Influência do ácido indolbutírico no enraizamento de miniestacas caulinar e foliar de mogno-africano (<i>Khaya grandifoliola</i> C. DC.)

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5902/1980509837225

Palavras-chave:

Enraizamento adventício, Reprodução assexuada, Propagação vegetativa

Resumo

Este trabalho teve como objetivo avaliar o efeito de concentrações de ácido indolbutírico (AIB) no enraizamento de miniestacas caulinar e foliar de Khaya grandifoliola (Meliaceae), conhecida popularmente como mogno-africano. Foram utilizadas minicepas obtidas a partir de mudas de origem seminal. As miniestacas caulinares e foliares apresentavam comprimento de 4 e 8 cm respectivamente, com área foliar reduzida a 75%. As bases das miniestacas foram imersas em quatro concentrações de AIB (0, 500, 1000 e 2000 mg L-1) por 20 segundos. Os experimentos foram instalados em delineamento inteiramente casualizado com quatro tratamentos, três repetições e doze miniestacas por repetição. Logo depois do estaqueamento, as miniestacas foram mantidas em casa de vegetação por 90 dias. Após esse período, para as miniestacas foliares foram avaliados a porcentagem de enraizamento e o número de raízes, já para as miniestacas caulinares, analisaram-se apenas seis miniestacas por repetição, avaliando a porcentagem de sobrevivência e enraizamento. As miniestacas caulinares restantes foram transferidas para casa de sombra, onde permaneceram por mais 30 dias, e posteriormente (120 dias após o estaqueamento) avaliaram-se porcentagem de sobrevivência e enraizamento, altura, diâmetro do coleto, e massa seca da parte aérea e raízes. As miniestacas foliares não foram consideradas adequadas para a propagação do mogno-africano, uma vez que não houve desenvolvimento da parte aérea. Para as miniestacas caulinares, a concentração de 2000 mg L-1 de AIB foi a que apresentou a maior taxa de enraizamento (72%), sendo recomendada para a propagação vegetativa por miniestaquia da espécie.

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Biografia do Autor

Maria Luiza de Azevedo, Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, Diamantina, MG

Engenheira Florestal, Ma., Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, Alto da Jacuba, 5000, Campus JK, CEP 39100-000, Diamantina (MG), Brasil.

Miranda Titon, Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, Diamantina, MG

Engenheira Florestal, Dra., Professora da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, Alto da Jacuba, 5000, Campus JK, CEP 39100-000, Diamantina (MG), Brasil.

Evandro Luiz Mendonça Machado, Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, Diamantina, MG

Engenheiro Florestal, Dr., Professor da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, Alto da Jacuba, 5000, Campus JK, CEP 39100-000, Diamantina (MG), Brasil.
https://orcid.org/0000-0002-9301-5257

Sebastião Lourenço de Assis Júnior, Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, Diamantina, MG

Engenheiro Florestal, Dr., Professor da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, Alto da Jacuba, 5000, Campus JK, CEP 39100-000, Diamantina (MG), Brasil.

Eliane Cristina Sampaio de Freitas, Universidade Federal Rural de Pernambuco, Recife, PE

Engenheira Florestal, Dra., Professora da Universidade Federal Rural de Pernambuco, Rua Dom Manuel de Medeiros, s/n, CEP 52171-900, Recife (PE), Brasil.

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Publicado

01-06-2021

Como Citar

Azevedo, M. L. de, Titon, M., Machado, E. L. M., Assis Júnior, S. L. de, & Freitas, E. C. S. de. (2021). Influência do ácido indolbutírico no enraizamento de miniestacas caulinar e foliar de mogno-africano (<i>Khaya grandifoliola</i> C. DC.). Ciência Florestal, 31(2), 898–919. https://doi.org/10.5902/1980509837225

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