Regeneração natural após 13 anos de plantio com espécies arbóreas fixadoras de nitrogênio em Valença, no estado do Rio de Janeiro
DOI:
https://doi.org/10.5902/1980509844460Palabras clave:
Leguminosas arbóreas, Recuperação de áreas degradadas, Floresta estacional semidecidualResumen
Este trabalho avaliou a regeneração natural em área plantada há 13 anos com diferentes proporções de leguminosas fixadoras de nitrogênio. O plantio foi realizado em 2001, em pastagem abandonada, em Valença, sul do estado do Rio de Janeiro, com seis espécies florestais arbóreas não nodulantes, consorciadas com sete espécies leguminosas arbóreas nodulantes, de forma a estabelecer quatro proporções de leguminosas (30, 50, 65 e 80%) na composição botânica inicial. O delineamento experimental foi o de blocos ao acaso, com três repetições em parcelas de 940 m2. Em 2014, foram avaliados indivíduos regenerantes (≥ 60 cm) dentro de cada parcela e as espécies foram identificadas e classificadas quanto ao hábito de crescimento, grupo ecológico e síndrome de dispersão. Quantificou-se densidade absoluta, frequências absoluta e relativa e os índices de diversidade de Shannon e de equabilidade de Pielou. Foram encontradas 37 espécies que não haviam sido plantadas inicialmente. Somente três, das 13 espécies plantadas estiveram presentes no banco de plântulas. A maioria das espécies regenerantes eram arbóreas, pioneiras, com hábito de dispersão por zoocoria. O plantio misto com leguminosas arbóreas nodulantes é eficaz na ativação do processo de sucessão ecológica, uma vez que garante um alto recrutamento de espécies nativas regenerantes, com destaque para a composição botânica com 50 e 65%.
Descargas
Citas
AB’SÁBER, A. N. O domínio dos “mares de morros” no Brasil. Geomorfologia, São Paulo, n. 2, p. 1-9, 1966.
ALVES, T. G. Sobrevivência de espécies arbóreas nativas consorciadas à leguminosas nodulantes, Serra da Concórdia, Valença, Rio de Janeiro. 2007. Monografia (Bacharelado em Ciências Biológicas) - Universidade Severino Sombra, Vassouras, 2007.
CALDAS, A. J. F. da S. Geoprocessamento e análise ambiental para determinação de corredores de hábitat na Serra da Concórdia, Vale do Paraíba –RJ. 2006. Dissertação (Mestrado em Ciências Ambientais e Florestais) - Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica, 2006.
CHAER, G. M.et al. Nitrogen-fixing legume tree species for the reclamation of severely degraded lands in Brazil. Tree Physiology, Oxford, v. 31, p. 139-149, 2011.
DERESZ, F. et al. Produção de leite de vacas Holandês x Zebu em pastagens de gramíneas tropicais manejadas sob pastejo rotativo. Juiz de Fora, MG: Embrapa Gado de Leite, 2006. 6 p. (Circular Técnica, 90).
FREITAS, W. K. de; MAGALHÃES, L. M. S. Métodos e parâmetros para estudo da vegetação com ênfase no estrato arbóreo. Floresta e Ambiente, Seropédica, v. 19, n. 4, p. 520-540, 2012.
FREITAS, W. K. de; MAGALHÃES, L. M. S. Florística, diversidade e distribuição espacial das espécies arbóreas de um trecho de Floresta Estacional Semidecidual da Serra da Concórdia, RJ. Floresta, Curitiba, v. 44, p. 259-270, 2014.
IBGE. Manual técnico da vegetação brasileira. Rio de Janeiro: Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, Departamento de Recursos Naturais e Estudos Ambientais, 2012. 272 p. (Série Manuais Técnicos em Geociências, n. 1).
KELTY, M. J. The role of species mixtures in plantation forest. Forest Ecology and Management, Amsterdan, v. 233, p. 195-204, 2006.
LIMA, K. D. R.et al. Soil fauna as bioindicator of recovery of degraded areas in the caatinga biome. Revista Caatinga, Mossoró, v. 30, p. 401-411, 2017.
MACHADO, R. L.et al. Soil and nutrient losses in erosion gullies at different degrees of restoration. Revista Brasileira de Ciência do Solo, Viçosa, MG, v. 34, p. 945-954, 2010.
MARTIN, D. M. Ecological restoration should be redefined for the twentyfirst century. Restoration Ecology, Malden, v. 25, n. 5, p. 668-673, 2017.
MARTINS, E. M. et al. O uso de sistemas agroflorestais diversificados na restauração florestal na Mata Atlântica. Ciência Florestal, Santa Maria, v. 29, p. 632, 2019.
MELO, A. C. G.; DURIGAN, G. Evolução estrutural de reflorestamentos de restauração de matas ciliares no Médio Vale do Paranapanema. Scientia Forestalis, Piracicaba, v. 7, p. 101-111, 2007.
MENGE, D. N. L.; CHAZDON, R. L. Higher survival drives the success of nitrogen-fixing trees through succession in Costa Rican rainforests. New Phytologist, Cambridge, v. 209, p. 965-977, 2016.
REFLORA. Herbário Virtual. Rio de Janeiro, [2015]. Disponível em: http://reflora.jbrj.gov.br/jabot/herbarioVirtual/. Acesso em: 30 out. 2015.
RESENDE, A. S. et al. Uso de leguminosas arbóreas na recuperação de áreas degradadas. Tópicos em Ciência do Solo, Viçosa, MG, v. 8, p. 71-92, 2013.
RESENDE, A. S.; LELES, P. S. S. Controle de plantas daninhas em restauração florestal. 1. ed. Brasília, DF: Embrapa, 2017. 107 p.
RIBEIRO, M. C. et al. The Brazilian Atlantic Forest: How much is left, and how is the remaining forest distributed? Implications for conservation. Biological Conservation, Essex, v. 142, p. 1141-1153, 2009.
SANTANA, J. E. S. et al. Grasses Control Strategies in Setting Restoration Stand of the Atlantic Forest. Floresta e Ambiente, Seropédica, v. 27, n. 2, e20190066, 2020.
SANTOS, M. A. et al. Estratégias e ações para conservação da biodiversidade no Estado do Rio de Janeiro. In: BERGALLO, H. G. et al. Pressão antrópica e as novas dinâmicas na economia fluminense. Rio de Janeiro: Instituto Biomas, 2009. p. 41-65.
SILVA, A. B. et al. Estoque de serapilheira e fertilidade do solo em pastagem degradada de Brachiaria decumbens após implantação de leguminosas arbustivas e arbóreas forrageiras. Revista Brasileira de Ciência do Solo, Viçosa, MG, v. 37, p. 502-511, 2013.
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
A CIÊNCIA FLORESTAL se reserva o direito de efetuar, nos originais, alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical, com vistas a manter o padrão culto da lingua, respeitando, porém, o estilo dos autores.
As provas finais serão enviadas as autoras e aos autores.
Os trabalhos publicados passam a ser propriedade da revista CIÊNCIA FLORESTAL, sendo permitida a reprodução parcial ou total dos trabalhos, desde que a fonte original seja citada.
As opiniões emitidas pelos autores dos trabalhos são de sua exclusiva responsabilidade.