Participação das crianças em intervenção precoce: representações sociais de técnicas e famílias

Autores

  • Manuela Sofia Fuste Lapa Instituto Politécnico de Lisboa. Escola Superior de Educação de Lisboa.
  • Catarina Tomás Almeida Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Lisboa. Centro de Investigação em Ciências Sociais da Universidade do Minho, Portugal.

DOI:

https://doi.org/10.5902/1984686X15830

Palavras-chave:

Educação Especial, Intervenção Precoce, Direitos de Participação

Resumo

O objetivo do presente estudo é o de caracterizar as representações sociais de técnicas e de famílias sobre as crianças e os seus direitos, com especial enfoque na participação em processos de intervenção precoce (IP). Do ponto de vista metodológico, trata-se de uma investigação de natureza qualitativa, centrada num estudo de caso realizado no distrito de Setúbal, em Portugal. Foram aplicados questionários e entrevistas às técnicas de IP e às famílias de modo a possibilitar uma caracterização dos seus discursos. Para analisar os dados recorremos à categorização e análise dos discursos, que conduziu à elaboração de um texto indutivo e interpretativo, tendo como referência um quadro multidisciplinar que coloca em diálogo a Sociologia da Infância e a Intervenção Precoce. Nos discursos analisados, as crianças são representadas como sujeitos de direitos, nas dimensões de provisão e proteção. Relativamente à dimensão de participação, esta é marcada por obstáculos à sua concretização e promoção associados a dimensões como a menoridade, o paternalismo, a (i)maturidade e a deficiência(s). As crianças são vistas a partir do seu ofício de filho/a e como sujeitos de intervenção. É explícito nos discursos das entrevistadas a dificuldade em concretizar a participação das crianças em práticas de IP. Esta investigação procurou trazer contributo de valor acrescentado, sobretudo por convocar complementaridades produtivas entre diferentes saberes e perspetivas e centrar-se na dimensão dos direitos das crianças com deficiência ou risco de desenvolvimento. Pretendeu, ainda, contribuir para repensar e potenciar espaços de transformação que promovam e garantam efetivamente os direitos das crianças.

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Biografia do Autor

Manuela Sofia Fuste Lapa, Instituto Politécnico de Lisboa. Escola Superior de Educação de Lisboa.

Mestre em Ciências da Educação. Instituto Politécnico de Lisboa. Escola Superior de Educação de Lisboa, Portugal.

Catarina Tomás Almeida, Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Lisboa. Centro de Investigação em Ciências Sociais da Universidade do Minho, Portugal.

Socióloga. Doutorada da Estudos da Crianças, área de especialização da Sociologia da Infância. Professora da Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Lisboa e investigadora do Centro de Investigação em Ciências Sociais da Universidade do Minho, Portugal.

Campus de Benfica do IPL

1549-003 Lisboa

Portugal

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Publicado

2015-05-11

Como Citar

Lapa, M. S. F., & Almeida, C. T. (2015). Participação das crianças em intervenção precoce: representações sociais de técnicas e famílias. Revista Educação Especial, 28(52), 459–472. https://doi.org/10.5902/1984686X15830

Edição

Seção

Artigos – Demanda contínua

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