Ciência Florestal https://periodicos.ufsm.br/cienciaflorestal <p style="text-align: justify;">O periódico <strong>Ciência Florestal</strong> (ISSN:1980-5098) foi criado em 1991, passando a ser publicado somente na versão on-line em 2016, com o objetivo de ser um veículo para a divulgação de trabalhos científicos, notas técnicas e revisões de literatura relacionados à área de ciências florestais. Possui tiragem trimestral e são aceitos textos redigidos em português, inglês ou espanhol. Atualmente está indexada nas mais importantes bases de dados nacionais e internacionais.</p> <p style="text-align: justify;"><strong>eISSN 1980-5098 | Qualis/CAPES (2017-2020) = B2</strong></p> Universidade Federal de Santa Maria pt-BR Ciência Florestal 0103-9954 <p>A CIÊNCIA FLORESTAL se reserva o direito de efetuar, nos originais, alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical, com vistas a manter o padrão culto da lingua, respeitando, porém, o estilo dos autores.<br />As <strong>provas finais </strong>poderão ou não ser enviadas ao autor.<br />Os <strong>trabalhos publicados passam a ser propriedade da revista CIÊNCIA FLORESTAL</strong>, sendo permitida a reprodução parcial ou total dos trabalhos, desde que a fonte seja citada. <strong>Os originais não serão devolvidos aos autores.</strong><br /><strong>As opiniões emitidas pelos autores dos trabalhos são de sua exclusiva responsabilidade</strong>.<br /><br /></p> Qualidade da madeira e do carvão vegetal de quatro clones de <i>Eucalyptus</i> com idades entre 108 e 120 meses https://periodicos.ufsm.br/cienciaflorestal/article/view/48302 <p>Cenários de instabilidade econômica e redução do consumo de carvão vegetal, como as ocorridas em 2009 e 2016, afetam a produção deste insumo, resultando na manutenção das florestas de eucalipto e aumento da idade de corte. O objetivo deste trabalho foi avaliar a qualidade da madeira de quatro clones de <em>Eucalyptus </em>(clones 1, 2, 3 e 4) com idades entre 108 e 120 meses e do carvão vegetal produzido em forno retangular. Para caracterização da madeira, foram avaliadas a relação cerne/alburno, densidade básica, massa seca por hectare.ano e composição química. As carbonizações foram realizadas em forno retangular, com capacidade de 210 m³ de madeira, e determinaram-se o rendimento gravimétrico e as propriedades do carvão vegetal: densidade do carvão vegetal, granulometria e porcentagem de finos, índice de friabilidade, análise imediata, além da massa de carvão produzida por hectare.ano. Verificou-se efeito significativo dos clones na densidade básica e massa seca, com valores de 494 a 589 kg m<sup>-3</sup> e 12,47 a 23,34 ton.ha<sup>-1</sup>, respectivamente. O rendimento médio em carvão vegetal não diferiu entre os clones e foi igual a 34,1%, enquanto o rendimento em atiço variou de 3,2% para o clone 4 a 10,7% para o clone 3. Os clones 1 e 3 apresentaram em média 65% do volume de carvão vegetal na maior faixa granulométrica (&gt;30 mm), enquanto os clones 2 e 4 tiveram 49,5% nessa granulometria. O carvão vegetal dos quatro clones foi de média resistência e a densidade aparente variou de 356 a 458 kg<sup>.</sup>m<sup>-3</sup>, com maior valor para o clone 3. Os clones 1 e 2 apresentaram a maior produção de carvão vegetal, 7,5 toneladas por hectare.ano. O carbono fixo não variou entre os clones, apresentando média igual a 76,92%. Os clones de <em>Eucalyptus</em> nas idades de 108 e 120 meses apresentam propriedades da madeira adequadas para a produção de carvão vegetal, alcançando rendimento gravimétrico e qualidade satisfatórios para uso metalúrgico, destacando-se os clones 1 (híbrido de <em>E. urophylla</em> x <em>E. grandis</em>) e 3 (híbrido de <em>E. urophylla</em> x <em>E. camaldulensis</em>).</p> Diego Correa Ramos Angélica de Cássia Oliveira Carneiro Humberto Fauller de Siqueira Aylson Costa Oliveira Bárbara Luísa Corradi Pereira Copyright (c) 2023 Ciência Florestal http://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 2023-03-28 2023-03-28 33 1 e48302 e48302 10.5902/1980509848302 Influência do El Niño e La Niña na produtividade de plantios de Eucalipto em distintas regiões no Brasil https://periodicos.ufsm.br/cienciaflorestal/article/view/61334 <p>O objetivo deste estudo foi avaliar a influência dos fenômenos climáticos El Niño e La Niña na produtividade simulada pelo modelo 3PG em <em>Eucalyptus spp</em>. Os estudos foram realizados em áreas com plantio clonais de eucalipto nos estados da Bahia (BA), Minas Gerais (MG) e Rio Grande do Sul (RS). Trabalhou-se nos anos de ocorrência dos eventos El Niño e La Niña com intensidades fraca, moderada e forte nos anos de 1980 a 2015. Foram feitas simulações das variáveis que expressam produtividade nos plantios em cada ano destes eventos climáticos, utilizando o modelo 3PG. A calibração do modelo foi feita a partir de dados de inventários dos talhões trabalhados. As idades de três, cinco e sete anos foram avaliadas ao longo do ciclo. As médias dos estados, regiões e idades foram comparadas estatisticamente pelo teste de Tukey (p ≤ 5%). O modelo foi capaz de detectar tendências atribuídas aos eventos climáticos do El Niño e La Niña, evidenciando maiores incrementos volumétricos naqueles que apresentaram maiores totais de chuvas. Os eventos em que ocorreram condições climáticas limitantes ao crescimento dos plantios verificaram menor incremento da biomassa total. A biomassa estimada apresentou maiores incrementos para os órgãos: lenho&gt;raiz&gt;folhas, respectivamente.</p> Marciel Lelis Duarte Aristides Ribeiro Copyright (c) 2022 Ciência Florestal http://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 2023-03-28 2023-03-28 33 1 e61334 e61334 10.5902/1980509861334 O impacto da carga de incêndio específica no desempenho de linhas de transmissão de energia https://periodicos.ufsm.br/cienciaflorestal/article/view/64029 <p>Os desligamentos de linhas de transmissão provocados por queimadas são frequentes e afetam o fornecimento de energia elétrica à população. O estudo de fatores que ajudem a compreender esse problema é fundamental para melhorar o desempenho e orientar futuros projetos desse tipo de instalação. O presente trabalho analisou os inventários florestais da vegetação adjacente a três troncos de linhas de transmissão brasileiros e calculou suas cargas de incêndio específicas. Os resultados foram comparados com o desempenho dessas instalações e demonstraram uma elevada correlação (R<sup>2</sup>=0,9877) entre a carga de incêndio e o número de desligamentos das linhas de transmissão analisadas, evidenciando a influência da vegetação na operação dessas instalações.</p> Tito Ricardo Vaz da Costa Ailton Teixeira do Vale Clarissa Melo Lima Copyright (c) 2023 Ciência Florestal http://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 2023-03-28 2023-03-28 33 1 e64029 e64029 10.5902/1980509864029 Variabilidade genética e estratégias de conservação <i>ex situ</i> para a espécie neotropical <i>Parkia platycephala</i> Benth. https://periodicos.ufsm.br/cienciaflorestal/article/view/64058 <p><em>Parkia platycephala</em>, popularmente conhecida como faveira, é uma espécie nativa que ocorre amplamente em todo o Brasil e possui alto valor nutricional e potencial ecológico. Objetivou-se com o trabalho estimar a variabilidade genética em teste de procedências e progênies de <em>P. platycephala</em>. O teste foi instalado em blocos casualizados, com 45 progênies de três procedências. Os caracteres quantitativos avaliados foram: altura (ALT), diâmetro a nível do solo (DNS) e diâmetro a altura da primeira bifurcação (DAB) das plantas. Os dados foram submetidos à análise de REML/BLUP, a partir da qual foram obtidas as estimativas de parâmetros genéticos, correlações genéticas, os BLUP’s, ganhos genéticos e tamanho efetivo populacional. As estimativas de herdabilidade individual no sentido restrito e dentro progênies variaram de baixa a moderada (0,01 a 0,39), sendo os maiores valores observados para o caractere DNS (0,32 e 0,39, respectivamente). Os valores de coeficiente de variação genética individual e entre progênies indicam existência de variabilidade genética entre e dentro de população. Os valores de demonstraram baixa a moderada diferenciação genética entre as três populações. As correlações genéticas entre os caracteres foram todas positivas e significativas. Os resultados obtidos mostram que há variabilidade genética entre as procedências e progênies estudadas. Isso garante não só a conservação <em>ex situ</em> da espécie, como também pode ser explorada em programas de melhoramento</p> Dandara Yasmim Bonfim de Oliveira Silva Séfora Gil Gomes de Farias Rafael Tassinari Resende Clarice Ribeiro Cardoso Romário Bezerra e Silva Evandro Vagner Tambarussi Copyright (c) 2023 Ciência Florestal http://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 2023-03-28 2023-03-28 33 1 e64058 e64058 10.5902/1980509864058 Composição florística de fragmentos de Floresta Estacional Semidecidual em Boituva, SP, Brasil https://periodicos.ufsm.br/cienciaflorestal/article/view/64127 <p>A Floresta Estacional Semidecidual (FES) é uma das fitofisionomias do Bioma Mata Atlântica. É considerada a mais ameaçada e fragmentada do Brasil<strong>. </strong>Apesar disso, a Mata Atlântica possui um dos mais elevados graus de riqueza e taxas de endemismos entre os biomas do mundo. O objetivo deste estudo foi diagnosticar e discutir a composição de espécies e famílias em fragmentos florestais de florestas estacionais semideciduais no sudeste brasileiro, fornecendo subsídios para políticas públicas de conservação destas florestas. Este estudo foi realizado em 4 fragmentos de FES em Boituva, SP, com tamanho variando entre 17.3 a 97.7 ha. Foram amostrados indivíduos lenhosos com CAP (circunferência à altura do peito) maior ou igual a 15 cm, dentro de uma área de 12 parcelas de 10x10m, totalizando 1200 m² em cada um dos fragmentos estudados, totalizando 4800m<sup>2 </sup>amostrados. Foram amostradas 120 espécies pertencentes a 43 famílias. Do total das espécies amostradas, 8 (6,7%) apresentam algum grau de ameaça à extinção, sendo 74 (61.7%) identificadas como espécies tardias (não pioneiras) e 72 (60%) como espécies zoocóricas. A presença de espécies arbóreas, tardias e ameaçadas, como peroba-rosa (<em>Aspidosperma polyneuron </em>Müll.Arg), jequitibá-rosa (<em>Cariniana legali</em>s (Mart.), Kuntze), guarantã (<em>Esenbeckia leiocarpa </em>Engl.), catiguá (<em>Trichilia casaretti </em>C.DC.) e espécies de figueiras (<em>Ficus ssp</em>), as quais são pouco ou não amostradas na região, demonstram que a conservação dos fragmentos florestais de Boituva é indispensável, contribuindo assim para conservação da biodiversidade regional. Pode-se concluir que a FES do município de Boituva encontra-se relativamente bem conservada, pois existe uma grande proporção de espécies tardias, zoocóricas e ameaçadas (IUCN).</p> Pedro Luiz Poleti Gabriel Telo Mariano Maikon Thomas Santos Geraldo Celestino Corrêa Eliana Cardoso Leite Copyright (c) 2022 Ciência Florestal http://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 2023-03-28 2023-03-28 33 1 e64127 e64127 10.5902/1980509864127 Influência da heterogeneidade ambiental sobre a mirmecofauna em diferentes usos do solo no município de Bom Despacho, estado de Minas Gerais https://periodicos.ufsm.br/cienciaflorestal/article/view/64534 <p>Comunidades de formigas podem ser avaliadas em áreas com diferentes usos do solo visando conhecer os fatores que afetam a riqueza, a diversidade e a composição de espécies. O objetivo foi avaliar a influência de atributos ambientais sobre a mirmecofauna em áreas cultivadas, abordando também um remanescente de floresta nativa. A mirmecofauna foi coletada em uma agrofloresta, uma área cultivada com espécies frutíferas (fruticultura), em uma pastagem e na Reserva Legal da Fazendinha Experimental do Centro Universitário Una, município de Bom Despacho, estado de Minas Gerais. Para a amostragem das formigas, foram utilizadas em cada área 15 armadilhas de solo e o mesmo número de armadilhas arbóreas, todas contendo iscas de sardinha e mel. Foram coletadas 45 espécies de formigas, pertencentes a 16 gêneros. A maior riqueza de espécies ocorreu na Reserva Legal (29), seguida da agrofloresta (23), da pastagem (19) e da fruticultura (17). As curvas de acumulação de espécies indicaram que a riqueza total de espécies foi significativamente maior na Reserva Legal que nas demais áreas. A riqueza média de espécies de formigas coletadas sobre o solo foi significativamente maior na área de Reserva Legal e agrofloresta (ANCOVA; F = 5,069; p &lt; 0,01), mas a profundidade de serapilheira não influenciou significativamente a riqueza de espécies (ANCOVA; F = 1,086; p= 0,30). Não houve diferença significativa na riqueza média de formigas sobre árvores nas diferentes áreas avaliadas (ANCOVA; F = 2,014; p = 0,12), não sendo influenciada pela altura (ANCOVA; F = 0,626; p = 0,43) ou CAP (ANCOVA; F = 0,776; p = 0,38) das árvores. A Reserva Legal apresentou o maior Índice de Diversidade de Shannon (2,999), seguida da agrofloresta (2.736), pastagem (2.698) e fruticultura (2.349). Houve influência do tipo de uso do solo na composição de espécies de formigas coletadas sobre o solo e plantas. Os resultados evidenciam que atributos ambientais ligados a heterogeneidade do ambiente, como o número de espécies vegetais, proporcionaram diferenças na riqueza, diversidade e na composição da fauna de formigas. O aumento da complexidade estrutural do ambiente pode proporcionar a presença de maior riqueza e diversidade de espécies de formigas.</p> Joabe Rodrigues Pereira Fábio Souto Almeida Copyright (c) 2023 Ciência Florestal http://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 2023-03-28 2023-03-28 33 1 e64534 e64534 10.5902/1980509864534 Calibração de equações de volume em povoamentos de <i>Acacia mearnsii</i> De Wild. https://periodicos.ufsm.br/cienciaflorestal/article/view/64859 <p>O ajuste dos modelos de volume pelo método tradicional (dados obtidos por meio de cubagem de várias árvores) é a maneira mais utilizada para obter equações de volume. Este método demanda muito esforço e é bastante oneroso, portanto algumas alternativas têm sido desenvolvidas para diminuir a amostragem do número de árvores e obter resultados de estimativas semelhantes ao obtido pelo método tradicional, destacando-se a modelagem mista aplicada para calibrar equações. Neste trabalho, o objetivo da pesquisa foi calibrar o modelo de volume de Schumacher-Hall por meio da predição de efeitos aleatórios em nível de povoamento e compará-lo com as equações obtidas pela abordagem tradicional. A base de dados é composta de 670 árvores com idades variando de 1 a 10,75 anos. As calibrações testadas no modelo misto foram: i) a maior árvore da variável d para cada povoamento; ii) as duas maiores árvores da variável d para cada povoamento; iii) as três maiores árvores em d para cada povoamento; iv) as quatro maiores árvores em d para cada povoamento; v) as cinco maiores árvores em d para cada povoamento; vi) a árvore mediana para a variável d em cada povoamento; vii) uma árvore aleatória em cada povoamento; viii) três árvores, sendo a menor árvore, a árvore média e a maior da variável d para cada povoamento; ix) três árvores, sendo a árvore média, a árvore média menos dois desvios padrões e a árvore média mais dois desvios padrões para a variável d em cada povoamento. As estatísticas para avaliação das equações foram o coeficiente de determinação, o erro padrão da estimativa, a análise de resíduos e a análise gráfica dos valores observados e estimados. Os resultados evidenciam que as equações de volume podem ser calibradas em nível de povoamento por meio da amostragem de três árvores sendo elas, a árvore média, a árvore média mais dois desvios padrões e a árvore média menos dois desvios padrões, considerando que no método tradicional são cubadas 50 árvores em média no inventário florestal, a redução da amostragem em um novo povoamento seria de 94%.</p> Amanda Pereira Santos Henrique Soares Koehler Carlos Roberto Sanquetta Sylvio Péllico Netto Alexandre Behling Copyright (c) 2023 Ciência Florestal http://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 2023-03-28 2023-03-28 33 1 e64859 e64859 10.5902/1980509864859 Estudo analítico da estabilidade dimensional longitudinal das espécies de madeira tropicais brasileiras https://periodicos.ufsm.br/cienciaflorestal/article/view/65389 <p>O Brasil possui grande cobertura vegetal e o melhor aproveitamento desses materiais requer procedimentos de caracterização física e mecânica. Equações encontradas na literatura facilitam a determinação das propriedades da madeira. Nesse contexto, autores conhecidos desenvolveram a equação <em>β</em><em><sub>l</sub></em> = <em>β</em><em><sub>t</sub></em>/23, sendo <em>β</em><em><sub>l </sub></em>e <em>β</em><em><sub>t </sub></em>as porcentagens de retração longitudinal e tangencial, para estimativa de <em>β</em><em><sub>l</sub></em> com base no valor de <em>β</em><em><sub>l</sub></em> especialmente para espécies de madeira do hemisfério Norte. Este trabalho tem como objetivo investigar a precisão desta equação para quinze espécies de madeiras tropicais brasileiras cobrindo toda a faixa de classes de resistência da madeira de lei de acordo com o Norma Brasileira ABNT NBR 7190. Os valores experimentais médios de <em>β</em><em><sub>l</sub></em> e <em>β</em><em><sub>t</sub></em> foram 7,71% (CV = 26,71 %) e 0,73% (CV = 38,76%), respectivamente. A ANOVA não paramétrica de Kruskal-Wallis refutou a hipótese de equivalência entre os valores de <em>β</em><em><sub>l </sub></em> teórico e experimental (p-valor = 0,0000). Um modelo de regressão linear ajustado aos valores experimentais forneceu <em>β</em><em><sub>l </sub></em>=<em>β</em><em><sub>t</sub></em>/9,84 como solução ótima (p-valor = 0,0000, R² = 47,23%). De acordo com os resultados, é possível concluir que o valor da porcentagem de retração longitudinal das espécies de madeira tropical brasileira é estatisticamente 2,34 vezes maior que o valor encontrado na literatura, o que impacta nos procedimentos de dimensionamento de estruturas de madeira aumentando as tensões internas nas estruturas de madeira.</p> Tiago Hendrigo Almeida Diego Henrique Almeida Vinicius Borges de Moura Aquino André Luis Christoforo Francisco Antonio Rocco Lahr Copyright (c) 2022 Ciência Florestal http://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 2023-03-28 2023-03-28 33 1 e65389 e65389 10.5902/1980509865389 Diversidade genética e caracterização fenotípica de <i>Ochroma pyramidale</i> em plantios no Mato Grosso, Brasil https://periodicos.ufsm.br/cienciaflorestal/article/view/65587 <p>Este estudo avaliou plantações de pau-de-balsa (<em>Ochroma pyramidale</em>) em busca de matrizes para o melhoramento genético. Foi avaliado um total de 20 árvores em plantações no Mato Grosso quanto à diversidade genética com iniciadores ISSR (entre sequências simples repetidas), quanto ao seu diâmetro à altura do peito (DAP) e altura comercial (HC). Os <em>primers</em> amplificaram 111 locos (97,3% polimórficos), sendo que a diversidade genética de Nei (0,32) e o índice de Shannon (0,48) indicam que há diversidade genética nas plantações. A AMOVA revelou maior variação genética dentro das plantações do que entre as plantações. O agrupamento UPGMA indicou a formação de nove grupos, sendo quatro deles com um indivíduo cada. Quanto à caracterização fenotípica, os indivíduos 48 e 52 se destacam por apresentarem DAP mais elevado, e os indivíduos 30 e 34 apresentam HC superior. Considerando DAP e HC concomitantemente, 12 indivíduos estão dentro dos padrões. Nos plantios avaliados, há variabilidade suficiente para a identificação de matrizes de pau-de-balsa.</p> Géssica Tais Zanetti Eulalia Soler Sobreira Hoogerheide Ana Aparecida Bandini Rossi Maurel Behling Joyce Mendes Andrade Pinto Copyright (c) 2023 Ciência Florestal http://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 2023-03-28 2023-03-28 33 1 e65587 e65587 10.5902/1980509865587 Restauração florestal em áreas de antigas pastagens dominadas por <i>Urochloa brizantha</i> https://periodicos.ufsm.br/cienciaflorestal/article/view/65858 <p>No presente estudo foi avaliada a densidade de recrutas em uma área em restauração florestal previamente ocupada por pastagem de <em>Urochloa brizantha</em> e em uma Floresta Semidecidual. Foi avaliado o efeito da luz disponível sobre a biomassa da grama exótica e investigamos as associações da densidade de recrutamento com as variáveis do solo e a disponibilidade de luz no sub-bosque. A chuva de sementes em ambas as áreas também foi avaliada. A biomassa de <em>U. brizantha</em> foi associada positivamente com a luz disponível e, uma associação negativa foi encontrada entre a densidade de recrutamento e a luz disponível quando consideradas as duas áreas em conjunto. Foi encontrada uma associação negativa entre densidade de recrutamento e pH do solo. Os resultados sugerem que a baixa fertilidade do solo não limitou o recrutamento na Floresta Semidecidual. Os resultados mostraram que a alta disponibilidade de recursos favorece a competitividade da <em>U. Brizantha</em> com espécies nativas, dificultando a restauração florestal em áreas anteriormente utilizadas como pastagens. Assim, práticas que resultem na diminuição da disponibilidade de luz favoreceriam a restauração florestal em áreas nessas condições.</p> Monique Perini Matheus Lopes Souza José Pires de Lemos Filho Copyright (c) 2022 Ciência Florestal http://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 2023-03-28 2023-03-28 33 1 e65858 e65858 10.5902/1980509865858 Caracterização histomorfológica e bioquímica de calos induzidos em <i>Cenostigma pyramidale</i> [Tul.] Gagnon & G.P. Lewis https://periodicos.ufsm.br/cienciaflorestal/article/view/66334 <p><em>Cenostigma pyramidale</em> [Tul.] possui utilização madeireira, forrageira e medicinal e, em virtude da exploração de seus recursos naturais, pode acabar em via de extinção. Este trabalho objetivou induzir calos em <em>Cenostigma</em><em> pyramidale</em> e identificar o potencial embriogênico por análises histomorfológica e bioquímica. Segmentos foliolares foram inoculados em meio de cultura MS contendo diferentes concentrações (0,0; 2,5; 5,0 e 10,0 μM) de ácido 2,4-diclorofenoxiacético (2,4-D), combinadas com 6-benzilaminopurina (BAP; 0,0; 2,5 e 5,0 μM) e glutamina (0,0; 0,342 e 0,684 mM). A curva de crescimento foi realizada em intervalos de 7 dias, até o 77º dia, sendo coletadas amostras para análise histomorfológica e determinação do conteúdo de açúcares redutores (AR), sacarose e açúcares solúveis totais (AST). É possível a indução de calos utilizando segmentos foliolares no tratamento com 5,0 μM de BAP, 7,0 µM de 2,4-D e 0,684 mM de glutamina. A curva de crescimento apresenta comportamento sigmoidal com cinco fases distintas: lag, exponencial, linear, desaceleração e declínio. Verificou-se a presença de células com características meristemáticas a partir do 7º dia de indução, sugerindo que os calos possuem potencial embriogênico. Porém, não se observou a diferenciação de embriões somáticos. Verificaram-se redução no conteúdo de AR e aumento de AST e sacarose durante a fase lag e início da fase exponencial, seguido de degradação na fase exponencial até a fase de declínio, mostrando o envolvimento destes carboidratos com o crescimento dos calos. Esses resultados são inéditos para a espécie e sugerem estudos futuros relacionados à maturação dos calos visando a diferenciação de embriões somáticos.</p> Rosembrando Sosthenes Leite Carvalho Filho Tecla dos Santos Silva Yrexam Rodrigues de Souza Ribeiro Claudete Santa-Catarina José Raniere Ferreira de Santana Copyright (c) 2023 Ciência Florestal http://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 2023-03-28 2023-03-28 33 1 e66334 e66334 10.5902/1980509866334 Aspectos biométricos dos frutos e diásporos de <i>Mauritia flexuosa</i> provenientes do Cerrado brasileiro https://periodicos.ufsm.br/cienciaflorestal/article/view/66896 <p>A palmeira buriti (<em>Mauritia flexuosa</em> L. f.) serve como matéria-prima para a indústria alimentícia, farmacêutica e biotecnológica, porém apresenta baixa taxa de germinação e viabilidade de sementes, que estão diretamente relacionadas com as características morfológicas dos frutos e sementes. A caracterização biométrica fornece informações necessárias para a diferenciação, caracterização de aspectos ecológicos e genéticos de diferentes espécies e de populações de um mesmo grupo, podendo auxiliar na conservação e propagação de espécies. Dessa forma, o presente trabalho realizou a caracterização biométrica de frutos e diásporos de <em>Mauritia flexuosa</em> provenientes de um ambiente de cultivo no Cerrado brasileiro. Foram amostrados aleatoriamente 100 frutos, que foram mensurados em comprimento, largura, espessura, peso individual, comprimento do diásporo, largura do diásporo, espessura do diásporo e peso individual do diásporo. Os frutos foram classificados como vermelhos (Hue 10 R 4/8) e os diásporos amarelo-alaranjados (Hue 7.5 YR 8/8). Os dados de cada característica foram submetidos à análise estatística descritiva. Os frutos apresentaram variação de 6,56% de comprimento, 4,38% de largura e 4,26% de espessura, enquanto os diásporos apresentaram variação de 8,17% de comprimento, 9,29% de largura e 9,62% de espessura. As variáveis peso do fruto e peso do diásporo apresentaram maiores variações, 12,12% e 23,86%, respectivamente. Houve correlação positiva entre a largura e espessura (0,90). A pequena variação nas dimensões biométricas indica que a espécie possui pouca variabilidade.</p> Thiago Souza Campos Antonio Maricélio Borges de Souza Guilherme Rodrigues Vieira Kathia Fernandes Lopes Pivetta Copyright (c) 2023 Ciência Florestal http://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 2023-03-28 2023-03-28 33 1 e66896 e66896 10.5902/1980509866896 A agrobiodiversidade na agricultura periurbana de Sinop, Mato Grosso, Brasil, Amazônia legal https://periodicos.ufsm.br/cienciaflorestal/article/view/67230 <p>O objetivo deste estudo foi avaliar a diversidade das espécies que compõem a agrobiodiversidade de quintais agroflorestais (e matas entorno) de propriedades situadas na região periurbana de Sinop, Mato Grosso. Foram selecionadas dez propriedades mediante visitas às feiras e junto à Secretaria de Agricultura Municipal. Aplicaram-se questionário semi-estruturado e a técnica da lista livre aos agricultores, sendo as espécies citadas classificadas com o sistema APG III (<em>Angiosperm Phylogeny Group</em>) e uso das plataformas “The Plant List” e “Flora do Brasil 2020”. Os dados foram analisados mediante estatística não-paramétrica. Os agricultores informantes são a maioria mulheres, naturais da região Sul do país, com idade média de 59 anos, os quais vivem no local há mais de 20 anos. No total, 161 espécies foram identificadas. Destas, um terço são nativas e o restante exóticas. O Índice de Shannon (H’) para o total das espécies foi 4,87. As espécies estão distribuídas em 55 famílias, sendo Fabaceae a mais representativa. A agricultura periurbana apresentada nesta pesquisa mantém elevada riqueza de diversidade interespecífica e contribui para a segurança alimentar e econômica dos agricultores.</p> Poliana Elias Figueredo Eulalia Soler Sobreia Hoogerheide Melca Juliana Peixoto Rondon Quélen de Lima Barcelos Géssica Tais Zanetti Copyright (c) 2023 Ciência Florestal http://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 2023-03-28 2023-03-28 33 1 e67230 e67230 10.5902/1980509867230