CRESCIMENTO E TOLERÂNCIA DE MUDAS DE <i>Enterolobium contortisiliquum </i>Vell. CULTIVADAS EM SOLO CONTAMINADO COM ZINCO
DOI:
https://doi.org/10.5902/1980509833374Schlagworte:
metais, fitorremediação, espécies arbóreas.Abstract
O zinco é um elemento essencial às plantas, mas quando presente em altas concentrações no solo pode se tornar tóxico ao metabolismo vegetal. O trabalho objetivou determinar o crescimento e tolerância de mudas de Enterolobium contortisiliquum Vell. cultivadas em solo contaminado com zinco. O experimento foi conduzido em casa de vegetação, em solo com 81% de argila, no delineamento inteiramente casualizado, com sete tratamentos, constituídos de doses de zinco (0, 100, 200, 300, 400, 500 e 600 mg kg-1) e oito repetições. Avaliou-se a altura de planta, diâmetro de colo, massa seca aérea, massa seca radicular, comprimento da raiz principal, área superficial específica, teor de Zn na parte aérea e radicular, coeficiente do impacto do teor relativo de zinco, índice de translocação e de tolerância. O coeficiente do impacto do teor relativo de zinco indicou tendência de menor translocação de Zn à parte aérea da muda até a dose de 300 mg de Zn kg-1 de solo. Os resultados evidenciaram que doses próximas a 200 mg de zinco kg-1 de solo argiloso estimulam a altura de planta, diâmetro do colo, a massa seca aérea e radicular das mudas de timbaúva. A timbaúva apresenta elevada tolerância ao zinco e por ser uma arbórea nativa adaptada às condições ambientais do Brasil pode ser indicada para revegetação de áreas contaminadas com a aplicação de até 600 mg de zinco kg-1 de solo argiloso.
Downloads
Literaturhinweise
ARAÚJO, M. S. et al. Initial growth of African mahogany plants in response to zinc fertilization. African Journal of Agricultural Research, Adana, v. 12, p. 1022-1026, 2017.
BASSO, C. J. et al. Teores totais de metais pesados no solo após aplicação de dejeto líquido de suínos. Ciência Rural, Santa Maria, v. 42, p. 653-659, 2012.
BORGES JUNIOR, M. et al. Valores de referência local e avaliação da contaminação por Zn em solos adjacentes a áreas mineradas no município de Vazante-MG. Revista Brasileira de Ciência do Solo, Viçosa, MG, v. 32, p. 2883-2893, 2008.
BROADLEY, M. R. et al. Zinc in plants. Tansley review. New Phytologist, Lancaster, v. 173, p. 677-702, 2007.
BRUNETTO, G. et al. Frações de cobre e zinco em solos de vinhedos no Meio Oeste de Santa Catarina. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, Campina Grande, v. 18, n. 8, p. 805-810, 2014.
CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE (Brasil). Resolução CONAMA nº 420/2009. Disponível em: <http://www.mma.gov.br/port/conama/legiab re.cfm?codlegi=620>. Acesso em: 15 abr. 2014.
EL-GHAMERY, A. A.; EL-KHOLY, M. A.; ABOU EL-YOUSSER, M. A. Evaluation of cytological effects of Zn2+ in relation to germination and root growth of Nigella sativa L. and Triticum aestivum L. Mutation Research, Massachusetts, v. 537, p. 29-41, 2003.
EMBRAPA Métodos de análises químicas para avaliação da fertilidade do solo. In: SILVA, F. C. (Org.). Manual de análises químicas de solos, plantas e fertilizantes. 2. ed. Brasília: EMBRAPA informação tecnológica, 2009.
EMBRAPA. Sistema brasileiro de classificação de solos. 3. ed. Brasília: SCT; EMBRAPA, 2013. 353 p.
FERREIRA, D. F. SISVAR: a Computer Statistical Analysis System. Ciência e Agrotecnologia, Lavras, v. 35, p. 1039-1042, 2011.
GONÇALVES, J. L. M.; BENEDETTI, V. Nutrição e fertilização florestal. Piracicaba: [s. n.], 2005. 427 p.
GRINGS, M.; BRACK, P. Espécies Madeireiras. In: CORADIN, L.; SIMINSKI, A.; REIS, A. (Org.). Espécies nativas da flora brasileira de valor econômico atual ou potencial: plantas para o futuro - Região Sul. 1. ed. Brasília: Ministério do Meio Ambiente, 2011. v. 1. p. 13-934.
HOODA, P. S. Trace elements in soils. 1st ed. United Kingdom: Wiley-Blackwell, 2010. 616 p.
INTERNATIONAL SOLID WASTE ASSOCIATION. Globalisation and waste management: Phase 1 concepts and facts. 2012. Disponível em: <http://www.iswa.org/en/79/the_international_solid_waste_association.html>. Acesso em: 13 abr. 2014.
KABATA-PENDIAS, A. Trace elements in soils and plants. 4. ed. Boca Raton: CRC Press; Taylor & Francis Group, 2010. 548 p.
KRÄMER, U. et al. Sucellular localization and apeciation of nickel in hyperaccumulator and non-accumulator Thlaspi species. Plant Physiology, Rockville, v. 122, p. 1343-1353, 2000.
LUX, A. et al. Differences in structure of adventitious roots in Salix clones with contrasting characteristics of cadmium accumulation and sensitivity. Physiologia Plantarum, Medford, v. 120, n. 4, p. 537-545, 2004.
LUXRESEARCH. Technologies turn waste to profit. 2009. 11 p. Disponível em: <http://luxresearch.web8.hubspot.com/Portals/86611/docs/research%20downloads/lux_research_technologies_turn_waste_to_profit[1].pdf>. Acesso em: 13 abr. 2014.
MARQUES, T. C. L. L. S. M.; MOREIRA, F. M. S.; SIQUEIRA, J. O. Crescimento e teor de metais de mudas de espécies arbóreas cultivadas em solo contaminado com metais pesados. Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília, v. 35, n. 1, p. 121-132, jan. 2000.
PAVLÍKOVÁA, D. et al. Glutamate kinase as a potential biomarker of heavy metal stress in plants. Ecotoxicology and Environmental Safety, New York, v. 70, p. 223-230, 2008.
PEREIRA, A. C. C. et al. Comportamento da Cordia africana Lam. cultivada em solo contaminado por metais pesados e tratado com materiais amenizantes. Ciência Florestal, Santa Maria, v. 23, n. 3, p. 329-336, jul./set. 2013.
PULFORD, I. D.; WATSON, C. Phytoremediation of heavy metal-contaminated land by trees, a review. Environment International, Lancaster, v. 29, p. 529-540, 2003.
RAJOO, K. S. et al. Heavy metal uptake and translocation Bydipterocarpus verrucosus from sewage sludge contaminated soil. American Journal of Environmental Sciences, Ontario, v. 9, n. 3, p. 259, 2013.
ROUT, G. R.; DIAS, P. Effect of metal toxicity on plant growth and metabolism: I. Zinc. In: LICHTFOUSE, E. et al. Sustainable agriculture. New York: Springer, 2009. p. 873-884.
SALT, D. E. Molecular analysis of plant adaptation to the environment. Dordrechtp: Kluwer Academic Publisher, 2001.
SANTOS, D. H. et al. Qualidade tecnológica da cana-de-açúcar sob adubação com torta de filtro enriquecida com fosfato solúvel. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, Campina Grande, v. 15, p. 443-449, 2011.
SILVA, R. F. et al. Comportamento de Peltophorum dubium (Sprengel) Taubert, Parapiptadenia rigida (Bentham) Brenan e Enterolobium contortisiliquum (Vell.) Morong Cultivadas em Solo Contaminado com Cobre. Ciência Florestal, Santa Maria, v. 21, p. 105-112, 2011.
SILVA, R. F. et al. Potencial da associação Pisolithus microcarpus com mudas. Ciência Florestal, Santa Maria, v. 26, n. 1, p. 181-191, 2016.
SOARES, C. R. F. S. et al. Toxidez de zinco no crescimento e nutrição de Eucalyptus maculat e Eucalyptus urophylla em solução nutritiva. Pesq. Agropececuária Brasileira, Brasília, v. 36, n. 2, p. 339348, 2001.
SOUSA, S. C. R. Tolerância aos metais pesados chumbo e zinco e potencial fitorremediador de mudas de espécies arbóreas. 2010. 85 f. Tese (Doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2010.
TENNANT, D. A. Test of a modified line intersect method of estimating root length. Journal of Ecology, Oxford, v. 63, n. 3, p. 995-1001, nov. 1975.
TESTIATI, E. et al. Trace metal and metalloid contamination levels in soils and in two native plant species of a former industrial site: Evaluation of the phytostabilization potential. Journal of Hazardous Materials, New York, v. 248/249, p. 131-141, mar. 2013.
VAN SLYCKEN, S. et al. Safe use of metal-contaminated agricultural land by cultivation of energy maize (Zea mays). Environmental Pollution, Amherst, v. 178, p. 375-380, 2013.
ZACCHINI, M. et al. Metal tolerance, accumulation and translocation in poplar and willow clones treated with cadmium in hydroponics. Water Air and Soil Pollution, Ontário, v. 197, p. 23-34, 2009.
ZEITOUNI, C. F.; BERTON, R. S.; ABREU, C. A. Fitoextração de cádmio e zinco de um latossolo vermelho-amarelo contaminado com metais pesados. Bragantia, São Paulo, v. 66, n. 4, p. 649-657, 2007.
Downloads
Veröffentlicht
Zitationsvorschlag
Ausgabe
Rubrik
Lizenz
A CIÊNCIA FLORESTAL se reserva o direito de efetuar, nos originais, alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical, com vistas a manter o padrão culto da lingua, respeitando, porém, o estilo dos autores.
As provas finais serão enviadas as autoras e aos autores.
Os trabalhos publicados passam a ser propriedade da revista CIÊNCIA FLORESTAL, sendo permitida a reprodução parcial ou total dos trabalhos, desde que a fonte original seja citada.
As opiniões emitidas pelos autores dos trabalhos são de sua exclusiva responsabilidade.