EFEITO DO ÁCIDO INDOL-3-BUTÍRICO (AIB) NO ENRAIZAMENTO DE MINIESTACAS DE IPÊ-ROXO (<i>Handroanthus heptaphyllus</i> MATTOS)

Autores

  • Taiane Pires de Freitas de Oliveira
  • Deborah Guerra Barroso
  • Kelly Ribeiro Lamônica
  • Virgínia Silva Carvalho
  • Marcos André de Oliveira

DOI:

https://doi.org/10.5902/1980509820666

Palavras-chave:

propagação vegetativa, miniestaquia, enraizamento adventício.

Resumo


http://dx.doi.org/10.5902/1980509820666

A <i>Handroanthus heptaphyllus</i> Mattos, conhecida popularmente como ipê-roxo, é propagada comumente por via seminal, no entanto, suas sementes quando armazenadas, perdem rapidamente o poder germinativo, sendo assim, uma alternativa de propagação para esta espécie é a propagação vegetativa, técnica que favorece a produção de mudas em escala comercial, além de possibilitar ganho de características esperadas como uniformidade da muda no viveiro. O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito de diferentes concentrações de ácido indol-3-butírico (AIB) no enraizamento de miniestacas apicais de ipê-roxo. As miniestacas foram provenientes da primeira coleta de brotações das minicepas do minijardim multiclonal conduzido em tubetes realizada aos 231 dias após a germinação. Após a coleta, as miniestacas foram submetidas a cinco concentrações de AIB (0; 2000; 4000, 6000 e 8000 mg L-1) e em seguida foram estaqueadas em tubetes contendo Basaplant Florestal® e adubo de liberação lenta (Osmocote® 14-14-14). O experimento foi conduzido em delineamento inteiramente casualizado, com quatro repetições, compostas por dez miniestacas. Aos 30 dias, as miniestacas foram avaliadas quanto à sobrevivência, número de raízes de primeira e segunda ordem, comprimento das raízes de primeira ordem e massa seca do sistema radicular. Ao final do ciclo de produção, aos quatro meses, as mudas foram avaliadas quanto à altura, diâmetro do coleto, número de folhas, área foliar, massa seca da parte aérea, número e comprimento das raízes primárias e massa seca do sistema radicular. Observou-se mais de 95% de sobrevivência das miniestacas, aos 30 dias, em todos os tratamentos, com 80% delas enraizadas na ausência do fitorregulador. No entanto, o número de raiz de segunda ordem foi maior nas mudas submetidas a 8000 mg L-1. A utilização de AIB em miniestacas de ipê-roxo não é um condicionante para o enraizamento, embora tenha resultado em mudas com maior comprimento de raízes de primeira ordem e número de raízes de segunda ordem na concentração de 8000 mg L-1.

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Publicado

30-12-2015

Como Citar

de Oliveira, T. P. de F., Barroso, D. G., Lamônica, K. R., Carvalho, V. S., & Oliveira, M. A. de. (2015). EFEITO DO ÁCIDO INDOL-3-BUTÍRICO (AIB) NO ENRAIZAMENTO DE MINIESTACAS DE IPÊ-ROXO (<i>Handroanthus heptaphyllus</i> MATTOS). Ciência Florestal, 25(4), 1043–1051. https://doi.org/10.5902/1980509820666

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