O ensino de filosofia na Educação Básica: uma problematização à luz da filosofia antiga
DOI:
https://doi.org/10.5902/1984644430328Palavras-chave:
ensino de filosofia, educação básica, filosofia antigaResumo
O objetivo deste texto consiste em problematizar os limites da filosofia na Educação Básica, uma vez que o ensino de filosofia na atualidade propicia uma formação bastante empobrecida. O propósito, do ponto de vista das políticas públicas, é desenvolver, através da transmissão da história da filosofia, competências e habilidades comunicativas (discursivo-filosóficas) que possibilitem uma formação voltada para a dimensão argumentativa e reflexiva da filosofia, a fim de preparar o pensar crítico ante o contemporâneo. Embora esse objetivo esteja demasiadamente reduzido à dimensão discursiva da tradição filosófica, essas capacidades nem chegam a ser desenvolvidas em sala de aula. De fato, o que acontece é uma formação restrita à ordem da compreensão, assimilação e repetição dos discursos filosóficos. Por um lado, ensinar consiste no movimento de transmissão das representações que o professor tem de determinado recorte da história da filosofia. Por outro, aprender seria reproduzir aquilo que foi transmitido, aplicando o conhecimento filosófico como fórmulas para se pensar determinadas questões. Deste contexto escolar, começa-se a problematizar a efetividade da transmissão de conhecimentos para propiciar uma formação minimamente filosófica. Indaga-se se é a apropriação discursiva dos conteúdos filosóficos que fundamentaria os processos de uma formação filosófica. Tem-se como hipótese que não é a posse de discursos o que fundamenta uma formação filosófica e que este modo de formar não encontra ressonância na própria tradição filosófica. Para tanto, recupera-se os movimentos iniciais da filosofia antiga, principalmente, com a figura de Sócrates e os textos de Platão, a fim de mostrar outras possibilidades para uma formação filosófica.Downloads
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