Alterações na estrutura horizontal, no período de 2002-2008, em Floresta Ombrófila Mista no centro-sul do estado do Paraná
DOI:
https://doi.org/10.5902/1980509813332Palavras-chave:
Floresta de Araucária, fitossociologia, dinâmica florestalResumo
http://dx.doi.org/10.5902/1980509813332
As alterações na estrutura horizontal de um fragmento de Floresta Ombrófila Mista, localizado na Floresta Nacional de Irati, estado do Paraná, foram avaliadas com dados de medições realizadas nos anos de 2002, 2005 e 2008. A área de estudo possui 25 ha, divididos em 25 parcelas permanentes de 1 ha cada (100 m x 100 m). Todos os indivíduos com diâmetro a altura do peito (DAP) igual ou acima de 10 cm foram mensurados e identificados. Foi analisada a densidade, dominância, frequência, valor de cobertura e valor de importância e para melhor interpretação dos estimadores fitossociológicos e do estágio sucessional da floresta, as espécies foram classificadas em grupos ecofisiológicos: pioneiras, secundárias inicial, secundárias tardias e indeterminadas. Observou-se um decréscimo de 2,3% no número de indivíduos/ha, sendo encontrados 581 no ano de 2002 e 567 indivíduos/ha em 2008. Em 2008, Ilex paraguariensis foi a espécie com maior número de indivíduos, representando 9,4% do total. A dominância, avaliada em termos de área basal, alterou-se de 28,6 no ano de 2002 para 30,2 m²/ha em 2008, ou seja, houve um acréscimo de 5,1% no período e a Araucaria angustifolia está sendo a espécie que domina a floresta com 25,9%. A frequência apontou para uma distribuição heterogênea das espécies na floresta, com taxas de 47,4% no ano de 2002 e 46,3% em 2008. A Araucaria angustifolia foi a espécie dominante e ecologicamente a mais importante no período com 35,2 (11,7%) do total do valor de importância absoluto em 2008. De acordo com os estimadores fitossociológicos e grupos ecofisiológicos, a floresta apresenta-se com estoque em crescimento, devido ao incremento em diâmetro nos indivíduos de maiores diâmetros de espécies como Araucaria angustifolia e Ocotea porosa, e em estágio avançado de sucessão ecológica, com a grande maioria das espécies e indivíduos pertencentes às secundárias iniciais e tardias, e a cada ano torna-se mais madura com o ingresso de novas espécies e indivíduos tolerantes à sombra.
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