https://periodicos.ufsm.br/voluntas/issue/feed Voluntas: Revista Internacional de Filosofia 2025-10-25T18:23:02-03:00 Vilmar Debona, Felipe Durante (Editores) voluntas@ufsm.br Open Journal Systems <p>A <em>Voluntas: Revista Internacional de Filosofia</em>, ISSN 2179-3786, Qualis/CAPES atual A3, é um periódico da Seção Brasileira da Schopenhauer-Gesellschaft (Sociedade Schopenhauer) articulada internacionalmente com outras Seções da mesma Sociedade, em especial com as Seções alemã, italiana e japonesa. É uma revista vinculada aos Programas de Pós-Graduação em Filosofia da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Tem como objetivo central publicar trabalhos em formato de artigos originais, resenhas, traduções e entrevistas da área de Filosofia, especialmente sobre a filosofia schopenhaueriana, em vista de promover interlocuções entre pesquisadores brasileiros e estrangeiros. A revista é publicada em duas seções: (i) os Estudos Schopenhauerianos, expediente original do periódico, que publica trabalhos sobre a filosofia de Arthur Schopenhauer; (ii) os Dossiês temáticos, que publicam trabalhos sobre os mais variados temas na área da Filosofia, relacionados, de alguma forma, à filosofia de Schopenhauer. Além disso, a revista publica, eventualmente, números especiais. O periódico adota a modalidade de Publicação Contínua, com periodicidade anual. Nesse formato, os manuscritos são publicados assim que finalizados os processos de avaliação e revisão.</p> <p><strong>eISSN 2179-3786 | Qualis/CAPES (2017-2020) = A3</strong></p> https://periodicos.ufsm.br/voluntas/article/view/93908 What are the Emotions? 2025-10-25T18:23:02-03:00 Matthew Ratcliffe matthew.ratcliffe@york.ac.uk <p>Philosophers and cognitive scientists frequently construe emotional experience in terms of discrete episodes or states that can be individuated, enumerated, and assigned to different types. In this paper, I address (a) the source and status of this broad conception of <em>the emotions</em>, and (b) the extent to which it succeeds in accommodating the structure and variety of human emotional experiences. I argue that <em>the emotions </em>are a selective abstraction from the much richer phenomenology of emotional life. This abstraction originates neither in an everyday, commonsense picture of emotion nor in emotion theory. Instead, it is a chimerical hybrid of the two, which risks eclipsing the complexity, diversity, and nuances of human emotional life. I conclude by sketching a philosophical perspective that emphasizes the dynamic, temporally extended structure of emotional experience more so than individuation, enumeration, and classification.</p> 2025-10-15T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2025 Matthew Ratcliffe https://periodicos.ufsm.br/voluntas/article/view/92063 Lo descriptivo y lo normativo: oscilaciones al interior de la psicología moral a la luz del modelo intuicionista social 2025-09-25T20:50:12-03:00 Joaquín Suárez ejsuarezruiz@gmail.com <p>El psicólogo social Jonathan Haidt, fundándose en las nuevas investigaciones en diversas disciplinas como la Psicología experimental, la Neurociencia y la Primatología, fundamentó un modelo de la formación de los juicios morales a nivel psicológico que contrasta con enfoques racionalistas, más tradicionales, denominado ‘intuicionismo social’. Dicho modelo sostiene que los juicios morales a nivel psicológico son causados, en general, por intuiciones condicionadas por procesos emocionales, no por el razonamiento moral. Con el intuicionismo social, Haidt tendió un puente entre discusiones que son propias del ámbito de la Psicología moral científica y aquellas que son propias de la Ética normativa filosófica. En este artículo ahondaré en las oscilaciones entre lo descriptivo y lo normativo supuestas por el psicólogo social en su argumentación y expondré por qué, a la luz del intuicionismo social, esta vinculación disciplinaria es crucial tanto para la Psicología moral como para la Ética filosófica actual.</p> 2025-09-05T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2025 Joaquín Suárez https://periodicos.ufsm.br/voluntas/article/view/91830 A dimensão avaliativa da emoção no judicalismo de Martha Nussbaum 2025-09-25T20:50:08-03:00 Jorge Luiz Viesenteiner jvies@uol.com.br Estela Altoé Feitoza estela@feitoza.com <p>O objetivo consistiu em explorar a dimensão avaliativa da emoção no judicalismo de Martha Nussbaum, buscando compreender o que sustenta seu cognitivismo no modelo de emoções que propõe. A autora defende a tese de que a emoção possui natureza cognitiva e intencional, sendo idêntica a um tipo de juízo avaliativo sobre algo de imenso valor para o florescimento do indivíduo – noção herdada dos antigos estoicos e posteriormente reinterpretada por ela. Para tanto, deflaciona a noção preliminar de juízo de valor, adotando uma compreensão ampla de avaliação cognitiva sem limites precisos, na qual recorre a concepções ampliadas de intencionalidade e de cognição, a fim de tornar possível a atribuição de emoções a crianças e a animais não humanos. Situando sua defesa no debate entre cognitivismo e não-cognitivismo no campo da moral, e buscando salvaguardar a inteligibilidade da emoção, os elementos não cognitivos – como o hábito, o afeto e o sentimento –, embora com potência motivadora na avaliação emocional, são subsumidos como parasitários das crenças e juízos avaliativos, assim como sua concepção de corpo, e, como tais, não são considerados necessários à definição. Por conseguinte, apesar de não ser possível considerar seus processos avaliativos como exclusivamente abstratos, o caráter fenomenológico da emoção, ativo nas avaliações emocionais, não é devidamente considerado.</p> 2025-09-22T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2025 Jorge Luiz Viesenteiner, Estela Altoé Feitoza https://periodicos.ufsm.br/voluntas/article/view/94096 Forgiveness, anger, and the limits of reciprocity: a critical note on Stephen Darwall’s the heart and its attitudes 2025-10-15T12:13:24-03:00 Flavio Williges fwilliges@gmail.com Rafael Vogelmann rafael.vog@gmail.com <p>This article provides a critical examination of Stephen Darwall’s <em>The Heart and its Attitudes</em>, where he extends his second-personal account of morality beyond deontic attitudes of the will to include non-deontic “attitudes of the heart”, such as love, trust, and forgiveness. Darwall argues that both domains share a common structure of reciprocity. While recognizing the significance of this contribution, we raise three main concerns. First, Darwall’s treatment of forgiveness risks reducing deontic forgiveness to a purely normative stance, leaving aside its affective dimension. Second, his account of “personal anger” tends to conflate anger with demands for recognition and care, thereby diluting its normative structure, widely recognized since Aristotle. Third, his general characterization of second-personal attitudes in terms of reciprocity obscures the role of personhood and moral authority in grounding presence, leaving unclear whether attitudes such as love for animals can be adequately described as second-personal. We conclude that although Darwall convincingly highlights the neglected moral importance of attitudes of the heart, his framework requires further clarification to remain faithful to the phenomenology of moral emotions and the conceptual foundations of second-personal relations.</p> 2025-11-06T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2025 Flavio Williges, Rafael Vogelmann https://periodicos.ufsm.br/voluntas/article/view/91819 Por que as emoções importam? 2025-09-25T20:50:13-03:00 Matheus Genro Bueno matheusgenrobueno@gmail.com <p><span style="font-weight: 400;">Neste artigo, investigo três abordagens centrais para compreender as teorias das emoções na contemporaneidade: o sentimentalismo de William James, o cognitivismo de Robert Solomon e a teoria judicativa de Martha Nussbaum. Primeiramente, reviso a proposta de James e o neo-jamesianismo de Prinz, que identifica as emoções como reações fisiológicas automáticas, apontando suas limitações para captar o aspecto valorativo e intencional dos afetos. Em um segundo momento, analiso a contribuição de Solomon, que apresenta emoções como modos ativos de interpretação e engajamento moral, articulados por julgamentos avaliativos que moldam nossa identidade. Após isso, enfatizo a teoria de Nussbaum, cuja contribuição definidora consiste em conceber as emoções como julgamentos corporificados — crenças de valor que se encarnam no corpo e conferem sentido a pessoas, eventos ou situações. Por fim, defendo que, segundo essa perspectiva cognitivista, as emoções deixam de ser fenômenos secundários ou subprodutos biológicos, tornando-se alicerces valorativos que orientam nossas decisões, revelam nossos compromissos mais profundos e fundamentam a construção de sentido na vida humana.</span></p> 2025-09-05T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2025 Matheus Genro Bueno https://periodicos.ufsm.br/voluntas/article/view/93794 Trust as a social emotion 2025-09-29T10:09:33-03:00 Leonardo de Mello Ribeiro ribeiro.lm@gmail.com <p>O desenvolvimento de relações de confiança é um dos aspectos centrais da sociabilidade humana. A confiança possibilita que as pessoas contem e cooperem umas com as outras, criando as condições para que alcancem bens e promovam seus interesses e bem-estar. Porém, justificar a confiança possa ser uma tarefa complexa. Este artigo oferece uma proposta sobre a natureza da confiança e sua possível justificação que busca combinar aspectos cognitivos e emocionais em uma visão unificada, conciliando duas tendências opostas na literatura, a saber, racionalistas e emocionais. A confiança deve ser entendida como uma relação normativa de um tipo especial e uma combinação de racionalidade restrita e "amplificação" emocional. Mais especificamente, ela envolve uma complexa emoção social de dois níveis, com um papel duplo: em parte, responde às evidências disponíveis daquele que confia sobre a confiabilidade dos outros, mas também vai além dessa evidência ao expressar uma forma de otimismo que nunca elimina a vulnerabilidade e o risco. Assim, a confiança é uma espécie de otimismo prático e abertura ao outro cultivada em ambientes sociais. Como tal, a justificação possível para a confiança será, em última análise, "subjetiva".</p> 2025-11-01T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2025 Leonardo de Mello Ribeiro https://periodicos.ufsm.br/voluntas/article/view/92053 The unity of pathological existential feelings and the emergence of doubt 2025-06-20T15:52:38-03:00 Marcelo Vieira Lopes marcelovieiralopes16@gmail.com <p>In this work, I discuss the concept of <em>existential feelings</em> recently developed by Matthew Ratcliffe in three steps. First, I examine the concept, taking into account its initial formulation and internal aspects. After presenting how this affective dimension resists the traditional body/cognition dichotomy in classical philosophy of emotion, I draw attention to the inconspicuous nature of these feelings and its structuring role in our intentional life. While it includes bodily elements that can be identified and described, its significance becomes most apparent when its proper functioning is disrupted. The unfolding of an ordinary experience, its “normality”, thus depends on a level of habituality and normalcy in which these feelings are <em>not</em> manifest. Second, I analyze the assumption that cases of illness provide us with a lens through which to access this tacit dimension. In line with Ratcliffe, I argue that psychiatric disorders offer a privileged standpoint for grasping this affective-structural dimension of our intentional life. However, despite their apparent diversity, I argue that <em>pathological</em> existential feelings must share something if they are to be clinically relevant. So, third and finally, I argue for a kind of unity underlying pathological existential feelings in psychiatric disorders. I propose that a distinctive sense of doubt can be meaningfully attributed to the lived experience of these conditions. The implications of this notion for a phenomenologically informed psychiatry are also explored.</p> 2025-11-01T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2025 Marcelo Vieira Lopes https://periodicos.ufsm.br/voluntas/article/view/94097 Presence, forgiveness, and anger in second-personal morality: a reply to Williges and Vogelmann 2025-10-15T12:43:13-03:00 Stephen Darwall stephen.darwall@yale.edu <p>In this article I respond to the criticisms of Flavio Williges and Rafael Vogelmann regarding my book <em>The Heart and its Attitudes</em>. I clarify that the notion of presence and heartfelt second-personal connection should not be confined to agents with deontic competence: we can also be mutually present and emotionally connected with children and animals. I further defend my distinction between deontic and heartfelt forgiveness, maintaining that the absence of affective content in the former does not undermine its second-personal character. Finally, I argue that what I describe as “personal anger”—even if not universally categorized as anger—is a genuine form of emotional appeal for recognition within intimate relationships, and should be understood as belonging to the domain of attitudes of the heart.</p> 2025-11-06T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2025 Stephen Darwall https://periodicos.ufsm.br/voluntas/article/view/88746 The conceptual and political limitations of constructive anger 2025-07-18T08:31:32-03:00 Letícia da Silva Bello letisbello@gmail.com <p>Este artigo oferece uma análise da definição de raiva e sua instrumentalidade política, enquadrada na literatura cognitivista sobre emoções. Analiso a crítica de Martha Nussbaum (2016), que afirma que a raiva é contraprodutiva e que deve ser substituída por emoções positivas – o que eu chamo de ‘proposta de substituição’. Esse tratamento que desconsidera a raiva assume conotações prejudiciais quando direcionado a mulheres e pessoas negras, ao ressaltar estereótipos de gênero e raça. Em resposta a esse problema político, autoras como Myisha Cherry (2022) desenvolveram defesas da raiva, defendendo sua necessidade na luta contra o racismo e caracterizando-a como construtiva e positiva. No entanto, eu argumento que a defesa da raiva construtiva formulada por Cherry – chamada de ‘raiva Lordeana’ – se alinha com a proposta de Nussbaum, pois ambas, em última análise, defendem a regulação da raiva em uma forma de emoção positiva. Eu argumento que há uma lacuna nas defesas da instrumentalidade da raiva, as quais não estão focando em um elemento-chave da raiva que é politicamente controverso e, ao mesmo tempo, imperativo: a agressividade.</p> 2025-09-22T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2025 Letícia da Silva Bello https://periodicos.ufsm.br/voluntas/article/view/91754 Imaginação, experiência, emoção: a teoria enativista da leitura da ficção de Marco Caracciolo 2025-09-13T11:32:29-03:00 Pedro Dolabela Chagas dolabelachagas@gmail.com Letícia Oliveira leti.edu.1999@gmail.com <p>Para investigar a afetivização da leitura da ficção, este artigo discute a teoria da narrativa de Marco Caracciolo. Investigar como textos literários produzem efeitos afetivos no leitor demanda encontrar uma teoria da cognição humana capaz de integrar, num único modelo descritivo, os componentes sensoriais e representacionais envolvidos no processo, explicando como o texto estimula uma experiência imaginária capaz de gerar respostas afetivas. Dentro do campo emergente da narratologia cognitiva, este artigo encontra esse modelo na teoria enativista de Marco Caracciolo, para a qual a leitura envolve o apelo a memórias experienciais do leitor a partir do estímulo de dispositivos expressivos do texto. Para testar a aplicabilidade da sua teoria, fazemos uma análise de excertos de <em>O Cemitério</em>, de Stephen King, com foco na articulação de dispositivos expressivos que podem suscitar a experiência enativa de percepções e afetos, culminando na experiência do horror. Pontualmente, são comentadas teorias complementares à nossa discussão, como o enativismo radical de Daniel Hutto, a teoria evolutiva das emoções de Stephen Asma e Rami Gabriel e a teoria da linguagem de Daniel Dor. Desse modo, o artigo fomenta a discussão sobre as contribuições potenciais do enativismo para a teoria da literatura, mediante a introdução das proposições de Caracciolo, um dos fundadores dessa pesquisa transdisciplinar emergente.</p> 2025-09-03T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2025 Pedro Dolabela Chagas, Letícia Oliveira https://periodicos.ufsm.br/voluntas/article/view/91689 Das Erinnern an die Gemütsbewegungen in den Bekenntnissen Augustinus 2025-09-26T16:14:04-03:00 Alisson Brandemarte Moreira alisson.b.moreira.nacional@gmail.com <p>In den <em>Bekenntnissen</em> des Heiligen Augustinus ist das Erinnern an die Gemütsbewegungen ein Konzept, das aus dem Gedächtnis und den Gemütsbewegungen gebildet wird, Kräften (<em>vis</em>), die sich im Inneren der Person befinden. Um sie zu verstehen, ist es notwendig, die Funktionsweise von Gedächtnis und Gemütsbewegungen innerhalb der <em>Confessiones</em> zu präzisieren: sowohl isoliert als auch in Verbindung. Im ersten Fall wird dies mittels Beschreibungen in der Arbeit geschehen, mit Schwerpunkt auf Buch X; im zweiten Fall wird die Metapher vom Gedächtnis als Magen des Geistes untersucht. Es soll die Relevanz der Diskussion auf dem Weg der Suche nach Gott aufgezeigt werden, der als identisch mit der Wahrheit, dem Gut, der Einheit und dem Sein verstanden wird. Mit anderen Worten, es soll hervorgehoben werden, dass das Ziel des Studiums des Erinnerns an die Gemütsbewegungen darin besteht, zu verstehen, wie Gedächtnis und Gemütsbewegungen bei der Suche nach dem, was sie transzendiert, zusammenwirken. In diesem Sinne verwirklicht sich die Finalität des Erinnerns an die Gemütsbewegungen, indem sie durch ihre Funktionsweise bei dieser Suche nach Gott hilft. So besteht der Beitrag des Erinnerns an die Gemütsbewegungen nicht nur darin, die Begriffe der Gemütsbewegungen aufzubewahren, sondern auch ihren Geschmack zu verwerfen, damit die Person sie nicht erneut erleben muss, um aus ihnen ihr Wachstum, d. h. ihre persönliche Transformation, zu ziehen.</p> 2025-09-03T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2025 Alisson Brandemarte Moreira https://periodicos.ufsm.br/voluntas/article/view/92925 Towards a unified theory of happiness: Nozick versus Haybron 2025-09-13T11:32:25-03:00 Christian Piller christian.piller@york.ac.uk <p>In this paper, I present a puzzle, an inconsistent triad of claims, pertaining to common views about the nature and significance of happiness. I argue that viewing happiness as an emotion helps us to resolve this puzzle by introducing conditions of when which emotions are appropriate. I reject Haybron’s view that our notion of happiness is ambiguous, and I side with Nozick on how to combine different elements in a unified theory of happiness. I point out that unification at the semantic level leaves other issues open.</p> 2025-09-03T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2025 Christian Piller https://periodicos.ufsm.br/voluntas/article/view/91826 Entre razão e afetos: Habermas, Mouffe e os impasses da democracia radical 2025-09-25T20:50:15-03:00 Cristina Foroni Consani crisforoni@yahoo.com.br <p>Este artigo tem por objetivo analisar em que medida a teoria da democracia deliberativa habermasiana responde às críticas a respeito da incapacidade de lidar com as emoções/afetos na política. Esta análise será realizada a partir do enfrentamento das críticas formuladas por Chantal Mouffe. O argumento central do artigo é que não há uma oposição entre razão e afetos na obra de Habermas, mas sim que os critérios de racionalidade estipulados para a deliberação política buscam evitar o poder arbitrário.</p> 2025-09-03T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2025 Cristina Foroni Consani https://periodicos.ufsm.br/voluntas/article/view/93646 Os filósofos e o coração: apresentação à tradução de Coração: a ideia em si, de Stephen Darwall 2025-10-07T22:33:03-03:00 Flavio Williges fwilliges@gmail.com <p>O objetivo desta apresentação é introduzir a tradução para a língua portuguesa do Capítulo 1 da obra <em>The Heart and Its Attitudes</em>, do filósofo norte-americano Stephen Darwall. Nesta apresentação, o tradutor contextualiza o pensamento de Darwall dentro da tradição da filosofia moral analítica, com destaque para sua proposta de expandir a teoria das atitudes reativas de segunda pessoa para além do domínio deôntico. O capítulo propõe uma distinção entre <em>atitudes da vontade</em>, como o respeito, a culpa e a indignação, e <em>atitudes do coração</em>, como o amor, o remorso e a gratidão, destacando que ambas compartilham uma estrutura relacional de segunda pessoa. A apresentação enfatiza a relevância conceitual da noção de “competência afetuosa do coração”, introduzida por Darwall, segundo a qual a capacidade de estabelecer conexões afetivas profundas depende de uma abertura mútua entre corações. Ao interpretar o amor e outras emoções afetuosas (confiança, gratidão, raiva) como atitudes normativamente significativas, ainda que não moralmente requeridas, Darwall oferece uma contribuição original para a filosofia moral, propondo que o coração, assim como a vontade moral, é intrinsecamente relacional e normativamente estruturado.</p> 2025-09-22T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2025 Flavio Williges https://periodicos.ufsm.br/voluntas/article/view/88265 Fenomenologia da temporalidade e psicopatologia dimensional, de Thomas Fuchs e Mauro Pallagrosi 2025-09-25T20:50:16-03:00 Nathália Ferreira de Ávila Carvalho natdeavila@gmail.com <p>Este capítulo discute a questão da temporalidade do ponto de vista fenomenológico, no qual a experiência do tempo vivido é considerada uma característica central de várias manifestações de doenças mentais. A nosologia categórica moderna e amplamente difundida na psiquiatria tende a segmentar uma pessoa em diferentes critérios comportamentais, enquanto carece de uma compreensão holística do indivíduo. A psicopatologia dimensional oferece uma visão menos anatômica do paciente; no entanto, uma abordagem fenomenológica, integrada de forma benéfica, poderia alcançar uma compreensão mais profunda dos aspectos estruturais de vários transtornos mentais e maximizar a eficácia da intervenção terapêutica.</p> 2025-09-03T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2025 Nathália Ferreira de Ávila Carvalho https://periodicos.ufsm.br/voluntas/article/view/92731 Invasão mental, afetividade situada e o life hack corporativo, de Jan Slaby:tradução e apresentação 2025-09-13T11:32:27-03:00 Felipe Nogueira de Carvalho felipencarvalho@gmail.com <p>Diante dos problemas filosóficos que permeiam o debate sobre a afetividade situada, pode parecer prudente focar em casos simples. Seguindo nesta direção, teorias frequentemente destacam cenários em que um indivíduo utiliza um dispositivo para ampliar sua experiência emocional ou alcançar novos tipos de experiência, como tocar um instrumento, ir ao cinema ou usar uma bolsa de grife. Argumento que essa focalização estreita em casos que se encaixam no "modelo usuário/recurso" tende a desviar a atenção de instâncias mais complexas e problemáticas de afetividade situada. Entre elas estão cenários em que um domínio social atrai indivíduos para modos específicos de interação afetiva, muitas vezes por meio de sintonia e habituação a estilos afetivos e padrões de interação normativos nesse domínio. Isso pode levar a um fenômeno que não é exatamente uma "extensão da mente”, mas uma "invasão mental": a afetividade é dinamicamente moldada e modulada de fora, frequentemente contrariando as orientações prévias dos indivíduos em questão. Como exemplo, discuto padrões afetivos prevalentes no ambiente corporativo atual, afirmando que a afetividade no local de trabalho contribui para o que é, efetivamente, um "hack" da subjetividade dos/as funcionários/as.</p> 2025-09-03T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2025 Felipe Nogueira de Carvalho https://periodicos.ufsm.br/voluntas/article/view/91770 Resenha de contra o ódio, de Carolin Emcke 2025-09-13T11:32:28-03:00 Thayenne Nascimento thayhistoria@gmail.com <p>.</p> 2025-09-03T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2025 Thayenne Nascimento https://periodicos.ufsm.br/voluntas/article/view/93372 Experience and affectivity: an interview with Matthew Ratcliffe 2025-09-13T11:32:22-03:00 Flavio Williges fwilliges@gmail.com Róbson Ramos dos Reis robsonramosdosreis@gmail.com <p>An Interview with Matthew Ratcliffe.</p> 2025-09-03T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2025 Flavio Williges https://periodicos.ufsm.br/voluntas/article/view/93514 Apresentação - Dossiê Emoções e Afetividade 2025-09-13T11:32:19-03:00 Flavio Williges fwilliges@gmail.com Felipe Nogueira de Carvalho felipencarvalho@gmail.com Róbson Ramos dos Reis robsonramosdosreis@gmail.com 2025-09-03T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2025 Flavio Williges, Felipe Nogueira de Carvalho, Róbson Ramos dos Reis