EFEITO DO ÁCIDO INDOL-3-BUTÍRICO (AIB) NO ENRAIZAMENTO DE MINIESTACAS DE IPÊ-ROXO (<i>Handroanthus heptaphyllus</i> MATTOS)
DOI :
https://doi.org/10.5902/1980509820666Mots-clés :
propagação vegetativa, miniestaquia, enraizamento adventício.Résumé
http://dx.doi.org/10.5902/1980509820666
A <i>Handroanthus heptaphyllus</i> Mattos, conhecida popularmente como ipê-roxo, é propagada comumente por via seminal, no entanto, suas sementes quando armazenadas, perdem rapidamente o poder germinativo, sendo assim, uma alternativa de propagação para esta espécie é a propagação vegetativa, técnica que favorece a produção de mudas em escala comercial, além de possibilitar ganho de características esperadas como uniformidade da muda no viveiro. O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito de diferentes concentrações de ácido indol-3-butírico (AIB) no enraizamento de miniestacas apicais de ipê-roxo. As miniestacas foram provenientes da primeira coleta de brotações das minicepas do minijardim multiclonal conduzido em tubetes realizada aos 231 dias após a germinação. Após a coleta, as miniestacas foram submetidas a cinco concentrações de AIB (0; 2000; 4000, 6000 e 8000 mg L-1) e em seguida foram estaqueadas em tubetes contendo Basaplant Florestal® e adubo de liberação lenta (Osmocote® 14-14-14). O experimento foi conduzido em delineamento inteiramente casualizado, com quatro repetições, compostas por dez miniestacas. Aos 30 dias, as miniestacas foram avaliadas quanto à sobrevivência, número de raízes de primeira e segunda ordem, comprimento das raízes de primeira ordem e massa seca do sistema radicular. Ao final do ciclo de produção, aos quatro meses, as mudas foram avaliadas quanto à altura, diâmetro do coleto, número de folhas, área foliar, massa seca da parte aérea, número e comprimento das raízes primárias e massa seca do sistema radicular. Observou-se mais de 95% de sobrevivência das miniestacas, aos 30 dias, em todos os tratamentos, com 80% delas enraizadas na ausência do fitorregulador. No entanto, o número de raiz de segunda ordem foi maior nas mudas submetidas a 8000 mg L-1. A utilização de AIB em miniestacas de ipê-roxo não é um condicionante para o enraizamento, embora tenha resultado em mudas com maior comprimento de raízes de primeira ordem e número de raízes de segunda ordem na concentração de 8000 mg L-1.
Téléchargements
Références
ALCANTARA, G. B. de. et al. Efeitos do ácido indolilbutírico (AIB) e da coleta de brotações em diferentes estações do ano no enraizamento de miniestacas de Pinus taeda L. Scientia Forestalis, n. 78, v. 36, p.151-156. 2008.
ALMEIDA, F. D. et al. Eficiência das auxinas (AIB e ANA) no enraizamento de miniestacas de clones de Eucalyptus cloeziana F. Muell. Revista Árvore, v.31, n.3, p.455-463. 2007.
ANDERSEN, L., BENTSEN, N. S. Survival and growth of Abies nordmanniana in forest and field in relation to stock type and root pruning prior to transplanting. Annals of Forest Science. v.60. n.8. p. 757-762. 2003.
BEY, E. A. et al. An NQO1- and PARP-1-mediated cell death pathway induced in non-small-cell lung cancer cells by β-lapachone. PNAS, v.104, n. 28, p. 11832–11837. 2007.
BRASIL. Conselho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA. Resolução nº. 307, de 05 de julho de 2002. Brasília. Diário Oficial da União, de 30 de Agosto de 2002, seção I, p. 17.241.
BRONDANI, G. E. et al. Ácido indolbutírico em gel para o enraizamento de miniestacas de Eucalyptus benthamii Maiden e Cambage x Eucalyptus dunnii Maiden. Scientia Agraria, v.9, n.2, p.153-158. 2008.
CARVALHO, P. E. R. Espécies florestais brasileiras. Colombo: EMBRAPA/CNPF. v.1. 1039 p. 2003a.
CARVALHO, P. E. R. Espécies Florestais Brasileiras: recomendações silviculturais, potencialidades e uso da madeira. Colombo: Embrapa. 640 p. 1994.
DIAS, P. C. et al. Propagação vegetativa de progênies de meios-irmãos de angico-vermelho (Anadenanthera macrocarpa (Benth) Brenan) por miniestaquia. Revista Árvore, v.36, n.3, p.389-399, 2012.
FACHINELLO, J. C. et al. Propagação de plantas frutíferas de clima temperado. 2ª edição. Pelotas: Editora e Gráfica da UFPEL. 168p. 1995.
FERREIRA, B. G. A. et al. Miniestaquia de Sapium glandulatum (Vell.) Pax com o uso de ácido indolbutírico e ácido naftaleno acético. Ciência Florestal, v. 20, n. 1, p. 19-31. 2010.
FREITAS, T. A. S. et al. Manejo de miniestacas de eucalipto no setor de enraizamento para a produção em sistema de blocos. Scientia Forestalis. v.37. n.84. p.483-490. 2009.
GATTI, K. C. Propagação vegetativa de pau mulato (Calycophyllum spruceanum (Benth) K. Schum.), Jequitibá (Cariniana estrellensis (Raddi) Kuntze) e teca (Tectona grandis Linn. F.) por miniestaquia. Tese (Doutorado em Ciência Florestal), Viçosa-MG, Universidade Federal de Viçosa – UFV, 72p. 2002.
GATTI, K. C. et al. Propagação vegetativa de Jequitibá (Cariniana estrellensis (Raddi) por miniestaquia. Temas Agrarios, v. 16, n. 2, p.54-63, 2011.
HARTMANN, H. T. et al. Plant propagation: principles and practices. 7th Editon, New Jersey: Prentice-Hall. 880 p. 2002.
KOYAMA, J. et al. Cyclopentene dialdehydes from Tabebuia impetiginosa. Phytochemistry, v.53, n. 8 p. 869-72. 2000.
LANA, R. M. Q. et al. Doses do ácido indolbutírico no enraizamento e crescimento de estacas de eucalipto (Eucalyptus urophylla). Bioscience Journal. v. 24, n. 3, p. 13-18. 2008.
LATTUADA, D. S. Micropropagação e miniestaquia de pitangueira (Eugenia uniflora L.). Dissertação (Mestrado em Fitotecnia). Porto Alegre - RS, Universidade Federal do Rio Grande do Sul. 75p. 2010.
LORENZI, H. Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas do Brasil. (2ª ed.). Instituto Plantarum, Nova Odessa, v.2, 384p, 2002.
MAEDA, J. A.; MATTHES, L. A. F. Conservação de sementes de ipê. Bracatinga, v. 43, n. 1, p.51-61. 1984.
NACHTIGAL, J. C.; FACHINELLO, J. C. Efeito de substratos e do ácido indolbutírico no enraizamento de estacas de araçazeiro (P. cattleyanum Sabine). Revista Brasileira de Agrociência, v.1, p.34-39. 1995.
NETO, G. G.; MORAIS, R. G. Recursos medicinais de espécies do cerrado de Mato Grosso: um estudo bibliográfico. Acta Botânica Brasileira, v.17, n.4, p.561-584, 2003.
OLIVEIRA, Y. et al. Substratos, concentrações de ácido indolbutírico e tipos de miniestacas no enraizamento de melaleuca (Melaleuca alternifólia Cheel). Revista Brasileira de Plantas Medicinais, v.14, n.4, p.611-616, 2012.
PACHECO, J. P. Estaquia de Luehea divaricata Mart. (açoita - cavalo). Dissertação (Mestrado em Engenharia Florestal) – Santa Maria-RS, Universidade Federal de Santa Maria, 84p. 2007.
PARK, B. S. et al. Antibacterial activity of Tabebuia impetiginosa Martius ex DC (Taheebo) against Helicobacter pylori. Journal of Ethnopharmacology, n.105, p. 255–262. 2006.
PAULA, J. E.; ALVES, J. L. H. 897 Madeiras nativas do Brasil: anatomia, dendrologia, dendrometria, produção e uso. 1. ed. Porto Alegre: Cinco Continentes, 438p. 2007.
POTT, A.; POTT, V. J. Plantas do Pantanal. Corumbá: Editora Embrapa/CPAP. 320 p. (1994).
SAMPAIO, P. T. B. et al. Propagação vegetativa por miniestaquia de preciosa (Aniba canellila (H. B. K) Mez). Acta Amazonica, v. 40, n.4, p.687-692. 2010.
SANTOS, G. A. Propagação vegetativa de mogno, cedro rosa, jequitibá rosa e angico vermelho por miniestaquia. Monografia (Graduação) - Viçosa - MG, Universidade Federal de Viçosa - UFV, 75p. 2002.
SOUZA, J. C. A. V. de. et al. Propagação vegetativa de cedro-australiano (Toona ciliata M. Roemer) por miniestaquia. Revista Árvore, v. 33, n. 2, p. 205-213. 2009.
TAIZ, L.; ZEIGER, E. Fisiologia vegetal. Porto Alegre: Artmed. 2004.
TITON, M. Propagação clonal de Eucalyptus grandis por miniestaquia e microestaquia. Dissertação (Mestrado em Ciência Florestal) - Viçosa-MG, Universidade Federal de Viçosa - UFV, 65 p. 2001.
TITON, M. et al. Eficiência das minicepas e microcepas na produção de propágulos de clones de Eucalyptus grandis. Revista Árvore, v. 27, n.5, p. 619-625. 2003.
ZANNI FILHO, J. Fundamentos para a estruturação de um viveiro. In. Produção de mudas em espécies florestais exóticas e nativas. Piracicaba: IPEF, p.12. 1997.
ZIMMERMANN, F. J. P. Estatística aplicada à pesquisa agrícola. EMBRAPA Arroz e Feijão. 400 p. 2004.
Téléchargements
Publié-e
Comment citer
Numéro
Rubrique
Licence
A CIÊNCIA FLORESTAL se reserva o direito de efetuar, nos originais, alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical, com vistas a manter o padrão culto da lingua, respeitando, porém, o estilo dos autores.
As provas finais serão enviadas as autoras e aos autores.
Os trabalhos publicados passam a ser propriedade da revista CIÊNCIA FLORESTAL, sendo permitida a reprodução parcial ou total dos trabalhos, desde que a fonte original seja citada.
As opiniões emitidas pelos autores dos trabalhos são de sua exclusiva responsabilidade.