Afirmar e querer negar: os limites da negação da vontade na obra madura de Schopenhauer

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5902/2179378633701

Palavras-chave:

Vontade, Consciência, Afirmação, Negação

Resumo

O presente artigo procura opor a característica eminentemente afirmativa da Vontade a possibilidade da autonegação, ou, dito de outro modo, expor a contradição do fenômeno consigo mesmo. Desse dilaceramento íntimo, do intenso sofrimento pessoal, bem como do consequente elevar-se acima de sua individualidade, resultaria o repúdio de si mesmo. Do mesmo modo que mesmo no repúdio sempre se trata da atividade da vontade, também a supressão do querer presente na contemplação estética e analisada a partir da noção de que a vontade desaparece apenas da consciência, e não da contemplação em si mesma. Nesse sentido, os alvos, mesmo não sendo os da consciência comum, ainda são alvos sublimados da vontade.

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Biografia do Autor

Eduardo Ribeiro da Fonseca, Pontifícia Universidade Católica do Paraná, Curitiba, PR.

Professor do Departamento de Filosofia e do Programa de Pós-Gradução em Filosofia da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR). Membro da Seção Brasileira da Schopenhauer-Gesellschaft.

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Publicado

2017-06-01

Como Citar

Fonseca, E. R. da. (2017). Afirmar e querer negar: os limites da negação da vontade na obra madura de Schopenhauer. Voluntas: Revista Internacional De Filosofia, 8(1), 47–70. https://doi.org/10.5902/2179378633701

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