"Para que poucos usufruam muito, muitos não devem usufruir nada": Movimentos de Voz e Saída no filme "In time"
DOI:
https://doi.org/10.5902/1983734822296Palavras-chave:
Contemporaneidade, Poder simbólico, Violência simbólica, Modernidade líquida, Estudos culturaisResumo
Neste artigo o objetivo é discutir sobre predicativos da sociedade contemporânea globalizada cujo alicerce é estruturado sobre o capital e a cultura. Para tanto, desenvolveu-se uma pesquisa documental, sobre o filme In Time (2011), ficção que diz respeito a uma sociedade organizada através do tempo e do dinheiro. Utilizou-se do Image Watching (OTT, 2011) como ferramenta de análise aproximando o corpus de conceitos de Bauman (2007; 2010) Bourdieu (1989; 2014) e Hirschman (1979). Considerou-se que em uma economia alicerçada no consumismo, como a da ficção e a da contemporaneidade, a produtividade, o descarte, a distribuição assimétrica de bens e a dominação são estratégias que operam a manutenção do capitalismo.
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