A interferência da modulação da voz do docente na aprendizagem de universitários cegos
DOI:
https://doi.org/10.5902/1984686X39149Palavras-chave:
deficiência visual, ensino-aprendizagem, ensino superior.Resumo
O docente utiliza a fala para a transmissão do conhecimento aos seus alunos, em especial aos alunos cegos, ajudando-os a superar suas limitações. Este trabalho analisou, sob o ponto de vista dos deficientes visuais, como a modulação da voz do docente interfere no aprendizado, interesse e motivação ao longo do curso de graduação. Foi realizada pesquisa qualitativa com a utilização de entrevistas semiestruturadas em 11 estudantes cegos regularmente matriculados no ensino superior em diversas áreas do conhecimento, de ambos os sexos. Os resultados mostraram que os cegos percebem na modulação da voz do docente sua empatia e quando os mesmos sabem ou não como proceder de forma adaptada à deficiência. Há a necessidade de materiais adaptados, mobilidade adequada e professores capacitados para melhorar o ensino para cegos. Foi percebido que a variação no timbre, altura e frequência da fala do professor pode motivar ou desmotivar o aluno cego. Concluiu-se que a modulação de voz do docente serve como um intermédio entre o cego e o conhecimento efetivo e eficiente.Downloads
Referências
AGÊNCIA INTERNACIONAL PARA A PREVENÇÃO DA CEGUEIRA (IAPB). Cegueira, pobreza e desenvolvimento: o impacto da Visão 2020 no milênio das Nações Unidas – metas de desenvolvimento. 2014. Disponível em: Acesso em: 06 mai. 2012.
AMARAL, Lígia Assumpção. Deficiência: Questões Conceituais e Alguns de seus Desdobramentos. Minas Gerais: Caderno de Psicologia. V.2, n 1, 1996: 3 -12. Disponível em: http://www.cadernosdepsicologia.org.br/index.php/cadernos/article/view/11/8. Acesso em 12 jul. 2019.
BARBOSA Paula Márcia. A importância do pensamento visual na geometria. In: VI Seminário de pesquisa em educação matemática do estado do Rio de Janeiro, n. 6, 2008, Rio de Janeiro. Atas. Rio de Janeiro: UNIRIO; 2008. p. 03
BRASIL. Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Diário Oficial da União, Brasília, 20.12.1996.
BRASIL. Decreto nº 5.296, de 2 de dezembro de 2004. Regulamenta as leis federais nº 10.048, de 9 de novembro de 2000 e 10.098, de 19 de dezembro de 2000. Diário Oficial da União, Brasília, 2.12.2004.
BRASIL. Lei nº 10.098, de 19 de dezembro de 2000. Estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida. Diário Oficial da União, Brasília, 19.12.2000.
DEL PRETTE, Zilda Aparecida Pereira; DEL PRETTE, Almir. Habilidades sociais na infância: teoria e prática. Petrópolis: Vozes, 2005.
GÓES, Maria Cecília Rafael de. Os modos de participação do outro nos processos de significação na criança. Temas de Psicologia. Ribeirão Preto, 1, 1993: 1 - 5.
GÓES, Maria Cecília Rafael de. A construção de conhecimentos: examinando o papel do outro nos processos de significação. Temas de Psicologia. Ribeirão Preto, v. 3, n. 2, ago. 1995 .
GIL, Marta. Deficiência Visual. Brasília: MEC. Secretaria de Educação a Distância, 2000.
LENT, Roberto, Cem Bilhões de Neurônios. Conceitos fundamentais de neurociência. Atheneu, 2ª edição, São Paulo, 2010.
OLIVEIRA, Luiza. Maria Borges. Cartilha do Censo 2010 – Pessoas com deficiência. Brasília: Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR), Secretaria Nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência (SNPD), Coordenação-Geral do Sistema de Informações sobre a Pessoa com Deficiência, 2012.
SÁ, Elizabet Dias de; CAMPOS, Izilda Maria de; SILVA, Myriam Beatriz Campolina. Atendimento Educacional Especializado: Deficiência Visual Brasília: Cromos, 2007.
SKINNER, Burrhus Frederic. Ciência e comportamento humano. Martins Fontes, 2003.
SKINNER, Burrhus Frederic. Tecnologia do ensino. São Paulo: Herder Editora da Universidade São Paulo, 1972.
RABÊLLO, Roberto Sanches. Análise de um experimento de teatro-educação no Instituto de Cegos da Bahia: possibilidades de utilização da linguagem teatral por um grupo de adolescentes. Tese de Doutorado, Faculdade de Educação, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2003.
TODOROV, João Claudio; HANNA, Elenice S. Análise do comportamento no Brasil. Psic.: Teor. e Pesq., Brasília, v. 26, n. spe, p. 143-153, 2010 .
VYGOTSKY, Lev Semiónovich. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1998.
VYGOTSKY, Lev Semiónovich. El niño ciego. In: VYGOTSKY, L. S. Obras Escogidas V: Fundamentos de defectología. Madrid: Visor, 1997a.
VYGOTSKY, Lev Semiónovich. La coletividad como factor de desarrollo del niño deficiente. In: VYGOTSKY, L. S. Obras Escogidas V: Fundamentos de defectología. Madrid: Visor, 1997b.
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International (CC BY-NC 4.0)
DECLARAÇÃO DE ORIGINALIDADE E DIREITOS AUTORAIS
Declaramos o artigo a ser submetido para avaliação na Revista Educação Especial (UFSM) é original e inédito, assim como não foi enviado para qualquer outra publicação, como um todo ou uma fração.
Também reconhecemos que a submissão dos originais à Revista Educação Especial (UFSM) implica na transferência de direitos autorais para publicação digital na revista. Em caso de incumprimento, o infrator receberá sanções e penalidades previstas pela Lei Brasileira de Proteção de Direitos Autorais (n. 9610, de 19/02/98).