localizadas nos municípios com tradição na acacicultura. Foram analisados os seguintes sistemas que utilizam a regeneração induzida pelo fogo: acácia-negra (AN) em monocultivo (S1), AN com milho (S2), com feijão (S3) e com batata inglesa (S4). Os sistemas de plantio de mudas analisadas foram: AN em monocultivo (S5), monocultivo de AN em sucessão agrícola (S6), AN em consórcio com melancia (S7), com milho (S8), com feijão (S9) e com pecuária (S10). Para a análise econômica foram utilizados os critérios do Valor Liquido Presente (VLP), Valor Esperado da Terra (VET), Razão Beneficio/Custo (RBC) e Taxa Interna de Retorno (TIR). A idade de rotação otimizada da acácia-negra através da maximização do VLP, foi igual a 7 anos para taxas de juros que variam de 6 a 10% a.a., em todos os sistemas de produção. Em áreas novas, ou onde a regeneração pelo fogo não é possível, o sistema mais eficiente e rentável foi o plantio de mudas consorciado com melancia, pois o VLP, a taxa 6% a.a., foi de 1.436,06 US$/ha e o RBC foi 2,13, para sítios com produtividades médias de 227 st/ha de madeira comercial e 14 t/ha de casca seca a 12% de umidade, aos 7 anos de idade. Em áreas onde é possível a regeneração induzida pelo fogo, o consórcio com batata inglesa é o mais rentável, pois aos 7 anos, em sítios médios o VLP e o RBC, a taxa 6% a.a., foram 1.063,99 US$/ha e 2,13, respectivamente.
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