Memes de internet, visualidades e discurso humorístico

Autores

  • Clícia Coelho Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, Rio Grande do Sul
  • Raimundo Martins

DOI:

https://doi.org/10.5902/1983734831728

Palavras-chave:

Memes de internet, Visualidades, Humor, Heteronormatividade

Resumo

Este artigo tem por objetivo discutir regimes de visualidades reproduzidos em memes de internet, especialmente àqueles que trazem na sua constituição imagética a representação de Barbara Kely, artista amapaense que ganhou evidência na cidade de Macapá e passou a ser veiculada nesses artefatos digitais. A análise das imagens busca problematizar as relações que os memes de internet estabelecem na cultura visual midiatizada e seus desdobramentos discursivos. Contribuições teóricas de autores(as) como Mirzoeff (2016), Mitchell (2002), Shifman (2014), Bergson (2004) e Butler (2001) são utilizadas para construir um campo analítico que articula os conceitos de humor, diferença e heteronormatividade a partir da perspectiva da cultura visual.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Clícia Coelho, Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, Rio Grande do Sul

Doutoranda no Programa de Pós-Graduação em Arte e Cultura Visual (PPGACV) da Faculdade de Artes Visuais da Universidade Federal de Goiás-UFG

Raimundo Martins

Doutor em Educação/Artes pela Southern Illinois University (EUA), pós-doutor pela Universidade de Londres (Inglaterra) e pela Universidade de Barcelona (Espanha)

Referências

AUNGER, R. Introduction. In: Darwinizing Culture: The Status of Memetics as a Science. Oxford University Press, Oxford, UK, 2001, p. 1-23. Disponível em: http://researchonline.lshtm.ac.uk/15423/1/Aunger%20Cha%201%20DarwinizingCulture.pdf. Acesso em: 9 nov. 2017.

BERGSON, H. O riso: ensaio sobre a significação da comicidade. Tradução: Ivone Castilho Benedetti. São Paulo: Martins Fontes, 2004.

BLACKMORE, S. The meme machine. Oxford: Oxford University Press, 1999.

BOURDIEU, P. O Poder Simbólico. 7ª ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2003.

BRAH, A. Diferença, diversidade, diferenciação. Cadernos Pagu, Campinas, n. 26, 2006, p. 239-76. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/cpa/n26/30396.pdf. Acesso em: 20 dez. 2017.

BUTLER, J. Corpos que pesam: sobre os limites discursivos do “sexo”. In: LOURO, Guacira Lopes. O corpo educado: pedagogias da sexualidade. Belo Horizonte: Autêntica, 2001, p.151-172.

DAWKINS, R. O gene egoísta [1976]. São Paulo: Companhia das Letras, 2007.

DENNETT, D. Consciousness Explained. Boston: Little, Brown and Company, 1991.

DIDI-HUBERMAN, G. A imagem sobrevivente: história da arte e tempo dos fantasmas segundo Aby Warburg. Tradução de Vera Ribeiro. Rio de Janeiro: Contraponto; Museu de Arte do Rio, 2013.

DOS ANJOS, M. Local/Global: Arte em Trânsito. Rio de Janeiro, Jorge Zahar, 2005.

FURLIN, N. Sujeito e agência no pensamento de Judith Butler: contribuições para a teoria social. Sociedade e Cultura, Goiânia, v. 16, n. 2, p. 395-403, jul./dez. 2013. Disponível em: https://revistas.ufg.br/fchf/article/view/32198. Acesso em: 10 dez. 2017.

GGB, Relatório do Grupo Gay da Bahia, 2016: Assassinato LGBT no Brasil. – Salvador/BA, 2016. Disponível em: https://homofobiamata.files.wordpress.com/2017/01/relatc3b3rio-2016-ps.pdf. Acesso em: 10 dez. 2017.

LYNCH, A. Units, Events and Dynamics in Memetic Evolution. In. Journal of Memetics - Evolutionary Models of Information Transmission, 2, 1998. Disponível em: http://jom-emit.cfpm.org/1998/vol2/lynch_a.html. Acesso em: 20 dez. 2017.

MARTINS, R.; SÉRVIO, P. Reflexões sobre cruzamentos entre imagens, mídia, espetáculo e educação a partir da cultura visual. In: MARTINS, R.; TOURINHO, I. (Orgs.). Culturas das Imagens – desafios para a arte e para a educação. Santa Maria: Editora UFSM, 2016 (2ª Ed. Revista e ampliada), p. 245-274.

MIRZOEFF, N. O direito a olhar. ETD - Educação Temática Digital, Campinas, SP, v. 18, n. 4, p. 745-768, nov. 2016. ISSN 1676-2592. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/etd/article/view/8646472. Acesso em: 7 dez. 2017.

MISKOLCI, R. A Teoria Queer e a Sociologia: o desafio de uma analítica da normalização. Sociologias, Porto Alegre, ano 11, nº 21, jan./jun. 2009, p. 150-182. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1517-45222009000100008&script=sci_abstract&tlng=pt. Acesso em: 23 jan. 2018.

MITCHELL, W.J.T. Showing Seeing – Uma crítica da Cultura Visual. Tradução Luciana Marcelino. Vol 1(2): 165-181, 2002. Disponível em: https://pt.scribd.com/document/273416782/Showing-Seeing-W-J-T-Mitchell. Acesso em: 7 dez. 2017.

POSSENTI, S. Humor, língua e discurso. São Paulo: Contexto, 2010.

SHIFMAN, L. Memes in digital culture. Massachusetts: MIT Press, 2014.

WOODWARD, K. Identidade e diferença: uma introdução teórica e conceitual. In: SILVA, T. T. (Org.). Identidade e diferença. A perspectiva dos estudos culturais. 14ª ed. Petrópolis: Vozes, 2014, p. 7-72.

Downloads

Publicado

2018-04-02

Como Citar

Coelho, C., & Martins, R. (2018). Memes de internet, visualidades e discurso humorístico. Revista Digital Do LAV, 11(1), 121–139. https://doi.org/10.5902/1983734831728

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)