Voluntas: Revista Internacional de Filosofia https://periodicos.ufsm.br/voluntas <p>A <em>Voluntas: Revista Internacional de Filosofia</em>, ISSN 2179-3786, Qualis/CAPES atual A3, é um periódico da Seção Brasileira da Schopenhauer-Gesellschaft (Sociedade Schopenhauer) articulada internacionalmente com outras Seções da mesma Sociedade, em especial com as Seções alemã, italiana e japonesa. É uma revista vinculada aos Programas de Pós-Graduação em Filosofia da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Tem como objetivo central publicar trabalhos em formato de artigos originais, resenhas, traduções e entrevistas da área de Filosofia, especialmente sobre a filosofia schopenhaueriana, em vista de promover interlocuções entre pesquisadores brasileiros e estrangeiros. A revista é publicada em duas seções: (i) os Estudos Schopenhauerianos, expediente original do periódico, que publica trabalhos sobre a filosofia de Arthur Schopenhauer; (ii) os Dossiês temáticos, que publicam trabalhos sobre os mais variados temas na área da Filosofia, relacionados, de alguma forma, à filosofia de Schopenhauer. Além disso, a revista publica, eventualmente, números especiais. O periódico adota a modalidade de Publicação Contínua, com periodicidade anual. Nesse formato, os manuscritos são publicados assim que finalizados os processos de avaliação e revisão.</p> <p><strong>eISSN 2179-3786 | Qualis/CAPES (2017-2020) = A3</strong></p> pt-BR <p style="text-align: justify;"><span>A submissão de originais para este periódico implica na transferência, pelos autores, dos direitos de publicação impressa e digital. Os direitos autorais para os artigos publicados são do autor, com direitos do periódico sobre a primeira publicação. Os autores somente poderão utilizar os mesmos resultados em outras publicações indicando claramente este periódico como o meio da publicação original. </span></p><p style="text-align: justify;">A <strong>Voluntas</strong> é um periódico de acesso aberto sob a licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 4.0 Internacional (CC BY-NC-SA 4.0).</p> voluntas@ufsm.br (Vilmar Debona, Luan Corrêa da Silva, Felipe Durante (Editores)) centraldeperiodicos@ufsm.br (Central de Periódicos da UFSM) Wed, 30 Oct 2024 00:00:00 -0300 OJS 3.3.0.10 http://blogs.law.harvard.edu/tech/rss 60 O fato da consciência moral na preleção sobre Metafísica dos Costumes de 1820 de Arthur Schopenhauer https://periodicos.ufsm.br/voluntas/article/view/88215 <p>A partir do texto da tradução da preleção sobre a metafísica dos costumes lançada em junho de 2024 pela editora da Unesp, apresento um exame dos conceitos de “<em>Gewissensangst” e “Reue”</em> como contrapontos ao conceito de lei moral. Pretende-se demonstrar que Schopenhauer ao afirmar a existência de um sentido moral para as ações humanas indica o sentimento de remorso como fundamento para tal sentido e legitimidade da moralidade, negando veementemente a possibilidade de uma doutrina do dever baseada na ideia de uma lei moral, opondo-se, assim, à ética kantiana. Essa oposição perpassa todo o texto da metafísica dos costumes figurando como uma tópica da preleção de 1820.</p> Eli Vagner Francisco Rodrigues Copyright (c) 2024 Eli Vagner Francisco Rodrigues https://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0 https://periodicos.ufsm.br/voluntas/article/view/88215 Sun, 01 Dec 2024 00:00:00 -0300 Alguns sentidos de “consciência” em Schopenhauer e indicações preliminares acerca de sua relação com um possível inconsciente psíquico https://periodicos.ufsm.br/voluntas/article/view/88744 <p>Schopenhauer usa o termo “consciência” para designar ora a cognição em geral, associada ao conceito igualmente geral de “representação”, ora modalidades específicas ou momentos específicos da cognição. Este trabalho pretende apresentar um primeiro esboço de um mapeamento conceitual em torno da noção de consciência na obra do autor. Meu objetivo é identificar sentidos distintos do termo e, ao mesmo tempo, tentar encontrar uma definição mais geral que pudesse abranger todos eles (ou pelo menos a maioria deles). Após apresentar algumas definições gerais de consciência que servirão como eixo para o desenvolvimento da argumentação subsequente, proponho dois esquemas gerais de classificação dos tipos de consciência e, na sequência, um esboço complementar com acréscimo de algumas categorias e subdivisões possíveis dos tipos indicados anteriormente. As relações possíveis entre a concepção de consciência discutida aqui e a noção schopenhaueriana de inconsciente serão objeto de um segundo artigo, que dará continuidade a este.</p> William Mattioli Copyright (c) 2024 William Mattioli https://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0 https://periodicos.ufsm.br/voluntas/article/view/88744 Sun, 01 Dec 2024 00:00:00 -0300 Schopenhauer como educador: 150 anos da Terceira Extemporânea de Nietzsche https://periodicos.ufsm.br/voluntas/article/view/88862 <p>Pretende-se oferecer algumas reflexões sobre os conceitos de cultura, formação e educação em Schopenhauer tendo como ensejo o centésimo quinquagésimo aniversário da terceira <em>Consideração Extemporânea </em>de Friedrich Nietzsche, intitulada “Schopenhauer como Educador” (1874). Não pretendemos, nesse momento, tomar em consideração a filosofia de Nietzsche e o lugar que nela desempenha o referido texto em sua filosofia juvenil ou madura. Trata-se de considerar as contribuições que a filosofia de Schopenhauer oferece para a temática abordada no texto de Nietzsche</p> Flamarion Caldeira Ramos Copyright (c) 2024 Flamarion Caldeira Ramos https://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0 https://periodicos.ufsm.br/voluntas/article/view/88862 Wed, 30 Oct 2024 00:00:00 -0300 Nietzsche como héretico da Escola de Schopenhauer https://periodicos.ufsm.br/voluntas/article/view/89375 <p>De acordo com a classificação sistemática da Escola de Schopenhauer que agora se tornou canônica, os seguidores de Schopenhauer que não aceitam a metafísica da vontade e que desenvolvem independentemente outros aspectos do pensamento schopenhaueriano são considerados heréticos. Esse é precisamente o caso de Friedrich Nietzsche, que, embora considerasse Schopenhauer seu “mestre e disciplinador”, nunca foi um schopenhaueriano acrítico. Essa contribuição, portanto, tem como objetivo criticar a interpretação tradicional, que vê o primeiro Nietzsche como um schopenhaueriano ortodoxo e o segundo Nietzsche como um anti-schopenhaueriano, e mostrar como as três fases em que o pensamento de Nietzsche é articulado correspondem a três abordagens diferentes do pensamento schopenhaueriano.</p> Domenico Fazio Copyright (c) 2024 Domenico Fazio https://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0 https://periodicos.ufsm.br/voluntas/article/view/89375 Wed, 18 Dec 2024 00:00:00 -0300 A vontade petrificada: a simetria arquitetônica e a arquitetura simétrica de Schopenhauer https://periodicos.ufsm.br/voluntas/article/view/87304 <p>O artigo procura analisar a posição neoclassicista de Schopenhauer sobre a arquitetura, que deita raízes na estética vitruviana renascente na modernidade, marcada pela importância dada à simetria para a constituição das formas na obra de arte. Trata ainda de sua rejeição da arquitetura gótica baseada nesta postura neoclássica. Cabe verificar em que sentido é sustentável o apego à racionalidade simétrica da arquitetura na filosofia anti-iluminista do filósofo da Vontade cega e irracional.</p> Jarlee Oliveira Silva Salviano Copyright (c) 2024 Jarlee Oliveira Silva Salviano https://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0 https://periodicos.ufsm.br/voluntas/article/view/87304 Wed, 30 Oct 2024 00:00:00 -0300 A influência de Schopenhauer em Vivekananda e a polêmica do “neo-hinduísmo” https://periodicos.ufsm.br/voluntas/article/view/88528 <p>A influência de Arthur Schopenhauer na doutrina moral de Swami Vivekananda tem sido um tema polêmico e de debate acadêmico. Paul Hacker argumentou que Vivekananda foi influenciado pela interpretação "equivocada" de Schopenhauer da fórmula sânscrita <em>tat tvam asi</em> (isso és tu), originalmente desprovida, segundo ele, de conotação moral. Hacker sustentou que a ética <em>tat tvam asi </em>tornou-se um elemento crucial no pensamento "neo-hindu", mobilizando a Índia a introduzir um engajamento moral que até então não existia na tradição. Neste artigo, investigaremos a controvérsia sobre a influência de Schopenhauer no surgimento do "neo-hinduísmo" e como essa influência permanece ainda sujeita a análises contínuas, sem haver um parecer exato sobre o impacto de Schopenhauer nos preceitos morais de Vivekananda.</p> Diana Chao Decock Copyright (c) 2024 Diana Chao Decock https://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0 https://periodicos.ufsm.br/voluntas/article/view/88528 Wed, 18 Dec 2024 00:00:00 -0300 Schopenhauer e a linguagem https://periodicos.ufsm.br/voluntas/article/view/88831 <p>O presente artigo pretende enfatizar e discutir alguns aspectos importantes da relação de Schopenhauer com a linguagem, especialmente o uso que o próprio filósofo faz da linguagem, e as suas observações sobre a linguagem em geral e sobre a Língua Alemã em particular. Os aspectos destacados são a especificidade da linguagem filosófica, a relação entre criação artística e conceito, as questões de tradução e o aprendizado de línguas estrangeiras, entre outros.</p> Eduardo Ribeiro da Fonseca Copyright (c) 2024 Eduardo Ribeiro da Fonseca https://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0 https://periodicos.ufsm.br/voluntas/article/view/88831 Wed, 30 Oct 2024 00:00:00 -0300 Aspectos das teorias do Direito em Kant e Schopenhauer https://periodicos.ufsm.br/voluntas/article/view/89373 <p>O artigo tem como objetivo comparar as teorias do direito de Immanuel Kant e Arthur Schopenhauer, com ênfase nos conceitos de direito e moral. Apesar das profundas divergências filosóficas, ambas as teorias possuem pontos de convergência estruturais, particularmente na forma como concebem o direito como uma ferramenta necessária para regular o comportamento humano e garantir a coexistência social. A análise parte da crítica de Schopenhauer à doutrina kantiana, em especial as formuladas em <em>Sobre o Fundamentos da Moral, O Mundo como Vontade e Representação </em>e o apêndice de crítica à filosofia kantiana, questionando a separação rigorosa entre ética e direito proposta por Kant, e explorando como os dois filósofos tratam conceitos-chave como dever, coerção e o princípio <em>neminem laede</em>. Com isso, espera-se mostrar que, embora as abordagens de Kant e Schopenhauer sejam metodologicamente distintas — com Kant fundamentando-se em princípios racionais e Schopenhauer em uma metafísica empírica —, a filosofia do direito de ambos provam ser a expressão de uma concepção do ser humano muito semelhantes e ambos reconhecem a necessidade de um sistema jurídico que lide com o egoísmo humano e assegure a liberdade dentro de uma sociedade organizada.</p> Margit Ruffing Copyright (c) 2024 Margit Ruffing https://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0 https://periodicos.ufsm.br/voluntas/article/view/89373 Wed, 18 Dec 2024 00:00:00 -0300 Metafísica e moral na obra de Schopenhauer: o significado moral do pior dos mundos. https://periodicos.ufsm.br/voluntas/article/view/89962 <p>O artigo explora a aparente contradição, na filosofia de Schopenhauer, entre o significado moral e o diagnóstico do “pior dos mundos”. O filósofo afirma a compaixão como o único fundamento moral universal e concreto ao rejeitar o transcendentalismo e a intervenção de um Deus ou inteligência suprema. A compaixão emerge como fundamento universal da moral, capaz de mitigar o sofrimento e instaurar solidariedade em meio à “guerra de todos contra todos”. Embora frequentemente associado ao quietismo e ao conservadorismo, o pensamento schopenhaueriano também revela um potencial transformador, ao enfatizar a força disruptiva da moralidade e da arte, as quais iluminam possibilidades de ação e convivência, mesmo no pior dos mundos.</p> Maria Lúcia Mello e Oliveira Cacciola Copyright (c) 2024 Maria Lúcia Mello e Oliveira Cacciola https://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0 https://periodicos.ufsm.br/voluntas/article/view/89962 Mon, 30 Dec 2024 00:00:00 -0300 Por uma pedagogia do egoísmo ou sobre as limitações do conceito de compaixão na filosofia prática de Arthur Schopenhauer https://periodicos.ufsm.br/voluntas/article/view/88447 <p>Este trabalho tem por objetivo, a partir da leitura e análise das obras de Schopenhauer – em especial a terceira edição d’<em>O mundo como vontade e representação</em> (<em>Die Welt als Wille und Vorstelung</em>) de 1844, <em>Sobre o Fundamento da Moral </em>(<em>Über die Grundlage der Moral</em>) de 1840, <em>Parerga e Paralipomena </em>(<em>Parerga und Paralipomena</em>) de 1851, e das notas de aula do autor sobre ética, <em>A</em> <em>Metafísica dos Costumes</em> (<em>Metaphisyk der Sitten</em>) de 1820, avaliar a importância dos conceitos de egoísmo (<em>Egoismus</em>) e de compaixão (<em>Mitleid</em>) para a vida em sociedade. Espera-se explicitar a importância e o impacto dos conceitos de egoísmo e de compaixão na filosofia do autor, bem como, por um lado, apresentar e defender a hipótese de que o primeiro conceito, utilizado como alicerce para uma pedagogia do egoísmo, forneceria uma base mais adequada para a tratativa de questões sociais, políticas, jurídicas – uma redução de danos da existência – e, por outro, verificar as limitações do conceito de compaixão para os mesmos casos e, talvez, seu inflacionado valor.</p> Felipe dos Santos Durante Copyright (c) 2024 Felipe dos Santos Durante https://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0 https://periodicos.ufsm.br/voluntas/article/view/88447 Thu, 12 Dec 2024 00:00:00 -0300 Doutrina dos sonhos: uma lacuna na filosofia de Schopenhauer https://periodicos.ufsm.br/voluntas/article/view/88801 <p>O que é sonho, que relação tem com a efetividade, como pode ser diferenciado dela e, finalmente, o que antes de tudo o torna possível? Eis o tipo de questões que uma doutrina dos sonhos deveria responder. De fato, algumas linhas a respeito disso eram encontradas na obra sobre o princípio de fundamento suficiente, de 1813, mas Schopenhauer abandonou sua tese original no decorrer das décadas seguintes. O presente artigo pretende destacar as mudanças de pensamento de Schopenhauer ao longo do tempo e apontar um conjunto de problemas deixados para trás sem solução. Inclui uma tradução do § 22 da <em>Dissertação </em>para o português.</p> Dax Moraes Copyright (c) 2024 Dax Moraes https://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0 https://periodicos.ufsm.br/voluntas/article/view/88801 Wed, 20 Nov 2024 00:00:00 -0300 Materialismo e ser humano em Schopenhauer e Marx https://periodicos.ufsm.br/voluntas/article/view/88925 <p>O texto a seguir procura aportar uma modesta contribuição à controversa e filosoficamente interessante discussão sobre os possíveis pontos de aproximação entre as filosofias de Schopenhauer e Marx. Para tanto, enfoca o debate tradicional entre materialismo e idealismo, destacando certas similaridades entre as posições de ambos a esse respeito e apontando a concepção de ser humano como ponto teórico que determina esses posicionamentos e no qual suas filosofias apresentam importantes elementos de convergência.</p> Márcio Benchimol Barros Copyright (c) 2024 Márcio Benchimol Barros https://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0 https://periodicos.ufsm.br/voluntas/article/view/88925 Wed, 18 Dec 2024 00:00:00 -0300 Sobre a lógica do pessimismo schopenhaueriano: um layout de seu plano argumentativo e encaminhamentos para uma análise crítica https://periodicos.ufsm.br/voluntas/article/view/88194 <p>Arthur Schopenhauer é considerado uma espécie de arquipessimista e fundador do movimento classificado como “pessimismo filosófico moderno,” por sua pretensão inovadora de sustentar, de maneira sistemática e em “razões objetivas,” que o não ser é melhor do que o ser. Entretanto, dois outros grupos de estudiosos seguem direções diferentes desta. Um deles não nega o pessimismo de Schopenhauer, mas o atribui predominantemente a razões subjetivas, como o seu comportamento melancólico desencadeado sobretudo pela relação conflituosa com a sua mãe. O outro grupo sequer toma Schopenhauer como um pessimista, e sim, ao contrário, como um otimista, numa indicação de que nos faltam critérios claros e explícitos para compreender o que seria o pessimismo desse autor. Este trabalho defende que há, sim, uma “lógica” pessimista objetivamente articulada no interior da filosofia de Schopenhauer, e que por isso o pessimismo schopenhaueriano deve ser analisado de acordo com as razões filosóficas que compõem o seu plano argumentativo. A fim de sustentar essa hipótese, o primeiro objetivo é evidenciar tal plano, seguindo um modelo informal de análise argumentativa. Essa abordagem também orienta uma apreciação crítica maisrefletida da sua “lógica” pessimista. Assim, o segundo objetivo é introduzir alguns parâmetros para ulterior avaliação do alcance argumentativo do pessimismo schopenhaueriano.</p> Matheus Silva Freitas Copyright (c) 2024 Matheus Silva Freitas https://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0 https://periodicos.ufsm.br/voluntas/article/view/88194 Wed, 30 Oct 2024 00:00:00 -0300 Ideia é um pensar-mais do que é intuído https://periodicos.ufsm.br/voluntas/article/view/88685 <p>No texto <em>Sobre a Quadrúplice Raiz do princípio de razão suficiente </em>(1847), Schopenhauer afirma que cada conceito é formado pela desconsideração de muito daquilo que é dado intuitivamente, para manter apenas o que é comum a diversas representações. Por isto ele considera que o conceito é um “pensar-menos” [<em>Wenigerdenken</em>] do que é intuído [<em>angeschaut</em>]. A minha hipótese é que a Ideia, ao contrário dos conceitos, pode ser compreendida como um “pensar-mais” [<em>Mehrdenken</em>], porque o conhecimento da Ideia teria a capacidade de ampliar o que é intuído empiricamente, até alcançar a intuição de uma totalidade que provém de um pensamento fixado sensivelmente através de uma figura de fantasia.</p> Selma Aparecida Bassoli Copyright (c) 2024 Selma Aparecida Bassoli https://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0 https://periodicos.ufsm.br/voluntas/article/view/88685 Wed, 30 Oct 2024 00:00:00 -0300 A filosofia de Schopenhauer como mundosofia e sua crítica da (psicocosmo)ontoteologia https://periodicos.ufsm.br/voluntas/article/view/88852 <p>É abordado o tratamento dado por Arthur Schopenhauer à filosofia como mundosofia (Weltweisheit), que, diferentemente do que tradicionalmente se optou, a saber, sistemas de pensamentos, que se destacam por serem distintivamente (psicocosmo)ontoteológicos, não consistem em mas de um único pensamento. Visto que Schopenhauer expõe em sua filosofia a limitação desses sistemas e além disso os demonstra crítica e combativamente, a exposição do pensamento único e a crítica dos sistemas de pensamentos são apresentadas como as duas faces da moeda do compromisso de Schopenhauer com a filosofia: o único pensamento essencialmente mundial-sófico como o positivo (o anverso) e a crítica dos sistemas de pensamento propriamente ontoteológicos (psicocosmo) como o negativo (o reverso).</p> Jesús Carlos Hernández Moreno Copyright (c) 2024 Jesús Carlos Hernández Moreno https://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0 https://periodicos.ufsm.br/voluntas/article/view/88852 Wed, 18 Dec 2024 00:00:00 -0300 Schopenhauer na obra de Roland Jaccard https://periodicos.ufsm.br/voluntas/article/view/89374 <p>Este artigo tem por objetivo apresentar as referências a Arthur Schopenhauer nas obras de Roland Jaccard.</p> José Thomaz Brum Copyright (c) 2024 Jose Thomaz Almeida Brum Duarte https://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0 https://periodicos.ufsm.br/voluntas/article/view/89374 Thu, 12 Dec 2024 00:00:00 -0300 Abelhas ou porcos-espinhos? Hegel e Schopenhauer sobre Direito e Estado https://periodicos.ufsm.br/voluntas/article/view/88496 <p>Este artigo tem por objetivo comparar as filosofias do direito e do Estado de Arthur Schopenhauer e Georg Wilhelm Friedrich Hegel, apresentando suas diferenças e possíveis pontos de convergência, apresentando, também, o quanto tais teorias são apropriadas para explicitar um problema muito atual da política: o crescimento de tendências autoritárias.</p> Matthias Kossler Copyright (c) 2024 Matthias Kossler https://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0 https://periodicos.ufsm.br/voluntas/article/view/88496 Sun, 01 Dec 2024 00:00:00 -0300 Como a teoria do conhecimento influencia a ética: a derrocada da supremacia humana através da crítica de Schopenhauer à noção de dignidade de Kant https://periodicos.ufsm.br/voluntas/article/view/88802 <p>A grande inovação de Schopenhauer em teoria do conhecimento tem relação intrínseca com a questão moral relacionada à consideração efetiva do animal não humano. O papel do intelecto é central em Schopenhauer e não recede o mesmo valor em Kant e, deste modo, Schopenhauer critica a noção de dignidade kantiana, fundamentada na valorização exacerbada da razão e na noção de autonomia. Para Schopenhauer, todo ser dotado de entendimento e vontade é digno porque opera intuitivamente e em conformidade com a lei de motivação. Quem opera fazedo uso da intuição, opera segundo motivos, concepção que aproxima, em alguma medida, Schopenhauer e teóricos da bioética como Richard Ryder e Peter Singer. Para Singer, a noção de interesse é suficiente para que tratemos os animais de forma digna. Deste modo, o propósito central deste artigo está na argumentação de que a teoria do conhecimento schopenhaueriana - edificada a partir de sua crítica à Kant - fundamenta a ética das relações entre humanos e animais não racionais.</p> Jaqueline Engelmann Copyright (c) 2024 Jaqueline Engelmann https://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0 https://periodicos.ufsm.br/voluntas/article/view/88802 Sun, 01 Dec 2024 00:00:00 -0300 Sempre o “meu grande mestre Schopenhauer” https://periodicos.ufsm.br/voluntas/article/view/88960 <p class="TtResumoAbstract">O presente trabalho tem como objetivo principal examinar o alcance e a profundidade da influência da obra de Arthur Schopenhauer no pensamento de Friedrich Nietzsche, em especial em sua crítica genealógica da moral e do dogmatismo filosófico. Neste contexto, a crítica de Schopenhauer por Nietzsche é feita à luz de sua inserção na linhagem filosófica do idealismo alemão.</p> Oswaldo Giacoia Junior Copyright (c) 2024 Oswaldo Giacoia Junior https://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0 https://periodicos.ufsm.br/voluntas/article/view/88960 Wed, 30 Oct 2024 00:00:00 -0300 Schopenhauer, Wittgenstein e a questão ético-normativa https://periodicos.ufsm.br/voluntas/article/view/89797 <p>A influência dos vários contatos de Wittgenstein com a filosofia de Schopenhauer é hoje bastante conhecida e foi objeto de análise em inúmeros trabalhos e pesquisas. Ela claramente se deixa perceber em várias passagens, tanto em anotações anteriores ao <em>Tractatus logico-philosophicus</em>, quanto em reflexões e escritos posteriores. O presente artigo objetiva oferecer algumas indicações acerca da influência da filosofia schopenhaueriana nas reflexões de Wittgenstein com respeito a questões normativas e mais especificamente relativas à ética, decisivamente no que diz respeito à questão da sua fundamentação.</p> Roberto de Almeida Pereira de Barros Copyright (c) 2024 Roberto de Almeida Pereira de Barros https://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0 https://periodicos.ufsm.br/voluntas/article/view/89797 Wed, 18 Dec 2024 00:00:00 -0300 Apresentação da Edição Especial Schopenhauer: Sociedade e Cultura https://periodicos.ufsm.br/voluntas/article/view/89471 <p class="Ttprincipal">Apresentação da Edição Especial <em>Schopenhauer: Sociedade e Cultura, </em>com os trabalhos apresentados no <em>X Colóquio Internacional Schopenhauer</em>, realizado na USP em 2024.</p> <p class="Ttprincipal"> </p> Felipe dos Santos Durante, Luan Corrêa da Silva, Vilmar Debona Copyright (c) 2024 Felipe dos Santos Durante, Luan Corrêa da Silva, Vilmar Debona https://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0 https://periodicos.ufsm.br/voluntas/article/view/89471 Wed, 30 Oct 2024 00:00:00 -0300