Cartografando uma pesquisa cartográfica em educação com arte. Formas afônicas e per-forma

Autores

  • Alberto Coelho Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, Rio Grande do Sul
  • Cynthia Farina

DOI:

https://doi.org/10.5902/1983734837863

Palavras-chave:

Cartografia, Subjetividade, Experiência

Resumo

Este texto procede de uma investigação sobre pesquisas cartográficas em educação e arte, com trabalhos orientados ao longo de dez anos. Apresenta conceitos foucaultianos e deleuze-guattarinanos, tais como: experiência, subjetividade, afecto, para relacionar processos de subjetivação e processos de formação estética. Isso permite perguntar sobre limites, potências e cuidados na produção desse tipo de investigação. Permite, também, problematizar a produção escrita mesma, indagando o acento no ‘como’ se escreve, para indicar a importância de um ‘com o que’ se escreve. Quer dizer, pergunta-se por experimentações discursivas que incorrem em vacuidade retórica como efeito de escritas onde estética e política estão em desalinho. Desse labor, apresenta dois efeitos de sentido: formas afônicas e per-forma.

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Biografia do Autor

Alberto Coelho, Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, Rio Grande do Sul

É pós-doutor em Educação (2015), pela Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS); doutor em Artes Visuais, ênfase em História, Teoria e Crítica (2009), com estudos desenvolvidos na Universidade Politécnica de Valencia, Espanha (2007) e mestre em Artes Visuais, ênfase História, Teoria e Crítica (2002) pela mesma Universidade. Possui especialização em Arte-Educação (1993) pela Universidade Federal de Pelotas e graduação em Licenciatura em Educação Artística Hab Artes Plásticas (1989) pela mesma Universidade. Professor efetivo do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Sul-rio-grandense, campus Pelotas/RS. Atua no Programa de Pós-graduação (Mestrado Profissional) em Educação e Tecnologia, na linha de pesquisa 2 Intervenções no espaço-tempo da educação básica: filosofia, arte e tecnologias. Atua também na Graduação e Pós-graduação. É membro do grupo interinstitucional de pesquisa Educação e Contemporaneidade: experimentações com arte e filosofia. EXPERIMENTA/ CNPq/ IFSUL e do ArteVersa - Grupo de Estudo e Pesquisa em Arte e Docência - CNPq/FACED/UFRGS.

Cynthia Farina

É doutora em Ciencias de la Educación - Universidad de Barcelona (2005), com pós-doutorado em Educação (2012) - Programa de Pós-Graduação em Educação da PUC-RS, especialista e mestre em Educação pela UFPel (1991; 1999), e graduada em Licenciatura Plena em Educação Artística -Artes Plásticas, pela mesma Universidade (1987). Atua como professora do Programa de Pós-graduação em Educação -Linha de pesquisa: Linguagens verbo-visuais e tecnologia e no Pós-graduação em Linguagens Verbais, Visuais e suas Tecnologias do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Sul-rio-grandense, Campus Pelotas, onde é professora titular. Atua também como professora convidada, colaboradora e pesquisadora de programas de pós-graduação na Argentina e Colômbia. É líder do Grupo interinstitucional de Pesquisa Educação e contemporaneidade: experimentações com arte e filosofia - EXPERIMENTA. Tem experiência nas áreas de Arte e Formação de professores, com ênfase na articulação entre arte contemporânea e filosofias da diferença. Desenvolve, principalmente, os seguintes temas: corpo, formação estética e políticas do sensível.

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Publicado

2019-08-01

Como Citar

Coelho, A., & Farina, C. (2019). Cartografando uma pesquisa cartográfica em educação com arte. Formas afônicas e per-forma. Revista Digital Do LAV, 12(2), 164–180. https://doi.org/10.5902/1983734837863